Vou contar agora, onde minha impulsividade me levou em uma madrugada de sábado.
Uma amiga minha adepta de clubes de BDSM, havia me dado aquele convite. Na hora recusei, pois não faz meu gênero alguns aspectos desse tipo de fetiche sexual, mas agora eu o lia e sentia que devia extravasar minha frustração.
Enquanto o táxi me levava ao meu destino, naquela madrugada de sábado, peguei o convite em minhas mãos e o reli novamente.
Palavras impressas:
"Clube dos Prazeres Proibidos...Aqui podem satisfazer todas as fantasias e fetiches sexuais com segurança e cuidado. Fazem e saibam tudo o que jamais imaginou. Em Fetiche, nada é tabu."
Sempre há uma primeira vez para tudo, não é isso que está acostumada (o) ouvir?
O Clube dos Prazeres Proibidos, era bem afastado da cidade, quase que em outro lugar e época.
A enorme mansão era feita de pedras cinzas, com uma fonte na frente, localizada bem ao fundo de uma grande extensão de árvores. Um enorme bosque.
O taxista olhou-me preocupado, mas fiz que nem reparei ao chegarmos na construção que se parecia com um Castelo Medieval.
Sozinha após a partida do táxi, suspirei fundo e olhei para a Lua Cheia que se via atrás da mansão.
Luzes acesas em várias janelas e estremeci por baixo do vestido básico preto.
De queixo erguido e decidida fui em direção da porta de entrada, com o convite nas mãos.
A hostess do Clube, uma jovem mulher morena, vestida de vermelho com uma gargantilha no pescoço que mais parecia uma coleira, me encaminhou para um salão.
Antes de se despedir me disse:
- Preste atenção nas regras:
- Deixe este lugar à primeira luz, sozinha. Se decidir retornar, e espero que o faça, venha ao anoitecer e sozinha. Não haverá brincadeira com gente embriagada, a menos que seja na comodidade e privacidade de seus aposentos e com participantes dispostos. Se alguém se comportar mal ou te causar algum inconveniente, informe imediatamente um dos seguranças do Clube. Não se afaste dos lugares que eu te mostrar, no percurso, a menos que esteja escoltada por um acompanhante. E, doçura, se divirta. Pude notar, que seu semblante está triste. Pode se sentir segura aqui. Sinta-se à vontade. Seja você mesma, como deseja ser, não como a sociedade lhe impôs.
- Vamos. É hora do percurso, para que conheça o lugar e talvez, encontre companhia enquanto o faz. A noite está começando. Sua aventura começou. Senti os cabelos da minha nuca se arrepiarem.
Mas, eu não voltaria atrás. A mulher de vermelho a deixou na entrada do salão e percebi que foi em direção de um homem.
Não era possível enxergá-lo, o salão era pouco iluminado, só pude ver que era uma figura alta.
- Encontrei quem voce queria. Deixei- sozinha no salão.
- Enquanto estamos aqui não se aproximará ninguém dela antes que eu chegue?
- Não. Eu coloquei a fita vermelha no pulso dela, e sabe o que significa. Eu disse que era um costume da casa. Que toda pessoa na primeira vez aqui, a usava.- A menos que deseje o contrário, a deixarão para voce.
Olhou o rosto enigmático e perguntou:
- É isso mesmo que quer?
- Aquela sua amiga loira de sardas e olhos verdes sem perceber deixou eu ver a foto das duas quando a mostrou para você. E ela me chamou a atenção. E pelo que ouvi a loira dizer sobre ela, me chamou mais ainda a atenção. Ela me parece interessante e quem diria agora está aqui. E já passou muito tempo desde a última vez que...
- Sim , eu sei disso. Voce deixou de lado as suas necessidades. Sei o quanto gosta disso.
- Minhas necessidades são poucas, mas estão ali de qualquer forma. Estive muito ocupado para as companhias ultimamente. Talvez esta noite, se ela for tão interessante como imaginei, minhas necessidades serão saciadas.
- Assim espero.
- Vou atrás dela então. Antes que alguém bêbado desrespeite as regras.
- Sim, vá. Espero que ela seje mais do que esperava e você espera muito.
- Obrigado, Lilith.
Lilith sorriu e se eu tivesse ouvido esta conversa estranha, tivesse visto o sorriso, sairia correndo aos gritos do clube, para nunca mais voltar.
- Tenha uma boa noite, Saint- Laurent.
- Confio que seja.
Eu estava inquieta, bebericando uma taça de champagne de pêssego.
Senti meus olhos rasos de lágrimas, estava frustrada com o rumo de certas coisas. Isso que dava esperar muito por algo que talvez não aconteceria.
Sentindo que estava prestes a chorar, me virei e caminhei pelo caminho de onde havia vindo. Era o momento para uma retirada elegante, já que eu era precipitada.
- Amada, aonde se dirige com tanta pressa? - Uma voz de veludo e uma mão grande e serena caiu sobre as minhas e me segurou.
Senti frio e calor o mesmo tempo percorrer todo o meu corpo. Disfarçadamente, antes de me virar em direção daquela bela voz, pisquei os olhos, como se secasse as lágrimas não derramadas.
Virei-me em direção da voz e ver o rosto do estranho que a possuía era mais o difícil. O que vi e logo senti foi forte como um impacto.
Ele era muito alto! Devia medir mais de dois metros. Era forte e musculoso, me senti uma anã perto dele com os meus 1,65m. Os ombros eram largos, a camiseta preta colava em seu corpo, a calça preta de couro delineava suas coxas com perfeição.
O tórax era largo, os quadris estreitos .
Estremeci.
-Você está bem, Ama? – perguntou gentilmente. Sua voz era rouca, de alcova, com um sotaque diferente.
- Precisa se sentar um pouco? Talvez esteja um pouco quente aqui?
Respirei fundo e olhei para ele com as bochechas pegando fogo.
“Quanto tempo havia passado desde que começei a comê-lo tolamente com os olhos?”
Ele conduziu-me para um sala vazia e até um divã. Ele se colocou comodamente um pouco mais atrás de mim ao sentarmos, de um jeito que seu corpo parecia abraçar-me, enquanto movia lentamente a mão para cima e para baixo sobre meu braço, como se quisesse acalmar-me.
Não me acalmou, pelo contrário.
- Posso saber seu nome, Ama? – disse em um tom suave e persuasivo.
- Ayeska. - respondi.
Nunca fui chamada de Ama, ainda mais por um homem, e era estranho.
- O que faz com que te pareça tão triste, Ama Ayeska? O que a fez procurar a saída tão cedo em uma noite tão agradável como esta?
- Não me chame assim...
- Chama-se Ayeska, não é? – perguntou com um pequeno sorriso, levantando uma sobrancelha.
- Não me chame de Ama.
- Prefere Amo? - respondeu sorrindo abertamente.
- Engraçadinho...Eu não gosto e nem quero que me chame assim, portanto não o use.- respondi começando a me zangar com o seus sorriso.
- Posso te chamar Ayeska, então?
- Sim pode. – respondi me afastando um pouco dele e cruzando meus braços por baixo dos meus seios.
Seus olhos brilharam de uma maneira estranha. Perigosa. Toda a brincadeira desapareceu, como se nunca tivesse acontecido.
Ele aproximou-se de mim e senti sua respiração no meu pescoço.
- Ainda não sei quais são as suas fantasias. Mas eu gostaria de saber. Realmente eu gostaria de conhecer todas as suas fantasias.
A voz sedosa e baixa me tocou como uma carícia física; percorreu-me a coluna como se fosse um dedo e tocou-me os seios como se fossem lábios.
E uma umidade quente molhou minha calcinha entre as pernas.
Me afastei da sedução sentida naquele homem.
- Cometi um engano ao vir aqui. – e comecei a me levantar.
As pontas de dois dedos tocaram com firmeza no interior dos meus pulsos, sentindo a pulsação acelerada deles.
- Não cometeu nenhum engano, - ele disse com firmeza.
- Nem sei por que vim nesse lugar. Não é o tipo de lugar que freqüento.
- Eu sei por que veio e sei que voltará.
- Voce não me conhece. Vou e não voltarei. – respondi brava com sua arrogância.
- Não vá, Ayeska.
Finalmente, ele usou meu nome, como eu queria e soou descaradamente perverso em seus lábios.
Olhei diretamente em seus olhos e estremeci.
“ Como podia ser? Eram de uma cor irreal, nunca vista, eram verdes, prateados e azuis ao mesmo tempo. Hipnóticos. Nunca tinha visto olhos como os dele. Em ninguém.”
- Esqueça-se do motivo que a trouxe aqui, somente que está aqui. A única coisa que importa é que estamos você e eu aqui, juntos. Fique comigo. Deixe-me te mostrar o Clube. –
- A hostess daqui já me mostrou o lugar. - menti.
E sem esperar senti a suavidade de sua boca no meu pescoço antes que o visse se mover.
Sua boca era tão firme e suave.
Cada palavra sussurrada era um beijo em minha pele.
- Eu posso mostrar mais do que ela te mostrou. Muito mais.
Meu coração disparava. Então senti uma carícia da ponta de um dedo contra a parte superior de um dos meus seios.
Resolvi aceitar meus desejos e abandonei o último foco de resistência.
E foi assim que conheci Saint-Laurent.
Ele me conduziu depois pela enorme escadaria.
Os corredores compridos do andar de cima, eram iluminados por castiçais.
Velas e mais velas, perfumavam aquele caminho.
Senti um arrepio de excitação e olhei para a mão forte que segurava a minha e me conduzia à uma porta de madeira maciça no final do corredor.
Ele abriu a porta e fechou brandamente atrás de mim. Prendeu-me em seus braços..
O aposento era lindo. Nada sinistro ou intimidador, como eu havia imaginado. Os suaves tons de verde, davam ao aposento tranqüilidade. Fragrâncias de baunilha e talvez, um pouco de maçã ou abacaxi, mexia com os meus sentidos.
O perfume me envolvia sedutoramente. A mão de Saint-Laurent em minhas costas me tranqüilizou. Eu entrei mais no aposento.
Um divã, todo coberto de seda em um tom esmeralda estava localizado diante de uma parede.
Ele me levou até divã com suavidade, mas firme sentou-se ali comigo.
Aproveite a vida, viva grandes romances ai na sua cidade!!!
Havia um espelho de duas faces, uma luz em algum lado atrás da parede na nossa frente, o que a tornava transparente. De repente me dei conta de que atrás do espelho, havia outro aposento idêntico aquele. Só que havia várias pessoas nele.
– Eles sabem que podemos vê-los? – perguntei espantada.
Ele riu, vibrando todos os meus ossos.
- Claro que sabem. É o que querem. Por que acha que escolheram esse aposento? São exibicionistas; é o fetiche deles, que os outros os assistam.
- Podem nos ver?
- Não. Quer que nos vejam?
- Não! Eu preferiria que não o fizessem. Não acho que essa seja a minha fantasia...
Ele deu outro sorriso divertido.
“ Devia me achar com cara de palhaço, só se divertia as minhas custas! Por um segundo senti vontade de dar-lhe um tapa e acabar com aquele sorriso."
- Minha pergunta, é se conhece suas próprias fantasias, Ama.
- Eu já lhe disse que não gosto que me chame assim.
– Você acha que estou interessado em voce por que recebeu um convite para vir aqui e usufruir do que o Clube pode lhe oferecer, não?
Ele era bem observador.
- E Eu lhe digo que você está enganada a respeito de mim.
- Não quero falar sobre isso. Quero ir embora, já estava indo quando você me impediu. Preciso ir agora.
-Desculpe-me, Ayeska. Não deveria ter lhe dito aquilo, me desculpe. Mas posso ver claramente que, de todos os nossos clientes, você necessita de Fetiche desesperadamente. Necessita extravasar esse fogo que percebo dentro de você. Deixe-me te ajudar.
- Você está brincando comigo? – perguntei irritada e com vontade de ir embora e nunca vê-lo mais na frente.
- Não, nunca pense isso. Sempre serei honesto contigo, prometo-lhe aqui e agora. Acredite em mim. - ele sorriu, um sorriso lento e adocicado.
Os dedos de suas mãos levantaram meu queixo para que eu o olhasse.
– Você é bonita, Ayeska, - ele disse com firmeza. - Deixe-me lhe ajudar.
Sem esperar ele baixou sua a cabeça e os cabelos de um negro azulado, acariciou a curva do meu pescoço com os lábios suaves e frescos.
Arrepios percorreram o meu corpo, onde ele me tocava.
Seu polegar percorreu todo o meu lábio inferior, fazendo com que inchasse e formigasse, intumescido pelo sangue e excitação. Moveu sua mão e enredou-se nos cabelos da minha nuca, puxando-me para mais perto.
- Eu estou aqui contigo agora porque escolhi estar aqui. E se fizermos amor e admito que, embora eu tenha o desejo de fazer com você. Então, será porque nós dois queremos, nós dois. Não só Eu.
Eu movi minha mão junto com a dele, seus lábios ainda faziam cócegas na pulsação do meu pescoço. Enquanto ele me acariciava pegou minha mão e a desceu até a elevação dura de seu membro.
Eu ofeguei e tentei me afastar.
Mas ele me sustentou com firmeza. E cada palavra sussurrada de encontro ao meu pescoço parecia ser um dedo mágico e invisível que me acariciava os seios e o ventre.
- Esta é minha honestidade e minha verdade. Te desejo.
Ele mordiscou a pulsação do meu pescoço com os dentes e fez com que eu gemesse.
– Doce como você é doce..inexperiente em fetiches... Desejo-te.
Ele deixou que eu retirasse a mão, mas não me afastei imediatamente da ereção e do calor que sentia nela.
Ele era estranho e me dava até um pouquinho de medo, mas também era tremendamente excitante.
Me deu outro beijo no pescoço e depois se afastou.
-A lição desta noite será esta; olhar e observar. Poderá lhe proporcionar prazer. Olhe-os. – com um gesto mostrou-me as pessoas por trás do espelho.
- Aqui todos são iguais na paixão. Todos nós somos iguais. Então, agora olhe comigo e aprende.
Olhei em direção da cena que se desdobrava atrás do espelho.
Havia cinco pessoas no aposento. Três mulheres e dois homens, diferentes em tamanhos e formas. As mulheres eram voluptuosas e exuberantes. Uma negra, uma morena e uma loira. Os homens eram como o dia e a noite, moreno com a pele de cor de chocolate e músculos definidos e o outro era loiro e tez da cor de marfim.
As cinco pessoas estavam completamente nuas e não demonstravam vergonha ou desconforto em saber que poderiam ser vistos.
Os seios arredondados da mulher morena formavam um travesseiro, para cabeça do homem de pele cor clara. Ela estava com as pernas separadas, atrás e debaixo dele, sobre uma grande cama de quatro colunas. O corpo do homem estava dentro do dela. Os dedos longos da morena brincavam com seu cabelo, enquanto olhava os movimentos da mulher negra ao lado deles.
A mulher negra fez um gesto com os lábios grossos e cheios, e se abaixou ao lado dos outros dois, levantou os seios de mamilos grandes enquanto se inclinava de maneira sedutora para o homem moreno se oferecendo. Os lábios do homem se fecharam ansiosamente sobre o primeiro mamilo e logo o outro, como se estivesse sugando uma fruta amadurecida e deliciosa.
A mulher loira, rechonchuda nos lugares certos, estava com o membro duro e tenso do moreno na boca. O pênis aparecia e desaparecia dentro de sua boca, uma e outra vez e estava claro que a mulher loira o sugava até a garganta. Sorria para o homem moreno, cada vez que a cabeça com forma de cogumelo do seu pênis lhe escorregava dos lábios brilhosos.
Senti meu sexo se umedecer cada vez mais.
De repente, meus olhos arregalaram-se, o homem moreno deitado na cama, de repente tirou o seio da mulher da boca. O homem de tez clara largou a mulher morena e foi em direção do homem moreno. Sentou-se sobre o peito do homem moreno e deslizou todo o seu pau na boca do moreno.
O homem moreno que estava sobre a cama sugava o membro do loiro e apertava as mãos nas nádegas dele, trazendo-o cada vez mais para sua boca. A loira rechonchuda que sugava o homem que estava deitado parou e permitiu que a negra subisse sobre membro brilhante e úmido do homem.
A negra envolveu a cintura do homem loiro em frente a ela com os braços, enquanto cavalgava sobre o moreno, juntos, ondulavam sobre o amante que repousava. Eram exóticos. Ela com a pele negra, ele com sua pele cor de marfim, juntos, se moviam ritmicamente.
Continua...
* Hella, minha querida Amiga, não deu tempo de termina-lo.
Sabe que não é minha praia rsrs
Gosto de algumas pegadas fortes, mas não totalmente BDSM.
É um conto que lhe dedico por ser como a Alicinhabh, uma ótima amiga.
Voces duas tem sido constantes na minha vida, mesmo quando as vezes ficamos sem nos falar dias e dias.
Bjs doces carinhosos de sua amiga ruivinha!
Ayesk@
Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial,bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor.Lei 5988 de 1973#
delicia de conto ... só faltou as fotos