- Você é muito bobo , né ?!?!
- Sou ! E você delicioso !
- Vou pegar água, quer ?
- Nossa, bem lembrador ! Quero sim !
Ele volta, abra a garrafa, toda uns gales. Chega mais perto, certo que ninguém nos olha, me passa um gole da água que esta em sua boca, iria que uma mistura de beijo e entrega. Mas, realmente estou com sede, pego a garrafa das mãos dele e tomo MEU gole, mas no final acabo ofecerendo minha boca a ele, que aceita !
Claro, não matamos a sede, mas nos divertimos. Cada um toda outro gole da garrafa. Mas dessa vez em paz. Ele se joga a meu lado, de bruços. Sei lá porque me sinto na obrigação de fazer carinhos em suas costas. Me ajeito melhor, meio sentada como índia e passo a deslizar meus dedos, minha mão por aquelas costas enormes.
- Para não ! Isso esta uma delícia ! Mais, quero mais !
Não digo nada e contínuo com as carícias, paro apenas quando vejo um casal se aproximando. No embalo, digo a ele que vou para a água.
- Certo, mas não vai me trair ! Sou ciumento sabia ?!?!?
- Não, não vou e se quer saber, também sou ciumenta, muito ciumenta !
Levantei e fui caminhando para a água, só então me dei conta que havia me referido a mim mesmo totalmente no feminino. Será que estava acontecendo algo que não tinha percebido ainda ? Mas, afastei qualquer outro pensamento e mergulhei na água geladinha. Sensação muito engraçada, deliciosa até ! Frio, tesão ... Muito bom. Volto para a toalha !
- Demorou hein ! Achou algo de bom na água !
- Não, a melhor coisa dessa praia tá na areia, aqui do meu lado.
Ele estica o braço e agarra meu grelinho. Um gemidinho gostoso de dor.
- Quer saber, por mim te enrabava aqui, agora ! Você é deliciosa demais ! Caralho !
- Caralho só depois, você vai ter que ficar quietinho , tá !
- Não sei se quero ! Essa bundinha linda me tira do sério !
- Não, só depois tá !
- Safada !
- Tarado ! Bobo !
Rimos juntos, volto a me deitar a seu lado, mas dessa vez segurando sua mão. Estou feliz ! Nem sei dizer o quanto, mas estou ! Desconfio que adormeci e lá de longe ouço a voz dele, não consigo entender nada. Mas passado um tempinho, a ficha cai ! Ele me pergunta que horas vou querer ir embora ! Minha primeira resposta :
- NUNCA !
- Quem déra ! Também to curtindo isso, mas tenho que saber, a vida não é só farra mocinha !
O jeito como ele fala MOCINHA , me abala, confesso ! Depois de uns segundos, tiro meu telefone da bolsinha de plástico e ligo para minha mãe, a cobrar claro !
- Mãe ?!?!?! Oi ... Tudo ótimo ! Nãooo ! Tah gostoso aqui ! Um dia lindo ! ... É eu sei ... Perder aula ? Mãeeee não faltei nenhum dia ainda ... ahhhhh , acho que meio dia, uma hora ... Eu sei mãe ! Eu sei ! Taaaahh tah bom ! ... tahh não vou faltar mais ! ... ... ... ... ... .. . Tah ti amo MÃE ! Beeeeijoooooossss ! Até .. Tchau !
Guardo o telefone na bolsa e olho para ele !
- Tah bom acho que você ganhou em partes ! Mas tem duas opções, ou a gente vai embora hoje e você fica na minha casa, ou a gente fica aqui e sai cedinho amanhã, pois tenho uma reunião importante amanhã a tarde !
- O que você prefere ? Tah tão bom aqui ...
Ele me se levanta e me dá um selinho
- Você quem sabe, mas quando mandar acordar não quero choro !
Dou uma risada !
- Ahhh, lembrei que ainda tenho que te dar uma aulinha básica, quando a gente chegar em casa !
O sorriso dele é tipo de ironia, de malícia ... Sei lá porque, me lembro do GATO da Alice !
Me deito de costas ao lado dele, minha mão procura a dele.
Não sei se é pelo horário ou o quê, mas a praia parece estar começando a encher, nos dois percebemos isso. Ele olha seu relógio.
, , quase três
- Sabe que horas são ?
- Sei lá, uma da tarde ???
- Nada! Quase três ! Tá com fome ????
Paro para pensar ! E descubro que sim, estou com muita fome !
- Tá, vamos lá naquele quiosque ! Eles tem umas coisinhas muito boas !
Damos um último mergulho, quase rola um sarrinho, mas a essa altura tem muita gente andando por ali. De volta ao nosso lugar, guardo as toalhas, começo a vestir minha bermuda. Ele segura meu braço.
- Não, fica de sunguinha ! Tá linda em você ! Gosto de olhar !
Claro que obedeço, subimos na moto e vamos para o tal barzinho. Mal dá tempo para afivelar o capacete !
(segue 15)
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