Quando a primavera chegou em 23 de Setembro de 2019 a Lua era Minguante e a primeira Lua Cheia chegaria somente no dia 13 de Outubro. Naquele a grande celebração da vida, da renovação, estava marcada para acontecer na Chapada Diamantina. Dezenas de pessoas da nossa etnia iriam armar seus acampamentos próximas as nascentes dos rios fazendo fluir as energias mais primitivas possíveis. Seriam muitos dias de festas nas terras dos orixás. Não poderia haver lugar mais propício para invocar as forças da natureza e abrir portais para mundos além do plano terreno, a prisão material imposta pela gravidade. Os primeiros a chegarem armaram suas tendas nos lugares mais fabulosos sempre com as portas voltadas para leste. Assim, todas as manhãs éramos despertados pela energia do cosmos invadindo nosso interior. Aproveitávamos os dias para nos banharmos nas cachoeiras e prepararmos os alimentos que seriam consumidos as noites junto as fogueiras e ao som dos vilões e a sua batida flamenca. As mulheres faziam as brasas se levantarem diante do vendaval gerado pelo rodar de suas saias. As faíscas subiam em direção ao universo como se quisessem devolver a luz recebida durante o dia. Foi desta forma, rodando a fogueira com seu vestido vermelho e dourado e seu véu negro, a vi pela primeira vez. Seus olhos verdes e o sorriso cativante fariam refém qualquer homem de desejasse. Embora fosse um homem já adulto senti-me um menino frente a sua Deusa. Todo o resto perdeu o sentido, a não ser uma única coisa: desejava com toda a força do meu corpo e espírito ser seu Gamo Rei, ser o seu par na cerimonia do casal oculto. Não queria simplesmente possui-la, gostaria de devora-la com fervor insaciável. Desfrutar de seu corpo seria pouco, queria domar o seu espírito. Ama-lo intensamente, porém sem romantismo. Somente penetra-la proporcionando um prazer inigualável. Quando a noite do dia 12 chegou o Céu estava limpo e a lua despontava no horizonte. Junto a clareira, eu já havia preparado o leito para receber a Deusa feito carne. Quem seria esta mulher? Seria ela aquela que eu desejava tanto ou me seria destinada uma outra pessoa? Quando vi um vulto se aproximando tive certeza que o universo havia conspirado a meu favor, era ela se aproximando. Sem trocar uma única palavra, nos olhamos e ela sentou-se de frente para mim. Nossos olhos se interligaram buscando as profundezas de nossas almas. Naquele momento não queríamos ser nada mais do que um macho e uma fêmea. Seguindo o ritual e sem tirar os olhos um do outro, no mais profundo silêncio, fomos nos desnudando. Totalmente nus nos abraçamos e lentamente começamos a nos beijar, um beijo sereno, mas extremamente sensual. Nossas línguas pareciam serpentes entrelaçadas que despejavam um veneno erótico através de nossas salivas. A Lua, no alto de sua majestade, nos banhava e iluminava com seus raios prateados. Ela levanta-se e fica em pé a minha frente, eu como um servo prostrado a seus pés. Lentamente começo a beija-los subindo pelas suas coxas, seu sexo, seu ventre, seus peitos, seu pescoço e finalmente sua boca. Voltando a invadi-la com minha língua. Rapidamente, ela cai de joelhos e beija meus pés, minhas coxas, meu sexo, meu ventre, meu peito, meu pescoço até também retornar a minha boca. O silêncio era quebrado somente pelo som dos animais noturnos e barulho do vendo que batia na copa das árvores. Ela deita-se de costas com as pernas levemente abertas. Lentamente vou novamente beijado seus pés, suas coxas e o seu sexo. Seu cheiro doce de fêmea no cio invade minhas narinas e como um menino esfomeado se deliciando com pêssegos maduros e doces caio de boca na sua buceta. Sorvendo cada gota do mel que escorria da sua linda vagina inchada. Minha língua brincava com clitóris, enquanto ela levantava a bunda me mostrando o seu cuzinho rosado lindo. Seus pelos estavam todos em pé expondo o tamanho de seu tesão. Num suspiro profundo e estremecendo o corpo sinto seu orgasmo, enquanto suas pernas se retorcem. Deito-me a seu lado de barriga para cima, sinto sua boca beijando meu pescoço, meu peito, descendo lentamente enquanto sua mão punheta o meu pau lentamente. Aos poucos sinto sua boca lentamente engolindo minha glande e aos poucos sumir dentro daquela boca faminta. Sua gula é tanta que escuto o som oco das suas chupadas profundas enquanto ela brinca com suas hábeis mãos massageando meu saco. O silêncio é quebrado somente pelo meu grunhido gerado pelo meu gozo enquanto encho sua boca de porra. Ela engole tudo, lambuzando-se como criança que come mel pela primeira vez. Meu pau permanece duro e ela lentamente se levanta. Encaixa a cabecinha na porta da sua buceta e lentamente vai descendo até recebe-lo inteiramente no seu interior. Como na dança da noite anterior suavemente movimenta os quadris, ora para cima até chegar a extremidade do pênis e ora para frente e para trás esfregando-se. Magistralmente ela controla o seu e o meu corpo. Neste momento não somos mais dois, voltamos a ser um. Únicos e Unos. Ritmadamente seguimos em busca do gozo supremo, silencioso. Me levanto e sugo seus seios, sem deixar escapar meu pau de dentro da sua vulva. Mais alguns movimentos e gozamos juntos pela primeira vez. Sinto minha barriga molhada pelos seus líquidos vaginais enquanto também escorria da sua buceta a minha porra. Sem falar uma palavra nos deitamos, nos olhamos e trocamos um sorriso terno para nos beijamos. A Lua já está em seu ápice enquanto recobramos nossa energia. Lentamente minhas mãos vão deslizando pelo seu corpo, enquanto meu pau volta a dar sinais de vida. A imagem do seu cuzinho rosado piscando não sai da minha cabeça. Então começo a morder sua nuca como os cavalos fazem para excitar as éguas. Meu pau aos poucos vai encontrando o caminho para sua buceta e rapidamente a penetra. Ela empina a bunda buscando sentir a penetração mais profunda. Soco firme, minhas bombadas são secas e profundas. Meus dedos brincam com o seu cuzinho, ela vira a cabeça e sorri autorizando-me a foder seu maravilhoso rabo. Tiro meu pau lubrificado pelo sucos vaginais e lentamente penetro seu cú, indo cada vez mais fundo até sendo engolido. Lentamente vou bombando enquanto brinco com grelo endurecido pelo prazer. Alguns minutos depois encho seu rabo de porras enquanto ela se retorce gozando em meus dedos. A noite passa e eu adormeço. Aos primeiros raios do sol desperto me perguntando se aquilo realmente aconteceu ou se foi um sonho muito louco. Mas seu véu enrolado em braço me deu a certeza da realidade, embora não saiba o seu nome e ao menos trocamos uma palavra se quer. Este é o mistério da vida, do casal oculto se completando por mais um ano. A vida movendo-se para além de todos os limites.
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