A Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo é um dos maiores eventos do gênero no mundo, atraindo milhões de pessoas todos os anos. O Aloka Club desempenha um papel significativo nesse evento, organizando festas e eventos especiais que complementam a celebração da diversidade. Um exemplo é a festa "Bofetada feat Alokadão After Parada", que ocorre após a parada e oferece um ambiente festivo e seguro para os participantes continuarem a celebração. O Aloka Club é mais do que uma balada; é um símbolo de resistência, celebração e inclusão na cena LGBTQIA+ de São Paulo. Sua participação ativa na Parada do Orgulho LGBTQIA+ destaca seu papel como um espaço seguro e acolhedor para todos, promovendo a diversidade e a liberdade de expressão.
Mas naquela época a pegada era outra, não havia decoração, tudo era escuro, imitava pedra, tudo escondido e obscuro. Nico era um dos DJs mais requisitados da casa nos seus primórdios. Seu visual andrógino é amado pela comunidade gay paulistana. Ele ama esse carinho, esse respeito, essa admiração. As noites com ele são embaladas num ritmo dançante, alucinante. Seus amigos tão especiais quanto ele e tem seu espaço no show exótico do club. Alison Gothz com suas maquiagens de arte extravagante, o travesti Michael Love e André Pomba Cagni, editor da Revista Dynamite, o verdadeiro dono da festa toda. Além de dezenas de outros que iluminavam as noites com seus brilhos. O menino indecifrável também tinha seus olhos voltados para Ana. Uma pin-up de carne e osso. Ela é a forma viva das imagens de mulheres, geralmente em poses sensuais ou provocantes, que eram "penduradas" (daí o termo "pin-up") em paredes, armários e outros lugares.
Ana com seus cabelos cacheados e corpo maravilhoso, faz seu coração parar cada vez que a vê. Ela tem um marido, um namorado, namorildo, sempre grudado. Mas entre uma ida e outra ao banheiro sempre dá um jeito de beijar o DJ. O namorado acha sexy ela beijar aquele menino menina. Finge não saber, ou se sabe parece não ligar. As vezes eles vão juntos aos banheiros, se atracam numa das cabines, juram que um dia irão além. Mas agora não há tempo, tem alguém lá fora na espreita. Ele quer saber o que Nico é, Nico quer mostrar. Ambos precisam esperar, certamente a oportunidade via pintar.
Então chega junho, a parada LGBTQIA+.
Neste ano, o Aloka estará na Avenida Paulista com seu Trio onde a principal atração é o Bonde do Tigrão, grupo brasileiro de funk carioca, formado no final dos anos 1990 no Rio de Janeiro. Eles são conhecidos por serem precursores do funk moderno e por suas coreografias marcantes. O grupo ganhou destaque com hits que se tornaram clássicos do gênero, como "Cerol na Mão", "Tchutchuca" e "Só as Cachorras (O Baile Todo)". Nico vestido de marinheira, com saia branca rodada com detalhes em azul, uma roupa muito diferente do dark constante do seu figurino, foi avistado na avenida e chamado para subir no trio. Com a cabeça cheia de álcool e drogas se juntou aos amigos e se entregou a festa. Estava tão eufórico que não percebeu quando o palco foi esvaziado e de repente tomado por 12 homens negros fortes vestidos de laranja, dançando sensualmente. A desengonçada marinheira se viu cercada, mas não conseguir seguir a coreografia.
Ana sentada na caixa do grave, ria e de deliciava com o show da “amiga”, momentaneamente rainha do funk. Nico corre em sua direção como quem pede socorro, convida-a para saírem dali. Ana é contundente, “não saio daqui por nada.” Por quê? indaga Nico. A menina então pega a sua mão e a conduz a sua buceta. A batida alta do grave estava levado Ana a orgasmos múltiplos, inundando sua calcinha, suas coxas. A “marinheira” masturba Ana arrancando novo orgasmo, então tira a mão cheira, lambe a mão e dá os dedos para ela lamber também. A menina lambe o próprio gozo, o próprio mel. Então, pega a mão de Nico e coloca novamente na sua buceta, travando-a com as pernas implorando para gozar novamente. Assim que tem seus pedidos atendidos, abre as pernas, levanta a saia, afasta a calcinha, levanta a saia de Nico, afasta a calcinha dele e coloca seu pau duro como ferro nos grandes lábios. Ao ritmo do funk, Nico penetra aquela vagina imundada diante de 5 milhões de pessoas na Avenida Paulista, que nada viam, nem imaginavam, levando-os a um gozo grave, literalmente grave. Seus corpos estão suados, cheios de tesão. Há cheiro de álcool e sexo no ar.
A festa estava apenas começando. Ana havia perdido o namorado na multidão, azar dele sorte do menino andrógino. O namorado de Ana dançava buscando o prêmio de andrógeno mais lindo da festa. Enquanto ela, no ritmo do funk carioca, gênero musical que emergiu das favelas do Rio de Janeiro e se tornou um fenômeno cultural no Brasil, trepava. Se uma das características mais marcantes do funk carioca é a forma como ele aborda a sexualidade, com suas letras das músicas frequentemente explorando temas de erotismo, sensualidade e sexualidade de maneira explícita e direta, aquele casal meio lésbico meio heterossexual materializava tudo numa foda fenomenal.
Escutando “Vem tchutchuca linda; Senta aqui com seu pretinho; Vou te pegar no colo; E fazer muito carinho; Eu quero um rala quente; Para te satisfazer” desceram a Consolação dançando engatados gozando, gozando muito. Vem tchutchuca linda; Senta aqui... Sim ela estava sentada, gravemente empalada pelo pau do garoto andrógeno em cima da caixa do som grave. Lá embaixo, a galera segue o trio, dança enlouquecida.