A serpente, que é frequentemente interpretada como uma representação de Satanás, enganou Eva, convencendo-a a comer o fruto proibido da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Eva, por sua vez, ofereceu o fruto a Adão, que também comeu. Ao comerem o fruto, Adão e Eva ganharam conhecimento do bem e do mal, mas também perceberam sua própria nudez e sentiram vergonha. Como resultado de sua desobediência, Deus os expulsou do Jardim do Éden. Eles foram condenados a viver uma vida de trabalho árduo e sofrimento, e a morte entrou no mundo. A história da maçã do Paraíso é frequentemente interpretada como uma alegoria da tentação, do pecado original e da perda da inocência.
Embora a Bíblia não especifique que o fruto era uma maçã, a tradição cristã e a arte ocidental popularizaram essa ideia. Se tornou um símbolo de tentação, conhecimento proibido e a queda da humanidade. Em muitas representações artísticas, Adão e Eva são mostrados segurando ou comendo uma maçã, reforçando essa associação simbólica. A maçã do Paraíso é um poderoso símbolo que transcende a narrativa bíblica, representando temas universais de tentação, desobediência e perda da inocência. Sua história continua a ressoar na cultura e na arte, lembrando-nos das consequências das nossas escolhas e da busca pelo conhecimento.
Cândida, uma mulher simples do interior, migrou para São Paulo buscando melhorar sua vida. Estudou, se formou e construiu uma carreira de sucesso. Nunca se vu como alguém que fora expulsa do Paraíso, para ela a Terra com sua diversidade, beleza e possibilidades é o Paraíso. Trabalhou incessantemente para ter o seu Paraíso particular. Aprendeu muito jovem a não depender de ninguém para nada, aproveitou cada oportunidade em cada momento. Passou por muitas e boas, boas que transformou em ótimas. Quando se sentia solitária, não reclamava. Simplesmente usava o que tinha, primeiro as mãos, depois seus brinquedos até chegar a orgasmos intensos.
Se maçã, segundo a mitologia, tirou Adão e Eva do Paraíso, Cândida usou outras frutas e coisas como chave de acesso ao seu Paraíso. A principal é a uva, que pode ser in natura ou na sua melhor forma, engarrafada como vinho. Há os tintos: Cabernet Sauvignon, conhecido por seus taninos fortes e sabores de frutas escuras, como cassis e ameixa. Merlot, mais suave que o Cabernet Sauvignon, com sabores de frutas vermelhas, como cereja e framboesa. Pinot Noir, vinho mais leve, com sabores de frutas vermelhas e uma acidez refrescante. Syrah/Shiraz, com seus sabores de frutas escuras e especiarias, como pimenta preta.
Os brancos. Chardonnay que pode variar de leve e fresco a encorpado e amanteigado, dependendo do método de produção. Sauvignon Blanc, reconhecido por sua acidez alta e sabores de frutas cítricas e ervas. Riesling, pode ser seco ou doce, com sabores de frutas cítricas e florais. Pinot Grigio/Pinot Gris, leve e refrescante, com sabores de frutas cítricas e maçã verde. Os vinhos rosés. Provençal Rosé, leve e seco, com sabores de frutas vermelhas e uma acidez refrescante. Zinfandel Rosé, também conhecido como White Zinfandel, é mais doce e frutado.
Em momentos e com pessoas especiais. Champagne, vinho espumante produzido na região de Champagne, na França, conhecido por suas bolhas finas e sabores complexos. Prosecco, vinho espumante italiano, geralmente mais leve e frutado que o Champagne. Cava, vinho espumante espanhol, semelhante ao Champagne, mas geralmente mais acessível. Tudo sempre acompanhado com morangos, ameixas, pães, queijos, amêndoas, castanhas, embutidos. Neste jardim, caso o homem da vez seja um cavalheiro, há sempre flores, Rosas, Orquídeas, dentre tantas possibilidades.
No Paraíso de Cândida, assim como na mitologia, não podem faltar dois personagens: A serpente e Deus. A serpente tem que ter o tamanho certo, nem muito grande nem muito comprida. Para ela o ideal é faixa de 17 cm. Assim como os vinhos não importa a cor, poder ser negra, branca, amarela. Só uma coisa interessa tem de estar dura e firme, assim como o seu portados saber usar e tirar o melhor proveito de todos dos seus atributos. O Adão em questão tem saber usar a língua, as mãos, a boca e a serpente para levar o máximo o nível de prazer, seja na sua boca, buceta ou cu. Não importa a serpente é grande veículo e ela quer ser comida por ela de todas as formas, quer receber o seu “veneno” quente derramado na garganta, na vagina e esfíncter. Isso deve ter um tempero especial, um misto de carinho e violência capaz de fazer seus músculos terem espasmos.
E Deus, onde está ele neste momento. Até esteve ausente do Paraíso, renunciando à sua onipresença. Mas ele retorna na explosão do gozo, dor orgasmo violento. Naqueles segundos em que nada existe, nada importa, só há a descarga hormonal e perda de consciência. Ele é o vazio, o nada, o eterno presente instaurado naquela ausência de si mesmo e do outro embora ambos estejam unidos, acoplados. Para muitos há uma dose infernal nisso tudo, pobres seres ignorantes incapazes de perceber a sabedoria criadora de Deus neste momento. Candidamente esta mulher saber cada caminho e atalho para o Paraíso.
Se for um adepto de Spinoza, deus é o gozo, a dor, o espasmo, o veneno. “ Deus sive natura.”