No mundo artístico não é diferente. Pier Paolo Pasolini, diretor, romancista e poeta italiano, Pasolini foi assassinado em 1975. Sua morte está envolta em mistério e teorias de conspiração, com alguns acreditando que suas críticas ao fascismo italiano podem ter desempenhado um papel em seu assassinato. Ana Mendieta, artista cubano-americana conhecida por suas obras feministas, Mendieta morreu em 1985 após cair do 34º andar de seu apartamento em Nova York. Seu marido, o escultor Carl Andre, foi acusado de seu assassinato, mas acabou sendo absolvido por falta de provas. Tupac Shakur, um dos maiores rappers americanos de todos os tempos, Tupac foi assassinado em 1996 em um tiroteio em Las Vegas. Sua morte continua a ser objeto de várias teorias da conspiração. John Lennon, membro dos Beatles e ícone da música, Lennon foi assassinado em 1980 por Mark David Chapman em Nova York. Sua morte chocou o mundo e deixou um legado duradouro na música e na cultura popular. Federico García Lorca, poeta e dramaturgo espanhol, Lorca foi assassinado em 1936 durante a Guerra Civil Espanhola. Ele é lembrado como uma das maiores figuras literárias da Espanha.
Mas quanto aos pequenos assassinatos. Aqueles que acontecem todos os dias, as vezes são mortes reais, corpos ensanguentados no meio da calçada, num acidente, numa guerra. São milhões de vidas perdidas, sim um verdadeiro problema. O problema maior é o chamado assassinado invisível ou morte assistida ocorrendo todos nos dias nos corações de bilhões de pessoas. Todos somos vítimas, todos somos assassinos. Matamos sonhos, desejos, nos submetemos. Nem percebemos que estamos de quatro com uma coleira no pescoço e uma guia numa ou várias mãos invisíveis. O chicote estrala no lombo, não doe, não arde, não deixa marcas na pele. Tudo é muito sutil, muito doce, muito leve, tanto quanto um beijo adolescente, uma penetração consentida, numa buceta úmida ou num cu lubrificado. Temos toda a liberdade do mundo, pelo menos acreditamos. Consideramos dos Doms e Dominatrix perversos, sádicos, autoritários vestidos com suas roupas couro num preto clichê., enquanto marchamos felizes como gado exprimidos no transporte coletivos sendo encoxados, apalpados sem saber quem faz. Você é livre gritam as vozes na sua cabeça como se você verdadeiramente pudesse mudar sua realidade escrota.
Quando vê a imagem da submissa lambendo voluntariamente as botas do seu dominador a julga cheio de pudores, dogmas, preconceitos. Esquece que você mesmo não somente lambe botas, mas também o saco e o cu do seu verdadeiro dono todas as manhãs quando escova os dentes e faz gargarejo com a porra das convenções sociais. A sua vizinha que trepa como louca, dando para vizinhança sente enorme prazer em ceder por alguns minutos a sua boca, o seu cu, a sua buceta. Mas você juiz feroz dá o rabo todos os dias para dezenas e nem mesmo sente prazer, na verdade nem imagina que está sendo fodido. Há outros que são verdadeiros voyeurs da vida, passam ela toda olhando mulheres, homens, carros, aviões, helicópteros, mansões dos outros cheios de inveja. São tão incompetentes que não capazes nem mesmo de masturbar, de siriricar, punhetar em homenagem a estes tidos como vitoriosos.
Aqueles que literalmente foram mortos desafiaram de forma revolucionária todo o status quo. Foram traídos, foram torturados em masmorras reais, nas tipo Airbnb frequentadas nos finais de semana por casais que querem apimentar a relação. Não se preocupe ninguém vai te assassinar, você merece viver de forma miserável até o último dia da sua vida sem conhecer o prazer verdadeiro e a liberdade. Só é morto de forma cruel quem pode transformar, revolucionar, você deve dormir muito tranquilo nos seus lençóis egípcios de mil fios, iludido. Nesta orgia chamada vida.