MORANDO NA PRAIA - Parte 1

MORANDO NA PRAIA - Parte 1

Minha separação de Willy já estava certa e era, pelo momento, irrevogável. Não por mim ou por ele, mas pela situação em geral. Ele estava sendo transferido para o exterior e eu não podia ir junto; uma por não ter idade suficiente e não ser emancipada, outra pelo lugar em si, que não é tolerante com certos tipos de relações ou comportamento.

Como eu não trabalhava, ele se encarregou de deixar o aluguel pago por uns dois meses, que era o prazo para acabar o contrato do apartamento e deixou uma graninha para que eu me virasse por esse tempo. Mas aquilo ia ter um fim uma hora e ela estava quase chegando. Consegui resolver uma parte dos problemas, voltaria a morar com minha mãe, mas outro problema surgiu, onde guardar minhas coisas ? Coisas que nem em sonho, minha família poderia ver. Aceitavam, de boa que eu fosse gay; mas odiaram minha idéia de ir morar com um cara bem mais velho e certamente, não iam apreciar a ideia de que eu curtia ser menina, por mais delicado que eu pudesse ser.

Resolvi esse problema, deixando minhas malas (várias) na casa de um amigo. Como a casa era enorme, minhas malas não seriam um problema ocupando espaço. E finalmente, voltei para a casa da mãe. Mas depois de umas semanas, eu me sentia como um peso extra, quase uma estranha, já que vivi com Willy por quase dois anos. Meu quarto, agora era do meu irmãozinho e o quarto de minha irmã era o quarto da minha irmã, se me entendem. Desconforto total.

Mas, um anjo, iluminou minha vida. Uma tia, irmã da mãe, conversando comigo em casa, percebendo o problema todo, me convidou a morar com ela, pelo menos por um tempo, até que eu conseguisse organizar minha vida. Essa tia tem uma pousada numa praia no litoral Norte em SP. Até hoje não sei se minha mãe ficou aliviada ou não com isso.

Fiz minhas malinhas e fui. Já não era mais temporada, então a cidade era bem coisa de interior. Logo entrei na rotina da pousada, ajudando minha tia e sua namorada em várias coisas, tipo cuidar de quartos, da recepção, cozinha e tudo onde pudesse ser útil. O trabalho acontecia, basicamente, na parte da manhã e no fim da tarde. Assim, tinha a parte da tarde livre para ir a praia, fazer nada em algum lugar ou curtir uma tristezazinha básica em homenagem a Willy.

Certa tarde, eu estava com uma amiga na praia, quando um cara passa correndo pela gente, acena para ela e desaparece. Nem falo nada, mas minha amiga me dá todos detalhes possíveis sobre ele. Tipo morava numa super-casa no fim da rua da praia, era dono de umas lojas nessa praia e em outras duas, divorciado, que tinha dois filhos gatinhos mas novinhos que moravam com a mãe em SP e outros detalhes interessantes, que vou processando em silêncio, enquanto tomo meu solzinho. Minutos depois ele volta, mas dessa vez para onde estamos. Ana nos apresenta, Sidney, e ele se senta na areia junto da gente. Hora de reparar mais atentamente nele. Aparenta ser pouco mais alto que eu, talvez 1,80; uns 80 quilos muito bem conservados, alético, talvez uns 50 anos. Mesmo que ele esteja usando óculos escuros, por vezes fico com a impressão de que ele esta me secando, mesmo que “olhe” para minha amiga e converse com ela. Finalmente, ele se despede de nós e continua sua caminhada.

No dia seguinte, dessa vez sozinha e a caminho da praia, ele passa apressado por mim de bicicleta. Não sei se ele me vê. Dia seguinte, estou meu cantinho da praia e ele aparece correndo de novo. Ao me ver, desvia o caminho e se senta do meu lado.

- Ola ! Desculpe por onde, estava com muita pressa e so fui perceber que era você quando era tarde demais.

Por uns minutos falamos sobre várias coisas sem importância. Até que ele se despede e sai correndo outra vez. Nas semanas seguintes, esses encontros começaram a acontecer com certa frequência. Até que descobri que ficava ansiosa por encontra-lo na praia. Ele era boa companhia, educado, conversador, etc. E depois do tempo que passei com Willy e seus amigos, todos mais velhos que eu, constatei que gostava muito mais da companhia de caras mais velhos do que de novinhos. E parece que a recíproca tambem acontecia.
As conversas começaram a ficar mais intímas; descobri o óbvio, que ele conhecia minha tia fazia um tempo; contei várias coisas sobre mim, inclusive sobre ter sido casada e o motivo de estar morando com minha tia “provisoriamente” . A coisa foi caminhando dessa forma até que um dia, ele me convida para um almoço em sua casa.

- Olha, domingo que vem estava pensando em fazer uma comida mais caprichada em casa e pensei se você não quer almoçar comigo, quer ir ?
- Ahhhh, brigada, quero sim ... Precisa levar alguma coisa ?
- Não, não precisa, só você é a conta ! Quer que eu te pegue ?
- Nem esquenta com isso, tem a motinha da Sílvia (namorada da tia). Sua casa é aquela branquinha no fim da praia, né ?
- É sim, meio dia tá bom pra vc ? Leva calção pra pegar praia.
- Tah ótimo, levo sim !
- Até ...
- Xauzinho ! Té domingo.

Não sei porque, assim que ele saiu, me bateu uma sensação estranha, uma aflição, uma urgência. De repente, passo a mão na minha coxa e logo depois pela virilha, para confirmar, a sensação, tem pouco mais de 2 meses que não me depilo e nem faço as unhas. Quase entro em desespero, isso nunca teria acontecido se Willy estivesse comigo. Vou quase correndo para a pousada, pego a motinho de Sílvia e vou até a casa de Ana, minha amiga. Explico minha situação, ela cai na risada, mas diz que sim, que pode me ajudar. Pega o telefone e faz uma ligação,

- Meu amigo diz que amanhã tem horário as 10 horas pra depilação, vc quer pé e mão tambem ?
- Quero, pode marcar !

Ela confirma com o amigo e me passa o endereço.
No dia seguinte, pouco antes do horário chegou no salão, tenho uma agradável surpresa, muito mais arrumado que eu esperava para a praia e melhor ainda ninguem naquele horário. Na recepção, Carlinhos me recebe.

- Você é Lê, sobrinho da Marta, né ? ... Uma querida ... faz tempo que não vejo ... Então, depilação; pé e mão, certo ?
- Sim, tah mais que na hora ...
- Não quer aproveitar e fazer o cabelo ?

Me olho no espelho, mexo no cabelo e resolvo fazer tambem.

- Quero sim, mas tipo, quanto vai custar ???
- Pra você e pra ganhar uma cliente XXX reais, tá bom ?
- Nuuuuzzzz tah ótimo ! Amei !!!!!!!!!!!!!!!

E começa meu dia de beleza. Cheguei as 10 e saio as 3 da tarde, me sinto 200 quilos mais leve e a auto-estima lá em cima.

- segue 2 -

Foto 1 do Conto erotico: MORANDO NA PRAIA - Parte 1

Foto 2 do Conto erotico: MORANDO NA PRAIA - Parte 1

Foto 3 do Conto erotico: MORANDO NA PRAIA - Parte 1

Foto 4 do Conto erotico: MORANDO NA PRAIA - Parte 1

Foto 5 do Conto erotico: MORANDO NA PRAIA - Parte 1


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Comentários


foto perfil usuario cajueiro

cajueiro Comentou em 09/02/2022

❤😍🤩

foto perfil usuario casalbisexpa

casalbisexpa Comentou em 22/11/2020

delicia de conto e fotos




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Ficha do conto

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Nome do conto:
MORANDO NA PRAIA - Parte 1

Codigo do conto:
167855

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
18/11/2020

Quant.de Votos:
14

Quant.de Fotos:
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