O sol raiava ferozmente naquele domingo, com seus raios dourados cobrindo os campos verdejantes da Inglaterra conforme subia aos céus, anunciando a manhã para os moradores de uma pequena vila de pescadores e fazendeiros, que já estavam de pé antes mesmo da lua deixar seu posto e sumir entre as nuvens matinais. Entre eles estava o fazendeiro mais respeitado daquela região, o Sr. John. John tinha em torno de 50 anos de idade, seus cabelos grisalhos e bem cortados davam espaço para uma barba rala igualmente acinzentada, que enquadravam um belo par de olhos azulados com sobrancelhas grossas, sinal de que aquele homem já havia vivido diversas aventuras e perdido diversas pessoas durante sua vida. Apesar de sua idade, John ainda estava em boa forma devido ao trato da fazenda, os braços grossos e peitoral largo davam espaço para uma leve barriguinha, que acompanhava também grossas coxas e pernas tonificadas devido ao trabalho pesado, tudo isso acompanhado por sua altura de 1,90.
O senhor tinha respeito naquela região por ser um dos mais velhos e também um dos que mais contribui para o vilarejo, porém sua humildade e bravura de um paladino sempre lembravam das raízes que aquele rapaz tinha. Naquela manhã, John cuidava do pasto enquanto sua mulher e filha preparavam a comida para o café da manhã. John, após terminar seus afazeres e vendo que sua esposa ainda colocava os pratos na mesa, decidiu comprar peixes para o almoço antes que os melhores se esgotassem antes mesmo do meio dia. E assim foi feito, trazendo consigo duas trutas pesadas, porém para ele não tinham tanto peso assim.
- Bom dia querida! - Disse John, adentrando em sua casa abaixando um pouco a cabeça para não a bater na entrada. - Trouxe peixe para o almoço.
- Bom dia, meu amor. - A esposa de John, Helena, virou-se desamarrando o avental e ficando na ponta dos pés para dar um selinho no marido.
A casa de John era bem simples, feita com madeira e telhado de feno, talvez a coisa que mais chamasse atenção logo de cara era a reluzente espada de duas mãos que estava encostada em um dos cantos da sala. Deixando o peixe no balcão da cozinha para ser descamado mais tarde, John e sua família sentaram-se à mesa para comer, enquanto conversavam sobre o que fazer durante o dia. Sua filha ria com as piadas e brincadeiras que John fazia durante a comilança, era realmente um dia pelo qual iriam aproveitar bastante. Após terminarem de comer, lavar e guardar tudo, John voltou para suas tarefas diárias, apenas mais um dia pacato para ele.
Bem, pelo menos era o que ele achava até aquele momento. Ouviu um berrante ser tocado ao longe, se aproximando cada vez mais. John saiu de onde o gado ficava e olhou para baixo da colina, onde ficava a entrada do vilarejo. Um barco pagão se aproximava cada vez mais com diversos homens e mulheres trajando peles de lobos e armaduras simples com seus machados e escudos vinham em sua direção, pilhando todas as coisas que encontravam pela frente enquanto os fazendeiros lutavam sem técnica nenhuma com seus forcados. John rapidamente correu para sua casa, pegando na mão de sua filha e de sua esposa, colocando-as em cima do cavalo mais saudável que tinham. A expressão de confusão e medo no rosto das duas era visível.
- Papai, o que está acontecendo. - Sua filha dizia, com o pavor em sua voz.
- Uma invasão, pequena. - John terminava de amarrar a sela do cavalo, suas mãos tremiam com a possibilidade de perder sua filha e esposa. - Vocês vão correr na direção da cidade mais próxima que tiver, peçam refúgio em meu nome, saberão quem sou eu.
- John, você não vai conosco? - Helena já tinha a rédea em suas mãos, porém seus olhos enchiam de lágrimas.
- Irei atrasá-los para vocês. - E após isso empurrou o cavalo para frente, o mesmo saiu em disparada pela estrada. Sumindo no horizonte. John correu para dentro de casa, pegou sua espada e vestiu sua malha de ferro. Assim que saiu deu de cara com um dos invasores prestes a entrar em sua residência. O pegou desprevenido e acertou um golpe em seu braço, fazendo o mesmo largar o machado aos berros. Com um giro para desviar do golpe do viking, John cravou a espada em suas costas, o viking caiu no chão naquele mesmo instante, porém não estava morto.
- Homem... - Disse ele, enquanto o sangue escorria pela sua boca. - Me dê meu machado, por favor...
John não iria negar os últimos desejos de alguém quase morto, pegou o machado no chão e o colocou sobre o peito do rapaz, que agradeceu com um sorriso e fechou os olhos. O rapaz de quase 2 metros era notável, vinha para o meio de batalha arrasando os inimigos a frente, pouco a pouco eles caíam, e quando John achou que a batalha estava ganha, o viu se aproximar.
Um rapaz, com não mais que 25 anos. Tinha os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo com as laterais completamente raspadas, ostentando uma barba cheia igualmente loira. Caminhava com dois machados na mão, trajando apenas uma calça de lã e botas de couro, com o peito completamente desnudo. O suor delineava seus músculos salientes, que diferente de John, eram completamente tonificados. Ele se aproximava pouco a pouco, em meio a batalha, tinha em torno de 1,70 com pelos loiros cobrindo seu peitoral, descendo pela sua barriga e sumindo pelas suas calças. Ele não demonstrava medo, na realidade em seu rosto aparentava ter apenas ódio, um ódio que emanava de seus olhos azuis que eram claros como gelo. Sua caminhada então acelerou, ele se aproximava cada vez mais de John, ele estava com sede de sangue, e John apesar de hipnotizado pela aura que o viking emanava, não se deixou abalar.
Assumindo a posição de combate, John conseguiu aparar os primeiros golpes do rapaz, que não se intimidava pelo tamanho do fazendeiro. Os outros vikings já tinham terminado seus serviços, estavam apenas observando a fervorosa luta que ocorria no centro do vilarejo, o Sr. John era o último fazendeiro de pé naquele lugar. O viking conseguiu realizar um corte no braço largo do fazendeiro, que retrucou com um corte no ombro do loiro. Eles lutavam como dois animais ferozes, porém ambos tinham uma certa elegância como se dançassem ao mesmo tempo.
Essa luta se seguiu por diversos minutos, ambos estavam exaustos e ofegantes, completamente molhados de suor. John então partiu para cima do viking, conseguindo desarmá-lo com um golpe só. Porém, quando os outros vikings iam interferir, o loiro aplicou um golpe no braço de John que também o desarmou. Eles então passaram a trocar socos entre si, os golpes eram duros e pesados, e com uma certa vantagem devido a idade, o viking aplicou uma rasteira em John, o derrubando na lama e ficou em cima de John, pressionando suas costas contra o chão, aplicando diversos golpes no rosto do fazendeiro.
John defendeu-se como pôde, porém uma hora ele simplesmente apagou, dando-se por vencido. O viking saiu de cima do fazendeiro, com o rosto inchado devido aos golpes do mesmo e levantou os braços, dando um urro aos céus. Os outros vikings se reuniram com seus próprios urros. Outro viking se aproximou do combatente. John não conseguia ouvi-los, achou que tinha morrido na realidade.
- Odin, o que fazemos com esse daí? - O viking mais jovem dizia, apontando para John.
- Ele lutou bravamente, de igual para igual comigo. Seria um desperdício deixá-lo para morrer aqui. Vamos levá-lo conosco, ele pode ser útil. - E assim foi feito. Tendo seu corpo arrastado por uns três homens, John foi colocado no barco e levado para longe de seu vilarejo. Para longe de sua família.
John acordou em uma cama feita de palha, sentia suas mãos acorrentadas, assim como seus pés. Tentou se levantar, sem sucesso nenhum, tinham amarrado ele com certa força. Via o viking com o qual lutara, Odin, andando pelos aposentos, aparentemente ainda não tinha reparado que ele estava acordado. Naquele ambiente, Odin emanava outro tipo de atitude, alguém mais calmo, centrado e até mesmo pacífico. Seu corpo estava coberto de bandagens, e John reparou que agora ele trajava apenas um calção de pano, deixando a mostra suas pernas grossas e musculosas. John poderia passar o dia inteiro olhando para ele, apesar do ódio que sentia, algo naquele homem fazia com que John não conseguisse parar de olha-lo. Ele notou a observação e virou-se, dando de cara com John o encarando.
- Ah, vejo que acordou. - Odin estava muito mais descontraído naquele ambiente. Em sua mão tinha uma pequena faca, que ele brincava passando-a pelos seus dedos. O loiro se agachou próximo de John, colocando a faca em seu pescoço. - Olha, você tem duas opções. No momento você está bem longe da Inglaterra, só conseguirá chegar lá de barco. O único barco disponível aqui é o meu, e você não vai conseguir pegar ele sem estar morto. Você pode tentar ir a cavalo para outro lugar, mas duvido que você passará despercebido pelos guerreiros daqui. Então vamos fazer o seguinte... - Odin retirou as algemas e amarras que prendiam o fazendeiro. - Você pode ser um homem livre aqui entre nós e virar um guerreiro, eu assegurarei pessoalmente que você seja bem recebido entre todos, ou você pode virar meu escravo.
John não podia acreditar no que ouvia. Seu primeiro instinto foi se levantar para correr, porém sabia que isso era uma péssima ideia. Não tinha opção a não ser acatar o que aquele menino dizia. Demorava para responder, como se estivesse matutando as ideias em sua cabeça. O viking ficou impaciente, levantando-se logo em seguida.
- Não precisa responder agora, só lhe digo que deverá responder ainda hoje, meu pai não gosta de ficar esperando os outros para definir as coisas. - Dizia, andando para um barril cheio de água. O rapaz retirou o calção que utilizava ficando completamente desnudo em frente ao fazendeiro, que virou o rosto no primeiro momento, porém sua visão periférica notou que Odin tinha um corpo escultural, como se seus músculos tivessem sido esculpidos por anjos, com leves pelos loiros bem distribuídos em suas coxas, subindo na direção de suas nádegas e desaparecendo gradualmente antes mesmo de chegar nas costas. O viking entrou no banho, soltando um leve gemido de satisfação após isso. Então ambos ouviram passos ao longe, como se alguém estivesse entrando em casa. - Fazendeiro, rápido, pegue essa esponja e passe em mim.
- O quê?! - John estava incrédulo.
- Eu disse que você seria meu escravo enquanto você não se decidia, se meu pai te ver aí parado ele vai te matar com certeza. - John se levantou cambaleante, percebeu que só estava com sua calça esse tempo todo, sentindo pela primeira vez o vento gelado daquele lugar batendo em seu peitoral, seus pés descalços andaram até o barril, ele pegou a esponja da mão do viking e começou a passar em suas costas, e então seu peito e por fim sua barriga.
Um homem com barba ruiva e completamente careca adentrou nos aposentos enquanto John fazia isso, não parecia ter muito mais que a idade de John, na realidade parecia até mais novo. Ele retirou sua capa e sua camisa, mostrando seus músculos salientes porém preenchidos com uma camada de gordura, diferente do filho que era completamente envolto de músculos. Ele se aproximou de John, lhe lançando um olhar superior, por fim ele se aproximou de Odin e lhe deu um leve beijo na cabeça, saindo daquele lugar sem falar absolutamente nada. O fazendeiro suspirou, enquanto Odin soltou um leve gemido.
- Hey, está se divertindo aí? - John não notara, mas passava a esponja no pênis duro do rapaz, um membro de 21cm e incrivelmente grosso. O fazendeiro largou a esponja e se afastou, com seu rosto completamente vermelho.
- Me desculpe, eu não pretendia...
- Não se preocupa, eu sei que foi sem querer.
- ODIN! - Uma voz estrondosa e grossa ecoou pelos cantos da casa. - Terminou seu banho?!
- Sim, pai! - Disse Odin, se levantando e secando-se com um pano, ainda com o pau em meia-bomba.
- Venha aqui, e traga seu amigo.
Ambos foram do jeito que estavam para o quarto do pai de Odin, Harald. O ruivo lançou John para a cama, deixando-o sentado, enquanto arrancava a toalha do filho e num movimento só beijou o filho, introduzindo sua língua na boca do mesmo, que retribuiu na mesma hora, colocando seus braços ao redor da cintura do pai, e algo ocorreu com John, algo que ele nunca achou que pudera acontecer numa situação dessas, ele começou a ter uma ereção. O ruivo separou-se do filho para tomar fôlego, com uma linha de saliva que ligava suas línguas, olhou para John com certo desdém.
- Você vai participar ou não? - Disse, sério. E a resposta de John foi a mais chocante para todos ali naquela sala, incluindo ele próprio.
- Vou.
CONTINUA
Amo esses contos de época, continua pfv
Maravilhoso conto, bem escrito e muito detalhado, me senti na sala observando toda a situação. Parabéns, seus contos são incríveis
Excelente.Espero ler a segunda parte.Melhor do que as "brodheragens" reminiscentem q assolam o site.Bem,bem imaginado e encaminhado com maestria.Votadissimo.