Nova nomenclatura “ BOM DE CONVERSA’’ (1)

Moro num bairro residencial, considerado de classe A
Tenho uma vizinha entre quarenta e quarenta e cinco anos, e nem soube realmente qual é sua idade porque tenho um habito comigo : mulher bonita não se pergunta idade.
Toda tarde ela sai e fica andando com o seu cachorro amarrado numa corda e que eu imagino é para desestressar o cachorro que fica fechado dentro de casa.
Tona se que ela não trabalha fora, isso é coisa do seu marido, parece que ela tem um filho só e este estuda fora.
Toda tarde ela sai e repete a mesma atividade. Está sempre vestida com uma bermuda jeans e com uma camiseta estampada ou com um desenho bonito e único o que diz que a camiseta é de grife .
Ela deve ter um metro e setenta no máximo, cabelo com o cumprimento ao meio das costas, já deixa transparecer uma quantidade pequena de fios brancos e que demonstra que ela assume sem remorso.
A bermuda cobre as pernas acima dos joelhos umas cinco polegadas, e deixa a vista aquele inicio de cochas roliças e bem feitas.
Embora sou respeitoso, mas muitas vezes em que eu estava usando um óculo de sol posso olhar mais com mais afinco na vizinha.
Ela sem sombra de dúvida é muito desejável e sem dúvida nenhuma carente pois não recebe do marido os carinhos que merece.
A minha geração, com sessenta e seis anos de vida e com o modernismo atuais em voga tudo é assédio a vizinhança é sagrada.
Principalmente eu que sempre fui igual a cascavel. Sabia que a cascavel não erra o bote (picada), dizem que se tiver um raminho, por mais insignificante que seja a sua frente e que ela possa errar o bote ela não dá.
Mas uma tarde dessas, coloquei a minha moto na calçada e estava engraxando a corrente da mesma pois iria no outro dia fazer uma viagem próxima, mas queria ir de moto pois assim dava uma carregada na bateria.
Estava eu ajoelhado, com o pincel e a lata de graxa, onde eu girava a roda traseira com uma mão e com a outra eu passava o pincel de graxa.
Eis que eu a vejo aproximando na minha calçada e chegando bem próximo falou “nossa está sua moto é muito bonita” .
Levantei me e falei obrigada, eu também acho ela linda.
Aí ela fala: sabe que meu sonho de consumo é andar na garupa de uma moto, mas meu marido detesta porque é muito perigoso!
Eu retruquei realmente é perigoso, mas avião, elevador também é. E fomos conversando aí ela pediu para que eu desse partida na moto para ela ver.
Depois ela perguntou me se os capacetes eram sufocantes. Eu disse que os capacetes são comprados de acordo com o tamanho da cabeça do usuário e os capacetes mais modernos a gente nem percebe. E perguntei se ela queria ver o ultimo que havia acabado de comprar e fui buscar pra ela ver.
Mostrei a ela e ela quis colocar na cabeça, ajudei ela colocar e fiz todos os movimentos com ela para ela sentir e o que mais a encantou foi as lentes de sol que tem dentro do mesmo para ser usado quando se anda contra o sol.
Ficamos tranquilos por a vizinhança que passavam nos cumprimentavam e de longe sabia que o assunto era sobre moto.
Conversamos por mais de meia hora, depois ela retornou a sua casa, disse que eu era bom para conversar e me deu aquela olhada MENINA QUE TEM LUMBRIGA risos e muito!
Vamos dar tempo ao tempo, as arestas do desconhecido haviam sido rompidas.