Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
Pasárgada é uma terra onde tudo é possível, por isso vou plagiar nosso brilhante poeta para escrever está sobre um lugar onde estive, onde vivi por algum tempo. Este lugar é de paisagens paradisíacas, cachoeiras, mar exuberantes e pessoas belíssimas. Ali todos são felizes, realizados, há uma energia vital esplendida. Seus corpos são maravilhosos, não há preconceito. Não importa se você é gordo, magro, alto, baixo, depilado ou peludo. Tudo é admitido, tudo está liberado. Sua opção sexual e suas fantasias podem ser intimas ou publicas, pouco importa. Ninguém está preocupado. Cada um está focado em apenas viver a sua vida, dentro dos seus limites ou da total falta deles.
Mulheres de todas as idades trepam com os homens que desejarem e fazem aquilo que lhes dá prazer. Elas são putas, devassas, dominatrix, submissas e se aceitam da forma como são. Algumas adora chupar um pau, outras uma buceta e tem as que preferem ambos. Há aquelas que se divertem com os seus brinquedos, que amam dar o cuzinho e que adoram ser penetradas em suas bucetinhas com toda a força que um membro duro possa ter. Elas vivem e viverão somente pelo prazer, um prazer livre. Onde a dor ou carinho são apenas dois lados de uma mesma moeda. Elas se dão ao direito de serem o que são, podem ter corpos tidos pela sociedade como perfeitos ou não, isso pouco importa já transcenderam o trivial.
Os homens por sua vez trilham o mesmo caminho. São musculosos, fortes, cheios de vida. Outros gordos, sedentários. Existem Doms, Lords, submissos, escravos, cornos, bissexuais, gays, indefinidos. Assim como as mulheres, há os adoram uma buceta, um cuzinho, uma rola, uma vela no cu, um chicote no lombo, uma coleira, uma humilhação. Há também os românticos, os castos, os virgens, os punheteiros. Tudo está ali, tudo está aqui. Entre quatro paredes, dentro do carro, na praça publica, no shopping center, com ou sem fantasia, quando dá vontade e tesão, não importa o local estão sempre prontos para foder.
As famílias também são assim. Há de todos os tipos. Há monogâmicos que fantasiam casamentos abertos, homens que imaginas suas esposas sendo fodidas por outros e mulheres que querem ver seus parceiros penetrando outras bucetas ou cus, há ninfetas que se sentam no colo de seus pais para sentirem seu pau duro na bucetinha, há filhos que fodem suas mães e irmãs. Também tem as donas de casa com seus amantes, mulheres que criam seus filhos dentro de padrões conservadores, mas trepam como loucas com outros homens e mulheres. Há pais de família que são machões para a sociedade e que a noite vestem arreios, plugs anais e cintos de castidade, virando putinhas, cadelinhas, escravinhas de um DOM ou DOMINATRIX. Não há julgamento, não há hipocrisia. Tudo é somente prazer.
Há gente letrada, culta, cheia de conhecimento, mas também há analfabetos funcionais. Alguns falam outras línguas, são estrangeiros, outros mal conseguem falar a língua mãe. Há ricos, há classe média, há pobres. Bancos, Negros, Índios, Mestiços. Sim há fantasias de mulheres brancas eu sonha sem fodidas por negros dotados, homem que sonham trepar com japonesas, brancos que deseja mergulhar no mar de uma buceta negra. Todos, porém, falam uma mesma língua e tem um mesmo desejo: sexo ardente sem limites.
Meninos e meninas em busca do descobrimento de novos limites, ainda indefinidos quanto a sua sexualidade. Procuram na experiência e no exemplo dos mais velhos encontrar seus caminhos. Há tanto e tantas opções que as vezes os deixam confusos. E é justamente nesta confusão, neste caos dos desconhecidos que mergulham oferecendo seus paus, suas bucetas, seus cus e suas bocas no altar do sexo. Alguns são virgens que se masturbam pensando seus pais e mães, nos amigos da família, no vizinho e na vizinha, no coleguinha da escola ou no seu artista preferido. A liberdade tem cheiro e sabor. Cheiro de suor, de porra, de buceta gozada, de cuzinho. Os sabores seguem a linha e origem, há gosto e cheiro para tudo. Os limites estão dentro e não fora.
Bem, por isso vou embora para Pasárgada. Pois ela fica bem aqui e agora, ela atende pelo nome de imaginação. Neste lugar não há censura, nem limites, todos são o que são. Ativos, passivos, garanhões, putas, sádicos, masoquistas, cornos, escravos, cadelas, brochas, impotentes. O rótulo não é dado, ele é assumido, autoimposto. Este mundo imaginário segue outras regras e alguns caso se torna real em outros permanece hermeticamente fechado em seus medos e preconceitos, seus desejos não realizados.
Bem-vindo a Pasárgada, mas para entrar lembre-se que é necessário ter um visto ou ser amigo Rei. Seu passaporte deve trazer dois carimbos: o da imaginação e o da liberdade.
Diante sua descrição: ..."Mulheres de todas as idades trepam com os homens que desejarem e fazem aquilo que lhes dá prazer. Elas são putas, devassas, dominatrix, submissas e se aceitam da forma como são. Algumas adora chupar um pau, outras uma buceta e tem as que preferem ambos"... Também quero ir para PASSARGADA! S2 Betto o admirador do que é belo S2
O bom Manoel Bandeira estaria achando curiosa esta sua licença poética! Lemos e votamos.