Amarrações Emocionais: São vínculos profundos e muitas vezes inconscientes que uma pessoa tem com outra, geralmente baseados em experiências passadas, traumas ou necessidades emocionais não resolvidas.
Amarrações Cognitivas: Referem-se a padrões de pensamento que mantêm uma pessoa presa a certas crenças ou atitudes. Isso pode incluir pensamentos negativos recorrentes ou crenças limitantes sobre si mesmo ou sobre o mundo.
Amarrações Comportamentais: São hábitos ou comportamentos repetitivos que uma pessoa tem dificuldade em mudar, mesmo quando são prejudiciais. Isso pode incluir vícios, compulsões ou padrões de relacionamento tóxicos.
Amarrações Relacionais: Envolvem dependência emocional ou codependência em relacionamentos, onde uma pessoa sente que não pode viver sem a outra, mesmo que o relacionamento seja disfuncional.
Amarrações Psicológicas: Podem incluir traumas não resolvidos, medos ou fobias que limitam a liberdade de uma pessoa e afetam sua capacidade de viver plenamente.
Identificar e trabalhar para quebrar essas amarrações pode ser um processo importante na terapia, ajudando a pessoa a alcançar maior liberdade emocional e psicológica. O problema é quando o terapeuta é especialista em amarrar as pessoas, usando técnicas avançadas de Bondage. Principalmente,
o shibari uma antiga forma de dominação artística japonesa, feita com cordas. É uma prática moderna que envolve amarrar pessoas. O ato evoluiu para muitos ramos e práticas diferentes, e se tornou algo que as pessoas podem usar para expressão artística e autocuidado. A prática serve para dar prazer à outra pessoa, mas sem machucá-la.
Roxana tinha um desejo não muito simples. Ela queria ser dominada, algemada e logicamente amarrada e suspendida. Mas havia as amarras psicológicas que não permitiam confiar em ninguém com capacidade de imobilizá-la, Antes de transformá-la numa escultura viva, era necessário abrir a porta da gaiola de outro que mantinha no cativeiro mental.
Existem centenas de nós e amarras que podemos fazer utilizando cordas, mas quando se trata de nós e amarras mentais estamos falando de milhões que se acumulam ao longo da vida. Existem as crenças, os medos, os traumas, a insegurança, o abandono, a ansiedade, as preocupações, a lista são intermináveis e codependentes, tudo interligado num espaço sem limites e barreiras, um terreno fértil para todo tipo de manipulação e dominação.
Mas a técnica de combater fogo com fogo pode ajudar com isso. Pedi que Roxana tirasse a sua roupa e com paciência monástica fui amarrando seus pés, mãos e tecendo uma linda escultura de carne, sangue, ossos e cordas. Ao final, ela estava completamente imóvel e a mercê de todas as minhas vontades. Não pertencia mais a si mesma, restava-lhe somente os pensamentos e o medo.
A mantive por horas naquele estado. Até as lagrimas e a insegurança deram lugar ao prazer. Roxana sublimou e aos poucos percebeu que todo o peso que trazia era irreal, coisas que foram colocadas no seu inconsciente por dezenas de ano. Quando foi chupada, sodomizada e penetrada enquanto estava amarrada chegou ao clímax pleno devido a impossibilidade de assumir qualquer controle. Entendeu que o mundo é mecanismo onde na maior parte do tempo somos apenas passageiros presos a ancoras de um passado.
Gozar é se entregar, gozar é deixar fluir, gozar é largar. Sempre, só é possível chegar ao orgasmo pleno através da transcendência. Imobilizada, Roxana entendeu que não necessitava buscar o prazer, ele poderia vir até de diversas formas e que naquele momento não poderia recusar, pois o poder de lutar lhe fora retirado. Eu poderia fazer qualquer coisa e ela nada poderia fazer. As cordas e mordaça como num passe de mágica lhe retiraram tudo. Não tendo mais nada, o que resta?
Na viagem da imobilidade, do domínio pleno, libertou-se. O gozo farto que escorria pelas suas pernas era a catarse, a porta que a levaria a novos estágios. Naquele momento, entendeu toda a simbologia de seu nome de origem persa significa "estrela brilhante" ou "aurora". É um nome que carrega um sentido de luz e esperança. Mesmo assim, neste batismo como submissa, ao ser desamarrada, recebeu outro nome.
Frida, e origem germânica, significa "paz" ou "liberdade".