Estou achando que me alonguei muito nos detalhes, por outro lado receio suprimi-los e perder a riqueza e a estética do conto, fugindo de uma realidade que tanto pode ser somente imaginária como também pode ser real, isso os leitores terão que tentar descobrir, fazendo o seu próprio julgamento. Enfim, vamos aos fatos sejam eles reais ou imaginários.
Tinha acabado de comprar e tomar posse de uma fazenda relativamente grande perto de uma cidadezinha pequena e pacata encravada na Chapada Diamantina, na Bahia, com o capital proveniente da venda de um apartamento e outros imóveis meus em Salvador.
Como sou ainda relativamente jovem, embora tenha já o cabelo quase branco, pensei comigo mesmo que iria me sair bem na empreitada já que conheço um pouco dos trabalhos e até da técnica por já ter feito até faculdade ligada ao ramo. Tudo acertado, lá fui em busca do meu futuro já que a vida na cidade grande estava por demais difícil, complicada, para não dizer insuportável.
Logo ao chegar tive que arrumar tudo, pois apesar de ter boas instalações e até uma boa casa, a fazenda estava abandonada há tempos e isso demandou tempo e trabalho me fazendo ir e vir a cidade muitas vezes em busca de material e pessoal para as reformas. Soube depois, que passei a ser conhecido como: “O coroa rico que comprou a fazenda grande”. E tudo isso porque pagava tudo a dinheiro e tinha um carro novo e importado.
A medida que as coisas ficavam prontas e tomavam forma pude me dedicar as lidas do campo, pois é o que realmente gosto e passava quase que os dias em cima de um cavalo a fazer as pequenas mudanças que podia e idealizar as grandes, afora isso, banho no rio à tarde, uma pescadinha e nada mais, a vida estava se tornando monótona principalmente para uma cara que tinha se habituado desde menino a vida agitada da cidade grande.
Aos poucos fui travando conhecimento na cidade, primeiro com o pessoal do comércio e dos dois bancos onde operava e depois com mais algumas pessoas que tinham trabalhado para mim nas reformas, com isso o conhecimento foi aumentando mesmo porque, sempre que ia lá parava para tomar uma cervejinha no bar da praça central ao meio dia e ficava olhando o entra e sai das pessoas no comércio e dos jovens que vinham do colégio.
Numa dessas vezes em que estava no bar fui apresentado pelo dono a algumas pessoas que também tomavam um aperitivo e vim a saber que eram o Prefeito, alguns vereadores e um outro que era o Diretor do Colégio e que se chamava Celso, e com quem me identifiquei logo de saída, ele então me falou da dificuldade de conseguir pessoal para lecionar principalmente matérias profissionalizantes, e fez várias perguntas a meu respeito, como vim parar naquele fim de mundo sendo um cara de cidade grande, se era formado, em que, e coisas assim. O papo estava até animado mas tinha que ir embora pois muito trabalho ainda me aguardava na fazenda.
Fiz amizade com Celso e nos encontrávamos frequentemente e em uma dessas vezes ele me confidenciou que uma grande dificuldade sua no colégio para manter a disciplina, era como controlar as moças já que elas eram em número bem maior, isso porque os rapazes migravam para cidades maiores em busca de trabalho e os que ficavam eram muito disputados e as brigas eram constantes,que a quantidade de aulas vagas era grande pois faltava professor para algumas matérias profissionalizantes sem as quais os cursos não iriam poder ser concluídos no final do ano e que na cidade não tinha ninguém capacitado, aquilo era um convite explicito mas me fiz de desentendido pois não queria ter maiores interferências na vida da cidade, já que um dos motivos de estar ali era me isolar e cuidar somente do que era meu. Enfim não queria envolvimento com ninguém e nem com nada.
Mas como tudo que tem que acontecer acontece, Celso, um dia me levou para conhecer o colégio e solícito me mostrou tudo, o que pretendia fazer, seus projetos e ai queixou-se novamente das dificuldades com que se batia no dia a dia. Me apresentou a vários professores onde a maioria era mulheres sendo algumas até muito bonitas e que eu já conhecia de vista, de passar pela praça e por fim no seu gabinete quando tomávamos um cafezinho me perguntou se eu não poderia ajudá-lo a concluir aquele ano letivo que estava por demais complicado, perguntei como e de pronto veio a resposta que eu mais temia:
- Você já me disse que foi professor num colégio em Salvador e na sua sala tem seu diploma de faculdade, então porque não ensina aqui uma ou duas matérias para as quais não tenho professores desde o início do ano e que sem elas não posso encerrar o ano letivo?
- Celso, me deixe fora disso, não quero mais me envolver com essas coisas, meu tempo disso passou, por favor!
- Mas Sérgio, não iria te atrapalhar em nada pois as aulas desse curso são à noite e combinei já com o prefeito para te fornecer o combustível como uma ajuda. E por outro lado você cooperaria com a cidade uma vez que sem essas aulas não pode haver formatura no final do ano, lhe prometo que a quantidade será somente a exigida por lei para que as turmas possam formar e quanto à disciplina não se preocupe pois a noite os alunos são quase todos adultos já. Você não terá problemas por esse lado.
Prometi pensar no assunto e procurei ir embora o mais rápido possível, não queria uma participação maior na cidade, mas também por outro lado não podia ficar insensível às dificuldades pela quais tantas pessoas passavam e bem ali na minha frente sendo que a solução estava nas minhas mãos... Me debati nessa dúvida pelo resto do dia e a noite e no outro dia à tardinha quando chegava do campo chegam na fazenda uma comitiva com o Celso, o Prefeito e mais dois vereadores, a visita era importante não restava dúvida e depois de uma cervejinha entraram no assunto principal. O Celso tinha convencido o Prefeito a fazer um contrato emergencial para minha contratação pela Prefeitura para ministrar as tais matérias e poder assim haver a formatura no final do ano. Diante de tanta insistência não pude me recusar, e, meio à força assumi o compromisso, pedindo só uma semana para relembrar os assuntos e preparar as aulas.
Fui apresentado as turmas e comecei a trabalhar, ministrava as aulas e procurava não me fixar em ninguém, notava os olhares de interesse tanto de algumas professoras, algumas até casadas como das alunas, principalmente, era alvo da curiosidade de todos mas me fazia de desentendido e a coisa ia rolando, desempenhava as obrigações da forma mais impessoal possível, pouca conversa com todo mundo, mas na vida tudo muda até sem que a gente queira, na maioria das vezes.
Uma certa noite ia saindo do estacionamento quando alguém bate de leve no vidro da janela do carona, como o vidro é escuro não reconheci logo mas baixando o vidro dou de cara com uma professora, a mais bonita que tinha no Colégio, fama de durona, mas casada, que pergunta sem meias conversas.
- Vai pra os lados da praça, Prof. Sérgio?
- Mesmo que não fosse, agora já vou, entre, por favor! – Disse solícito e cortes, e abri a porta.
Sentou-se e com isso a saia subiu um pouco mostrando boa parte das coxas, fiz que não notei e perguntei onde queria ficar:
- Na praça mesmo, vou passar no caixa eletrônico do Banco. Então, tá gostando de dar aulas?
- Estou sim, revivendo uma parte da minha vida anterior.
- Ah! Então já foi professor antes? Ninguém aqui sabe disso, os alunos estão gostando das suas aulas, só dizem que o Sr. não brinca muito.
- Precisamos correr um pouco, a matéria está muito atrasada e o tempo é curto.
- Isso acontece com quase todos os colégios do interior, nossos governantes só priorizam a capital e as cidades maiores, nas outras os diretores é que tem que se virarem pra arranjarem professores, como faz o Celso!
- Estou quebrando o galho para ele mas não posso ficar muito tempo, tenho outras coisas a fazer...
- É, falam muito do Sr. cidade pequena sabe como é... Mas a verdade é que ninguém sabe de muita coisa do Sr... – Disse me dando uma deixa para que me abrisse, mas fiz de conta que não notei e retruquei:
- E a Senhora? Como veio parar aqui, ou é daqui mesmo?
- Não, sou de fora, uma outra cidade bem maior que essa, meu marido é que é daqui e tive que vir com ele, e para não ficar só em casa, resolvi ensinar. Ele trabalha quase que fora e viaja muito, as vezes passa até dias ausente.
- Sei, logo vi... Uma mulher bonita assim não podia ser daqui, ainda não vi ninguém daqui com tanta beleza, verdade que até tem algumas moças bonitinhas, mas com essa beleza toda, não! – Disse olhando bem dentro de seus olhos verdes cinzas, que estavam fixos nos meus. Ela continuou olhando e só um tempo depois é que olhou pra baixo, ruborizada.
- Obrigado pelo elogio, logo se vê que o Sr. não é daqui, os homens daqui não sabem fazer elogios com essa delicadeza, logo que cheguei aqui estanhei muito, até os amigos do meu marido que iam lá em casa me olhavam de um jeito que me deixavam sem graça...
- Normal isso em cidade pequena e com uma mulher bonita assim, todo mundo deseja... – Ela tornou a corar de uma maneira linda. – Não quis constranger a senhora, falei rápido.
Ela só riu e assim chegamos à porta do Banco onde agradeceu e saltou, mas antes de ir-se, olhou bem dentro dos meus olhos e disse:
- Mas o senhor ainda continua sendo um mistério!!! Não pense que me enganou, me fez falar de mim, mas do senhor mesmo, não disse nada. Tchau! – E dando-me as costas, foi-se.
Eu? Logo eu que sou tão simples, um mistério, me deu vontade de chamá-la para perguntar por que um mistério, mas não fiz nada e continuei no carro apreciando ela atravessar a calcada e entrar no banco, que corpo gostoso tinha, falsa magra, peitinhos que marcavam a blusa, ao que parecia durinhos e médios, mais chegados aos pequenos, cintura fina que ajudava a destacar a bunda não muito grande mas empinada e para lá de tesuda, e com aquela sainha que vestia hoje... Meu Deus! De onde emergia um par de coxas morenas claras, grossas, certas... Um verdadeiro manjar dos Deuses, se é que isso existe mesmo. Restava só saber se ela sabia usar tudo aquilo, mas se soubesse seu marido era mesmo um agraciado pela sorte.
Parei no bar para tomar uma cerva antes de pegar a estrada para casa e ainda tinha na mente aqueles par de olhos cinza verdes, tranqüilos, seguros, mas com uma carga de sedução que não sei se ela mesma sabia que tinha. Nos dias seguintes, nos intervalos entre as aulas, sempre rolava um papo na sala de professores, mas eu aproveitava para ler algum assunto das aulas ou corrigir alguns testes, mesmo assim notava que Elaine me olhava insistentemente, procurava não corresponder muito para que não notassem o quanto aqueles olhos mexiam comigo mas a verdade é que inconscientemente buscava também seus olhos e ficava bebendo no seu olhar, sentia que ela enrubescia e que as vezes seus peitos ficavam mais pontudos do que já eram normalmente, será que estava despertando tesão naquela linda mulher? Numa dessas pequenas discussões alguém pediu meu parecer e quando notei estávamos em campos opostas de batalha verbal, ela defendia com ênfase seus pontos de vista e eu apresentava meus argumentos com calma e firmeza, nesses momentos seus olhos fuzilavam, me queimavam... Os outros saíram para aula e lá ficamos só nós, eu tinha já acabado as minhas, ela em aula vaga.
A conversa foi baixando de tom e se perdendo em longos intervalos, mas os olhos se devoravam, falavam por si mesmos, tinham vida própria. Me dirigi à geladeira e bebi água, quando me voltei para ir embora quase esbarrei nela, estava bem próxima de mim ficamos em pé frente a frente, nos olhando e dando vazão aquele tesão que não precisava de palavras para explodir numa força brutal, respirei fundo me controlando pra não abraçá-la, e só esperei, sabia que viria se realmente quisesse mas não queria tomar a iniciativa e ficar com a culpa de tê-la seduzido, a queria muito, mas só se ela quisesse ser minha, de outra forma preferia que continuasse apenas a povoar meus sonho eróticos.
Seus olhos ainda fuzilavam pela discussão e o rosto levemente corado, foi se aproximando bem devagar, prendi a respiração por muito tempo, estávamos bem pertinho, tão perto que sentia sua respiração em meu pescoço, bem devagar, como se não fosse eu, levei a mão ao seu queixo e suspendi lentamente, foi o bastante, seus lábios estava já entreabertos na expectativa, nossos olhos não se desgrudavam, falavam por si numa linguagem toda sua, bem devagar baixei a cabeça e cheguei minha boca pertinho da sua onde fiquei agora sim, olhando ora para seus olhos e ora para seus lábios úmidos, convidativos, de um rosa mais escuro que a pele, respirando devagar, aumentando sua tensão e a minha também, aquela tortura gostosa se prolongou por um longo tempo, bem longo e então a beijei, colei meus lábio nos dela, devagar, com muito carinho, como se tivesse medo de que fosse quebrá-los se fizesse só um pouquinho de força, só uma carícia, um toque para provocá-la e fazer com que se mostrasse, ela correspondeu como eu esperava, levantou o rosto e entreabriu mais a boca, jogando a pontinha da língua entre os lábios, com as mãos puxou minha cintura de encontro ao seu corpo e se colou a mim.
O beijo intensificou-se, tornou-se mais sensual, deixou de ser só uma carícia, sua boca buscou a minha com mais vigor, deixei que me beijasse e só depois enlacei com os braços seu corpo delicado e o puxei pra mim, senti seus peitos fazerem pressão no meu tórax, eram duros, duros e pontudos, sentia os bicos rijos se esmagarem contra os meus e nossos quadris agora estava colados, eu a suspendia um pouco do chão já que era mais alto, e ela pra se equilibrar tinha que se apoiar em mim, com isso meu cacete começou a dar sinal de vida e encontrou suas coxas bem ali, juntinho dele e lá ficou fazendo pressão bem onde elas acabam e começa o ventre. Suas mãos agarravam minha camisa e me puxavam. Nossas línguas se acariciavam, se entrelaçavam se buscando e voltavam a se acariciar enquanto nossos lábios se devoravam com ânsia, com fome de carinho.
Fui me virando devagar ainda a beijando e a colei na parede atrás de nós, então, deixei uma mão descer e tocar de leve sua bunda, espalmei-a e a puxei para mim, colando ainda mais nossos corpos e a fazendo sentir toda a e dureza do meu cacete nas coxas, com a outra, comecei a subir em busca do seu seio, ela gemeu quando toquei e mordeu de leve meus lábios quando peguei no biquinho e apertei bem devagar numa carícia ousada. Como estávamos de calças, não dava pra ousar mais, mesmo porque a qualquer momento poderia entrar alguém.
Ela então me empurrou de leve fugindo do beijo e se desprendendo dos meus braços, olhou bem dentro dos meus olhos e se dirigiu a mesa que ficava no centro da sala onde apoiou as mãos e baixou a cabeça, eu não sabia se estava triste ou mesmo chorando, só fiquei em pé onde estava, esperando:
- Me desculpe Sérgio, me desculpe mesmo... Isso não podia ter acontecido, não podia e não devia, acho que estou ficando mesmo louca, foi só um momento de loucura que lhe prometo não, vai acontecer de novo.
- Bobagem Elaine, foi só um beijo, uma forma de extravasar o que sinto por você. Foi um momento gostoso que vivemos, fica entre nós e não quero que isso tenha importância demasiada para você.
- Mas não devia ter acontecido, sou casada e devia eu mesma ter mais noção de pudor, da minha condição de mulher casada.
- Olha, esquece tudo, já que assim você fica melhor consigo mesma!
-Melhor assim. Mais uma vez me perdoe, Sérgio. E juntando seu material se foi apressada.
Fiquei ali sentado ainda por algum tempo, tentando acomodar os sentimentos e baixar o tesão que tava me devorando, tinha que arranjar uma forma de comer aquela fêmea gostosa e tesuda mas qual? E pensando nisso fui embora.
Nos quinze dias seguintes ela apenas me cumprimentava formalmente e evitou de todas as formas ficar a sós comigo, até os olhares ela policiava, sentia que estava me olhando mas quando olhava ela rapidamente desviava os seus, e aquilo estava me deixando meio que doido, era uma questão sem solução e se por acaso existisse não dependia só de mim. Mas um belo dia, entrei de surpresa na sala dos professores e ela estava lá sozinha, sentada na mesa e com um copo de água ao lado, peguei meus trabalhos e ia saindo com apenas um boa noite, respeitando sua posição, quando me chamou baixinho:
- Sérgio, podemos falar um momento?
- Claro, pois não! O que deseja? – Perguntei formal.
- Tem algumas coisas entre nós que estão mal resolvidas. – Ela disse com voz ainda baixa mas com um tesão incontrolável nos olhos. – Desde que aconteceu “aquilo” que minha vida está um verdadeiro inferno, não tenho mais paz para nada. E agora isso está interferindo no meu casamento.
- Como assim? – Perguntei surpreso.
- Não estou mais conseguindo me concentrar nos meus deveres de esposa, sabe como é, não sabe?
- Desculpe, não estou entendendo bem, isso que dizer o que mesmo?
- Já sei, você quer que eu explique tintim por tintim. Mas não vou entrar na sua, não vou fazer isso!
- Olha Elaine, melhor deixar o dito por não dito, esqueça, afinal foi só um beijo, sem maiores consequências,
- Ah foi é? Isso para você, mas para mim não, teve sim e muita! – Exclamou.
- Não vejo como! Não fizemos nada demais, ninguém viu e não comentamos nada.
- Mas é que depois daquilo não consegui mais ser a mesma, entende?
Ela relutava em esclarecer mas eu queria ouvir ela dizer tudo claramente, queria que dissesse tudo que a afligia, com todas as palavras, e não ia deixar por menos.
- Está dizendo que não está conseguindo trabalhar direito por causa da minha presença? Posso então dizer ao Celso que não vou poder dar mais aulas e me afasto de você. Simples, já estou acostumado a perder.
- Não é isso, é outra coisa e não é aqui, é na minha casa. A minha intimidade com o Rodrigo mudou e mudou muito... Pronto, falei!
- Mas mudou como? Você é a mesma, tá tudo ai, intocada e linda!
- Não faça assim, sei que você tá entendendo, não me faça sofrer mais... - Falou angustiada.
- Eu fazer você sofrer? Prefiro mil vezes sofrer no seu lugar! Mas tá bom, tá bom, vamos ser claros um com o outro, o que mudou? Diga, mas sem meias palavras, afinal somos adultos e cultos.
Ela hesitou, levou as mãos aos olhos, apertou-os e novamente esticou os braços sobre a mesa. Finalmente rendeu-se:
- Certo, vou dizer, não consigo mais fazer amor como fazia antes com o Rodrigo, e ele tem notado, semana passada me perguntou o que estava havendo e eu disse que era o trabalho, como ele também trabalha fora as vezes ficamos uma semana ser fazer nada, o que tem sido um alívio para mim, mas ontem tentei voltar a sem a mesma e não deu certo... Só vim conseguir voltar a... digamos... pegar fogo, quando pensei em você!!! Pronto, disse. Está satisfeito agora?
- Deus!!! - Exclamei! – Como pudemos deixar chegar a esse ponto? Não devia ter me dito isso Elaine, porque também estou tendo problemas, não consigo tirar você da cabeça, e olha que tenho feito muita força para isso.
Enquanto eu falava ia me aproximando dela que continuava sentada, cheguei por trás, segurei bem devagar seus cabelos, senti que ela arrepiou, meti os dedos neles e acariciei sua nuca, fui virando bem devagar seu rosto em minha direção e abaixando fui aproximando meus lábios dos seus, estavam como eu vinha sonhando com eles, úmidos e trêmulos, esperando meu próximo passo.
- Não faça isso comigo... não faz! Por favor... Não faz isso!!!! – Exclamou, mas sem esboçar qualquer outra reação, vencida, trêmula, esperando.
Subi a boca e beijei bem de leve seus olhos, desci até o queixo onde depositei mais um beijo, só depois, bem devagar e com toda a delicadeza de que fui capaz, como eu vinha sonhando em fazer, beijei seus lábios, com ternura, e pus naquele beijo todo o carinho que me consumia há dias, beijava-os como se estivesse sonhando, sugando-os devagar, saboreando seu gosto, provando sua textura... minha mão desceu para o seio e apertei bem de leve o biquinho que espetava a blusa, senti-a estremecer... Eu vivia o meu grande momento, minhas noites insones tinham sido recompensadas, mas não a queria expor e lentamente me afastei, olhando seus olhos que estavam cheios de lágrimas, ela estava com o rosto erguido como a tinha beijado, vi que duas lágrimas desciam lentamente em direção aos seus lábios ainda molhados do beijo. Beijei rapidamente uma delas mas a outra continuou a descer... Eu tinha provado uma, mas a outra lágrima era dela, lhe pertencia e eu lá a deixei, rolando devagar até a comissura dos lábios. Era o símbolo de uma paixão que lutava para ganhar o seu lugar, se impor soberano, incontestável e dominador, nos arrastando no seu fogo e nos consumindo enquanto durasse.
Quase fugindo dali, e respirando fundo pra readquirir o controle perdido, fui para a aula, soube depois que ela havia dito não estar passando bem e tinha ido para casa, não conseguiu dar aula nesse dia, por dentro eu exultava, tinha conseguido abalar os sentimentos da mulher com que vinha sonhando nos últimos tempos, agora era esperar, só esperar como o caçador que pacientemente sabe que sua presa pode até demorar um tempo longo, mas vai aparecer.
Depois disso, passou a me evitar e eu também não fazia nada pra provocar um encontro que poderia ser constrangedor tanto para mim como para ela, pacientemente só esperava, sabendo que mais dia menos dia esse encontro teria que acontecer, e o tempo foi passando lentamente, e eu me consumindo de impaciência. Até que um belo dia estava a concluir uma explicação em sala quando um funcionário foi me chamar dizendo que a professora Eliane me esperava na sala da Coordenação Pedagógica para resolver um problema.
Meu coração saltou, pois eu pressentia que tinha chegado o grande momento, agora era tudo ou nada, eu tinha dado um tempo a ela para que se analisasse e agora ia saber qual o resultado, se eu tinha ganho ou perdido na grande aposta da conquista na qual o premio era aquela mulher linda, sensual e cheia de um tesão que não estava mais cabendo dentro dela. Com esses pensamentos, me dirigi à sala da Coordenação que eu sabia geralmente deserta e só era usada esporadicamente para reuniões, existia portanto privacidade e eu pretendia criar um clima bem sensual, tudo para que ela não pudesse radicalizar, caso a decisão fosse contraria a mim, com ela balançando nas suas convicções seria mais fácil dobrá-la e fazê-la entender o quanto tinha se tornado importante pra mim.
Já até tinha a estratégia armada dentro da cabeça, e a pus em prática, se desse certo a vitória era assegurada, Entrei fechando a porta ao passar, coloquei meu material bem na ponta da mesa, tudo num movimento só, sem parar. Ela se encontrava na outra extremidade, sentada e com os olhos abaixados fitando a fórmica, não me olhou quando entrei, e eu pressenti o porque, mas não iria dar chance de que o pior fosse dito, me conhecia e sabia que em certas situações o meu orgulho falaria mais alto, por isso não lhe dei chance alguma, fui direto para ela, sem pressa mas firme, demonstrando ser senhor da situação e ao chegar bem junto, sem nada dizer, coloquei as mãos em seus ombros pelas costas, sentia-a estremecer, segurei seus ombros com firmeza e a fui puxando pra cima, fazendo com que ficasse em pé, ficamos colados as respirações se misturando, ela abriu a boca pra falar algo, mas não permiti, a beijei com sofreguidão, enlaçando-a com os braços e apertando-a com firmeza, com pegada, como eu gosto. Agora é do meu jeito, pensei, chega de meias medidas, agora é como eu quero, da minha maneira, e ali ficamos a nos beijar, perdendo a noção do tempo, com a mão acariciava seu rosto e cabelos, sem ousar muito mais, demonstrando somente o carinho, afeto, e a ternura que me consumia o íntimo. Se desse certo, tudo bem e se não desse, pelo menos tentei. Por isso, quando ela se descolou de mim e tentou novamente falar com a boca ainda perto da minha, eu é que falei:
- Que saudade!!! Não agüentava mais... – E a beijei novamente, com ânsia e paixão. Como estávamos colados, e ela vestia uma saia curtinha, minha pica não se fez de rogada, se encaixou ousada entre suas coxas, ela retribuía ao beijo com carinho, gozando aquele momento que nós sabíamos tão sonhado, enfim um beijo sem pressa, sem o perigo ser sermos flagrados, saboreado, fazia de conta que não notava o volume entre suas coxas, não tomava a iniciativa para facilitar mas também não tirava, simplesmente deixava ficar ali o impávido colosso, quente, quieto, adormecido naquele ninho macio e aconchegante.
Enfim o beijo terminou e ofegantes, ainda abraçados ela me disse:
- Sérgio, precisamos ter uma conversa séria, por favor!
- Tudo bem! – Retruquei, olhado bem dentro de seus olhos e tentando antecipar alguma coisa. E lhe indiquei que sentasse me sentando ao lado já que ela estava na cabeceira da mesa.
- Não é segredo que você não me é indiferente, e que penso mais em você a cada dia que passa, minha vida se tornou um verdadeiro inferno, um tormento. E não quero que continue assim, não estou suportando mais!
- Nem eu... – Quis interromper pra evitar o que viria, mas ela não consentiu!
- ... espera Sérgio, me deixa terminar, por favor.
- Claro, claro! – Respondi pressentindo que tinha perdido tudo o que mais desejava.
Nos sentamos, e ela desfiou tudo o que lhe ia na alma, falou das brigas constantes com o marido, por causa da sua irritabilidade e da pretensa compreensão dele, julgando que ela estava assim devido a suas ausências, dos seus tormentos com os pensamentos contraditórios a meu respeito e de que quando se analisava é que notava que não sabia nada de mim, dos seus desejos ocultos do marido e do fato de que ele nem sonhava do que se passava na cabeça dela, que outro estava pouco a pouco tomando o lugar dele dentro dela, que seus pensamentos já não lhe pertenciam e que quando dava por si estava divagando, pensando em mim e que esses sentimentos contraditórios estava até impedindo que dormisse, pois a perseguia até dentro dos seus sonhos.
Não posso negar que exultava intimamente com todas aquelas confissões, mas também estava vivendo um momento de alto grau de incerteza por não saber como tudo aquilo iria terminar, achava que ela estava me contando tudo para depois me dar o golpe de misericórdia, mas minha surpresa não teve limites quando ela disse que já tinha até pensado em abandonar o marido e a casa.
- Mas porque tudo isso? Não acha que está extremando?
- Não! É que não estou conseguindo viver com tantas interrogações, sempre fui uma mulher bem resolvida, sempre soube o que queria, o porque lutar e não me adapto a esse oceano de incertezas, onde nem eu mesma sei quem sou na verdade. Quando resolvi casar com o Rodrigo minha família fez uma oposição ferrenha, queria que eu fosse para Salvador estudar medicina, esse era o sonho de meu pai, que eu fosse médica, mas a ânsia do sexo falou mais alto em mim e nesse tempo eu achava que estava realmente apaixonada por ele, todos os homens do mundo estava representada por ele diante de mim. Hoje isso já aparece de um outro modo aos meus olhos, passou o tempo dourado e acabou-se a paixão cega, em apenas três anos me tornei uma mulher madura que até há pouco tempo atrás achava que era centrada e com os pés no chão, e agora vejo que não é nada disso e que não sei de mais nada, nem o que realmente quero, ou sei, mas o que quero é impossível de viver ou imoral. E eu não sou imoral.
- Mas Elaine, não é bem assim, a vida nos oferece algo lindo para ser vivido e jogar isso fora, não viver, é por demais brutal, é negar tudo o que acreditamos dentro de nós mesmos, é um ato até de violência contra as nossas vidas. Dê uma chance a você mesma, deixe a loucura falar um pouco em você, viva um pouco só a vida, seja louca comigo, apenas por um pequeno espaço de tempo, me deixe lhe mostrar um pouco da minha loucura e como é bom ser um pouco louco! – Retruquei tentando fazer com que ela saísse daquela linha de pensamentos, e vi que ela hesitou. - Está balançando. - Pensei comigo.
- Mas não é assim que eu vivo! Não estou acostumada a nada disso! Lhe chamai pra ver se conversando a gente chegava a algum ponto e vejo que vou levantar dessa cadeira mais confusa do que sentei e a minha vida que já estava complicada, agora se complicou de vez, isso porque você teima em me mostrar que tudo é possível, que tudo pode ser vivido, que nada é demais, que a felicidade está bem ali, ao alcance das mãos, quando na verdade nada é bem assim e nem tão fácil como você mostra, tem uma série de convenções sociais que nos impede de fazer o que queremos e acaba por nos impedir de viver o que queremos, obstruindo essa felicidade que você fala.
-Vamos fazer o seguinte então, me dê uma chance de lhe mostrar que tudo pode ser feito e vivido com intensidade. Estou lhe convidando para ficar louca comigo por dois dias, só isso, se não gostar você volta e fazemos de conta que nunca aconteceu nada, mais pelo menos demos uma chance a nós mesmo. O que acha?
- E como você faria isso, caso eu cometesse a doidera de concordar com isso tudo? O que nem de longe passa pela minha cabeça, claro!
- Eu raptaria você, por vontade própria e a levaria para o Rancho Escondido, por dois dias, só isso.
Ela deu uma risadinha, como se estivesse saboreando a idéia, olhou bem fundo em meus olhos e disse:
- Sem chance, minha condição de mulher casada não permite isso, e mesmo que eu concordasse, você bem sabe que moramos em uma cidadezinha pequena onde o povo fala até do que sonha e do que consegue inventar, veja se dermos algum motivo.
O povo não teria chance alguma nem de ver e nem saber de nada. – Afirmei com convicção e confiança. – Sei planejar bem as coisas, basta confiar em mim! – Queria convencê-la de qualquer forma, mostrar que tudo era possível, plantar a semente da dúvida dentro dela.
E ficamos em um silêncio longo, saboreando a idéia e simplesmente gozando a presença um do outro, sem compromisso com o tempo. De repente ela rompeu o silêncio, e me disse à guisa de despedida.
- Você é louco e está tentando fazer com que eu também fique louca, está querendo que eu embarque na sua loucura e o pior é que está conseguindo, eu já estava até sonhando que certas coisas que você diz poderia ser possível.
E levantando-se precipitadamente arrebanhou suas coisas de qualquer jeito e disparou para a porta sem ao menos se despedir, como se o diabo a perseguisse, e o pior, sem me dar chance de lhe beijar novamente, e era o que eu mais queria. Daí em diante só nos encontramos pelos corredores do Colégio e só nossos olhos se falavam, mas na quinta feira quando estava revendo alguns apontamentos na sala dos professores, ela entrou e disse:
-Boa noite! – Ao que todos respondemos. Então se dirigiu a mim especificamente:
- Prof. Sérgio! Parece que o Senhor deixou o rádio do seu carro ligado! Levantei a cabeça vivamente, pois tinha a certeza de que estava desligado, pressenti algo estranho.
- Obrigado Professora, vou verificar! Disse meio confuso, mas fui ver o que era mesmo.
Ao chegar junto do carro não notei barulho nenhum, mas mesmo assim abri a porta e sobre o banco estava uma folha de papel dobrado, sem dúvida tinha sido jogada pelo dedinho do vidro que deixo aberto, bendita abertura, nervoso e com expectativa crescente, abri e li: “De tanto pensar em você enlouqueci de vez e embarquei na sua loucura. Desejo urgente ser raptada. “Ele” não vem esse final de semana, foi para Minas Gerais a serviço. O que tenho que fazer para que o rapto se realize?”
Me deu uma vontade louca de sair gritando pelo Colégio afora, mas me contive a custo e voltei como se nada de importante tivesse acontecido, entrei na sala batendo a folha de papel dobrado nos lábios descuidadamente e assoviando dentro dela, olhei para ela e agradeci?
Obrigado, estava mesmo ligado! – E sorri. Como o Celso estava também presente, aproveitei a oportunidade e para que todos ouvissem, pedi:
- Celso, amanhã é sexta-feira, só tenho duas aulas, mas não vou poder vir, tenho que fazer uma pequena viajem de negócios, tudo certo? - Pronto, a pista estava dada e vi que ela entendeu.
- Sem problemas Sérgio. Tudo bem. – Mas enquanto esperava a resposta de Celso já começava a maquinar na cabeça um plano viável de como consegui apanhá-la sem dar na vista de ninguém, arquitetando como iria fazer o “sequestro amoroso” da minha linda donzela, escrevi num papel os primeiros passos que ela teria que dar até que eu pudesse apanhá-la, e no intervalo passei pra ela, vi que colocou dentro do seu caderno de apontamento e leu: “Amanhã as 13:00 hs, sai o ônibus para Salvador, esteja nele e salte na primeira cidade, daqui a 70 km, chegando lá vá para a Praça Central e me espere diante do Banco do Brasil. Eu a pegarei lá logo depois”. No outro dia bem cedo dei ao vaqueiro as ordens necessárias e disse que nesse final de semana não queria ser perturbado pois um casal de amigos vinha passar a o final de semana comigo e por isso a sua esposa devia deixar comida pronta na geladeira. Tudo isso pronto fui à cidade e preparei os pagamentos da semana. As onze horas já estava no Rancho novamente agora era só esperar o momento de ir apanhá-la no lugar determinada, mas ainda custava a acreditar que isso fosse mesmo acontecer, que ela tivesse concordado com tudo aquilo. Almocei pouco e fiquei esperando pelo tempo e aquele restinho que faltava nunca demorou tanto, a ansiedade me consumia. Por isso quando deu 12:50 não suportei mais e disparei estrada afora.
Cheguei bem antes do ônibus e fique parado na praça vendo como o movimento diminuía a olhos vistos, isso não era bom pra mim, pois com pouca gente tudo seria mais fácil de ser notado, agora era torcer para que não estivesse lá ninguém conhecido que pudesse notar ela entrando no meu carro, depois passei pela rodoviária pra tentar ver se lá também não tinha alguém da nossa cidade, tudo limpo. Estacionei do outro lado, no posto de abastecimento entre dois caminhões, liguei o som do carro e coloquei a mente em compasso de espera. De onde estava tinha uma boa visão da entrada da rodoviária, mas a impaciência me dominava por inteiro, tinha no carro uma garrafinha de água mas ela logo acabou, desci e fui na lanchonete onde comprei logo mais duas. No horário previsto o ônibus chegou e fez a volta pra estacionar, quem quase parou também foi meu coração, a expectativa era enorme em saber se ela tinha ou não vindo.
Vi quando apareceu na saída conversando com uma outra moça, estava linda, vestia uma calça jeans com cintura baixa, uma camisa de malha rosa clara coladinha no corpo que desenhava os seios de uma forma muito sensual e trazia uma sacola no ombro que julguei fosse alguma roupa, trocou mais algumas palavras e a moça se dirigiu para o outro lado, ela olhou em volta e desceu a rua em direção a praça, mas não andava, desfilava ou aos meus olhos, flutuava, fiquei observando para ver se mais algum conhecido não tomava a mesma direção e quando vi que ninguém mais saltava, liguei o carro e lentamente comecei a segui-la, esperava uma oportunidade de poder apanhá-la sem levantar nenhum suspeita e achei que como a rua estava vazia aquela hora era melhor que na porta do Banco onde o movimento era maior e maior também a chance de encontrar alguma pessoa conhecida. Assim olhando para trás pelo retrovisor e não vendo movimento e para frente que estava deserto, acelerei e parei bem ao seu lado, ao mesmo tempo que abria a porta do carona. Ela parou um pouco assustada mas logo reconheceu o carro.
- Oi! Não quer uma carona? Ou melhor, isso é um sequestro. Entra! – Falei como se a tivesse encontrado por acaso.
- Oi, boa tarde! – E entrou, sentando-se quieta ao meu lado, cobri sua mão com a minha e apertei um pouco. Vi que respirou fundo e colocou a sacola no chão do carro. Agora com os vidros escuros fechados e o ar fresco do ar condicionado, estávamos seguros, até que tinha sido fácil.
Rodei devagar para não levantar suspeitas e quando sai da cidade tomei o rumo do Rancho, tentei entabular uma conversação leve e amena mas dava para notar que ela estava tensa, contraída. A música tocava baixinha e para não ficar calado comecei seguindo um costume antigo, a cantarolar:
- Você até que canta bem. – Falou. Compreendi que tava na hora de iniciar um papo para amenizar a tensão.
- Costume de viver sozinho, a gente se acostuma a falar para o nada, com os bicho e por ai vai. Mas me diz, porque você está tão calada?
- Muitas perguntas sem respostas dentro da minha cabeça. E ainda em dúvida...
- Dúvida? Que dúvida você tem? Olha eu aqui pra tirar todas as suas dúvidas. – Tentei brincar, mas sentindo que tinha que ir devagar.
- Não sei se estou fazendo a coisa certa, acho tudo isso muito estranho, não é do meu feitio fazer esse tipo de coisas, e como nunca fiz estou nervosa, não sei se vou conseguir ou mesmo se isso é permissível, porque certo, eu sei que não é.
- Ainda nem saímos da cidade e você já está criando obstáculos, e o que é pior, dentro de você mesma. Olha não tem nada demais, apenas vamos passar dois dias juntos, nos curtindo, nos conhecendo melhor, matando nossas carências, afinal você quer ou não ficar comigo? Me deseja ou não? – Perguntei sério e olhando dentro dos seus olhos, pois a desejava muito mas tinha que lhe demonstrar que ela estava ali por vontade própria e não obrigado por ninguém. Senti-a balançar nas suas bases.
- Claro que quero, se não, não teria vindo não é? – E como sua voz era gostosa no meu ouvido.
- Como você consegue falar assim? Com tanta doçura na voz.
Ela riu, e seu sorriso quebrou o gelo.
- É minha voz normal, você é inteligente, mudou de assunto não é?
- Nada disso, sua voz que é doce mesma, acho que seus alunos assistem aula o tempo todo excitados, ou não?
- Rsrsrsrs! As vezes noto que alguns ficam, mas nunca perguntei a causa...
- E nem precisa, a causa tá ai, é você, todinha assim, linda. – e dizendo isso coloquei minha mão por cima do seu ombro e a puxei delicadamente para junto de mim, ela se chegou, encostou no meu ombro e ficou quieta por um tempinho, depois perguntou:
- Tá me levando para onde? Olha que estou sendo raptada, viu? Meu Deus!!! Acho que tô louca mesmo, que aventura mais doida...
Puxei ela mais pra mim e beijei sua cabeça, os fios de cabelos sedosos e cheirosos deixaram no meu nariz um aroma bem agradável, senti que ela relaxou um pouco. Como estava com a mão por cima do seu ombro a ponta dos meus dedos estava à altura dos seus seios e maliciosamente comecei a balançar a mão como se estivesse fazendo isso despercebidamente, ao tocar de leve o biquinho logo endureceu e marcou o tecido da blusa, fiz de conta que não notei nada e continuei, ela também não se deu por achada e nada fez para sair da posição, aquilo era uma concordância explicita e não me fiz de rogado, continuei bem de leve com a clara intenção só de excitá-la, o que estava conseguindo, ela era uma mulher bem jovem, com todo o vigor, vivia excitada com nossa situação e não via seu marido para descarregar as tensões já há uns dez dias, por isso bastava encostar que ela pegava fogo.
- Não sei como me contive naquele dia lá na sala da Coordenação. – Falou com voz baixa. – Me deu uma vontade louca de te agarrar lá mesmo. Sem me importar com mais nada!
- Também senti o mesmo, mas não podia prejudicar você, lhe expondo. Alguém podia entrar de surpresa e nos ver. – Retruquei.
E enquanto esse papo rolava eu pisava o acelerador, já eram quase quatro horas e não queria chegar a noite no Rancho. Sem contar que ainda tinha uma parada prevista, só que ela não sabia, afinal não tinha mesmo porque saber, era minha presa, minha raptada. E nesse tempo todo a minha mão não parava de acariciar seu seio mas como se eu não me desse conta e, aquela carícia estava fazendo com que a sua respiração fosse se alterando, virou o rosto pra mim e me beijou de leve o queixo... como era bom aquilo!! Era o primeiro gesto seu, em relação a mim e tomado por iniciativa própria, tinha pois outro significado, queria dizer que ela estava ali, vencida, entregue, ao meu dispor, sem restrição alguma. Diminui a velocidade, entrei no acostamento, parei, voltei-me pra ela e a beijei delicadamente nos lábios, ela se voltou pra mim e intensificou o beijo, era para ser apenas uma carícia e estava se tornando um beijo realmente ardente, cheio de paixão, lascívia. Ela demonstrava todo o calor que a consumia, os peitos estava colados em meu tórax e duros como pedras, não me contive o peguei neles mesmo por cima da blusa, ela suspirou e gemeu baixinho. Só que não podia ficar ali por mais tempo, era uma região perigosa. Me afastei dela e partimos, mas já sabia o que me esperava... Se sabia!
Ficamos em silencia por um tempo, calados, absorvendo a magia do momento, de podermos estarmos juntos e sem restrições, e quando começamos a conversar foi um papo agradável e solto, sobre os problemas que tínhamos na escola e mesmo a maneira que vivíamos na cidadezinha atrasada, e das suas limitações. Assim dei entrada na estrada do Rancho e tive que diminuir a velocidade devido a pedras e buracos, fomos subindo a serra e atravessando a mata já sombreada nesse horário e quando chegamos ao pico e estávamos pra começar a descer em direção à casa, parei e desliguei o motor, ela me olhou interrogativamente, saltei e rodeei o carro abrindo a porta do seu lado, tomei sua mão e a puxei para que saltasse, com ela pela mão fui me dirigindo pra um rochedo que se achava situado num ponto mais acima de onde estávamos, subimos pela pedra lisa pela parte da sombra e quando chegamos no alto o espetáculo não podia ser mais grandioso, o disco do sol mergulhava nas sombras por trás de um pico montanhoso coberto de matas que se descortinava ao longe, mas iluminando os chapadões que estavam a nossa volta e que refletiam uma luz amarelada e violeta e banhando a terra ainda com sua luz dourada, sentamos e a abracei, mas fiquei em silêncio para poder sentir e deixar que ela também pudesse gozar aqueles espetáculo único. Quando só restava uma pontinha do sol de fora eu então rompi aquele silêncio melancólico:
- Esse espetáculo todo que o sol deu, foi em sua homenagem! – E quando olhei para ela sua face estava ainda banhada pelos últimos raios o que lhe dava no semblante uma luminosidade linda, brincando na sua face os raios do sol criavam um jogo de luz e sombras surreal de uma perfeição nunca antes vista. Deixei que assim ficasse, calma, pensativa e romântica, absorvendo aquele momento único. Quando o sol se despediu mesmo de uma vez e só restava uma aureola de luz na serra distante, peguei-a pela mão e ficamos em pé bem juntos abraçados, sentindo a descontração tomar conta de nós dois, alguma coisa mudou, agora tudo tinha ficado para trás, todas as dúvidas, todas as incertezas estávamos conscientes da presença um do outro e prontos para gozar isso com toda a intensidade que aquela oportunidade nos oferecia, ali estava uma mulher plana de toda a sua sexualidade, totalmente de posse do todo o seu poder de sedução, de conquistar e de se entregar.
Era um sentimento novo que nos dominava, queríamos viver juntos todas as conquistas e tínhamos um receio não dito de que algo desse errado, mas esse momento foi passando e colocando a mão na sua cintura a puxei em direção ao carro que nessa altura já se encontrava na sombra, abri a porta e encostando-a no banco a puxei suavemente pra mim, nos abraçamos, sentia sua respiração no meu peito e assim fiquei permitindo a ela que tomasse qualquer iniciativa, no abraço eu demonstrava tudo o que desejava, o próximo passo era dela, e assim foi, lentamente foi erguendo a cabeça e se oferecendo ao beijo que aconteceu cheio de magia e ânsia, nos entregamos aquela carícia, sem medos, sem reservas, agora sim a sentia mais próxima, mais entregue, e o calor do momento foi tomando conta de nós, abracei-a com força e fui passando a mão por suas costas, descendo uma delas em direção a sua bunda que apertei mesmo por cima da calça, era durinha e sobressaia de uma forma bem sensual, nossas línguas se acariciavam e os lábios não se desgrudavam.
Subi a mão em direção ao seu peito e fiquei acariciando por cima da roupa, estavam duros e pontiagudos, apertei de leve um deles e ela gemeu baixinho, meti a mão agora por baixo da roupa e fui subindo devagar, com suavidade pela pele da sua barriga e cheguei a base daqueles montes que me tiravam o sono, acariciando com a ponta dos dedos cheguei ao bico e apertei bem devagar, ela me abraçou com mais força e gemeu mais alto, nossos quadris se roçavam, se buscavam e eu tinha um volume indisfarçável dentro da calça, lentamente fui subindo a sua blusa e quando chegaram a altura dos seios eles não se fizeram de rogados e praticamente saltaram pra fora pois ela não usava soutian, fiquei a acariciar um e outro, dando pequenos apertos nos bicos duros, descolei meus lábios dos seus e beijando sua pele quente do pescoço fui descendo em direção aquelas aureolas que apontavam quase para meu rosto de tanta tesão, primeiro passei a boca entre eles e beijei a parte de baixo dos dois bem onde começam a se formar, só então, passando a língua bem de leve fui subindo em direção aos bicos, quando coloquei um na boca ela segurou minha cabeça com força e deu um gritinho de tesão agarrou minha cabeça me puxando de encontro a si mesma enquanto gemia, e assim ficamos por alguns minutos, pouco a pouco fui parando ate que fiquei só olhando, beijando a pele morena das aureolas, um tesão estranho nos dominava, sentíamos que estávamos prontos pra sermos um do outro mas algo nos impedia ainda, talvez o lugar, não queria concretizar tudo ali, no meio do nada, rodeado de mato, no banco de um carro e numa estrada deserta. Ela merecia algo melhor, mais requinte, mais conforto.
Beijei seus lábios rapidamente, pois se demorasse não sairia mais e lhe disse:
- Precisamos ir, por aqui passa gente, não quero que nos vejam juntos, seria perigoso para você.
Ela respirou fundo baixou a blusa, sentou-se direita e disse em tom brincalhão:
- Você que sabe, eu sou a raptada, sou sua prisioneira... Esqueceu? Mas tá sendo ótimo, viu?
Voltando ao volante dei partida e seguimos em direção ao Rancho.
Chegamos já escurecendo e ela entrou olhando tudo à sua volta, levei-a pra conhecer a casa e quando voltamos a sala abracei-a pra trás colando nossos corpos e cheirando seus cabelos alouradas e perfumados, desci a cabeça e beijei seu pescoço provocando um arrepio, ela levantou os braços sobre sua cabeça abraçou a minha e assim ficamos nos balançando e gozando a presença um do outro.
- Ainda não estou acreditando que você está aqui mesmo. – Falei sussurrando em seu ouvido. – Sonhei tanto com isso!
- Sérgio, Sérgio... tudo é muito complicado, e ainda agora eu não sei de quase nada a seu respeito, então como vou saber como agir? Tudo isso é muito louco... Me lancei nessa aventura sem saber ainda como vai acabar. Lá na cidade ninguém sabe nada de você, só que tem uma fazenda aqui na região e eu mesma só sei que é meu colega de escola e pronto! E aqui estou eu, uma mulher casada, que jamais deveria estar aqui, mas estou, na casa de um quase desconhecido por quem quase morro de tesão, longe de tudo e vivendo uma aventura que se alguém me dissesse que algum dia eu me prontificaria a viver, diria que a pessoa estava totalmente fora da realidade.
Enquanto ela falava, eu a fui levando delicadamente em direção ao sofá onde fui me recostando transversalmente, encostando a cabeça no apoio de braço e como não a tinha soltado ela ficou deitada sobre mim, sua bunda fazendo apoio bem em cima do meu cacete que logo começou a ficar duro. Ela se ajeitou e eu comecei a acariciar sua coxa, subindo a mão bem devagar, mas evitando tocar na altura da sua xoxota mesmo por cima da roupa. Quando cheguei na altura da barriga sua respiração se alterou e senti que se acomodava melhor em cima da pica que a essa altura já estava bem dura, suas popas da bunda e suas pernas se abriram um pouco, seus braços subiram abraçando novamente minha cabeça e seus dedos entraram por meus cabelos numa carícia excitante, eu tinha nas mãos uma mulher que sabia ser mulher, uma fêmea ardente em toda a extensão da palavra, que sabia como usar seus atributos de fêmea na medida certa, sem excessos e sem faltas, uma mulher que não somente se deixava amar, mas que tomara também as iniciativas nos jogos do amor, que exigia mas que retribuía na medida certa cada carícia recebida. Minha mão alisava a pele macia e quente da sua barriga do umbigo ao início da calça e meus dedos adentravam pouco a pouco descendo em direção a sua xoxota, mas tão devagar e com tal leveza que ela só fazia suspirar, encontrei o elástico da calcinha e lá fiquei sem descer mais, criando uma expectativa que fazia o tempo parar, com a outra mão subi em direção ao seus seios onde pousei de leva fazendo pequenos movimentos só com a ponta dos dedos, passeando de leve e fazendo com que eles empinassem e se enrijecessem de excitação. Como era gostoso aquele jogo de sedução, de conquistar o amor e o corpo de uma mulher que todos julgavam inacessível, que nem olhava direito para ninguém, mas que no fundo não passava de uma menina em busca de carinho e que trazia acesa dentro de si uma fogueira de tesão e luxuria.