Casa dos estudantes - Cap 26 - Passado (parte 4)

Eu e o senhor José fizemos um macarrão básico e rápido, fritamos uns pedaços de filé de frango e abrimos um vinho. Devo dizer que tomei quase a garrafa inteira sozinho. A dor daquela parte da minha história era grande demais. O senhor José tentou me convencer a não falar, mas já era tarde demais, agora eu precisava falar, eu precisava que ele soubesse como fui responsável pela morte do único amor da minha vida e como me vinguei da forma mais cruel possível.

...

Eu estava traindo Cristofer com Renatinho e traindo Renatinho com Cristofer. Na verdade eu só continuava procurando Cristofer por causa do vício em drogas. Até que aconteceu o que já falei: que Serjão flagrou minha foda com Cristofer, deu aquele conselho dos infernos para o primo e Cristofer fez merda, indo preso. Quando Cristofer foi preso, ele deixou Serjão tomando conta do tráfico e mandou Serjão continuar fornecendo as drogas pra mim e ficar de olho em mim.
Serjão, como bom cachorro obediente, fez o que Cristofer mandou. Não demorou pra Serjão descobrir que Renatinho estava dormindo na minha casa, até porque a velha Adelaide não parava de me difamar na cidade toda e dizer que eu estava arrastando o filho dela para o buraco. Assim que Serjão soube disso, ele mandou me chamar:
- Então você está metendo um chifre na cabeça do cara mais poderoso dessa cidade e está fazendo isso a luz do dia?
Eu tremi de medo ouvindo as palavras de Serjão, mas resolvi arriscar para o lado sentimental dele:
- Serjão, não faz nada com Renatinho, por favor eu peço. Pode me matar, se quiser. Pode me dar uma surra, mas deixa ele em paz. Ele não faz parte desse mundo, ele não fez nada de errado, não merece morrer, nem sofrer por causa dos meus erros. Renatinho é um anjo na terra...
- Tá achando que eu sou otário? Já levantei a ficha dele e de anjo não tem nada, ele vive dando pt de tão bêbado, sem falar que já roubou em vários mercados só pra abastecer o vício maldito.
- Eu sei de tudo isso, mas ele é o amor da minha vida.
- E meu primo?
- Ele é um gostoso, fode bem, mas eu nunca amei, só vi uma oportunidade de usar meu corpo pra ganhar drogas, nunca foi por sentimentos.
- Você me diz isso assim? Ele é meu primo, eu gosto muito dele.
- Você já amou alguém na sua vida? Já esteve tão apaixonado que perdeu todos os sentidos e a noção de perigo?
- Você tem uma boa lábia Gabriel, mas ele é meu primo.
- Por favor, eu te imploro, deixa eu resolver isso com ele, quando ele sair. Ninguém sabe que eu tenho um caso com o Cristofer, só você. Se você não falar, ninguém vai ter motivo pra falar.
- Eu vou ficar do boca fechada, mas não é por você não, é pelo Cris. Ele tá parado na tua de verdade e eu não quero ver a cara de decepção e raiva dele quando ele ficar sabendo. Vou te dizer uma coisa: tu fica esperto. Meu primo não brinca em serviço, ele é capaz de te matar se souber que tu tá apaixonadinho por outro. Se sexo ele já ficava bolado, imagine sentimento. Tenho é pena dele e de você. E o do coitado desse cara que entrou de gaiato nessa história.
- Fico te devendo essa Serjão.
- Conselho meu: se afasta desse cara antes do meu primo saber, meu brother não vai deixar barato essa história. Romance nenhum vale uma vida. Vivo e solteiro tu pode conhecer quantos caras quiser, só não pode focar em um só.
- Agora é tarde Serjão
Essa conversa com Serjão foi na metade do mês de julho, ou foi julho ou foi agosto, porque meu aniversário é em maio, teve o tempo da tentativa de tratamento no barraco que não deu certo, depois teve o tempo do tratamento da IST na casa de meus pais, aí teve o tempo até Cristofer ser preso, acho que foi mais ou menos isso. Mas a questão é que eu não dei ouvidos pra ele, achei que com Cristofer preso eu estaria seguro. Só que aí veio novembro, aniversário de Renatinho e ele fez aquela declaração de amor pra mim em público. Pra mim foi a coisa mais linda que já fizeram por mim.
Mas o problema é isso chegou aos ouvidos de Cristofer lá na prisão. Era começo de dezembro e Serjão me chamou pra conversar novamente:
- Gabriel, fodeu pra tu. Cris já tá sabendo sobre teu romance, ele mandou te chamar na cadeia. Os caras só estão procurando uma forma de tu entrar e vocês ficarem a sós, porque tu não é parente dele, nem nada, então na justa razão tu não poderia visitar ele.
- Ai meu Deus, ele vai me matar! Ele vai me matar lá na cadeia!
- Não acho que é isso não. Relaxa. Ele quer ouvir de tua boca, só isso. Se ele quisesse te matar era muito mais fácil mandar alguém te matar aqui fora, lá ele pegaria uma pena muito maior por isso. E eu tentei te encobrir novamente. Falei pra ele que se fosse verdade deveria ser só alguém que tu tá trepando em troca de algum favor ou em troca de drogas, que isso é a tua cara.
- Mas a verdade é que eu amo o Renato.
- Tu é maluco? Perdeu o amor a vida? Eu aqui me arriscando pra não te ver morto e tu falando uma merda dessa. Presta atenção, tu é esperto. Não deixa ele perceber que tu tá gostando desse outro cara. Cris não vai perdoar uma parada dessa. Ele sempre fala que tá com saudade de tu, mas não manda tu ir pra lá pra não queimar teu filme e nem o dele, pra galera não saber que ele é viado.
- Eu fico te devendo mais essa.
- Tu nunca vai poder me pagar.
- Talvez eu possa um dia. Sabe o delegado novo? O Martins. Se um dia ele te pegar, me liga. Não liga pra mais ninguém, eu consigo te livrar da cadeia.
- Como assim você tem o novo delegado na mão? Tu só sai daqui quando falar. Eu também quero ter ele comendo na minha mão.
- Ele tem uma queda por mim, tipo o Cristofer, faz tudo pra me agradar e poder me comer. Ele era um dos clientes das festinhas de teu primo. - É claro que eu menti e não falei das gravações, não poderia entregar meu tesouro para ele.
- Puta que pariu, Gabriel! Tu é destruidor de corações, tenho pena de quem cruza teu caminho. Mas valeu pela dica, achei fraca, mas se eu precisar um dia vou lembrar de tu.
Demorou mais alguns dias para eles conseguirem planejar o esquema, era dia 23 de dezembro, quando fui levado até Cristofer. Eu tive tempo de ensaiar um teatro, então assim que ficamos a sós, eu corri para os braços dele, beijei e abracei ele bem apertado. Cristofer correspondeu às minhas investidas, me beijou com paixão. Eu abaixei minha roupa, virei de costas e falei:
- Me come meu macho, por favor, me come.
- Aqui não. Ninguém pode saber de nós.
- Eu prometo não fazer barulho, só me come, por favor. Mete em mim. Eu tô morrendo de saudade desse teu pau no meu cu.
Ele não resistiu e veio meter em mim, sem camisinha mesmo e de pé. Meteu rápido, tapando minha boca pra eu não gemer alto e chupando meu pescoço. Eu precisei pensar no Renato me comendo para sentir tesão e meu pau ficar duro. Ele gozou no meu cu, tremendo de tesão, como sempre e mandou eu sentar no chão, quando sentei ele sentou no meu pau, de frente pra mim e cavalgou me beijando. Cristofer estava com sede de sexo. Ele cavalgava rápido e gemia baixinho, ficou assim até eu gozar no cu dele também. Antes do meu pau amolecer, ele se masturbou com meu pau ainda cravado nele e gozou em cima de mim.
- Puta que pariu, Gabriel. Eu tava morrendo de saudade de você. Vou fazer esse esquema pra tu vim me ver mais vezes. - Ele falava enquanto me beijava e se arrumava.
- Eu também. Sem você a vida é sem graça. - Precisei mentir.
- É, mas eu tô sabendo que tu já me substituiu. Eu poderia ter mandado matar vocês dois, mas preferi ouvir de sua boca. É verdade essa história de que tu tá apaixonado pelo tal de Renato e transando direto com ele. - Até o nome ele já sabia.
- Em partes.
- COMO É QUE VOCÊ TEM CORAGEM? - Ele gritou, puto.de raiva.
- Eu não tô apaixonado por ele. Comigo não existe isso. Tu me conhece, eu quero levar vantagem em tudo. Sexo nunca é só sexo, a gente se conheceu assim, lembra? Comecei a trepar contigo pra conseguir drogas de graça e acabei me apegando a esse teu pau e essa tua metida e esse teu corpo delicioso, e essa tua pegada de macho até sentando no meu pau. - O que eu falava não era de tudo mentira, Cristofer transava bem e tinha pegada, mas depois de Renato tudo isso não valia apena.
- Tu é esperto, se tu viesse com o papo de que me ama, eu ia te matar aqui mesmo, porque sei que o tu sente por mim nunca foi amor, mas parecia ser sincero.
- E é sincero. Eu te valorizo. Aprendi tanta coisa contigo, vivi tantas coisas gostosa, incrível, inesquecível. Tu marcou minha vida, não tenha dúvidas. Eu vou querer ser sua posse enquanto você quiser ser meu dono e enquanto você tiver poder para ser meu dono.
- Esse é o Gabriel safado que conheço. O povo tava falando que tu tava fumando menos, tava andando só com esse Renato.
- Então, por isso é que falei que era verdade em partes. Eu tô fumando bem menos mesmo, depois da IST eu só fumo a maconha que Serjão me dá de graça e não é muita. Serjão vive regulando droga pra mim. Tem dia que eu nem fumo.
- E esse tal de Renato, onde ele entra?
- No meu cu.
- COMO É?
- Eu não vou mentir pra tu. Eu sou um puto, safado, que gosta de sexo. Não iria ficar tanto tempo sem sexo, tu me conhece, nem pode cobrar fidelidade de mim. Tu fica aqui preso nessa merda e quer que eu fique sem dá meu cu? Eu não consigo.
- Eu sei. Beleza. Conheço teu fogo, sabia que tu não iria ficar sem trepar por muito tempo. Mas pensei que seria cada dia um diferente. Já tinha me preparado pra isso. Mas parece que tu tá pegando só esse Renato.
- Então. Depois da IST, eu fiquei com medo de sair dando pra qualquer um. Não quero passar por aquilo novamente, tu lembra como fiquei mal.
- Tô ligado. Aí tu escolheu um otário pra ficar te comendo.
- Exatamente. Renato tá meio apaixonado por mim, eu não sinto nada por ele, mas ele vive roubando pra me dar as coisas, vive me dando a mesada dele e tal. Eu pensei que até tu voltar, ele seria uma boa opção pra passar um tempo. Mas se tu quiser eu me afasto dele. Tu vai ter que garantir rola no meu cu pelo menos três vezes na semana.
- Eu não gostei nada dessa história de pegar um cara fixo pra me substituir, mas entendi teu lado. Eu te conheci assim e no momento não posso te oferecer nada. Só te digo uma coisa e presta atenção: tu é meu e de mais ninguém, eu vou sair daqui em breve. Se eu souber que tu tá apaixonado por esse garoto ou se quando eu sair daqui, tu ainda ficar encontrando esse garoto, eu mato ele. Eu não vou te dividir com ninguém, ouviu bem, com ninguém. Mas até eu sair daqui, pode se divertir com esse viado iludido. Não quero você aparecendo aqui e nem meus inimigos sabendo que eu me importo com você.
Dei mais alguns beijos nele e ganhei um tempo pra viver meu romance com Renato. Eu sabia que Cristofer me conhecia bem demais pra acreditar que eu amava ele ou que tudo o que falaram pra ele era mentira e eu não estava pegando o Renato. Minha tática foi contar meias verdades e deu certo.
Aquela virada de ano eu passei com Renato, transamos muito. Nos amamos muito. Ficamos grudados durante dias, grudados em vários sentidos, tanto no sexual quanto no emocional.
Vivemos bem até o mês de março, quando Cristofer foi solto. Eu fui avisado antes que ele seria solto, Serjão me avisou e já foi falando que era pra eu me afastar de Renato. Foi aí que eu tive uma conversa séria com ele:
- Rê, a gente vai precisar se afastar por um tempo.
- Como assim, Bi? Tu não me ama mais?
- Não é isso. Eu te amo muito, acho que nunca vou deixar de te amar.
- Então? Eu também te amo, o que pode ficar entre nós?
- Lembra de quando eu andava drogado?
- Lembro, mas tu tá bem melhor, só tá fumando de vez enquando, eu também fumo pouco, só contigo.
- Então, eu me envolvi com um traficante, na verdade, me envolvi com o pior traficante da cidade. Ele acha que sou propriedade dele. Ele tava preso, mas agora foi solto e me quer de volta.
- Como assim, Biel? Tu nunca me contou isso antes.
- Não tinha motivo pra te contar. No dia do teu aniversário, ano passado, alguém falou pra ele sobre aquela declaração de amor que tu fez e ele me chamou lá. Ele prometeu te matar se quando ele saísse da cadeia, a gente ainda tivesse junto.
- Bi, se for preciso eu morro por você. Mas ninguém vai nos separar.

...

- Não precisa chorar, Gabriel. Vamos fazer uma pausa. Depois você volta ou nem precisa mais. Eu já entendi tudo. - Seu José falou por me ver chorar.
- Desculpa. Eu lembrei que Ruan falou a mesma coisa pra mim e toda aquela emoção voltou novamente.

...

Enfim, Renatinho não quis se afastar de mim. Ele tinha a ilusão de que Cristofer iria aceitar me dividir com ele. A ideia de Renatinho era pedir para Cristofer pra gente virar um trisal até ele cansar da gente. Eu não tinha muita esperança que ele fosse aceitar, mesmo assim cai na besteira de tentar colocar o plano de Renatinho em prática. Quando Cristofer saiu da cadeia, marcamos uma visita a ele e fomos, eu e Renato. Serjão tentou me impedir, dizendo que era loucura, que Cristofer só falava em mim, que ele estava doido pra me comer e me ver chegar com Renatinho não daria certo. Mas passamos por ele e entramos na boca.
- O que significa isso, Gabriel? Como é que você trás esse viado aqui? - Cristofer falou.
- Calma Cris, a gente tem uma proposta pra te fazer. - Eu falei, chegando perto dele e dando um selinho nele.
- Eu não quero saber de proposta nenhuma. Não vou te dividir com ninguém, você é só meu. Tá me ouvindo bem? Você é só meu. Se esse fedelho não sair daqui agora eu vou meter bala nele. - Cristofer falou e apontou uma arma na direção de Renato.
Somente nessa hora Renatinho entendeu o nível de ciúmes de Cristofer e saiu da boca. Eu fiquei.
- Que porra foi essa?
- Calma, ele queria continuar comigo e insistiu pra te propor um trisal. O cara tá louco por mim. Eu deixei ele vim ver a tua opinião. Eu não iria ficar sem tu, mas não me faria mal ter dois machos, vai que tu aceita. Afinal tu não vai ter tempo pra mim e ele tem todo tempo do mundo.
- Ouve bem que eu só vou falar mais uma vez: não vou te dividir com ninguém. E tu que satisfaça o fogo do seu cu com um pau de borracha. A partir de hoje não existe outro macho na sua vida, seu único macho sou eu. E se eu sonhar que esse viado chegou perto de tu novamente, eu mato ele e só não te mato porque gosto muito de tu.
- Não precisa matar ele. Se tu fizer isso eu vou me sentir culpado. O cara só tá apaixonado por mim e tentando uma forma de ficar comigo.
- Tu não tinha nada que ter falado pra ele sobre mim. Eu só não mato ele agora porque o cara é mais um fudido que tu iludiu. Mas se alguém ficar sabendo disso ele morre.
- Relaxa. Vamos comemorar que tu voltou. Vem, me pega de jeito, faz o que ele não consegue.
Naquele dia Cristofer me comeu com uma fome de quem estava na seca. Meu cu saiu até dolorido de lá.
Renato não se conformava de ter que se afastar de mim. Ele se afundou na bebida novamente e na maconha. Vivia me procurando, bêbado. E as vezes a gente se pegava escondido. Eu tentei ao máximo me afastar completamente de Renato, mas não consegui, eu amava demais aquele homem. No meu aniversário, em maio, Renato foi até minha casa e passou o dia comigo. E isso levou ao fim dele.
No começo da noite, Cristofer mandou Serjão me chamar, pra passar meu aniversário com ele, mas quem abriu a porta foi Renatinho. Se Serjão estivesse sozinho ele teria me acobertado, mas ele estava com dois caras que sempre ficavam na boca. Serjão deu o recado, e Renato ainda teve a coragem de dizer pra eu não ir, na frente dos caras. Claro que eu fui, mas quando a gente chegou a primeira coisa que um dos caras falou foi que o meu amigo que atendeu a porta disse pra eu não ir. O cara não teve culpa, ele não sabia de toda a treta. Cristofer perguntou para Serjão quem era o cara, mas Serjão disse que não olhou para o cara, só ouviu a conversa, porque estava olhando para o celular, mas Cristofer pediu para um dos caras descrever o meu amigo e aí não tinha como negar. Cristofer mandou todo mundo sair, menos eu:
- Eu fiz uma festa pra você. Contratei um show. Comprei as bebidas mais caras, gastei meu dinheiro e meu tempo pra te mostrar o quanto eu te amo. E tu faz o que comigo? Caralho Gabriel, eu só te pedi uma coisa. Eu acreditei em você, mesmo todo mundo falando que aquele filho de uma égua era teu macho. - Ele falava com calma e isso me meteu medo.
- Cris, o Renato é um coitado, não vale apena se preocupar com ele. Eu tô aqui. Vamos comemorar.
- O que ele estava fazendo na sua casa? E não tenta me enganar, você é bom nas palavras, mas eu não sou idiota.
- Cris, eu tenho pena dele. Não consigo destruir o coraçãozinho dele assim. Deixa o garoto sonhar. O importante é a realidade é nossa.
- Eu tô pouco me fudendo pra esse otário. Só não quero ele perto de você. Você é só meu. Eu já tinha avisado, se eu não matar esse viadinho apaixonado hoje, ele vai achar que eu sou frouxo, além de corno. Gabriel, se prepara, porque ele vai morrer e a culpa vai ser tua.
- Cris, não faz isso. Eu te peço. Hoje é meu aniversário, eu nunca vou me recuperar de ter a morte nas minhas costas
- Você deve ser muito burro ou muito confiante pra tentar proteger teu amante na minha cara
- Não se trata disso. É uma vida, é um ser humano. Um pobre de um ser humano que cometeu o erro de se apaixonar por mim. Eu não vou sobreviver se ele morrer por minha causa.
- Se isso te faz feliz, ele vai morrer porque me afrontou. Porque teve a coragem de não seguir as minhas ordens. Eu poderia ter matado esse filho da puta a muito tempo, mas dei uma chance pra ele. A única coisa que exigi foi ele se afastar de você. E ele fez o que? Foi na sua casa e ainda falou pra tu não vir me ver. Ele tá pedindo pra morrer. Eu não tenho mais moral com Serjão e agora não vou ter moral com os dois que foram lá. Como alguém tem a coragem de falar pra você não vir me ver e fica vivo?
- Cris, eu te peço, por favor. Só mais uma chance. Eu prometo que se ele tentar me procurar eu mesmo acabo com a vida dele.
- Tá me chamando de burro? Eu sei que tu é apaixonado por ele. Tuas palavras dizem uma coisa, mas teus olhos dizem outra. Eu sei que você nunca me amou, mas antes desse imbecil aparecer, você pelo menos não amava mais ninguém. Eu tinha toda sua atenção, não vou dividir sua atenção com ele.
- Cris, seja racional. Pense em como eu vou ficar depois da morte dele. Eu não vou prestar pra nada. Eu prometo ser fiel a você. Prometo nunca mais olhar no olho dele.
- Eu tô muito bonzinho hoje. Então vou dar mais uma chance pra ele. Mas vou mandar te vigiar, se ele chegar perto de você, acabou pra ele.
- Obrigado, muito obrigado. Agora vem me amar, eu sou todo seu.
- Pare de chorar primeiro.
Eu chorava muito enquanto conversava com Cristofer. Me acalmei, fumei um cigarrinho de maconha e transei com ele. A festa realmente foi bem planejada, claro que ninguém sabia que era pra comemorar meu aniversário, só Cristofer e Serjão sabiam. Para os outros era só mais uma festa.
Mandei uma mensagem para Renato, avisando que a ameaça de morte foi feita mais uma vez e que ele não poderia me ver, nunca mais. Renato não aceitou bem e voltou a repetir que morreria por mim e morreria feliz por poder viver o amor comigo. Eu juro que tentei de tudo para ele desistir de mim. Ele voltou a ir para minha casa outras vezes, mas eu não atendi a porta, nem deixei ele entrar. Ele me procurou em outros locais, mas eu simplesmente ignorava e saia andando. Meu coração se partia, toda vez que eu precisava ignorar Renatinho.
Ele voltou a se afundar na bebida e sempre ia me procurar, caindo de bêbado. Eu simplesmente ligava para dona Adelaide, que ia buscar o filho e me xingava muito. Ela sempre fazia um barraco enorme quando tinha que buscar o filho, sempre me culpando pelo estado dele e era verdade.
Um mês depois do meu aniversário de XVII, Cristofer mandou matar Renatinho em público, fingindo que estava cobrando uma dívida de drogas que eu tinha feito. Então a culpa da morte dele caiu toda pra cima de mim e realmente a culpa era minha. Dona Adelaide concordava com isso e me deu uma surra na minha casa. Ela me bateu com uma barra de ferro, é claro que não me defendi, porque eu merecia aquela surra. A surra que ela me deu foi tão violenta que fui parar no hospital, quebrei uma costela e tive alguns outros machucados. Fiquei dois dias no hospital.

...

- Seu José, eu preciso parar um pouco. Não consigo continuar agora. Essa história ainda tá muito viva em mim.
- Claro. Tem mais alguma coisa pra falar?
- Ainda tem meu crime pra contar, mas eu preciso de uma pausa.
- Fica tranquilo. Você sabe que eu não vou te julgar, também já cometi muitos crimes nessa vida. E ainda cometo os crimes fiscais.
Precisei tomar um banho e beber mais uma taça de vinho pra poder falar sobre meu segundo maior arrependimento na vida. O primeiro foi a morte de Renato, eu acho que poderia ter evitado. E a segunda foi a morte de Cristofer. Eu queria muito que ele tivesse morrido, mas não queria ter sido o culpado por isso. Claro que chorei muito naquele banho.

...


Voltei para sala e continuei a contar meu passado para o senhor José.
Eu fiquei enfurecido por ter sido responsável pela morte de Renatinho, a culpa e a raiva tomaram conta de mim. Passei a planejar a morte de Cristofer como vingança, eu só pensava em me vingar, mas precisava ser bem feito, sem ninguém saber que fui eu. Foi aí que lembrei que Ricardão estava de volta a cidade e mandei uma mensagem pra ele, pra gente se encontrar e ele topou na hora. Claro que ele quis me comer primeiro, mal me deu boa noite e foi me puxando para um abraço e chupando meu pescoço.
Ricardão não beijava minha boca, nem encostava no meu pau, mas em compensação ele apertava muito minha bunda. A foda precisava ser rápida, pois ele estava de serviço.
Ricardão já foi tirando minha roupa e me jogando para dentro do carro da polícia, de costas é claro. Ele colocou uma camisinha e deitou por cima de mim. Antes de meter, ele mordeu meu ombro, me fazendo soltar um gemido. Logo depois ele meteu no meu cu, de uma vez só. Me arrancando outro gemido. Ele não esperou eu me acostumar, nem me perguntou se poderia meter. Ricardão foi simplesmente metendo no meu cu, aumentando a velocidade aos poucos até passar a meter freneticamente. Eu não estava conectado com aquela foda, mas fiz questão de gemer pra caralho e fingir que estava doendo muito. Quanto mais eu pedia para ele meter com calma, mais ele metia forte e mandava eu aguentar o pau dele que ele estava com saudade de comer alguém que aguentava as metidas fortes. Ricardão queria que me comer de quatro também, então puxou minha cintura, me deixou de quatro no banco do fundo do carro e voltou a meter forte, dando tapas na minha bunda e chupando minha orelha e meu pescoço. Ele meteu por mais um tempo e gozou, me abraçando por trás e me prendendo por um tempo.
Quando passou o tesão da foda, ele se vestiu, eu me vesti e ele já foi falando:
- Bielzinho, é bom te ver assim, sem estar drogado. É incrível te foder assim, com você inteiro aqui pra mim. Mas eu sei que tu não me ligou só pra eu te comer. Fiquei sabendo que tu foi parar no hospital, é isso? Quer que devolva a surra que tu levou? Eu faço com prazer.
- Na verdade, eu preciso de você para me vingar, realmente. Mas não da minha agressora e não quero uma simples surra. Eu quero matar uma pessoa, mas preciso que ninguém fique sabendo.
- Só dizer quem é. Não sendo ninguém muito complicado. A gente avaliar.
Contei toda minha história com Renato para Ricardão, ele também ficou morrendo de raiva de Cristofer e queria ele mesmo matar o desgraçado por me fazer sofrer e tentar me controlar daquela forma. Claro que Ricardão também ficou imaginando Cristofer querer me proibir de dar pra ele também.
Bolamos o seguinte plano: Ricardão iria invadir a boca, junto com outros policiais, pegar Cristofer, ficar sozinho com Cristofer algemado em um lugar e me chamar só pra apertar o gatilho. O plano tinha tudo para dar errado, mas por incrível que pareça, deu certo e Ricardão ainda conseguiu juntar meu plano com uma abordagem policial que já estava planejada, não para aquela finalidade, mas deu tudo certo, um policial ficou ferido e um traficante morreu tentando defender Cristofer durante a abordagem, mas isso já aconteceria mesmo sem minha parte do plano. Quando cheguei ao local, Ricardo estava sozinho com Cristofer, que estava algemado. Peguei a arma de Ricardão e falei:
- Você matou o único amor da minha vida. Você tirou tudo de mim. Eu nunca mais vou ser feliz novamente. O peso da morte de Renatinho sempre vai me acompanhar. Você merece morrer.
- Você também teve culpa na morte dele. Eu fui bonzinho, eu avisei, eu dei várias chances, mas vocês me fizeram de otário. Vocês riam de mim, dos meus sentimentos. Você não é uma vítima Gabriel, você é o bandido. Você fudeu com tudo. Não se pode ter tudo nessa vida, ou você tem amor, ou você tem as pessoas aos seus pés. Você nunca vai ser feliz no amor, sabe porquê? Porque a praga é você. Você atrai o mal por onde passa, você é o próprio mal. - Cristofer começou a falar.
Nessa hora eu comecei a chorar muito e não consegui matar ele. Por mais que eu quisesse fazer ele pagar. Ele estava certo. Eu ofereci meu corpo em troca de drogas, eu procurei por ele e viciei ele em mim, sabendo dos riscos. Eu quis viver um amor, mesmo estando preso naquela vida de merda. Eu poderia ter me afastado de Renato na primeira ameaça ou então ter mudado de cidade e fugido de Cristofer.
Me arrependi de matar Cristofer, mas Ricardão estava tomado de raiva, pegou a arma da minha mão, limpou minhas digitais e atirou na boca de Cristofer, fazendo ele morrer na mesma hora e minha frente. Foi uma das piores cenas que eu já vi na vida, independente de Cristofer ser um traficante perigoso, que mandava matar muitas pessoas. No fundo eu não queria nenhuma morte nas minhas costas. Mas para Ricardão aquilo foi só mais uma das muitas pessoas que ele matou.
Enfim, depois da morte de Cristofer, eu fiquei com um vazio enorme no peito. Não tinha mais motivo pra viver. O homem que eu amo estava morto e o assassino dele também já estava morto. Me restou a culpa e a dor. Eu afundei em uma depressão profunda, um vazio existencial. Prometi pra mim mesmo que nunca mais me apaixonaria por ninguém e nunca mais me permitiria viver um amor, pois eu não teria saúde mental para ver outro amor meu morrer.
Dessa vez, meus pais agiram mais rápido. Eles chamaram um psicólogo para conversar comigo em casa. Foram muitos momentos até eu começar a me abrir e quase um ano pra eu pensar em voltar a viver novamente. Foi com esse psicólogo que eu me apaixonei pela psicologia e pensei em voltar a estudar. Mas eu precisava terminar o ensino médio primeiro e fiz isso por meio de uma prova, a prova era tão fácil que acho que qualquer um passaria, eu passei sem estudar muito, só lendo sobre os principais temas do ensino médio, não tirei uma nota excelente, mas tirei entre VII e VII e meio em cada prova, estava perfeito pra mim, pois eu só precisava tirar V se não me engano. Antes dos meus XIX eu já estava "bem" novamente, claro que com muitas marcas. Por exemplo, eu tive dificuldade para voltar a sentir prazer no sexo e a terapia me ajudou nisso também, ajudou tanto que voltei a viciar em sexo.
Dona Adelaide não ficou feliz por eu ter sobrevivido e ainda estar longe das drogas, então ela vivia me xingando pelas ruas e indo até a casa de meus pais fazer a mesma coisa. Por causa dela e de outras pessoas da cidade, que também queriam me ver bem longe dali, decidi fazer faculdade em outra cidade.
Próximo aos meus XIX, comecei a tentar o vestibular de psicologia. Não passei da primeira vez, então tive que esperar mais um ano e finalmente passei.
Nesse período eu continuei encontrando com Ricardão e transando com ele muitas vezes. Ricardão sempre se preocupou comigo, ele inclusive ajudou meus pais a pagarem meu psicólogo, sem meus pais saberem. Para meus pais o preço era um, mas só Ricardo, o psicólogo e eu sabíamos o preço real. Por incrível que pareça, eu nunca transei com meu psicólogo, nunca tive nem vontade, apesar dele ser jovem, bonito e ficar excitado com alguns dos meus relatos. Ele também nunca se insinuou pra mim, mas homem não tem como disfarçar tesão, o pau acusa logo.
A terapia me ajudou muito, de muitas formas. Claro que a principal delas foi me devolver a vontade de viver e de fazer planos para o futuro. Também aprendi a reconhecer meus defeitos, claro que entre reconhecer e deixar de ter defeitos existe um caminho grande, mas foi fundamental me conhecer. Graças a meu terapeuta, eu também fiz curso de defesa pessoal, entrei na academia, aprendi o básico de capoeira e de jiu-jitsu, mas não gostei muito. Também comecei uma dieta, pra cuidar do meu corpo. Enfim, depois que eu comecei a me abrir na terapia, meu terapeuta nunca mais me deixou parado, ele sempre inventava algo novo pra eu fazer, já que eu não estudava na escola.
Para Serjão eu fiquei de luto pela morte tanto de Renato, quanto de Cristofer. Serjão nunca ficou sabendo do meu envolvimento na morte do primo dele. Mesmo me vendo com Ricardão e outros policiais algumas vezes, pra todo mundo, Cristofer morreu em uma abordagem policial. Serjão assumiu o tráfico e logo expandiu para outras cidades, inclusive para nossa lá. Eu livrei Serjão de ser preso duas ou três vezes, por gratidão por ele ter tentado me ajudar a manter Renato vivo.

...

- Acho que é isso, seu José. Te contei todo meu passado e vou entender se o senhor quiser se afastar de mim.
- Para com isso Gabriel, já te falei que fiz coisas muito parecidas com as suas e meus motivos eram apenas financeiros. Os seus motivos eram muito mais nobres, por assim dizer. Você queria alimentar seus vícios, viver um amor e se vingar de um lixo da sociedade. Eu, no seu lugar, teria feito muito pior. Eu teria torturado esse tal de Cristofer até a morte. Agora eu consigo te entender melhor. Só não entendi uma coisa: e as drogas? Como você se livrou delas? Como não sente mais vontade?
- Eu continuo sentindo vontade de fumar maconha. Essa vontade nunca passou, principalmente quando vejo alguém fumando perto de mim. Mas trabalhei muito isso na terapia também e vou precisar voltar para terapia e continuar esse trabalho. Só estou esperando achar um bom terapeuta lá em Salvador. Eu descobri que o problema não é a maconha em si, é a maconha em mim, rs. Eu tenho predisposição ao vício, então uma tragada nunca vai ser só uma tragada. E, na verdade, durante a depressão profunda, eu não tive forças nem para fumar e quando me recuperei, eu meio que estava com pouca vontade. Sempre que bebo, por exemplo, sinto vontade de fumar um, mas consigo me controlar com exercícios de respiração e focando em outras coisas, como no sexo por exemplo.
- Entendi. Gabriel, sua história de vida é incrível! Eu estou impressionado. Você é um guerreiro. Eu queria muito que você namorasse meu filho, mesmo sem amor.
- Eu gosto muito de Pedro, tenho gostado cada vez mais de estar com ele. Pedro é o combo perfeito pra mim, o sexo é bom, a conversa é boa, a gente se diverte, ele me entende...
- Mas não é amor.
- Infelizmente não é amor. Eu tenho por Pedro um sentimento enorme de amizade. Senhor José, eu também tenho uma dúvida: sua esposa sabe que o senhor fica com outros homens?
- É complicado. No começo da nossa relação ela mesmo que me incentivou a pegar outras pessoas porque ela não aguentava meu pau. A gente se amava muito, ainda a amo, mas ela nunca conseguiu me dar prazer na cama. No começo eu tentei pegar outras mulheres, mas a maioria também não aguentava direito, então minha esposa me sugeriu pegar homens, tentei resistir no começo, mas com o tempo o tesão falou mais alto. Minha esposa nunca quis saber com quem eu ficava, é claro que ela suspeita e olhava torto para algumas pessoas que andavam comigo, mas nunca reclamou, nem tocava nesse assunto, ela apenas percebia se eu tinha transado ou não pelo meu nível de relaxamento. E eu consigo dar prazer pra ela com a língua e com os dedos, mas ela não consegue me dar prazer.
- Então ela vai perceber que você transou esse final de semana?
- Vai sim, mas não se preocupe, ela nunca comentaria nada sobre isso com Pedro ou com você.

...

Continua

...

E aí? Consegui responder todas as perguntas sobre o passado de Gabriel? Ou ficou alguma coisa sem resposta? Pode fazer igual o senhor José e perguntar. Comenta se era isso que você imaginava ou se eu te surpreendi. Pode opinar sobre tudo, vou adorar ler cada comentário. Para quem acha que a história terminou, lembre-se da vingança de Carla, que vai ser poderosa e realmente vai abalar Gabriel. E da passagem de tempo, a história se passa em 2013 por um motivo: vai ter uma passagem de anos e outra fase vai começar. Mas também não se preocupe que não vou me estender muito.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico renancachorro

Nome do conto:
Casa dos estudantes - Cap 26 - Passado (parte 4)

Codigo do conto:
226632

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
03/01/2025

Quant.de Votos:
2

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