Desventuras na Estrada - Cap 6

Era engraçado, eu nunca tinha saído do Mato Grosso e agora, em menos de uma semana, atravessara vários estados, tinha conhecido a praia e etc.

Estávamos na estrada, e percebi que Marcelo ria enquanto dirigia.
- O que foi? - perguntei
- Lembra quando eu disse que tinha tempo que não dormia uma noite inteira?
- Sim.
- Então - ele voltou a falar - acabei de perceber que dormi a noite inteira com você.
Ele me olhou com ternura.
- Obrigado - ele respondeu quase sussurrando.
- Não precisa agradecer - respondi

O olhar de Marcelo exalava carinho quando olhava pra mim.

A viagem seguia, os dias foram se passando. Essa vida na estrada não era fácil, mas eu não tinha do que reclamar, eu tinha Marcelo comigo e era isso o que importava.

Passar todo esse tempo com Marcelo era ótimo, conhecer mais dele me deixava ainda mais confortável.

Estávamos a quatro dias na estrada rumo a Fortaleza (e é claro que já tínhamos transado mais nesses quatro dias).
Já era madrugada, talvez duas ou três da manhã.
- Vamos parar - disse Marcelo - Preciso ir ao banheiro, tem um posto mais pra frente.
- Ta bom, vou aproveitar e comer alguma coisa.

Dez minutos depois chegamos a um posto grande, mas a maior parte de suas luzes estavam apagadas, e o lugar parecia precário.
Haviam apenas três caminhões no estacionamento.
Marcelo foi ao banheiro e eu entrei na lanchonete, pedi um salgado e um suco.
Terminei de ccomer, mas Marcelo ainda não tinha saído.
Saí da lanchonete, e me encostei do lado de fora do caminhão.
Parecia um deserto, nada ali fora.
Até que vi um homem saindo da lanchonete, ele olhava em volta como se estivesse procurando alguma coisa, e alisava a barba rala.
Ele veio se aproximando de mim.
- E ai, beleza?
Ele perguntou ainda de longe.
- Beleza - respondi objetivamente.
O homem tinha músculos por todo o corpo, parecia uma parede de tão grande, sua pele era morena queimada pelo sol, ele também tinha uma barriguinha de chop.
Ele deu uma pegada no pau e se aproximou mais de mim.
- Não acha perigoso ficar aqui sozinho?
- Não, não acho.
Respondi ríspido quando percebi as segundas intenções dele. Não queria nada com outra pessoa, pelo menos não agora, queria só Marcelo.
- Sabe, tava procurando alguém pra me aliviar.
Ele disse na cara de pau.
- Pode continuar procurando! - falei.
O olhar dele mudou, e parecia com raiva.
Ele colocou as duas mãos no caminhão me fazendo ficar preso entre seus braços.
- Sai fora - falei empurrando ele com toda minha força.
Foi em vão, ele era bem mais forte.
O homem segurou meus pulsos e começou a me arrastar pra onde um dia funcionava o lava rápido do posto.
O lugar estava escuro, sujo e cheio de tranqueiras, pedaços velhos de carros e coisas do tipo.
Eu continuava tentando lutar, tentava chutar e me soltar de suas mãos, mas a cada golpe meu ele me segurava mais forte me machucando.
Ele me forçou a entrar no velho lava rápido, cai no chão sujo e o homem veio por cima de mim.
Ele colocou meus braços na minhas costas e colocou o joelho em cima pra que eu não me mexesse.
Ele tirou sua camiseta, passou em volta da minha boca e amarrou apertado para que eu não gritasse.

Não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo.

Ele segurou meus pulsos com uma só mão e com a outra ele arrancou meus shorts e minha cueca.
Eu me debatia e tentava gritar, mas era impossível com aquela camiseta cheirando a suor amarrada em minha boca.
Já estava quase desistindo de lutar.
- Se você parar de resistir vai ser bem mais fácil - ele falou com a respiração ofegante, parecia estar ficando cansado.
Continuei a me debater, tentando tirar ele de cima de mim
Ouvi o zíper de sua bermuda se abrir.
Não sabia mais o que fazer.
- OTÁVIO! - a voz de Marcelo me gritava, ele parecia estar longe dali.
Voltei a tentar a gritar, mas não conseguia, o único som que eu conseguia fazer era alguns gemidos abafados de terror, que não sairíam nem de dentro daquele cômodo nojento.
- OTÁVIO - Marcelo me gritou de novo, a voz parecia um pouco mais perto do que antes.
Me dei conta de que eu estava chorando, estava agoniado.
Estava apavorado, estava quase me rendendo a idéia do estuprador, tentar ficar quieto, pois assim pelo menos terminaria rápido.
- Lá vai! - ele disse.
A voz dele me dava nojo, e o pior era que ele parecia ter prazer em fazer isso.

Me dei conta de que estava perto de uma parede.
Mexi meu pé e toquei algo gelado, não sabia o que era.
Virei minha cabeça, era difícil ver alguma coisa através das lágrimas, naquele escuro.
Não conseguia ver. Talvez fosse vidro.
O homem, começou a tentar me penetrar. Não estava lubrificado, e eu ainda resistia. Comecei a sentir uma dor lacinante, ele tinha começado a me penetrar.
Decidi tentar a sorte, juntei a força que me sobrara, e chutei forte.
Eu estava certo. Era vidro.
O barulho foi alto, e os cacos caíram no chão.
- Filho da puta! - o Homem falou e deu um soco nas minhas costas.

Ouvi passos correndo e vozes vindo até o lava rápido.
O peso do corpo do homem saiu de cima do meu.


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Comentários


foto perfil usuario jeovanerosa

jeovanerosa Comentou em 22/12/2015

Pode parecer doentio mais acho interessante essa questão do estupro.




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Ficha do conto

Foto Perfil safadinho6969
safadinho6969

Nome do conto:
Desventuras na Estrada - Cap 6

Codigo do conto:
75949

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
21/12/2015

Quant.de Votos:
12

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