Na metade do caminho voltei a falar:
- De onde vocês se conhecem?
- Acho melhor ele te contar isso.
- Mas eu...
Heitor me lançou um olhar como que quisesse encerrar o assunto, resolvi não insistir e parei de falar.
Ele me deixou na porta de casa e eu me despedi rapidamente.
Entrei pro meu quarto e passei a tarde pensando.
Quando a noite cheguou troquei de roupa, coloquei uma bermuda e uma camisa, calcei meus chinelos e caminhei até a casa de Marcelo.
A casa estava trancada, entrei com minha chave. Ele ainda não estava em casa então me sentei no sofá e esperei por muito tempo. Quase uma hora depois Marcelo entrou em casa, quando me viu veio se sentar do meu lado lentamente.
- Mais calmo? - perguntei.
Ele assentiu com a cabeça.
- Então pode começar a me contar? De onde se conhecem? O que aconteceu entre vocês?
- Não foi exatamente entre a gente - ele falou me deixando ainda mais confuso.
- Marcelo, fala de uma vez!
- Cláudia trabalhava na empresa dele à uns anos.
Cláudia era sua ex-mulher e eu já podia imaginar o que vinha a seguir.
Ele continuou.
- Ele ficou com ela, por muito tempo. Quando eu descobri fiquei arrasado - ele falava de cabeça baixa - saber que a mulher que eu amava estava transando com o patrão dela foi horrível.
Ele ficou em silêncio por um tempo.
- Como você descobriu? - perguntei
- Sem querer vi uma mensagem no celular dela, eles marcaram de se encontrar, aí vi o endereço na mensagem e peguei os dois transando. Depois disso ainda briguei muito com Heitor e com ela
- Por que não me contou isso antes Marcelo?
- Não queria ser chamado de corno, sei lá, ainda me sinto mal com aquela situação, por isso não suporto Heitor.
Eu ri.
- Não tem graça Otávio.
- Eh..só não entendo por que você tem tanta raiva do Heitor e mesmo depois disso tudo ainda transou com sua ex-mulher.
- É.. Que..é complicado.
- Não tem nada de complicado, eles transaram. E por que a culpa tem que ser só do Heitor?
- A culpa não é só dele, mas é que com você trabalhando não ficávamos mais juntos, eu...fiquei sozinho aqui, e acabou acontecendo - ele parou de falar por um momento, pareceu ter lembrado do rosto de Heitor e se enraiveceu - só consigo ter raiva dele, ele acabou com meu casamento Otávio, não quero ver você com ele...não quero com a perto dele.
- Essa responsabilidade não é só dele, afinal quem tinha um compromisso com você era Cláudia, não Heitor. E de maneira alguma eu vou deixar de trabalha com ele, eu preciso do emprego, você sabe disso melhor do que ninguém.
Ele ficou em silêncio, sabia que era verdade.
- Um relacionamento meu acabou por causa dele, eu não quero que outro seja se quer ameaçado por aquele idiota.
- Pelo que parece a gente nunca chegou a ter um relacionamento, e é por sua causa, você que não quis algo sério.
- Infelizmente to arrependido agora, mil coisas passaram pela minha cabeça quando vi vocês saindo do restaurante juntos, fiquei com ciúmes, com medo dele tentar algo com você, com certeza ele vai tentar.
Não queria estar falando daquele jeito com Marcelo mas era necessário e pelo visto ele ainda não sabe que nós transamos.
- Agora você sabe como eu me senti quando vi você e Cláudia dormindo juntos, também fiquei com ciúmes, muito ciúmes e com muito medo de você voltar pra ela.
- Isso não vai acontecer - ele disse olhando pela primeira vez em meus olhos - é você quem eu amo!
Fiquei em silêncio e Marcelo se levantou.
- Espera... Hoje é domingo, por que você tava com o Heitor em um domingo?
- A gente foi almoçar.
- Isso é óbvio Otávio, mas você trabalha de segunda à sexta, por que saiu com ele hoje?
Não falei nada e meu silêncio e constrangimento foi o que Marcelo precisava pra deduzir o óbvio.
- Vocês estão transando?
Continuei sem dizer nada, não queria magoá-lo mais.
- Quem cala consente não é mesmo? - ele disse nervoso - sempre esse cara atrapalhando minha vida, sempre ele.
Ele ficou andando de um lado pro outro, serrando os punhos e xingando.
- Por que ele hein? - ele voltou a falar comigo - Heitor é mal educado, prepotente, é um babaca e mesmo assim você ficou com ele.
- Eu não sei, TALVEZ FOI POR QUE VOCÊ DISSE QUE PODERIAMOS FICAR COM QUALQUER UM - falei bem mais alto do que queria - TALVEZ SE VOCÊ TIVESSE TIDO UMA ATITUDE E ME DISSESSE QUE ESTAVAMOS JUNTOS PRA VALER EU NÃO TERIA FICADO COM ELE, POR QUE EU TE AMAVA E ESTAVA DISPOSTO A ME SATISFAZER SÓ COM VOCÊ, DIFERENTE DE VOCÊ QUE PRECISAVA DE UM "RELACIONAMENTO SEM NOME".
Ele ficou parado olhando fixamente pra mim.
- Você disse "amava" - ele parecia confuso e ainda mais nervoso - você não me ama mais?
- Não sei, eu não tenho certeza de mais nada.
Ele empurrou meu peito com força e eu bati contra parede, depois veio até mim e segurou meus braços com mais força que eu imaginava que ele tinha.
- Mentira - ele disse com seu rosto próximo ao meu, fazendo seu hálito soprar eu meu rosto - fala a verdade, eu sei que você me ama.
Continuei sem responder, ele se aproximou mais, beijou meu rosto e meu pescoço me fazendo cócegas.
Abaixei a cabeça e ele puxou meu cabelo com força pra cima me fazendo olhar em seu olhos.
- Eu sei que você me ama.
Ele encostou seus lábios nos meus e enfiou a língua em minha boca, me dando o beijo mais intenso que ele já tinha me dado.
Era impossível resistir a Marcelo mesmo depois de uma discussão como aquelas. Ele soltou meus braços e começou a passar as mãos pelo meu corpo, não com carinho como costumava fazer, ele me tocava brutamente apertando cada pedaço do meu corpo com força, parecia não ter medo de me machucar.
Tirei sua blusa e comecei a passar a mão por suas costas arranhando e apertando o que meus dedos encontravam.
Nossas bocas não se desgrudavam, ele agarrou minha bunda com força e me fez subir em seu colo, minhas pernas se enrolaram em sua cintura e ele andou até a cama.
Nos deitamos e ele interrompeu o beijo quase sem desgrudar os lábios dos meus:
- Fala que me ama - sua voz grossa sussurrando pra mim me deixou louco, parecia que aquela briga já tinha se passado a séculos e não a três minutos atrás.
Eu olhava dentro de seus olhos com um olhar de desafio, queria saber do que ele seria capaz se eu não dissesse.
Ele tirou minha camisa com força quase arrancando do meu corpo, começou a beijar e lamber minha barriga e meu peito enquanto suas mãos continuavam a percorrer meu corpo com firmeza.
Ele também tirou minha bermuda e minha cueca me deixando pelado sobre sua cama. Marcelo ficou de pé pra tirar sua calça, e dela tirou o cinto.
- Vai falar agora? - ele disse em tom ameaçador com o cinto na mão.
- Não! - falei o desafiando mais ainda.
Ele segurou minha cintura com força me virando de bruços, empinei a bunda esperando.
Ouvi o barulho do cinto cortando o ar e logo ele acertou minha bunda em cheio.
- AAAHNN! - Gritei alto
- Tem alguma coisa pra me falar? - ele disse.
- Não, bate mais!
Ele não esperou nem mais uma palavra e acertou minha bunda várias outras vezes, eu gritava. As cintadas doíam mas estranhamente eu gostava (e muito).
Ouvi o barulho do cinto caindo no chão e logo senti meu cabelo ser puxado.
Marcelo me tirou da cama e me colocou de joelhos no chão. Ele se sentou na beirada da cama com as pernas abertas, segurou meu cabelo com força e eu comecei a mamar, ele ditava o ritmo, sempre acelerado indo até o fundo de minha garganta me fazendo engasgar.
Eu olhava fixamente eu seus olhos enquanto me deliciava com aquela pica, algumas vezes eu tentava sair mas ele não deixava, queria tudo no tempo dele, queria mandar em mim.
Depois de foder muito minha boca ele me levantou e me jogou na cama novamente.
- De quatro! - ele mandou e eu obedeci.
Fiquei de quatro esperando o quer que ele fosse fazer comigo, senti sua língua entrando em mim depois passando ao redor do meu cu. Ele lambia, chupava e deixava bem babado. Enquanto seu rosto estava atolado em meu rabo ele dava tapas fortes que (com certeza) deixariam mais marcas na minha bunda.
Ele parou de chupar e sem dizer mais nada posicionou seu pau bem na porta do meu cu, esperei que ele colocasse devagar (como sempre), mas ele socou tudo de uma vez em meu cu e eu soltei um grito...que as poucos se transformou em gemidos, e eu pedia mais.
Ele estocava com pressão enquanto segurava meu quadril com firmeza, seu saco batia em minha bunda fazendo aquele som que me deixava ainda mais excitado. Marcelo acelerava mais e mais, eu gemia alto, sem parar, pedindo mais pica.
Ele diminuiu a velocidade e me colocou de frango assado.
- Agora quero olhar pra você - sua voz ofegante ainda era sexy.
Ele voltou a me comer sem esperar e logo já estava rápido como antes, parecia que não tinha tempo a perder. Marcelo estava insaciável, quanto mais rápido ele me comia mais ele acelerava e mais forte socava em meu cu. Eu não parava de gemer, enquanto ele me enrabava eu me punhetava, não conseguia me controlar com aquela pica dentro de mim, só queria ser fodido ao máximo.
Enquanto me fodia, Marcelo mantinha seu olhar fixo em mim e eu fazia o mesmo, suas mãos passavam por minha barriga, meu peito, meu pescoço. Vez ou outra ele dava tapas fortes na minha cara e eu fazia questão de mostrar que estava gostando.
Não sabia quanto tempo se passou, não queria saber, só o que me importava é sentir e dar prazer, só isso.
Marcelo aumentou ainda mais o ritmo e começou a gemer muito. Enquanto eu me punhetava gozei fazendo espirrar leite pra todos os lados e Marcelo me encheu de porra mas mesmo tendo gozado ainda continuou os movimentos por um longo tempo.
Ele se inclinou sobre mim e me beijou como antes, com intensidade inigualável, sua língua invadiu minha boca e se entrelaçou com a minha num momento único.
- Te amo - falei sussurrando enquanto nos beijavamos.
- Eu sei - ele falou sorrindo.
Ficamos deitados nos beijando, olhando um para o outro por um longo tempo. Até agora não conseguia explicar como aquela briga horrível se tornou umas das melhores transas da minha vida em questões de segundos.
Nos levantamos e tomamos um banho juntos, sem lembrar da briga.
Depois disso pedimos uma pizza e pegamos no sono.
Acordei no outro dia assustado, não ouvi o celular despertar estava atrasado. Levantei correndo e Marcelo também acordou.
- To atrasado - falei já correndo pra porta - Tchau.
- ESPERA! - ele se levantou só de cueca e veio até mim na porta - preciso te perguntar uma coisa.
- Ta, mais rápido preciso ir!
- Quer namorar comigo? - ele parecia meio receoso em perguntar isso - Só nós dois, sem ninguém mais.
Fiquei pensativo, eu amava Marcelo demais e depois da nossa noite era quase uma proposta irrecusável.
- Não - falei, e ele arregalou os olhos.
- Como assim? Não era isso que você queria? - ele falou confuso.
Ele tinha certeza de que eu aceitaria.
- É, mas...acho que eu tô pronto pra aderir a sua idéia de relacionamento sem rótulos.
Dei um selinho nele e saí pela porta sem dar a chance dele rebater.
Não virei pra trás mas se o tivesse feito, com certeza eu veria uma expressão de surpresa no rosto de Marcelo.
Se era uma surpresa ruim ou boa eu não sei, mas com certeza era uma surpresa!
Como dizem: Brasileiro só fecha a porta depois que é assaltado.
Tô amando o conto. De fato Marcelo foi uma pessoa amavel que apareceu na vida de Otavio. Mais não podemos negar que o Heitor foi e será a cereja desse bolo. Eu acho que seria otimo para nós leitores, ver o Heitor caido de amor por Otavio. Quero imaginar ele passar por cima de toda a sua autoridade e orgulho em busca do amor de Otavio. Mais para ele conseguir isso, gostaria de vê-lo chorar, perder sono, lutar e principalmente tratar o Otavio como um verdadeiro Rei. Seria otimo ver tudo isso, mais tenho certeza que nosso autor Safadinho 6969 vai nos satisfazer com o seu Amavel conto. Tenho algumas ideias, se desejar, pode entrar em contato. Parabéns e sucesso!
Ótima reviravolta. Marcelo que fique na espera agora...kkkkkk, só deu o devido valro depois q perdeu. Agora chore. VOTADO.