Saí do prédio com a cabeça a mil peguei um ônibus e fui pra casa.
Pensei em ir dormir com Marcelo, mas decidi ficar em casa, precisava pensar.
Nunca na minha vida eu pensei se quer na possibilidade de me prostituir, não queria fazer isso, continuaria a procurar um emprego, mas confesso que pensei várias vezes em aceitar, era visível que ele tinha muito dinheiro, ele podia me ajudar muito, mas não, não iria fazer isso, de jeito nenhum.
Minha rotina não mudava em absolutamente nada, só entregava currículos de manhã até a noite, depois ficava um pouco com Marcelo, no outro dia era a mesma coisa.
Meu celular não tocava, nenhuma notícia de emprego, nada.
Já estava a três semana sem trabalhar, sem dinheiro, sem ajudar em casa nesse momento de necessidade.
A cada dia o olhar de meu pai ficava mais preocupado e mais cansado, era visível que ele estava piorando, eu não perguntava nada, mas sabia.
Ele estava sentindo mais dor e precisando de mais remédios a cada semana.
Marcelo me ajudava a procurar emprego, quase todos os dias, mas nada acontecia.
Eu chorava durante quase todas as noites, sem saber o que fazer, me sentindo impotente por não conseguir ajudar meu pai, as contas de água e energia já estavam ficando atrasadas, e começava a faltar comida em casa.
Depois de um mês, eu já não tinha certeza de mais nada.
Me levantei em um dia nublado e me vesti com uma calça jeans, blusa branca e um tênis, não peguei minha pasta com os currículos, revirei minha gaveta do criado mudo e achei o que procurava.
O cartão de Heitor.
Coloquei no bolso.
Não pensei muito, sai de casa e fui até o ponto de ônibus.
Eu não queria, não queria mesmo fazer isso, mas a essa altura era preciso fazer coisas que eu não queria.
O ônibus chegou, entrei e me sentei no fundo.
Na metade do caminho eu tirei o cartão do bolso e peguei meu celular.
Comecei a digitar o número e uma incrível coincidência aconteceu, antes que eu conseguisse ligar o meu celular tocou.
O número não estava salvo no meu celular, tentei reconhecer.
Era o mesmo número que estava no cartão.
Era Heitor.
Demorei um pouco mas atendi.
- Alô.
- Ta ocupado agora?
Ele não falou bom dia, nem se quer um "oi", Lidia estava certa.
- Não, por que? - respondi
- Vem aqui no prédio, tenho que falar com você.
Como já estava a caminho respondi.
- Daqui a alguns minutos eu chego aí.
Ele não respondeu nem disse tchau, só desligou na minha cara.
Guardei o celular e o cartão no bolso.
Desci no ponto de ônibus, e quando vi já está a na porta do prédio.
Entrei pelo saguão gelado e quando Lidia me viu abriu um sorriso enorme.
- Quanto tempo Otávio.
- Oi, tudo bem? - falei - o Heitor me ligou, disse pra vir aqui.
- Ele deixou avisado, falou pra você subir até a sala dele quando chegasse.
- Obrigado.
Me dirigi ao elevador, e apertei o botão do último andar.
Andei pelo enorme corredor e parei na frente da porta da sala que eu estive a um mês atrás.
Hesitei um pouco, estava nervoso.
Bati devagar.
- Entra - ele disse com a voz grossa.
Entrei lentamente na sala.
Ele estava no computador, quando entrei ele se levantou rapidamente e veio até mim.
Me assustei, achei que ele ia fazer alguma coisa mas só me entregou um papel.
- Passa no RH, você começa amanhã.
Perfeito o conto, queria viver isso com um caminhoneiro
Perfeito o conto, queria viver isso com um caminhoneiro
amigo que suspense louco. fico aqui olhando todo dia pra ver se postou alguma coisa nova. continua firme ai que a galera aqui com certeza ta curtindo muito
Putz ele estava a fim mesmo de foder o Otavio uhuu, mas e o Marcelo??? show de conto!!!
Cara, ta maravilhoso o conto, essa entrada de Heitor na historia deu um novo gás, amo essas pegação entre o patrão e empregado, ta delicioso. Só falta ele gostar de BDSM e ser nosso Christian Grey. #50tons