O Jogo



Era Sábado, dia de servir o Sr. Theo.
Esporadicamente, recebia 7 cavalheiros do seu círculo em seu apartamento. Nessas ocasiões eu e minha irmã de coleira, Débora, éramos chamadas. Era praticamente um teste de objetificação e subserviência.
O horário marcado era sempre 23h. Eu e Debora tínhamos que estar no apartamento às 8h. A partir desse momento o jejum era obrigatório, só era permitido consumir água. Também não era permitido tomar banho nesse dia. Um pouco de odor feminino natural era desejável até o início do evento.
Nós colocávamos a mesa, recebíamos os aperitivos que o buffet entregava e nos certificávamos que tudo estava ao gosto do Sr. Theo. Como todo dominador, era muito apegado aos detalhes e rituais.
Por volta das 22h ele nos mandava ficar nuas. Os cabelos eram presos para trás com um simples rabo. Não usávamos maquiagem ou qualquer acessório. Sabíamos nosso papel. Assumíamos nossa posição na parede – mãos escoradas e bundas empinadas com as pernas eretas e abertas. Em seguida recebemos nosso castigo. As chibatadas eram certeiras e espaçadas, cobrindo todo o perfil dos nossos corpos. Nesses dias o Sr. Theo costumava ser mais punitivo do que de costume. Debora, ao receber um golpe certeiro pouco acima do quadril, se contraiu tanto, que acabou se mijando um pouco. O fio de mijo amarelado e quente, escorreu pela sua perna até o chão, formando um círculo perfeito ao lado de seu pé. Percebendo o deslize, o Sr. Theo perguntou:
-Isso, são modos? Você é uma cadela por acaso?
Agarrou-a pelos cabelos e esfregou seu rosto no piso mijado. Fiquei com vontade de rir, mas, se o fizesse, seria meu fim. Humilhada, levantou-se e retomou sua posição. As chibatas recomeçaram, como se nada houvesse acontecido. Quando terminou, estávamos suadas e ofegantes. Na pele, a sensação de queimadura como se estivéssemos por horas no sol. Os vergões, deixados pelas chibatadas, estavam salientes e vermelhos. Para quem não é desse mundo, ou não entende a psique de uma submissa, não existe nada mais afrodisíaco que uma surra. Sua adrenalina vai às alturas e a buceta fica encharcada, a ponto de pingar, pronta para ser fodida.
A campainha toca, assumimos a posição de exposição: Ajoelhadas no chão, joelhos bem afastados, tronco ereto, com as duas mãos na cabeça. Ficamos assim até o último convidado chegar. Expostas, sem nenhum acessório que proteja nossa identidade. Todos os nossos defeitos e qualidades físicas à mostra. Na pele, as marcas da submissão condescendida. Nuas de corpo e alma.
Conforme chegam, os convidados se aglomeram ao nosso redor. Nós só podemos manter o olhar baixo, nunca os encarar. Dirigir a palavra? Nem pensar. Eles nos analisam; tecem tanto elogios quanto comentários jocosos, como se não estivéssemos ali ou não pudéssemos entende-los. Em contrapartida, não podem em hipótese alguma nos tocar. Tensão sexual inunda o ambiente. Seus ternos caros não escondem o surgimento de algumas ereções.
A lubrificação da minha buceta se acumula. Uma gota se desprende e desce lentamente até o piso, como uma aranha num fio de teia.
Um dos convidados se agacha e recolhe a gota com a ponta do indicador. Esfrega com o polegar, aproxima do nariz e cheira. Com um sorriso, leva o dedo até a ponta da língua. Um sommelier de buceta, penso.
Enfim, o último convidado chega.
Fico de quatro, com a costa reta. O Sr. Theo deposita uma caixa de charutos em mim. Debora fica em pé, ao meu lado, com a guilhotina e um isqueiro do tipo maçarico. Os convidados se aproximam, escolhe o seu e Debora acende, um a um. Quando todos estão servidos, eu me levanto e sirvo o Whisky.
A sala se enche de fumaça de fumaça aromatizada. Conversam entre si e bebem. E por mais que pareçam civilizados, não tiram os olhos de nós. Fico imaginando o que se passa em suas cabeças. O que fariam com nós duas se pudessem. Quando estão prestes a terminar os charutos, o Sr. Theo traz uma caixa de madeira com dois maços de baralho e várias fichas. Embaralha as cartas corta e coloca no centro. Eu e Debora deveremos retirar uma carta, quem tirar a menor perde. Fecho os olhos e puxo uma do maço. Debora faz o mesmo. Mostramos as cartas, ela perdeu.
Consciente do que viria, caminha até a parede e retoma sua posição. Os convidados se aglomeram em cima dela, apagando seus charutos em sua pele. Só a área das costas é permita. Debora geme alto. Quando os convidados se afastam, ela está praticamente no chão, de joelhos, pressionando a parede com o corpo. Nas costas, sete círculos perfeitos, vermelho vivo. Um pouco de cinzas cai das feridas. Se levanta, mantem a cabeça baixa e toma seu lugar na mesa. Será Dealer da partida de pôquer. Suas mãos estão trêmulas ainda do castigo. O suor faz com que sua pele bronzeada brilhe, como que coberta de óleo, destacando suas curvas e musculatura. Os mamilos estão rijos. O peito, ofegante, os tornam mais evidentes. Os convidados riem dela. O Sr. Theo pega mais charuto da caixa, se aproxima dela e agarra-a pela nuca, esticando seu corpo. Com a outra mão, lentamente, acaricia seu clitóris com o charuto. A transformação em Debora é impressionante. De olhos fechados, seu rosto, até então tenso, fica sereno. As abas do nariz se dilatam discretamente. O corpo relaxa enquanto o seu ventre treme. Sincroniza a respiração com suspiros longos. Instintivamente sua mão busca a virilha do Sr. Theo, que a afasta. Ela geme um quase inaudível “me fode mestre, na frente desses pervertidos, por favor”. Os convidados ficam em completo silêncio. Alguns, involuntariamente boquiabertos, parecem não acreditar na cena. Outros se tocam por cima da calça.
O Sr. Theo ri, e me estende o charuto lambuzado. Eu corto sua extremidade e acendo. Humedeço os lábios com a lubrificação de Debora.
Quando devolvo o charuto para o Sr. Theo, ele me pega pela mão ergue meu braço e me gira lentamente, como um dançarino, anunciando:
-Srs. que comece a partida. O vencedor terá direito de passar um dia para degustar essa rara e bela espécime, graduada na arte da mais completa submissão!
Os convidados aplaudem e urram animados. Devo admitir que meu mestre sabe como entreter sua plateia.
A partida inicia e vara a madrugada. São todos jogadores inveterados e experientes. Debora cumpre seu papel de dealer. Eu continuo os servindo, conforme o necessário. Vez ou outra, o Sr. Theo me coloca no colo, como que destacando o troféu ao qual concorrem. Aos poucos, vão sendo eliminados. Como combinado, devem partir quando isso acontece.
Ao nascer do sol, sobram só dois competidores: Sr. Theo e um dos convidados. O convidado o desafia. Ele aceita. O oponente revela suas cartas. Estou no colo do Sr. Theo e sei que sua mão é melhor. Ele faz uma cara de desapontado e se declara derrotado retornando suas cartas. Perde de propósito. Minha espinha gela.
Em meio a exaltação do convidado, o Sr. Theo o tenta:
- Espere, duas é melhor que uma – sugere.
O convidado hesita, fazendo uma cara de confuso.
-Mais uma fatídica mão. Se ganhar, leva as duas. Perdeu? Volta para casa como chegou. Para não dizer que sou injusto, por um final de semana inteiro. Ficarei ainda lisonjeado em emprestar minha casa de veraneio no interior, onde você terá todo o luxo, privacidade e descrição para desfruta-las.
O convidado olha para mim e Debora. Vejo desejo e confusão em seu rosto. Por fim aceita, desde que ele seja o dealer.
- Como quiser – responde o Sr. Theo com um sorriso largo.
De maneira rápida, o Sr. Theo sai como vencedor.
O convidado deixa a mesa bravo e frustrado com a própria ambição.
- Como o Sr. sabia que ele aceitaria o desafio e venceria? – pergunto animada.
- Não sabia. Como viu, eu poderia ter finalizado a partida. Só queria aumentar um pouco a adrenalina e reforçar um ponto.
- Que ponto? – pergunto.
- Que vocês são minhas – finalizou.
Paro por um instante e me ofereço infantilmente:
- O Sr. não vai reclamar seu prêmio? Talvez depois de um banho quente e uma massagem?
Sem pestanejar responde:
- Entenda que vocês eram um prêmio para eles. Além do mais, estou cansado e alcoolizado. Vocês já me serviram por hoje. Cuide da sua irmã de coleira, sim? Ela está ferida e de mau humor.
Por fim ele nos deixa. Estou excitada e dentro de mim sinto que nunca conseguiria deixar de obedecê-lo.
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Comentários


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cota português Comentou em 30/06/2021

Fabuloso e fotos espetaculares

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casalbisexpa Comentou em 14/06/2021

puro tesão

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lucasemarcia Comentou em 18/06/2020

louco demais. votado

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skarlate Comentou em 13/02/2020

Colossal




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Ficha do conto

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fadainsensata

Nome do conto:
O Jogo

Codigo do conto:
151780

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
13/02/2020

Quant.de Votos:
17

Quant.de Fotos:
4