Rotule como quiser



Eu havia atingido aquela idade crítica que todos da classe D passam: recém chegada ao ensino médio, teria que estudar no período noturno e trabalhar à tarde.
Sem qualquer experiência, me candidatei à várias vagas de secretária. Não demorou para o emprego surgir. Trabalharia para um arquiteto.
Sr. Rubens tinha um escritório num prédio comercial. Era apenas uma sala, antessala e banheiro. Eu ocupava uma mesa na antessala, onde atendia ao telefone, respondia e organizava e-mails, cuidava da agenda do meu patrão, pagava contas, entre outras obrigações do ofício. Tudo banal e de fácil execução. Estava feliz com a oportunidade e, sobretudo, com o salário. Era baixo, claro, mas, para quem nunca ganhou nem mesada, parecia uma fortuna.
É difícil descrever meu empregador. Com 45 anos, casado, era alto e magro. Não era feio, mas também não chamava atenção. Vestia-se sempre com camisas sóbrias, jeans e um sapato confortável. Uma palavra para defini-lo? Econômico. Falava só o necessário, e era de poucos gestos. Porém, havia uma elegância na forma como se movia, uma elegância felina. Praticamente não fazia barulho. Requisitado, era incapaz de atender todos que o procuravam. E se recusava a contratar novos arquitetos ou aceitar parceiros. Passava o dia em frente ao computador com seus projetos. Só saía para se encontrar com clientes ou plotar algum desenho.
Nossa rotina seguiu sem surpresas por meses, até o dia do meu aniversário. Assim que cheguei no prédio, o porteiro me abordou para receber a correspondência e uma sacola de encomenda para o Sr. Rubens. Assinei o recibo como de praxe e corri para o elevador.
Pouco tempo depois o Sr. Rubens chegou e eu entreguei as encomendas e correspondências.
- Hoje é seu aniversário, correto? – perguntou.
Acenei positivamente com a cabeça, envergonhada.
- Jovem ainda... mas já pode votar. – disse com um leve sorriso. – Acho que merece um presente! – anunciou.
Me devolveu a fina sacola, dessas de papel cartonado e cintilante, com o que parecia ser uma caixa preta de sapato dentro, fechada por um laço cinza.
- Peço que só abra quando chegar em casa. – exigiu.
Agradeci ainda envergonhada. Ele foi para a sua sala e fechou a porta como de costume. Passei o dia desconcentrada, sofrendo de ansiedade e imaginando o que havia na embalagem. Nesses anos de crise, o máximo que havia ganho na minha data eram falsos elogios.
Deu meu horário, agradeci novamente a lembrança, e fui animada para casa. No metrô, fiquei abraçada ao embrulho para que ninguém o tocasse. Filha única, entrei de fininho em casa, escondi a sacola embaixo da cama e fui para a escola. Estava completamente avoada, nem me recordo daquela aula.
Voltei para casa, meus pais já dormiam. Fui direto para o quarto e peguei a caixa misteriosa. Tirei o laço e como esperava era um sapato. Preto, lindo, de salto agulha. Pela grife, devia ser mais caro do que todos os calçados que já tinha tido na vida. Na caixa ainda tinha um saquinho de seda preto, com fechamento de cordão, também de seda, dourado. Dentro havia um conjunto de lingerie, nude. A calcinha, fio dental, minúscula. O sutiã também era pequeno, com as alças em x. Completando o conjunto, uma persex. Fiquei desconcertada com os presentes. Não conseguia compreender o significado, embora fosse clara a intenção, era tão ousado que não acreditava.
Corri para o banheiro, tirei a roupa e vesti o pequeno conjunto. Servia perfeitamente e valorizava meu corpo de uma forma que nunca imaginei. Pela primeira vez me olhava no espelho me sentindo sexy. O fio dental se perdia entre minhas nádegas. A parte da frente mal cobria o sexo, só permitindo o uso completamente depilada. O sutiã, unia e sustentava os seios, empinando-os. Tirei o conjunto e fui para o chuveiro. Me depilei completamente e voltei a vesti-lo. Dessa vez coloquei os saltos e passei a hora seguinte me admirando, como nunca havia feito.
Já de pijama, não conseguia dormir. Pensava em mim, no Sr. Rubens, que teria que trabalhar no dia seguinte e encará-lo, sem saber o que esperar ou dizer. Por fim, decidi que iria devolver o presente e pronto.
No dia seguinte, como sempre, ele chegou depois de mim. Deu um seco “bom dia” e se trancou na sua sala. Levei duas horas até conseguir coragem. Bati na porta, entrei, coloquei a caixa sobre a mesa e disse:
- Não posso aceitar o presente!
Ele retirou os óculos lentamente, respirou fundo e perguntou calmo:
- Posso saber o motivo?
- Não é apropriado. – respondi decidida.
- Você provou? – perguntou.
Fiquei vermelha e acenei que sim com a cabeça. Ele abriu a caixa, tirou a pequena calcinha de dentro do saco de veludo e cheirou sem nenhum embaraço me encarando.
- Vou dizer o que aconteceu: você experimentou as peças e se admirou no espelho como nunca fez antes. Você nunca havia sido notada até então. Sua vaidade, que sempre viveu de migalhas, alimentou-se, mas não o suficiente a ponto de satisfazer-se. Por isso está na minha frente agora. – disse confiante.
- Desculpe, Sr., acho que não entendi... – disse desconcertada.
- O que estou tentando dizer é que você podia, por exemplo, contar para os seus pais e me comprometer. Podia simplesmente não aparecer e pedir demissão por telefone. Fingir que nada aconteceu, já que precisa do emprego. Existem várias possibilidades. Entretanto, preferiu me confrontar, sozinha, e ver onde isso vai acabar. – analisou.
- Desculpe, Sr., eu só... só fiquei confusa. Queria saber por quê? Não quero perder o emprego. – respondi trêmula e quase chorando.
- Agora estamos de volta aos nossos papéis. – continuou confiante. – Me diga, como ficou? – perguntou.
- O quê? – perguntei ainda confusa.
- A porra da lingerie! Como ficou em você? Descreva, anda. – respondeu numa inédita explosão.
Demorei para organizar meus pensamentos e disse baixinho e sincera:
- Ficou... ficou muito bonito. A cor combina com minha pele. Valorizou meu corpo, meus seios. Os saltos me deixam mais alta, e também empinam todo o corpo. Me senti sexy.
- Ótimo! Vista, quero ver como ficou. – ordenou, caminhando até a porta do escritório e trancando-o.
Imatura, sem um pingo de confiança e acostumada a obedecer, quando dei por mim já estava no banheiro só de lingerie e salto. Lavei o rosto, respirei fundo e finalmente sai. Caminhei lentamente até a sala do Sr. Rubens. Os saltos faziam meu quadril oscilar involuntariamente.
- Superou todas as minhas expectativas! – disse, da sua cadeira, abrindo um raro sorriso.
- Posso me vestir agora? – perguntei.
- Não. Você vai trabalhar assim hoje. – ordenou.
- Mas, e se alguém chegar? – perguntei aflita.
- Não esperamos ninguém hoje. Se aparecer, será anunciado pela portaria e tranquei a porta. Você está segura. Vá para a sua mesa e termine aquele relatório de custos que pedi ontem. É importante. – pediu calmamente.
Obedeci, caminhei até minha mesa e sentei na cadeira. O couro ainda gelado no corpo seminu. Senti um arrepio cortante, misto de medo e excitação. Fiz de tudo para me concentrar e dar andamento na tarefa. Sr. Rubens deixou a porta de sua sala aberta, e me observava. Puxei meu cabelo longo e liso no colo, numa tentativa pueril de cobrir os seios.
Meia hora antes do fim do expediente, ele veio até minha mesa.
- Terminou o relatório? – perguntou.
Apenas indiquei que sim com a cabeça. Ele tirou o celular do bolso e fez uma ligação:
- Dona Angela? Aqui é Rubens... sim, está tudo bem com a Juliana. É constrangedor pedir isso, mas estou atrasado com um projeto e precisando de ajuda. Juliana, um anjo, se ofereceu, mas não podia aceitar sem a sua anuência... claro, eu mesmo a levo, ou pago um táxi. Ela está sobre minha responsabilidade, não se preocupe... Eu que agradeço, nem sei como retribuir a generosidade. Boa noite! – foi o rápido diálogo maniqueísta com minha mãe.
Nesse momento a ficha caiu, estava completamente a mercê do meu patrão. Ele me levantou me pressionando com o corpo contra a parede.
- O que o Sr. vai fazer comigo? – perguntei inocentemente.
- O que você imagina? Estou com o pau duro desde manhã, e tenho uma putinha em desenvolvimento de trajes mínimos na minha frente... – sussurrou no meu ouvido.
Colocou o dedo indicador entre os bojos do meu sutiã. Com um movimento brusco, arrebentou o fio que os uniam, deixando meus seios a mostra. Começou a sugar e morde-los com apetite. A barba por fazer ralava minha pele. Inexperiente, meu corpo dava sinais de desconforto e prazer. Me colocou de costas, debruçada apoiada sobre os cotovelos em cima da mesa, deixando minha bunda na altura de sua virilha. Arrebentou a calcinha, que escorregou lentamente pelas minhas pernas até o chão. Desabotoou a calça, abaixando-a até os joelhos. Esfregou o cacete pela fenda da minha bunda. Roçou a cabeça na minha buceta, separando os lábios. Senti a lubrificação quente se libertando do meu corpo e melando seu pau, me deixando pronta para recebê-lo.
- Presumo que você seja virgem. – disse.
- Sou, nunca fui de ninguém... – respondi, ofegante com o coração disparado.
- E você acredita que isso seja uma virtude? – perguntou, massageando ainda minha buceta com a cabeça do pau.
- Sim. – respondi aérea.
- A virgindade é uma virtude superestimada, sabe? Como a humildade. Geralmente é a qualidade de quem não tem nada para oferecer. – menosprezou.
- Por favor, só não me machuca. – pedi com voz infantil, no meu último momento de sobriedade.
Em seguida me sarrou com força. Seu cacete me penetrou preenchendo minha buceta. Um grito baixinho de espanto me escapou. Senti uma dor aguda seguida por um calor anestesiante.
- Sua virtude morreu dezoito centímetros atrás. Putinha vagabunda! É isso o que você é agora. Vagabunda! Vagabunda! – descontrolou-se com a voz quase gutural.
- Filho da puta! – gemi.
Minha reação o animou. Me agarrou pelos cabelos, enterrando o cacete cada vez com mais força. Depois de longos minutos, parou por um momento de me foder, mas com o pau ainda enterrado na minha buceta. Ordenou que eu rebolasse. Sem saber ao certo o que fazer, comecei a mexer o quadril como se desenhasse um oito imaginário. Ele controlava meu ritmo, estapeando minha bunda. Excitada e estimulada, me entreguei. Gozei de uma forma que nunca havia experimentado, muito mais intenso de quando me masturbava.
Sr. Rubens me largou, foi até sua sala e voltou. Eu continuava ainda me recuperando, apoiada na mesa. Desprevenida, puxou meus braços para trás e só pude sentir as duas argolas de metal unindo meus pulsos nas costas. Segurava na mão um enorme pau preto de silicone. Prendeu a ventosa da base no tampo de vidro de uma mesinha de canto que servia de decoração. Tirou uma bisnaga de lubrificante do bolso e despejou no cacete. Enfim, me colocou sentada no falo. Estava algemada e empalada, não conseguia me mexer. Sentada quase de cócoras, com os joelhos alto e sem o equilíbrio dos braços, era impossível levantar ou me mexer. O cacete era comprido, grosso e gelado. Foi como perder a virgindade novamente. Tinha que manter as pernas totalmente abertas, senão o desconforto era muito grande. Meu patrão tirou do bolso algo semelhante a um chaveiro. Acionou o botão e um som elétrico e pulsante começou dentro de mim. O cacete vibrava em ritmo crescente, arrancando gemidos e espasmos do meu corpo. Sr. Rubens se aproximou com um sorriso, tirou o cabelo que cobria meu rosto e me esbofeteou algumas vezes. Tirou o pau duro e melado com sangue e lubrificação e meteu na minha boca. Fodeu meus lábios com a mesma violência que tirara minha virgindade há pouco. Perto do clímax, esporrou na minha cara. Ficou assistindo meu corpo em delírio e batendo punheta na minha frente, até eu implorar para parar. Sem esforço me colocou de volta deitada de bruços na mesa. Minha buceta parecia um vórtice elétrico; micro orgasmos surgiam do nada causando pequenos espasmos pelo corpo. Sem os saltos, meus pés já não alcançavam o chão.
- Lembra que você pediu para eu não te machucar? – disse o Sr. Rubens.
Senti o lubrificante gelado escorrendo pela fenda da minha bunda. Com o dedo, concentrou o liquido no meu cú. Massageou e penetrou com o dedo. Depois com dois. Enfiou o pau lentamente e me fodeu por alguns minutos. Não chegou a gozar. Comeu meu cú porque podia. Se deleitou com meu rosto contraído de dor, gemidos e súplicas.
Satisfeito, me soltou e jogou minhas roupas no chão, mandando me vestir. Obedeci.
Me acompanhou até um ponto de táxi, e pagou pela corrida até meu endereço.
- Tome! – disse, oferecendo duzentos reais, antes que eu entrasse no carro.
- O que é isso? Você pensa que sou o quê? Uma puta? – respondi num tom de indignação inocente.
- Rotule-se como quiser. Conselho: nunca recuse dinheiro, pode fazer falta amanhã. – retrucou com um sorriso previdente.
Entrei no carro e o motorista me levou até em casa. Me olhava pelo espelho com um sorriso cínico e repreendedor.
Cansada, apaguei na cama. Fui dormir sem tomar banho. No dia seguinte estava toda dolorida. Até mijar foi desconfortável. No corpo, as marcas que o Sr. Rubens havia deixado: chupões nos peitos e roxos pela bunda. Meu maxilar doía, mas não tinha marcas no rosto. Me arrestei até o metrô e fui para o trabalho. Chegando lá, o Sr. Álvaro, nosso contador, já me aguardava.
- Senhorita, tenho um assunto delicado para discutirmos. – abordou educado.
- O que seria? – perguntei surpresa.
- Bem, parece que houve uma pequena indiscrição por parte da Senhorita. – começou. – O Sr. Rubens descobriu uma compra de material erô... – pigarrou. – inapropriado! Foi feito do seu terminal e recebido por você. Temos o recibo da portaria com sua assinatura. Dessa forma, não há como a relação de trabalho continuar. Ele não irá fazer nenhuma queixa, mas não há como deixar isso passar. Portanto o valor, que excede o que receberia na rescisão, será debitado. Não me cabe julgar, mas é isso... – explanou o velho contador.
Pega de surpresa, não sabia o que dizer. Assinei os termos da rescisão.
- Só mais uma coisa, por favor. – disse o Sr. Álvaro, antes que eu saísse.
Me deu a caixa de sapatos e um recibo descrevendo os itens que eu estava levando, e que supostamente havia comprado: um par de saltos, um conjunto de lingerie, par de algemas, vibrador de 25 cm e uma bisnaga de lubrificante. Minha vergonha estava registrada e contabilizada. E havia pago por ela.
Foto 1 do Conto erotico: Rotule como quiser


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Comentários


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bayoux Comentou em 07/08/2022

“Minha buceta parecia um vórtice elétrico; micro orgasmos surgiam do nada causando pequenos espasmos pelo corpo.“ Muito bom!

foto perfil usuario 785612

785612 Comentou em 31/05/2022

Tesão e meter pra dentro e gozar

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jacarefiao Comentou em 16/05/2022

Nunca negue dinheiro por sexo com depravados !!!!

foto perfil usuario codigo 6

codigo 6 Comentou em 16/05/2022

Belíssimo conto... Escreves muito bem continue.

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Comentou em 16/05/2022

Excelente!

foto perfil usuario kzdopass48es

kzdopass48es Comentou em 16/05/2022

"Sr Rubens, o SORTUDO"... Foi você quem disse pra "rotular"!!! Betto o admirador do que é belo

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olavandre53 Comentou em 16/05/2022

Grande fdp o seu ex-patrão. Bjs

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lgda Comentou em 16/05/2022

Delícia essa posição 😋😋




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Ficha do conto

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fadainsensata

Nome do conto:
Rotule como quiser

Codigo do conto:
201075

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
15/05/2022

Quant.de Votos:
17

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