A DAMA VERMELHA - Refúgio na Taverna



Os sons de cascos e o esbravejar da acavalaria rompem o silêncio da noite e a tranquilidade do vilarejo. Percorrem as ruas com tochas em mãos e batem à porta das casas buscando o príncipe assassino. Observo de longe, escondido atrás de um casebre, enquanto o bando entra na taverna. Seria uma boa hora para tomar um gole de gim, mas aproveito para retirar a flecha que me acertaram no ombro, tentando conter a dor. Em minhas mãos já não se distingue o que é meu sangue e o que fora o sangue de meu pai. Estou imerso na trama daquela rainha vadia. Em minha mente revejo a cena trágica, mas também o corpo nu de minha madrasta, vertendo o líquido rubro sobre seu próprio pescoço, espalhando com as mãos por todo o seio. Vejo-a deslizando as mãos pelo ventre até se perder entre as pernas. Ela se deleita com meu sofrimento e se contorce como em gozo ardente. Devaneio certamente causadas por aquela bebida amaldiçoada que preparou.

Ouço os guardas saírem da taverna. Agora não demorará muito para chegarem até aqui. A floresta está próxima, mas não estou em condições de subir no cavalo. Estou sem saída. A única luz ainda acesa por estes lados é a da taverna e creio que essa é a única luz que me resta e, quem sabe, onde poderei contar mais uma vez com um velho amigo. Então solto o meu cavalo e o coloco em disparada no rumo da floresta, o qual é logo seguido pelos tolos guardas, me dando algumas horas para permanecer escondido.

Entro no estabelecimento pela entrada dos fundos, tentando não ser visto e me encaminho direto para o depósito. Gregório é o taberneiro e mais de uma vez me deixou beber por aqui. O único lugar onde a realeza pode se embriagar sem ser incomodado, além de encontrar quem ceda seu tempo para nos ouvir reclamar. De fato, é um grande amigo, a quem ajudei com o banquete de casamento.

Me sento sobre alguns caixotes e retiro a camisa, usando-a para pressionar o ferimento aberto pela flecha. Não sei o que já estão dizendo lá fora ao meu respeito, mas logo que ele entrar neste depósito eu terei a chance de me explicar. Para minha surpresa, não é ele quem aparece, mas é a sua esposa que adentra subitamente.
— Príncipe Arthur! O rei... - parecendo processar os boatos que ouvira -.
— Não grite! – disparo em baixa voz enquanto me levanto, o mais rápido que a dor me permite-. Por favor. Tudo que tenham falado sobre mim não é verdade. Eu não matei meu pai! Preciso da ajuda de Gregório, em nome de nossa amizade.
A dor parece retornar e o sangue esvaído pelo ferimento parece faltar nas pernas, o que me faz pender em direção aos caixotes.
—Você está ferido! – enquanto me segura e aproxima seu corpo do meu -.

Seu vestido é insuficiente para cobrir os seios, os quais parecem querer fugir por sobre o decote. Em respeito a meu amigo, tento olhar para qualquer outra direção, mas inutilmente.
— Gregório está limpando o salão. Deixe que eu cuido disso – me diz enquanto alcança uma garrafa de gim, que para minha infelicidade não é para eu beber, mas para derramar sobre o ferimento-. Você teve sorte, por pouco não foi mais grave.

Ela alcança o material de costura em uma prateleira e algum tipo óleo em um frasco. Busca por panos dentro das caixas e, na ausência, arranca uma parte de seu próprio vestido. Distribui os utensílios à minha direita enquanto se aproxima do ferimento no ombro esquerdo, inclinando seu corpo sobre o meu cada vez que pega um novo item. Enquanto ela tenta fechar o ferimento, tento disfarçar o meu membro que cresce, drenando o pouco sangue que me resta. Em parte pelo efeito do vinho enfeitiçado que bebi mais cedo e, em parte, a cada nova passagem daquela respiração sobre o meu peito. Concentrado, tento não olhar, prendendo a respiração por vezes, pois eu nunca desonraria um amigo. Ela termina o curativo, mas não sem antes esbarrar no meu membro por acidente.
— Acho melhor você ir – me diz com o face ainda corada-. Os guardas já revistaram aqui, mas ainda podem voltar. Leve essa garrafa de gim com você, vai ajudar com a dor.
— Eu preciso de um abrigo, só por esta noite. Eu lhe peço. Por nossa amizade. Por tudo que já fiz por vocês.
— Não pode ficar aqui! Abrigá-lo significaria morte para nós. Nada do que já fez vale isso.
— Eu suplico. Me diga o que eu posso fazer por vocês e eu farei.

Ela fica em silêncio por um instante, mas de repente se lembra de algo.
— Há uma coisa que pode fazer por nós. Mas deve prometer nunca contar a ninguém. Nem mesmo ao meu marido.
Qualquer coisa que merece tamanho segredo deveria ser igualmente importante e naquele momento eu não poderia me negar, principalmente devido ao risco em que eu estava colocando aqueles dois. Então apenas consenti e deixei que ela prosseguisse.
— Há anos tentamos ter um bebê, mas nunca conseguimos. Já tentamos de tudo. Gregório nunca irá admitir, mas ele não consegue colocar um filho em mim. Eu sei que ele também quer um filho, mas ele nunca pediria isso a ninguém. Dizem que a linhagem real é conhecida por sua virilidade e posso perceber que o que falam é verdade...

Ela olha para a região abaixo da minha cintura, onde o volume já é impossível disfarçar. Eu não podia acreditar no caminho que aquelas palavras estavam por formar, mas tudo se torna mais evidente quando ela ergue a saia em convite a mim.
— Você é o melhor amigo dele. Só a você posso confiar esse segredo.

Além da virilidade, a linhagem Garbor é também conhecida por sua honrosa palavra. Jamais voltaria atrás com uma promessa dada. Engulo meia garrafa de gim antes de avançar na direção da senhora e, mesmo sabendo que esse seria um favor ao meu amigo, viro-a de costas, inclinando-a sobre os caixotes, na tentativa de não memorizar sua feição de excitação enquanto penetro aquela vagina úmida. Ouço apenas os gemidos e a respiração que acelera a cada nova enfiada do meu membro. Gozar rápido encerraria o trabalho, mas não posso fazer isso. Os sábios dizem que para uma mulher engravidar é preciso que ela alcance o extremo do prazer, que ela realmente goste do serviço.

Me dedicando ao dever assumido, alcanço seus seios e os aperto com força, seguido de carícias em seus mamilos, investigando cada ponto do seu corpo e o jeito que ela mais gosta. Tento satisfazer seu desejo, como um simples servo, mas com a fúria de um cavalo a galope. O depósito que não é muito grande, parece ainda mais apertado e quente, o que faz com que ela tire toda a roupa. Vejo seu corpo completamente nu, fervendo a espera de seu parceiro, da mesma forma que meu amigo deve ter visto na noite de seu casamento, Pego ela pelas nádegas, ela se agarra em meu pescoço e juntos descemos ao chão. Meu corpo está sobre o seu, mas ainda não tenho coragem de olhar seu rosto. Mantenho a visão fixa no chão enquanto acelero o ritmo da penetração. Ela me abraça e geme ao meu ouvido. Tenta abafar os gritos pressionando sua boca contra o meu pescoço. Minha vontade é sentir o gosto daqueles lábios entre os meus, mas não posso, não faz parte do combinado. Seu corpo se contorce e já posso sentir vibrar enquanto parece lhe faltar ar. Não posso postergar mais e em pulsos violentos vou despejando minha semente dentro dela.

Se meu amigo entrasse agora não haveria o que pudesse explicar tal situação. Trabalho feito. Não há nada o que falar. Em silêncio tento me deligar de seu corpo, mas ela me segura por mais tempo. Não diz nada, apenas sorri, como se nunca tivesse chegado aquele ponto de excitação antes. Como se quisesse garantir que todo o líquido seria absorvido. Como se pudesse sentir o seu bebê se formando.

Quando ela finalmente permite, eu me levanto do chão, mas, o desgaste pede que eu me sente um pouco. Ela aproveita para coletar do meu pau as últimas gotas, sorvendo tudo com sua boca. Ela não engole. Apenas coleta e deixa escorrer dos lábios para os seus dedos, enfiando em seguida mais um pouco do meu leite em sua vagina. Ela veste sua roupa e sai em seguida, me deixando ainda ofegante. Acho que é assim que um touro se sente após mais um coito. Felizmente não falta muito para o amanhecer. Sigo ali, parado, apenas me esforçando para tirar da mente as lembranças do que acabara de ocorrer.

Foto 1 do Conto erotico: A DAMA VERMELHA - Refúgio na Taverna

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Ficha do conto

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Nome do conto:
A DAMA VERMELHA - Refúgio na Taverna

Codigo do conto:
190079

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
15/11/2021

Quant.de Votos:
4

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