A Fábrica de Ordenha



Venho de um futuro onde o sexo não mais existe. Um mundo onde todas as práticas de toque, suas respirações caracteríticas, todas as sensações da penetração, todo ato natural de reprodução foi proibido. Nessa era, o mapeamento genético avançará de tal forma que todas as doenças estarão identificadas no DNA. Genes danosos serão proibidos de inseminar qualquer óvulo, sendo substituídos por material genético selecionado. É então que veremos o surgimento das fábricas de ordenha. Foi em uma dessas que trabalhei.

Nesses locais, um misto de industria e estábulo dos tempos antigos, indivíduos selecionados, com as melhores composições genéticas, fornecem seu material para o banco mundial de esperma. Por trás da promessa do êxtase ancestral, que convence a aceitação de todos os termos, há um sistema pensado para que os doadores nunca mais saiam. Ainda apreensivos, eles próprios retiram suas roupas e permitem a colocação dos eletrodos para o monitoramento físico, mas a partir do momento que colocam os óculos de realidade virtual, o sistema opera suas estratégias. Videos eróticos são exibidos ininterruptamente. Seios, bundas, cochas e vaginas, todas sendo tocadas, lambidas ou chupadas ritmicamente. Se não isso, imagens de outros homens, seus corpos, pêlos, pênis e ânus. A inteligência artificial acompanha os resultados e reforça os conteúdos que produzem melhores resultados na excitação, até que se atinja a ereção necessária e se passe à próxima fase.

É então que aqueles homens são conduzidos às baias de coleta e técnicos acoplam as máquinas de sucção aos seus membros. Eu era um desses técnicos. Eu observava enquanto os cilindros se movimentavam, reproduzindo a experiência da penetração. Eu não sabia o que assistiam, mas o painel monitorava os efeitos em seus corpos. Os batimentos se aceleravam, a respiração se tornava irregular, intercalada por longas pausas. Mordiam os lábios enquanto seus músculos se contraiam mais e mais. Se a sucção propositalmente parasse por uns instantes, eram eles que contraiam seus glúteos e deslocavam a pélvis em direção ao aparelho, ávidos pela conclusão do procedimento, que era retomado em seguida. Quando o clímax enfim se aproximava, eu via seus corpos lutarem para retardar o coito, mas sempre em vão, pois era a máquina que vencia toda vez e os gemidos que ecoavam pelo galpão eram a certeza que os cilindros haviam coletado mais algumas amostras do viscoso elixir. Seus corpos finalmente relaxavam e um sorriso satisfeito era visto no semblante.

Porém, era assim apenas no primeiro ciclo. A fábrica jamais parava. A cada uma hora a ordenha recomeçava. Não importando se estivessem recuperados ou não. Eles se debatiam, mas as correntes asseguravam que continuassem plugados. Se a ereção demorava a acontecer, o estímulo prostático era autorizado, seja manualmente ou inserido-se longos vibradores pelo ânus do indivíduo. Ouviam-se gritos, inicialmente baixos, mas que se ampliavam, até não haver como distinguir se eram de dor ou prazer. Chegavam ao auge e se silenciavam aos poucos, a medida que mais uma coleta se completava. Após vinte e quatro ciclos, aqueles indivíduos não eram mais homens, apenas cobaias de laboratório. Permaneciam ali, cansados, suados e imóveis, como zumbis, aguardando mais uma coleta.

Eu desconectei um deles certa vez. Os sinais pareciam instáveis e a respiração demonstrava cansaço acima do normal. Pela barba, que começava a ficar grisalha, e as marcas das correntes no pulso, podia-se presumir que estava ali há alguns anos. Resolvi liberá-lo finalmente. Retirei o tubo de sucção e senti seu pênis vermelho e inchado ainda pulsar em minha mão. Parecia arder ao toque. Pensei ter visto uma lágrima escorrer pela lateral dos óculos, porém antes que eu pudesse ter certeza, uma mão empurrou minha cabeça contra aquele pau. Ele estava condicionado a ejacular de hora em hora e queria ofertar mais uma coleta.

Eu tentei me desvencilhar, mas o homem avançou sobre mim, rasgando minha camisa e beijando ferozmente, meu peito, pescoço, abdomem. Me empurrou contra o painel de controle e sua mão esquerda agarrou meu escroto, apertando-o com força. Ele parecia sorrir enquanto sentia meu pau endurecendo sob a calça. É então que ele a abre, expondo meu instrumento completamente ereto em sua direção. Ele lentamente desce e o engole. Se deleita me levando até o interior de sua garganta e depois me trazendo de volta. Se delicia lambendo o pré-coito que escorre e espelhando-o, com sua língua, ao longo de todo o membro. Coloca meus testículos em sua boca e mordisca como se fossem balas.

Embora eu queira gozar, libertá-lo daquele transe é mais importante. Porém, quando retiro os óculos que lhe cobrem os olhos, percebo que é tarde para isso. Seus movimentos não cessam. Ele agora se vira de costas e se lança contra meu peito. Agarra minhas mãos e as delizam por seu próprio corpo, ao mesmo tempo que rebola sobre meu pau, querendo atiça-lo para a penetração. Apenas o orgasmo o fará parar agora e é isso que resolvo dar a ele.

Eu o agarro e empurro seu peito contra a mesa. Deixando seu ânus exposto. Eu preciso segurá-lo um pouco, até finalmente penetrar aquele cu que só toquei com meus dedos. Ele parece reconhecer a sensação. Ele geme e rebola, se agarrando à mesa enquanto eu maceto. Eu poderia continuar ali e gozar em breve, mas não seria o suficiente para acalmá-lo. Então eu o trago de volta para junto do meu peito. Suas mãos agarram meu cabelo, se agarram às minhas nádegas, parecem perdidas. Eu as direciono ao seu próprio membro.

É a primeira vez, há anos, que ele se toca. Desliza os dedos por todo o membro, investigando-o. Parece pouco familiarizado. Preciso ajudar sua mão direita a laçar o membro e guiar seu movimento, de cima a baixo, pressionando o corpo esponjoso para bombear mais sangue. Rapidamente ele entende o procedimento, mas agora não quer mais que eu o solte, agarrando meu punho com a outra mão.

O estímulo duplo parece aproximá-lo cada vez mais do orgasmo. Eu intensifico a penetração, tornando-a cada vez mais forte e rápida, tanto que ele precisa soltar meu punho e se agarrar a mesa para aguentar. Ele geme. Sua respiração está mais acelerada do que nunca. É hora de finalizar. Eu delizo minha mão direita para seu escroto e agarro firme, enquanto ele ainda se masturba, ao mesmo tempo que minha mão esquerda torce seus mamilos. É então que o ouço grunir e urrar lançando esperma por todo painel de controle.

Eu preciso agarrá-lo junto a mim para controlar seus espasmos e meu membro entra ainda mais fundo no seu ânus, fazendo um último fluxo de esperma vazar da glande, escorrendo pelo pau e alcançando nossas mãos. Ele leva os dedos a boca, lambe e engole todo o líquido. Faz o mesmo com as minhas mãos em seguida. Agora é meu esperma que ele quer. Se abaixa junto a mesa a investe sobre meu pau, chupando-o com habilidade. Eu poderia gozar a qualquer momento, mas ele interrompe subitamente o movimento, para aumentar minha angústia, como se reproduzisse os métodos da máquina de sucção. Eu respiro fundo e me seguro, almejando prolongar ao máximo aquela experiência. Então ele retoma os trabalhos. Agarra firme meu pau e punheta com rapidez. Ele quer coletar. Quer coletar tudo. Então eu me agarro com as duas mãos à mesa e meus gemidos se somam aos demais daquele galpão. Ele continua o movimento e já não há diferença entre nós. Há apenas o desejo incontrolável de gozar. Meu corpo se contorce e, num golpe, minha porra finalmente jorra em direção sua boca. Eu o vejo lamber os lábios e engolir tudo, mas ele não se sacia. Ele volta a chupar meu pau, tentando sorver mais uma gota. Meus testículos doloridos, já não suportam tanto movimento. A pele do meu pênis, já desgastada, arde mais a cada vez que entra naquela boca. Eu me contorço, ainda agarrado a mesa, mas continuaria ali enquanto ele continuasse a chupar.

É então que o painel de controle, coberto de esperma, de repente explode, desligando o sistema e iniciando um incêndio. Todas as baias são abertas e as cobais agora correm soltas. Umas se agarram e fodem ferozmente. Outras rompendo os portões. Feras incassiáveis mistutadas a sociedade. Esse foi o começo do fim dos tempos e se você está lendo isto, talvez ainda haja tempo para evitar que essas fábricas sejam criadas.

Foto 1 do Conto erotico: A Fábrica de Ordenha

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Comentários


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engmen Comentou em 07/03/2024

Impressionante a capacidade criativa e de redação que algumas pessoas tem! Ficção científico erótica, num futurismo apocalíptico excitante e crítico, com as nuances de quem tão bem conhece as essências humanas. Aplausos com entusiasmo!!




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Ficha do conto

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arthurgarber38

Nome do conto:
A Fábrica de Ordenha

Codigo do conto:
211414

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
03/03/2024

Quant.de Votos:
4

Quant.de Fotos:
4