Cheguei em casa na noite de sexta-feira cansado, com fome e com sono; o curso estava puxado e o trabalho idem …, deixei minhas coisas na sala e me arrastei até a cozinha, procurando algo para comer. Mordi um sanduíche e esvaziei uma lata de cerveja; cansado demais para qualquer outra coisa, fui para o quarto para dormir. Ao passar pela porta do quarto de Bruno, ouvi gemidos e gritinhos, certificando que ele estava com uma mulher.
Fiquei irritado com aquela atitude …, uma coisa era ele transar, e outra, trazer vagabundas para dentro de casa; mesmo considerando que a casa lhe pertencia, achei uma atitude desrespeitosa para comigo …, tive vontade de chutar a porta e fazer um escândalo, dizendo a ela (quem quer que fosse) que aquele macho era bissexual e me comia sempre que tinha vontade.
Entretanto, preferi me recolher e afogar minha mágoa no travesseiro; a bem da verdade não consegui dormir; fiquei me remexendo na cama, pensando em Bruno com uma fêmea …, e depois de muita revolta e tristeza, acabei adormecendo. Acordei na manhã de sábado, sobressaltado e sentindo um cansaço descomunal. E para minha surpresa quando entrei no banheiro, uma mulher de meia-idade estava sentada na privada urinando e fumando um cigarro.
-Oi, você deve ser o sobrinho do Bruno – ela me cumprimentou, com um olhar hesitante – Se você puder esperar, saio num instante.
-Não precisa se preocupar – respondi, retornando para meu quarto.
Fiquei enclausurado, ouvindo as vozes da mulher e de meu tio que conversavam na cozinha. Esperei por tanto tempo que acabei adormecendo novamente; quando acordei, percebi que a casa estava em silêncio; saí do meu quarto e explorei o ambiente; eu estava só. Bruno e a mulher deviam ter saído. Aproveitei o momento e corri para o banheiro onde tomei uma chuveirada.
Como não queria ficar em casa, e muito menos encontrar com meu tio, vesti uma roupa confortável e segui para a Universidade; estava concluindo meu projeto de pesquisa científica e aproveitei a solidão e a tristeza para afundar nos livros. Comi alguma coisa na cantina e segui para a biblioteca. Passei toda a manhã e parte da tarde pesquisando e lendo …, estava cansado e sem vontade de voltar para casa …, foi nesse momento que ouvi a voz de alguém que se aproximou de mim.
-Oi, tudo bem – disse o rapaz de cabelos castanhos e olhos verdes – Acho que você não se lembra de mim, não é …
-Oi, desculpe – respondi meio sem jeito – Acho que não …
-Me chamo Euler – ele disse com um sorriso – nós frequentamos o mesmo curso no primeiro ano …
-Ah! Sim! – respondi, lembrando-me do rapaz – Você trocou de curso, não foi?
-Sim, exatamente – ele respondeu com um tom alegre – Você está preparando seu projeto?
Acenei afirmativamente com a cabeça; Euler sorriu para mim e perguntou se podia sentar ali comigo; concordei. Conversamos um pouco, já que ele (e também eu) estávamos cansados de tanto ler e pesquisar. Saímos da biblioteca para conversar mais e Euler me convidou para tomarmos um café na cantina. Aceitei, já que não tinha a intenção de chegar cedo em casa.
Fizemos um lanche e continuamos conversando; Euler era uma pessoa atenciosa e simpática e tinha um certo charme pessoal; seus cabelos aparados com esmero e o cuidado com as roupas e calçados faziam dele um rapaz estiloso sem ser pretensioso, além do que era muito bonito.
-Me perdoe por perguntar, mas você parece triste – ele comentou – Aconteceu alguma coisa? Será que eu posso te ajudar?
Não sei porque, mas aquela pergunta caiu como um raio sobre mim, e sem que eu pudesse controlar meus sentimentos, irrompi em um choro comedido; Euler puxou sua cadeira para perto de mim e colocou sua mão sobre o meu ombro. Ele foi muito carinhoso e atencioso, o que parecia um alento para mim.
-Olhe, Eustáquio – ele disse em voz suave e pausada – Se você quiser alguém para conversar …, um confidente …, pode confiar em mim, viu?
Com o coração apertado e a sentindo uma dolorosa solidão, acabei contando tudo para ele, de uma única vez; e enquanto falava não tinha coragem de encará-lo, pois temi por sua reação e também por uma possível crise de homofobia. Quando terminei, Euler segurou meu queixo com a mão e fez com que eu fitasse o seu rosto; ele sorriu com ternura e me disse:
-Ora, está tudo bem …, eu te entendo …
“Ele me entende?”, pensei, confuso e assustado! O que ele queria dizer com aquelas palavras tão doces?
-Eu também já fui apaixonado por alguém que não me dava a mínima – ele prosseguiu com tom entristecido – Alguém assim como o seu tio …
-Não sabia que … – comecei uma frase que não tinha coragem de terminar.
-Você não sabe de muita coisa – ele completou com um olhar insinuante – Você não sabe, por exemplo, que tenho muito tesão por você …
-Por mim? – indaguei, surpreso e atônito – Mas …, porque você nunca me disse isso?
-Porque eu não sabia que você aceitaria – ele respondeu com voz dengosa.
Ficamos em silêncio por algum tempo, até mesmo porque não tínhamos o que dizer um ao outro …, havia apenas uma vontade enorme de fazer alguma coisa. Euler ficou pensativo, olhando para o infinito, até que, enchendo o peito, quebrou o silêncio.
-Vem comigo? – ele me perguntou, com um sorriso no rosto.
-Com você? – perguntei sem saber o que dizer – Para onde vamos?
-Para onde possamos ficar juntos – ele respondeu sorrindo – Eu quero você!
Ele não esperou por minha resposta; apenas pegou minha mão e levantou-se; eu estava em um estado que nada parecia fazer sentido, mas, sem saber o que esperar, deixei-me levar por ele. Saímos do campus e seguimos até o estacionamento. Euler me fez entrar em seu carro e depois arrancou para fora. Seguimos por algumas ruas próximas, até que chegamos ao nosso destino.
Era um hotel mequetrefe cuja entrada parecia vulgar e chamativa; eu olhei para Euler com uma expressão de curiosidade, mas também de incompreensão. “Quero ficar com você, e não me importa o lugar”, ele disse, antes mesmo que eu proferisse uma palavra sequer. Naquele momento eu me senti seduzido por aquele rapaz lindo e gentil, e deixei que o destino seguisse seu curso.
Descemos do carro e seguimos até a recepção, onde um velhote de barba nos olhou com desdém; Euler pediu um quarto, e ele respondeu dizendo o preço …, e que devia ser pago adiantado; Euler sacou a carteira e jogou o dinheiro sobre o balcão, recebendo em troca uma chave pendendo de um chaveiro velho e encardido. Subimos as escadas que rangiam ao nosso movimento.
O quarto era uma espelunca velha e carcomida, embora tivesse lençóis limpos e um chuveiro que parecia funcionar; eu estava ao lado da cama quando Euler me abraçou por trás, apertando seu corpo contra o meu; foi uma carícia deliciosa e cheia de carinho que me fez sentir bem em estar ali, com ele.
Tomando a frente virei-me para ele e comecei a desabotoar sua camisa; ao tirá-la fiquei surpreso ao ver que ele tinha uma tatuagem enorme no peito que serpenteava pelas costas; era um dragão em tons de vermelho e verde que e eu achei lindo demais. Euler sorriu para mim e pediu que eu terminasse o que estava fazendo; ajudei-o, então, a despir-se.
Euler tinha um corpo bem cuidado e sem exageros, exceto por sua rola que era imensa (não tão grande quanto a de Bruno, mas um pouco mais grossa), e tinha uma cabeça rosada e proporcional ao conjunto; eu não esperei por mais nada, ajoelhando-me e segurando aquela delícia com uma das mãos, enquanto envolvia a glande com meus lábios, fingindo que a mordia; Euler gemeu e acariciou meus cabelos.
-Tira a roupa, tesudo! – ele pediu em um sussurro – Quero te ver pelado …
Antes de atender ao seu pedido, saboreei aquela rola linda e dura, lambendo toda a sua extensão e mamando de leve; no momento seguinte, estávamos nus, deitados sobre a cama que também rangia bastante; Euler acariciou todo o meu corpo, detendo-se nos detalhes; beliscou meus mamilos, e segurou meu pau, brincando com ele, enquanto eu fazia o mesmo com o dele.
Fizemos um delicioso “sessenta e nove”, nos chupando e lambendo com extrema sofreguidão. Eu me deliciava com aquela rola grossa em minha boca, sentindo sua textura, sua rigidez e seu calor. A tarde avançou e a noite nos encontrou, ainda explorando nossos corpos, com lambidas e chupadas intermináveis. Euler era sensual e envolvente e eu estava me sentindo realizado, desejado.
Em dado momento, Euler pediu que eu me deitasse de lado; obedeci e ele veio por trás, me envolvendo com seu corpo; senti sua rola abusada roçar minhas nádegas, ensejando um convite irrecusável; inclinei-me ainda mais, permitindo que meu parceiro se encaixasse; com movimentos medidos, dobrei minha perna, e com uma das mãos puxei minha nádega para cima.
Euler sussurrou carinhos em meu ouvido, enquanto explorava meu buraco com os dedos que ele lambuzara em minha boca; senti quando ele socou a cabeça de sua rola no meu cu; relaxei e deixei me levar; foi uma penetração lenta e deliciosa, que eu aproveitava a cada centímetro que aquela rola grossa me invadia, preenchendo minhas entranhas.
Euler enterrou a pica e quedou-se inerte por alguns minutos, saboreando o momento; “você é muito gostoso, meu gato!”, ele murmurou em minha orelha; seu hálito quente me deixou ainda mais excitado, e procurei suas nádegas com a mão, acariciando-as e sentindo sua firmeza gostosa.
Quando ele começou a estocar, eu retribui, jogando meu traseiro contra a rola dele, sincronizando nossos movimentos, e obtendo uma sensação absoluta de prazer. E as horas deslizaram entre nossos corpos …, Euler demonstrava um vigor impressionante, deixando-me ainda mais arrebatado por ele e seu carinho que parecia não ter fim. E quando ele, finalmente, gozou, senti uma explosão de prazer inundando meu corpo, fazendo-me estremecer, a pele arrepiar e um gemido fluir por minha boca, chamando Euler de meu macho!
Ficamos abraçados na mesma posição até adormecemos …, e a madrugada reservava outras surpresas; fui acordado pelos carinhos de Euler, acariciando minhas nádegas e dizendo que queria mais de mim; fodemos outra vez na mesma posição; e fiquei impressionado com o vigor e tesão do meu parceiro; ele me encheu com sua porra, e, em seguida, fez questão de me chupar até que eu gozasse em sua boca …, adormecemos …
Estava por amanhecer quando, ainda mais uma vez, Euler me procurou, pedindo mais uma na posição “frango assado”; aceitei de primeira, e fiquei extasiado, sentindo-me preenchido pela rola dura dele, e sua mão me masturbando com vigor; gozamos juntos e, vencidos pelo esforço, adormecemos ainda mais uma vez.
O sol já havia saído quando acordamos; Euler sorriu para mim e eu para ele; “preciso ir”, eu disse com um pouco de mágoa na voz.
-Não, não vá – ele suplicou, com um jeito juvenil – vamos passar o domingo juntos, aproveitar …, depois te deixo em casa.
Não fui capaz de resistir e aceitei. Passamos o dia juntos, passeando e nos divertindo, e no final da tarde voltamos para o mesmo hotel fuleiro, onde fodemos gostoso mais uma vez, com Euler chupando meus mamilos enquanto me penetrava carinhosamente; gozamos juntos, outra vez.
Anoitecia quando ele me deixou em casa, pedindo para que eu não me perdesse dele; “se depender de mim, isso jamais acontecerá”, respondi e dei-lhe um beijo nos lábios. Esperei até que seu carro desaparecesse na curva. Ao entrar, percebi que a casa estava em silêncio …, nem me preocupei em saber se o Bruno estava lá ou não; não queria estragar meu dia. Fui dormir.