A COBIÇA (3) - O MUNDO DÁ VOLTAS

Estou com Bruno …, ele me usa e abusa, mas, mesmo assim, eu gosto dele …, meu tio é, agora, meu macho! Todavia, há um inconveniente …, algumas vezes, Bruno age como se quisesse me magoar, ou me humilhar e isso me deixa extremamente triste. Eu me sentia um objeto que ele procurava sempre que sentia necessidade de saciar seu tesão que não foi saciado com alguma de suas aventuras heterossexuais. E quando eu penso que a situação poderia melhorar, ele vem e apronta alguma.

Cheguei em casa na noite de sexta-feira cansado, com fome e com sono; o curso estava puxado e o trabalho idem …, deixei minhas coisas na sala e me arrastei até a cozinha, procurando algo para comer. Mordi um sanduíche e esvaziei uma lata de cerveja; cansado demais para qualquer outra coisa, fui para o quarto para dormir. Ao passar pela porta do quarto de Bruno, ouvi gemidos e gritinhos, certificando que ele estava com uma mulher.

Fiquei irritado com aquela atitude …, uma coisa era ele transar, e outra, trazer vagabundas para dentro de casa; mesmo considerando que a casa lhe pertencia, achei uma atitude desrespeitosa para comigo …, tive vontade de chutar a porta e fazer um escândalo, dizendo a ela (quem quer que fosse) que aquele macho era bissexual e me comia sempre que tinha vontade.

Entretanto, preferi me recolher e afogar minha mágoa no travesseiro; a bem da verdade não consegui dormir; fiquei me remexendo na cama, pensando em Bruno com uma fêmea …, e depois de muita revolta e tristeza, acabei adormecendo. Acordei na manhã de sábado, sobressaltado e sentindo um cansaço descomunal. E para minha surpresa quando entrei no banheiro, uma mulher de meia-idade estava sentada na privada urinando e fumando um cigarro.

-Oi, você deve ser o sobrinho do Bruno – ela me cumprimentou, com um olhar hesitante – Se você puder esperar, saio num instante.

-Não precisa se preocupar – respondi, retornando para meu quarto.

Fiquei enclausurado, ouvindo as vozes da mulher e de meu tio que conversavam na cozinha. Esperei por tanto tempo que acabei adormecendo novamente; quando acordei, percebi que a casa estava em silêncio; saí do meu quarto e explorei o ambiente; eu estava só. Bruno e a mulher deviam ter saído. Aproveitei o momento e corri para o banheiro onde tomei uma chuveirada.

Como não queria ficar em casa, e muito menos encontrar com meu tio, vesti uma roupa confortável e segui para a Universidade; estava concluindo meu projeto de pesquisa científica e aproveitei a solidão e a tristeza para afundar nos livros. Comi alguma coisa na cantina e segui para a biblioteca. Passei toda a manhã e parte da tarde pesquisando e lendo …, estava cansado e sem vontade de voltar para casa …, foi nesse momento que ouvi a voz de alguém que se aproximou de mim.

-Oi, tudo bem – disse o rapaz de cabelos castanhos e olhos verdes – Acho que você não se lembra de mim, não é …

-Oi, desculpe – respondi meio sem jeito – Acho que não …

-Me chamo Euler – ele disse com um sorriso – nós frequentamos o mesmo curso no primeiro ano …
-Ah! Sim! – respondi, lembrando-me do rapaz – Você trocou de curso, não foi?

-Sim, exatamente – ele respondeu com um tom alegre – Você está preparando seu projeto?

Acenei afirmativamente com a cabeça; Euler sorriu para mim e perguntou se podia sentar ali comigo; concordei. Conversamos um pouco, já que ele (e também eu) estávamos cansados de tanto ler e pesquisar. Saímos da biblioteca para conversar mais e Euler me convidou para tomarmos um café na cantina. Aceitei, já que não tinha a intenção de chegar cedo em casa.

Fizemos um lanche e continuamos conversando; Euler era uma pessoa atenciosa e simpática e tinha um certo charme pessoal; seus cabelos aparados com esmero e o cuidado com as roupas e calçados faziam dele um rapaz estiloso sem ser pretensioso, além do que era muito bonito.

-Me perdoe por perguntar, mas você parece triste – ele comentou – Aconteceu alguma coisa? Será que eu posso te ajudar?

Não sei porque, mas aquela pergunta caiu como um raio sobre mim, e sem que eu pudesse controlar meus sentimentos, irrompi em um choro comedido; Euler puxou sua cadeira para perto de mim e colocou sua mão sobre o meu ombro. Ele foi muito carinhoso e atencioso, o que parecia um alento para mim.

-Olhe, Eustáquio – ele disse em voz suave e pausada – Se você quiser alguém para conversar …, um confidente …, pode confiar em mim, viu?

Com o coração apertado e a sentindo uma dolorosa solidão, acabei contando tudo para ele, de uma única vez; e enquanto falava não tinha coragem de encará-lo, pois temi por sua reação e também por uma possível crise de homofobia. Quando terminei, Euler segurou meu queixo com a mão e fez com que eu fitasse o seu rosto; ele sorriu com ternura e me disse:

-Ora, está tudo bem …, eu te entendo …

“Ele me entende?”, pensei, confuso e assustado! O que ele queria dizer com aquelas palavras tão doces?

-Eu também já fui apaixonado por alguém que não me dava a mínima – ele prosseguiu com tom entristecido – Alguém assim como o seu tio …

-Não sabia que … – comecei uma frase que não tinha coragem de terminar.

-Você não sabe de muita coisa – ele completou com um olhar insinuante – Você não sabe, por exemplo, que tenho muito tesão por você …

-Por mim? – indaguei, surpreso e atônito – Mas …, porque você nunca me disse isso?

-Porque eu não sabia que você aceitaria – ele respondeu com voz dengosa.

Ficamos em silêncio por algum tempo, até mesmo porque não tínhamos o que dizer um ao outro …, havia apenas uma vontade enorme de fazer alguma coisa. Euler ficou pensativo, olhando para o infinito, até que, enchendo o peito, quebrou o silêncio.

-Vem comigo? – ele me perguntou, com um sorriso no rosto.

-Com você? – perguntei sem saber o que dizer – Para onde vamos?

-Para onde possamos ficar juntos – ele respondeu sorrindo – Eu quero você!

Ele não esperou por minha resposta; apenas pegou minha mão e levantou-se; eu estava em um estado que nada parecia fazer sentido, mas, sem saber o que esperar, deixei-me levar por ele. Saímos do campus e seguimos até o estacionamento. Euler me fez entrar em seu carro e depois arrancou para fora. Seguimos por algumas ruas próximas, até que chegamos ao nosso destino.

Era um hotel mequetrefe cuja entrada parecia vulgar e chamativa; eu olhei para Euler com uma expressão de curiosidade, mas também de incompreensão. “Quero ficar com você, e não me importa o lugar”, ele disse, antes mesmo que eu proferisse uma palavra sequer. Naquele momento eu me senti seduzido por aquele rapaz lindo e gentil, e deixei que o destino seguisse seu curso.

Descemos do carro e seguimos até a recepção, onde um velhote de barba nos olhou com desdém; Euler pediu um quarto, e ele respondeu dizendo o preço …, e que devia ser pago adiantado; Euler sacou a carteira e jogou o dinheiro sobre o balcão, recebendo em troca uma chave pendendo de um chaveiro velho e encardido. Subimos as escadas que rangiam ao nosso movimento.

O quarto era uma espelunca velha e carcomida, embora tivesse lençóis limpos e um chuveiro que parecia funcionar; eu estava ao lado da cama quando Euler me abraçou por trás, apertando seu corpo contra o meu; foi uma carícia deliciosa e cheia de carinho que me fez sentir bem em estar ali, com ele.

Tomando a frente virei-me para ele e comecei a desabotoar sua camisa; ao tirá-la fiquei surpreso ao ver que ele tinha uma tatuagem enorme no peito que serpenteava pelas costas; era um dragão em tons de vermelho e verde que e eu achei lindo demais. Euler sorriu para mim e pediu que eu terminasse o que estava fazendo; ajudei-o, então, a despir-se.

Euler tinha um corpo bem cuidado e sem exageros, exceto por sua rola que era imensa (não tão grande quanto a de Bruno, mas um pouco mais grossa), e tinha uma cabeça rosada e proporcional ao conjunto; eu não esperei por mais nada, ajoelhando-me e segurando aquela delícia com uma das mãos, enquanto envolvia a glande com meus lábios, fingindo que a mordia; Euler gemeu e acariciou meus cabelos.

-Tira a roupa, tesudo! – ele pediu em um sussurro – Quero te ver pelado …

Antes de atender ao seu pedido, saboreei aquela rola linda e dura, lambendo toda a sua extensão e mamando de leve; no momento seguinte, estávamos nus, deitados sobre a cama que também rangia bastante; Euler acariciou todo o meu corpo, detendo-se nos detalhes; beliscou meus mamilos, e segurou meu pau, brincando com ele, enquanto eu fazia o mesmo com o dele.

Fizemos um delicioso “sessenta e nove”, nos chupando e lambendo com extrema sofreguidão. Eu me deliciava com aquela rola grossa em minha boca, sentindo sua textura, sua rigidez e seu calor. A tarde avançou e a noite nos encontrou, ainda explorando nossos corpos, com lambidas e chupadas intermináveis. Euler era sensual e envolvente e eu estava me sentindo realizado, desejado.
Em dado momento, Euler pediu que eu me deitasse de lado; obedeci e ele veio por trás, me envolvendo com seu corpo; senti sua rola abusada roçar minhas nádegas, ensejando um convite irrecusável; inclinei-me ainda mais, permitindo que meu parceiro se encaixasse; com movimentos medidos, dobrei minha perna, e com uma das mãos puxei minha nádega para cima.

Euler sussurrou carinhos em meu ouvido, enquanto explorava meu buraco com os dedos que ele lambuzara em minha boca; senti quando ele socou a cabeça de sua rola no meu cu; relaxei e deixei me levar; foi uma penetração lenta e deliciosa, que eu aproveitava a cada centímetro que aquela rola grossa me invadia, preenchendo minhas entranhas.

Euler enterrou a pica e quedou-se inerte por alguns minutos, saboreando o momento; “você é muito gostoso, meu gato!”, ele murmurou em minha orelha; seu hálito quente me deixou ainda mais excitado, e procurei suas nádegas com a mão, acariciando-as e sentindo sua firmeza gostosa.

Quando ele começou a estocar, eu retribui, jogando meu traseiro contra a rola dele, sincronizando nossos movimentos, e obtendo uma sensação absoluta de prazer. E as horas deslizaram entre nossos corpos …, Euler demonstrava um vigor impressionante, deixando-me ainda mais arrebatado por ele e seu carinho que parecia não ter fim. E quando ele, finalmente, gozou, senti uma explosão de prazer inundando meu corpo, fazendo-me estremecer, a pele arrepiar e um gemido fluir por minha boca, chamando Euler de meu macho!

Ficamos abraçados na mesma posição até adormecemos …, e a madrugada reservava outras surpresas; fui acordado pelos carinhos de Euler, acariciando minhas nádegas e dizendo que queria mais de mim; fodemos outra vez na mesma posição; e fiquei impressionado com o vigor e tesão do meu parceiro; ele me encheu com sua porra, e, em seguida, fez questão de me chupar até que eu gozasse em sua boca …, adormecemos …

Estava por amanhecer quando, ainda mais uma vez, Euler me procurou, pedindo mais uma na posição “frango assado”; aceitei de primeira, e fiquei extasiado, sentindo-me preenchido pela rola dura dele, e sua mão me masturbando com vigor; gozamos juntos e, vencidos pelo esforço, adormecemos ainda mais uma vez.

O sol já havia saído quando acordamos; Euler sorriu para mim e eu para ele; “preciso ir”, eu disse com um pouco de mágoa na voz.

-Não, não vá – ele suplicou, com um jeito juvenil – vamos passar o domingo juntos, aproveitar …, depois te deixo em casa.

Não fui capaz de resistir e aceitei. Passamos o dia juntos, passeando e nos divertindo, e no final da tarde voltamos para o mesmo hotel fuleiro, onde fodemos gostoso mais uma vez, com Euler chupando meus mamilos enquanto me penetrava carinhosamente; gozamos juntos, outra vez.

Anoitecia quando ele me deixou em casa, pedindo para que eu não me perdesse dele; “se depender de mim, isso jamais acontecerá”, respondi e dei-lhe um beijo nos lábios. Esperei até que seu carro desaparecesse na curva. Ao entrar, percebi que a casa estava em silêncio …, nem me preocupei em saber se o Bruno estava lá ou não; não queria estragar meu dia. Fui dormir.

Foto 1 do Conto erotico: A COBIÇA (3) - O MUNDO DÁ VOLTAS

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Ficha do conto

Foto Perfil trovão
bemamado

Nome do conto:
A COBIÇA (3) - O MUNDO DÁ VOLTAS

Codigo do conto:
116513

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
30/04/2018

Quant.de Votos:
6

Quant.de Fotos:
3