“Era uma noite escura …, escura e fria …., nuvens negras escondiam as estrelas e a também a lua; havia algo ruim no ar …, algo maldoso, algo diabólico. Subitamente, raios começaram a rasgar o céu, transformando a noite em dia! Eram raios intensos e furiosos como açoites prateados e brilhantes ferindo a noite que, impassível, apenas tornava a sua origem, sem preocupar-se com as ameaças vindas do etéreo.
Do alto de uma torre gótica, um corvo a tudo observava; com seu olhar mortiço e profundo, a ave de penas negras brilhantes, apenas observava. Sem aviso, alçou voo que parecia errático, mas, na verdade, tinha um propósito; ele voou, circundando construções, algumas baixas, outras altas, até atingir seu objetivo. Pousou no parapeito de uma janela e olhou para dentro …
Iluminado apenas pelas chamas bruxuleantes de uma lareira, viam-se corpos engalfinhados em uma dança burlesca; homem e mulher desfrutavam do prazer carnal que parecia imenso e infinito, porém triste e restrito; com sofreguidão, ele a penetrava com seu membro duro e rijo, projetando-se para dentro dela com golpes pélvicos que cresciam na mesma medida em que crescia a luxúria do momento de êxtase pleno e absoluto.
Os gemidos da fêmea e seus estertores eram a prova inconteste de que atingira o ápice, gozando copiosamente, deixando seus líquidos verterem a lambuzarem ambos os corpos suados, operando a magia profana da carne. Ela sequer sabia quantas vezes atingiram o clímax; apenas sabia o que queria: queria mais, muito mais!
Todavia, as limitações fisiológicas do macho, impunham os limites que podiam ser alcançados, porém, jamais ultrapassados. E depois de mais golpes pélvicos contundentes, o macho gemeu alto, gritando enquanto ejaculava, projetando sua carga quente e caudalosa nas entranhas da fêmea, que por sua vez, contorcia-se em plena loucura, como se aquela onda quente que a inundava, pudesse torná-la plena ante os olhos do universo.
Exausto, o macho esforçou-se para sair da cama, cambaleando até uma mesa, tomando nas mãos uma garrafa e um copo; despejou seu conteúdo no copo e sorveu-o em um só gole …, de repente, uma discussão teve início …, o clima de prazer foi substituído por outro mais tenso e beirando a agressividade …, até que, tudo transbordou …, e um corpo foi atirado em direção à janela, caindo no vazio escuro e insólito daquela noite riscada por raios.
O corvo, que conseguira esquivar-se do corpo atirado em sua direção, voou em círculos, enquanto uma chuva torrencial começou a cair, vertiginosa e impossível. A ave fez um voo descendente, até pousar sobre o corpo inerte que jazia no chão frio de pedras molhadas; o pássaro mirou o rosto sem vida da jovem, para, em seguida, novamente alçar voo …, retornou minutos depois, trazendo no bico um amuleto pendente em um colar de metal; pousou e, cuidadosamente, depositou o amuleto sobre o peito da morta …
Foi assim que Bella voltou à vida …, como se acordasse de um pesadelo, ela olhou ao seu redor e viu que estava só …, só, nua, com frio e com fome …, pousado sobre um latão de lixo o corvo a observava; ela olhou para ele e depois percebeu o amuleto …, um anjo de asas negras, espada e escudo. Por alguns minutos, Bella observou o estranho objeto, e mesmo sem saber a razão, colocou-o em seu pescoço …, nesse momento, seu corpo e seu espírito foram assolados pelas lembranças, pela dor, pelo ódio e pelo imenso desejo de vingança.
Sentindo-se fortalecida como se a morte lhe tivesse concedido uma nova oportunidade, Bella ficou de pé, ainda mirando para a ave que a observava com aquele olhar mortiço e profundo. Bella olhou para cima e viu de onde caíra; com uma agilidade que ela sequer conhecia, escalou a parede, atingindo seu objetivo com enorme facilidade …, entrou no recinto, buscando pela razão de seu desejo de vingança …, infelizmente, não havia ninguém …, ela vestiu sua roupa gótica, maquiou-se com esmero, e voltou-se, vendo sobre o parapeito da janela quebrada, seu novo companheiro …, o corvo!
(Em algum lugar no passado): O Sumo Sacerdote e o Chefe da Guarda do Templo caminhavam apressados; os bárbaros haviam tomado a torre norte e com aríetes golpeavam os portões ao sul …, o tempo urgia e os dois homens tinham muita pressa.
-Eles não podem chegar ao santuário! – vociferava o Sumo Sacerdote para o Chefe da Guarda – Eles não podem chegar até ela!
-Eu sei disso, e meus homens também! – devolveu o guerreiro em tom irritado – Mas, meu contingente não é páreo para o ataque maciço dos bárbaros!
Ambos apertaram o passo em direção ao santuário que ficava no centro da fortaleza; chegando lá, viram o séquito de iniciantes, rapazes e moças, todos desnudos envolvidos em uma dança frenética ao som de uma música que somente eles eram capazes de ouvir. Baltazar, o Sumo Sacerdote olhou em volta procurando algo mais importante que um bando de iniciantes tolos dançando em pleno frenesi. Logo ele encontrou Semíramis, a vidente eleita como a primeira sacerdotisa do Templo do Olho que Tudo Vê. Ela estava sentada em seu trono de bronze com as pernas abertas, manipulando sua vagina e aparentando estado de transe eufórico.
A cada novo orgasmo ela gemia e todos os iniciantes faziam o mesmo como se fosse uma orgia dominada pela vontade da jovem que proferia palavras em línguas desconhecidas e que sempre precisavam ser anotadas por escribas que, também nus, sentavam-se em grandes almofadas de tecido persa, de pernas cruzadas tendo entre elas instrumentos de escrita, registrando as palavras que seriam, oportunamente, versadas e interpretadas.
-Minha Senhora! Eles estão chegando! – alertou o Sumo Sacerdote, assim que se aproximou do trono – Precisamos nos refugiar …, ir para dentro do Claustro Indevassável …
-Não! Cale a boca! Nosso destino já foi selado – interrompeu Semíramis com um tom agressivo – O Olho do Corvo e a Língua da Serpente já estão a postos!
Nesse momento, uma guarnição de elite veio ao encontro de Gaspar, o chefe da guarda. “Meu Senhor! Os bárbaros derrubaram a amurada norte e avançam em direção ao templo!”, gritou um deles. “Em formação, homens! Preparemo-nos para lutar!”, gritou Gaspar, sacando sua espada. Os guerreiros formaram uma defesa em forma de cunha, enquanto outros corriam na direção do trono para proteger a sacerdotisa.
Gritos e urros vinham do fundo do salão num crescente quase ensurdecedor …, e quando a horda bárbara irrompeu pelos corredores, seu gritos de batalha e seus olhos faiscantes encheram de medo os corações e as almas dos soldados palacianos. Mesmo Gaspar, um experiente guerreiro, sentiu um arrepio percorrer sua espinha, denunciando que o combate seria sanguinário.
Não durou mais que alguns minutos de embate para que os guardas palacianos fossem dizimados impiedosamente; Gaspar lutou com bravura, mas, o surgimento de “Olho de Tempestade”, o terrível campeão dos bárbaros, fez seu sangue gelar nas veias. Com poderosos golpes de sua espada ele pôs o oponente de joelhos e finalizou arrancando sua mão com a arma e cortando-lhe a garganta com um único golpe. E todos viram que o destino daquele templo estava, definitivamente, sacralizado!
No altar central, os iniciantes, assustados, reuniram-se em torno da sacerdotisa que a tudo observava impassível; do alto do obelisco situado atrás do trono, um corvo a tudo observava, com seus olhos que mais pareciam espelhos negros. Ouviu-se, então, uma nova gritaria, mas, desta vez, em tom de saudação; os bárbaros abriram um corredor e caminhando entre eles surgiu a figura imponente Pata de Urso, o líder das tribos bárbaras; ele caminhava em passos resolutos, passando ao largo dos corpos destroçados dos soldados palacianos.
Subiu as escadarias e parou na plataforma onde ficava o trono da sacerdotisa; ele olhou para a pouco mais de meia dúzia de guerreiros, cujas mãos trêmulas revelavam o terror que corroía suas entranhas; olhou também para o grupo de iniciantes, protegidos pela presença do Sumo Sacerdote e deu uma lauda risada.
-Guerreiros, não almejo vosso sangue! – ele disse em tom sarcástico e também ameaçador – Rendam-se agora e sobreviverão como escravos …, lutem e serão dizimados e seus nomes perdidos nas brumas do tempo!
Os soldados palacianos entreolharam-se e após alguns poucos minutos de ponderação, soltaram suas armas; Para de Urso olhou para Olho de Tempestade e acenou com a cabeça; o bárbaro cujas dimensões eram assustadoras, chamou alguns de seus homens e ordenou que eles levassem os guardas como prisioneiros. “Assim que saírem da fortaleza, mate todos!”, sussurrou o líder ao seu lugar-tenente no momento em que ele se aproximou.
O olhar do bárbaro voltou-se, então, para a sacerdotisa e seus iniciantes; o grupo de rapazes e moças tentava, em vão, proteger sua nudez ante os olhos gulosos dos homens liderados por Pata de Urso. “Vão, homens …, satisfaçam-se com essas crianças …, mostrem a elas o que é o prazer, e não a baboseira ensinada por essa vadia que se diz sacerdotisa!”, gritou o líder, oferecendo aquele bando de jovens inocentes ao desejo animalesco de seus homens.
O que se viu a seguir foi algo sinistro e libidinoso; os bárbaros avançaram sobre os jovens; as mulheres foram as primeiras vítimas; algumas eram colocadas de quatro, mantidas seguras por dois homens, enquanto um terceiro enfiava seu membro duro, inicialmente na vagina, estocando sem piedade, e, a seguir, enterrando o membro no selo anal, forçando a penetração sem qualquer preocupação com os efeitos no corpo da vítima.
A cena repetia-se por todos os lados que se olhasse; os rapazes foram as próximas vítimas, sendo imoladas como ovelhas oferecidas em sacrifício; enquanto um guerreiro bárbaro encarregava-se de puxar, dolorosamente, os braços do rapaz, até que seus joelhos tocassem seus ombros, outro o segurava pelas nádegas, espremendo a carne branca e antes intocada de suas nádegas, enterrando seu membro no vale entre elas, estocando ao ritmo dos gritos e pedidos de clemência da vítima indefesa; ao mesmo tempo, outro bárbaro colocava-se a frente dele, exibindo seu membro rijo, exigindo que ele abrisse a boca para transformá-la em uma vagina disponível para saciar seu desejo descontrolado.
Por todo o ambiente o que se via eram corpos sendo violentados de todas as formas possíveis; mesmo os olhos experientes de Pata de Urso surpreendiam-se com o desejo atroz de seus homens que mais assemelhavam-se a animais selvagens saciando seu cio incontido. Por sua vez, depois de apreciar as cenas dantescas, ele mirou o trono de bronze onde a sacerdotisa a tudo observava com sua impassividade característica. Lentamente, ele caminhou até o trono e pondo-se frente a frente com a linda fêmea cuja beleza e sensualidade eram inquietantes, ele despiu seus trajes de batalha, exibindo sua nudez musculosa e ousada.
-Agora, vadia …, é a sua vez! – disse ele em tom ameaçador – Pus fim ao seu reinado de maldição e submissão …, e para sacralizar esse momento, que saboreio com imenso prazer, resta-me derrotá-la e humilhá-la por completo …
-Chega, bárbaro! Tu bem sabes que aqui, neste recinto, sou intocável! – ela interrompeu, elevando o tom de voz.
Neste instante, o corvo que estava no obelisco, voou, pousando na cabeceira do trono; seus olhos negros brilhantes miraram o guerreiro, enquanto Semíramis iniciava uma conjuração em uma língua ancestral; ao mesmo tempo, vindo de trás do obelisco, um enorme cobra serpenteou até enrolar-se no trono, erguendo sua cabeça e olhando para o bárbaro. Pata de Urso olhou para os animais, que na verdade eram entidades do mal, e não demonstrou medo ou hesitação. Ao contrário, sorriu um sorriso desfiador e chamou por Olho de Tempestade.
O fiel escudeiro correu até seu líder, entregando-lhe uma pequena caixa de madeira polida; calmamente, Pata de Urso abriu a caixa, retirando de seu interior um amuleto que pendia em colar de metal; no momento em que Semíramis viu o artefato, seus olhos se encheram de um medo primal; sentiu o sangue congelar nas veias e, por um momento, viu-se entregue à própria sorte.
Pata de Urso, então, colocou o colar no pescoço, deixando o amuleto pender sobre seu peito largo. Era um amuleto singular; tratava-se de um ser alado, munido de espada e escuro em posição de ataque; tinha a cor enegrecida e de seus pequenos olhos via-se um brilho avermelhado.
-Não! Não pode ser! Ele me abandonou? – gritou Semíramis em tom de desespero.
-Sim, vadia! Ele …, um dos anjos caídos te abandonou! – respondeu o guerreiro, saboreando o temor da sacerdotisa – Eu o libertei do aprisionamento que você lhe impôs …, fê-lo seu escravo …, e não se escraviza Samael!
Assim que as últimas palavras foram proferidas por Pata de Urso, a cobra sibilou furiosa, desenrolando-se do trono e desaparecendo nas sombras; já o corvo limitou-se a voar de volta para o topo do obelisco. O guerreiro bárbaro tomou a sacerdotisa pelos pulsos, puxando-a com força; Semíramis tentou levantar-se, mas, a força do seu oponente fez com que ela fosse ao chão.
Enquanto a sacerdotisa tentava se levantar, o bárbaro tomou-a pelos longos cabelos, puxando-a violentamente, fazendo com que ela ficasse sobre seu domínio; assim que ela ficou de pé, Pata de Urso arrancou suas vestes ritualísticas, usando de toda a fúria característica de um guerreiro e de um macho! Mas, repentinamente, o usurpador viu-se arrebatado pela beleza que se descortinava ante seus olhos.
Os belíssimos seios da sacerdotisa haviam causado um enorme impacto na índole do guerreiro bárbaro, cujo olhar cobiçoso denunciava uma oportunidade para Semíramis; ela ponderou que, como não tinha mais o apoio das entidades que conjurara e aprisionara, sua beleza e sensualidade poderiam servir para protegê-la da vingança do bárbaro. Pensando nisso, ela empertigou os peitos, deixando ainda mais salientes os mamilos intumescidos circulados por aureolas roseadas, provocando a cobiça sexual de Pata de Urso, que não perdeu tempo.
Jogou a sacerdotisa no chão e caiu de boca, sugando, lambendo e mordiscando os mamilos, enquanto seu membro rijo roçava o ventre quente dela; com a habilidade de uma fêmea experiente no sexo, Semíramis contorceu-se o suficiente para que o enorme membro do guerreiro se encaixasse entre suas pernas; ela o apertou, deixando que ele simulasse uma penetração.
Todavia, Pata de Urso não tinha tempo para frivolidades intempestivas; usando seus joelhos para forçar a fêmea a abrir suas pernas, ele enterrou seu membro na vagina de Semíramis com um único e potente golpe pélvico; a sacerdotisa gemeu, gritando e se contorcendo.
-Ai! Que dor! Assim você me machuca! – reclamou ela, encarando o olhar animalesco de seu agressor.
-Eu sei que é assim que você gosta, sua puta! – devolveu ele em tom de ironia – Além do mais, essa vagina precisa de um macho de verdade!
Sem esperar pelas lamúrias da sacerdotisa, Pata de Urso começou a golpear, movendo sua pélvis para cima e para baixo com imensa e intensa violência, desdenhando sempre que Semíramis reclamava ou gemia de dor; para ele, foder aquela mulher era um prêmio que lhe fora dado pelo próprio Samael …, sim, o Anjo Caído que um dia foi o predileto do Criador lhe dera a oportunidade única que serviria de vingança pelo seu aprisionamento por Semíramis.
A sacerdotisa, por sua vez, esforçava-se para suportar aquela cópula, odiando do fundo de sua alma o Anjo Caído por uma vingança tão dolorosa e agressiva. Pata de Urso não se dava feliz apenas com aquilo; sacou seu membro, ficando em pé e exigindo que a sacerdotisa lhe satisfizesse de outra forma. “Venha aqui, sua vagabunda! Venha me servir com tua boca!”, ordenou o bárbaro gingando a cintura e fazendo seu membro balançar no mesmo ritmo.
Acuada e sem opções, a sacerdotisa ficou de joelhos e sem tocar no membro, começou a lambê-lo, para, em seguida, abocanhá-lo vorazmente; Semíramis mamou a ferramenta descomunal do bárbaro, deixando-a lambuzada com sua saliva, e engasgando sempre que ele segurava sua cabeça enfiando o membro mais fundo possível.
Ainda insaciável, Pata de Urso sentiu ímpeto de fazer algo mais humilhante ainda; tomou, então, a sacerdotisa pelos braços, levando-a até o trono e chamando Olho de Tempestade; ele a colocou contra o trono, ordenando que seu comandado segurasse as mãos de Semíramis, puxando-a com força; o guerreiro, então, acariciou as nádegas roliças da sacerdotisa, aplicando algumas palmadas.
-O que você vai fazer, seu animal – quis saber a sacerdotisa, percebendo a gravidade do momento.
-Vou possuí-la da maneira mais humilhante que você merece, vadia – grunhiu o bárbaro, cuspindo saliva no vale entre as nádegas que ele separara com as próprias mãos.
Sem aviso, ele começou a enfiar o membro no pequeno orifício imaculado da sacerdotisa, fazendo-o com extrema rudeza. Semíramis gritava, reclamava, e, finalmente, implorava. “Não prossiga, por favor! Ai! Não! Isso dói muito!”, ela balbuciava, incapaz de esboçar alguma reação.
-Cale-se, sua vagabunda! Isso é o que tu mereces …, e é pouco! – redarguiu o guerreiro, prosseguindo no suplício.
A penetração concretizou-se a muito custo …, e os golpes que se seguiram foram muito apreciados por Olho de Tempestade, cujo sorriso sarcástico era a coroação do momento, pois, ele encarava o rosto da sacerdotisa com um ar de escárnio.
Deu-se, então, a consumação final, com o guerreiro ejaculando volumosamente nas entranhas de Semíramis, que ao final, mais parecia um arremedo de mulher. Satisfeito, Pata de Urso ajoelhou-se, agradecendo a Samael pela dádiva tão ansiada …, e foi nesse instante que o corvo, que até então, tudo assistia impassível, desenhar um voo rasante, bicando com força o peito do guerreiro, arrancando o amuleto que ele carregou para longe …
Tinha início, assim, uma maldição que seguiria um curso inesperado, e cujo fim somente aconteceria quando e se assim fosse a vontade de Samael …, pouco tempo depois, quando o templo mais parecia um túmulo, Semíramis levantou-se com dificuldade, esforçando-se para recuperar alguma energia; sentou-se esmorecida sobre o trono e pensou que seu suplício havia chegado ao fim …, ledo engano!
Em meio a um torvelinho de enormes labaredas azuladas, surgiu ele …, Samael, cujo sorriso malévolo escondia mais maldade ainda. “Tu me aprisionastes, sua rameira! Achou que eu te serviria pela eternidade, não é? Agora, estou livre …, e vim cobrar meu preço!”, disse ele com voz gutural. A beleza de Samael era enlouquecedora, assim como sua maldade …, e era isso que atemorizava a sacerdotisa.
-O que …, o que vais fazer comigo? – quis ela saber em tom amedrontado e hesitante.
Samael não respondeu; com um estalar de dedos fez a mulher levitar em pleno ar, até ser envolvida pelos seus braços; assim que ele colou seu corpo ao dela, Semíramis sentiu algo quente, grande e grosso, cutucar sua vulva …, e quando a penetração aconteceu, ela viu que seu sofrimento estava apenas no início.
-Pela eternidade, tu serás minha fêmea …, hospedarás meu membro e meu desejo! – disse o demônio ancestral – e cada gozo me fará mais sequioso de ti …, e jamais se libertará …, esse é o preço que pagarás por tua ousadia …
Engalfinhados como se fossem apenas um, foram envolvidos por uma enorme labareda de fogo azulado, e Semíramis viu seu destino selado por sua ousadia.
Quanto ao guerreiro bárbaro, ele cuidou de destruir o templo, dizimar todos que a ele se opunham e implantar um reinado humano e mortal …, isso não significou algo melhor, mas, ao longo das eras ele e sua batalha contra Semíramis se perderia nas brumas do tempo …, não fosse por uma certa ave de pelagem escura e olhos profundos que carregava no bico um amuleto …, e com ele, uma maldição!
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