Com a curiosidade lhe corroendo as entranhas, o Sultão aproximou-se dele, atendo-se ao seu rosto e percebendo que não tinha pelos e muito menos raízes de barba; olhou para baixo e ateve-se ao ventre e também à genitália, cuja incisão para extração fora tão perfeita que assemelhava-se ao aspecto feminino; por fim, o Sultão ficou ainda mais instigado olhando para os peitos do jovem cuja proeminência discreta constituía um atraente atributo.
Terminada a inspeção, o Sultão chamou o chefe da guarda palaciana e orientou sobre a distribuição dos recém-chegados, retirando-se logo a seguir. O chefe militar fez com que os jovens candidatos o acompanhassem por uma visita ao interior do palácio, e a medida em que chegava a uma área nova ou aposento, ele destinava um eunuco para ali permanecer. Propositadamente ou não, o chefe militar deixou Malaika, o eunuco de feições exóticas, por último e seu destino foi, justamente, os aposentos do Sultão.
O jovem caminhou a esmo pelo enorme, imponente e luxuoso aposento, atônito ante tanta beleza e suntuosidade. “Sua Alteza avisou que você viria …, tire sua roupa que vamos te banhar”, disse a voz suave proveniente do canto mais a oeste do aposento. Malaika, o eunuco, olhou e viu que se tratava de uma linda mulher que trajava apenas uma peça de seda fina em torno da sua cintura; Malaika impressionou-se com a beleza dos seios da anfitriã, cujo olhar também era cativante.
O eunuco aproximou-se dela, e logo surgiram mais três mulheres jovens; elas o circundaram e ajudaram Malaika a despir-se. A seguir, elas examinaram detidamente Malaika e fizeram alguns comentários em uma língua desconhecida; poucos minutos depois, o eunuco estava em uma enorme banheira de mármore com três belíssimas jovens, acariciando cada parte de seu corpo.
Malaika sentiu vários arrepios percorrerem seu corpo e alguma coisa dentro dela parecia arder sem queimar. As jovens secaram o corpo do eunuco e lhe cobriram com um delicado manto de seda proveniente das terras mais ao leste, retirando-se dos aposentos. Malaika olhou ao seu redor e fico pasmo com tanta beleza e tanta ostentação. Estava absorta com o espetáculo visual que tomou um susto quando um casal entrou no ambiente.
O homem, de certa idade, usava uma espécie de túnica branca e tinha um turbante sobre a cabeça; já a mulher, era jovem usava um sari e um manto sobre os cabelos. “Não se assuste, sou Ashnar, médico pessoal do Sultão …, ele me mandou aqui para examiná-lo”, disse o homem com voz paternal. A mulher limitou-se a sorrir, mas não disse seu nome, apenas se aproximou de Malaika, sentando-se em um banquinho ao lado de uma divã de espaldar alto. “Sente-se aqui e relaxe ...”, disse a mulher, também com uma voz afável. Malaika obedeceu, mesmo temerosa de ambos.
-Quero que você olhe nos meus olhos – exigiu a mulher, segurando as mãos de Malaika – Aconteça o que acontecer …, olhe nos meus olhos …, não se desvie deles!
Obedeceu …, o homem, sentou-se na outra extremidade do divã e abriu o manto, descobrindo o corpo do eunuco; ele parecia examinar o baixo-ventre, tocando algumas partes com bastante impessoalidade. Em seguida, abriu uma pequena valise de madeira e retirou algo de seu interior. “Você vai sentir algo queimar, talvez doa um pouco …, mas continue olhando para mim!”, repetiu a mulher.
O médico fez algumas manipulações na região pélvica e mais abaixo, valendo-se de alguma espécie de instrumento metálico para, logo a seguir aplicar algo pastoso …, repentinamente, Malaika sentiu a região queimar …, mas não como fogo!
…, ela não conseguia compreender …, e foi nesse instante que ela sentiu vontade de urinar! E foi algo tão incontrolável que ela pensou que o tivesse feito …, mas, infelizmente, ela não podia ver, pois parecia em transe, com sua vontade dominada pelo olhar da mulher desconhecida. Feito isso, o médico tornou a cobrir o corpo do eunuco, sorriu discretamente e levantou-se.
-Está tudo bem, agora – disse a mulher quase em sussurro, acariciando o rosto de Malaika – Vai sentir sono …, descanse …
E Malaika adormeceu …, adormeceu profundamente; e dormiu tranquilo pela primeira vez na vida; quando acordou, a primeira coisa que seus olhos brilhantes viram foi a figura do Sultão; ele estava de pé, ao lado dele, que não estava mais no divã, mas na cama …, e estava nu!
-Você é muito linda, Malaika! – ele disse com voz aveludada, enquanto despia suas roupas – Você é uma linda mulher …
-Mulher? Como …, como vossa Alteza descobriu? – ela perguntou, ansiosa e com medo.
Malaika passara boa parte de sua vida, travestida de homem para escapar do assédio dos homens de sua tribo …, e foi tanto tempo que ela acabara por sentir-se homem, agindo como um, mas, jamais pensando como um. “Olhe o seu corpo …, o truque das anciãs de sua tribo é bem conhecido por meus médicos …, vamos …, pode olhar!”, disse o Sultão sorridente. Malaika levantou o torso e abriu as pernas …, sua vagina não estava mais oculta por uma pele falsa …, estava livre e solta. Incapaz de conter-se, a jovem chorou, não de tristeza, mas de alegria.
-Obrigado, vossa Alteza – disse Malaika, com voz embargada e com os olhos ainda marejados, beijando a mão do Sultão – Como posso lhe agradecer?
-Agradeça, sendo minha! – disse ele com um olhar intenso e cativante – Te desejei desde o primeiro momento em que meus olhos te viram …, seja minha, Malaika …, minha para sempre!
A jovem mirou os olhos faiscantes do nobre e percebeu que o desejo era recíproco; puxou-o pela mão para que ele viesse sobre ela; Mohaham, o sultão, cobriu a jovem com seu corpo definido e ambos selaram um longo e profundo beijo. O homem, dominado pelo desejo, fez seus lábios passearem pelo rosto da jovem, que suspirava de desejo; não demorou para que os lábios dele encontrassem os mamilos dos pequenos seios.
Ele olhou para eles e depois para ela; sorriu e começou a beijá-los; sugou aquelas delícias durinhas e frescas intocadas, enquanto suas mãos sentiam o calor discreto da pele de Malaika, até encontrar seu sexo quente e úmido, que ele acariciou com imensa paixão, ao sabor dos gemidos lascivos da jovem, contorcendo-se debaixo do macho.
Não satisfeito apenas em sugar os mamilos de sua parceira, Mohaham serpenteou, esfregando-se sobre o corpo da jovem, descendo até que sua boca encontrasse o sexo liso e delicado; com as pontas dos dedos, ele entreabriu a região, expondo a umidade brilhante que vertia de seu interior; sedento, o Sultão, mergulhou seu rosto, até que sua língua ávida encontrasse o doce néctar que ele sorveu prazerosamente.
A reação foi imediata em Malaika, que contorcendo-se ainda mais, gemia, gritava, acariciando os cabelos de seu homem e pedindo para que ele não parasse. O Sultão dedicou-se a saciar sua sede, ao mesmo tempo que proporcionava em Malaika uma sensação quase divinal. Ela o envolveu com suas longas pernas e entregou-se ao doce e delirante prazer de ser sorvida por um homem.
Depois de muito tempo, Mohaham tornou a cobrir o corpo de sua amada, fazendo com que seu enorme membro másculo e viril se esfregasse contra as carnes quentes e macias da vagina de Malaika; ela, ao sentir o contato daquele pedaço de carne dura e pulsante roçando suas partes íntimas, regojizou-se, enlaçando o pescoço de seu homem, suplicando para que ele a fizesse mulher.
Sem esperar mais, Mohahan golpeou com vigor, enterrando seu instrumento nas carnes de Malaika, que, ao sentir-se preenchida por ele, apertou seu corpo, gemendo em seu ouvido. “Hummm …, que sensação saborosa! Faça comigo o que quiseres, meu amo e senhor!”, ela balbuciou, projetando a pélvis, a fim de sentir aquele falo mais fundo em si.
O sultão, então, deu início a movimentos pélvicos que faziam o membro entrar e sair da vagina de Malaika; o começo foi suave e cadenciado, como uma dança ao sabor do luar e ao som de respirações arfantes. A medida em que tudo se tornava mais intenso, mais vibrante, os corpos deles pareciam bailar uma dança repleta de sensualidade e desejo. E foi nesse clima que Malaika provou seu primeiro orgasmo, cuja energia foi tão impactante que ela sentiu todo o seu corpo tremelicar involuntariamente.
Mohaham saboreou aquele momento único de propiciar prazer a uma mulher pela primeira vez, o que o incentivou a elevar a cadência dos movimentos, fazendo sua parceira sentir a onda desmesurada de orgasmos sucessivos cada vez mais enérgicos e profundos. Malaika jamais tivera a oportunidade de sentir-se fêmea, e muito menos, conhecer o prazer daquela forma tão doce, tão intensa e tão preciosa. Cada movimento do macho, causava-lhe uma deliciosa sensação de pertencimento, de entrega que ela precisava apreender para sempre em seu corpo e em sua mente.
Copularam por muito tempo, esquecendo-se do mundo a sua volta, concentrando-se apenas no prazer e na doce sensação que ele proporcionava. “Deixa-me sentir teu sabor em meus lábios, meu Sultão!”, pediu Malaika em tom de deliciosa e inegável súplica. Mohaham fitou a jovem com olhar de encantamento; saiu de cima dela e deitou-se ao seu lado. A jovem, mesmo demonstrando larga inexperiência, aninhou-se entre as pernas de seu homem e pôs-se a admirar o enorme membro duro e ereto com um olhar maravilhado.
Segurando-o com algum receio de machucar, Malaika aproximou-o de seus lábios, pondo-se a lamber delicadamente de cima para baixo e de baixo para cima, até que encantou-se com a glande, chupando-a com dedicação …, não tardou para que ela descobrisse a delícia oculta em saborear o membro másculo de seu homem …, Malaika aprendeu rápido e os gemidos do Sultão eram a cristalina comprovação de que ela estava lhe proporcionando muito prazer.
Antes que o Sultão desse por si, Malaika estava sobre ele, conduzindo seu membro na direção de sua vagina, com incrível habilidade. Ao sentir-se preenchida pelo volumoso instrumento masculino, ela apoiou-se no largo peito do Sultão, inclinando-se o suficiente para que sua pélvis pudesse se movimentar, para cima e para baixo, engolindo e sacando a vara de suas entranhas. Mohaham ficou extasiado com aquela forma de copular, inédita para ele, principalmente pela iniciativa da fêmea. E a loucura tomou conta de ambos, com Malaika subindo e descendo sobre o membro do seu parceiro, que, a seu turno, a segurava pela cintura, ritmando os movimentos …, até que …, sobreveio o gozo mútuo!
Foi um êxtase comum, coroado por gemidos, suspiros, sussurros e gritos que mais pareciam um coro uníssono de clímax de prazer absoluto. Suados, exaustos e exauridos de energia vital, eles quedaram-se vencidos pelo prazer que eles próprios proporcionaram-se. Horas depois, Malaika acordou com os beijos carinhosos de Mohaham, que a fitava arrebatado por sua beleza. “E agora meu Senhor …, o que será de mim?”, perguntou ela, depois de beijar-lhe a face várias vezes.
-Você viverá aqui …, comigo – respondeu o Sultão com voz suave, confortante e segura – Viverá aqui, no círculo interior do palácio …, para todos, você permanecerá sendo meu eunuco …, meu predileto …, isto é, se assim o quiseres.
-Não posso mais viver sem ti, meu Senhor – respondeu Malaika, com voz macia e olhos brilhantes – Te servirei de todas as formas e de todos os modos que quiseres …, sou tua e somente sua!
E, a partir daquele dia, Malaika viveu no palácio do Sultão, travestida de “eunuco predileto”; durante o dia desempenhava suas funções de serviçal e zeladora dos aposentos reais …, durante a noite servia para satisfazer os desejos e a paixão que o Sultão nutria por ela …, jamais foram descobertos, e conta-se que foram enterrados juntos …, para viverem eternamente
É incrível como o povo deste site é escroto.Ninguém vota ou comenta.Este seu conto é maravilhoso,bem escrito,bem narrado,bom gosto.Me revolta que quando se escreve algo bom ,ninguém lê.Só votam em "merda".Parece que o mau gosto na escrita é moda.Bem.Adorei.Pena que só é permitido votar uma vez.