Ele estava em pleno desespero; como era possível, o príncipe, herdeiro de um dos reinos eslavos mais poderosos e influentes da região, não ser capaz de proporcionar prazer para si e para sua parceira? E se a notícia se espalhasse, certamente, ele cairia em desgraça, colocando em risco toda a sua linhagem, constituída de guerreiros fortes e poderosos; deu três bolsas de couro recheadas de moedas para que Novak se livrasse das rameiras, assegurando que manteriam sigilo sobre o acontecido.
Novak convocou três lanceiros e junto deles, escoltou as mulheres em uma carroça até os limites do reino; chegando lá, ele partilhou o conteúdo das bolsas, fazendo-as jurar guardar sigilo sobre o encontro com o príncipe e também que partissem para bem longe, sob a ameaça de, caso regressassem, seriam levadas à forca. As mulheres se entreolharam assustadas e nada cogitaram, partindo imediatamente, sem olhar para trás.
Todavia, uma delas, uma Celta de cabelos encaracolados cor de fogo, aproximou-se de Novak e lhe contou um pequeno segredo. “Se o seu príncipe quer curar-se do mal de que padece, sugiro que ele procure a anciã que mora em um casebre que fica nos arredores do bosque atrás do penhasco que dá para o mar …, ela, com certeza, terá uma solução para o problema de seu senhor!”, disse ela, dando-lhe as costas e partindo sem perda de tempo. Ansioso em dar a boa nova ao príncipe, Novak golpeou a barriga de sua égua lusitana e voltou para o castelo.
Depois de ouvir a narrativa de seu serviçal, Nikolay pôs-se a pensar naquela história um tanto insólita; ele sabia da existência da tal anciã, que muito antes do reinado de seu avô fora acusada de bruxaria, com excomunhão e sentença de cremação em praça pública, mas, que, por algum motivo desconhecido teve a sentença convertida em expulsão e fora levada para o bosque, onde esperavam que ela morresse de sede e fome, o que, ao que sabe, não aconteceu.
Mesmo quando ele questionou seu pai sobre essa história, o que ouviu foi um relato vago e repleto de inconsistências, que o Rei achou melhor ser esquecido e deixado nas brumas escuras do passado; o que deixava Nikolay ainda mais curioso, era o fato da rameira Celta dizer que a anciã teria uma cura milagrosa (ou satânica) para seu problema, já que ninguém ousava falar da anciã dentro dos muros do castelo e também ao seu redor.
Procurou por Akim, o sábio mago do oriente que estava a serviço do reino e este lhe narrou algumas coisas interessantes sobre a anciã; disse ele: “O nome dela é Mayla e sabe-se que é uma feiticeira poderosa …, as acusações de bruxaria, não condizem com a realidade, pois Mayla tem amplo conhecimento da Alquimia, dos segredos das runas e dos movimentos da natureza …, sei também que com o isolamento, ela se tornou extremamente ranzinza e, algumas vezes, agressiva …, se o Lorde pretende ter com ela, vá com cuidado!”.
Nikolay recusou-se a esperar mais um minuto sequer; montado em seu garanhão, ele cavalgou por toda a tarde, até chegar ao bosque, que agora, diziam, ser território de Mayla; apeou da montaria, e embrenhou-se pelo bosque frio, escuro e úmido, em busca do casebre habitado pela feiticeira; e após uma longa e extenuante caminhada, ele, finalmente, chegou ao seu destino.
O casebre, na verdade, era uma antiga habitação romana, com paredes de barro e madeira, com uma cobertura de telhas romanas mal remendadas, cercada por um piso de pedras irregulares, onde se via um enorme e frondoso álamo. Nikolay caminhou com cuidado, aproximando-se da moradia e esperando por algo inesperado. “O que você quer aqui, Príncipe Nikolay? O que o trouxe até mim?”, ouviu-se as perguntas por meio de uma voz rouca e ríspida.
-Procuro por ti, Mayla …, preciso de tua ajuda – respondeu o príncipe, com tom hesitante.
-Ah! Minha ajuda? Esqueceste que fui expulsa por teu avô? – respondeu a voz, sem que Nikolay pudesse identificar de onde provinha – Fui escorraçada como um animal, e agora, tu vens até mim, pedindo ajuda?
-Por favor, Mayla …, eu lhe suplico! – disse o príncipe com voz desesperada – Me ajude …, te darei o que pedires …, tudo que quiseres!
-Tudo que eu quiser? Hum, parece interessante – respondeu a feiticeira, surgindo como se estivesse invisível.
Nikolay olhou atentamente para a feiticeira examinando-a em detalhes; Mayla era uma mulher idosa, de mãos quase esqueléticas, rosto enrugado, dentes amarelados, nariz adunco e uma expressão mal-humorada; destacavam-se seus olhos cujo azul cintilante parecia refletir a beleza de um lago de águas cristalinas espelhando o céu. Trajava uma espécie de túnica de lã tingida de verde com capuz, e segurava um cajado em uma das mãos. O príncipe sorriu timidamente, esperando por uma manifestação da feiticeira.
-Sei bem qual é o seu problema, meu jovem! – retomou ela com tom irônico – E também sei do teu desespero …, não te preocupes, pois, eu tenho a cura …
-Tens, mesmo! Então diga-me, por favor! – interrompeu Nikolay em tom de súplica.
-Calma, jovem …, tudo a seu tempo …, primeiro vamos negociar – ela respondeu abrindo um sorriso estranho com seus dentes amarelados – Vou te proporcionar a cura …, mas, em troca, tereis que passar uma noite comigo …, e não há espaço para barganhas …, é pegar ou largar!
Nikolay engoliu em seco, recuando em gesto de autodefesa; olhou detidamente para a mulher que estava a sua frente e sentiu um arrepio percorrer a espinha; deitar-se com Mayla era algo inimaginável! Entretanto, o príncipe ponderou que esse seria o menor de seus problemas, caso ele continuasse a “negar fogo” em momento inadequado; respirou fundo e acabou por aquiescer com a proposta. Mayla deu um risinho maroto, antes de prosseguir.
-Muito bem, príncipe! Fizeste uma justa escolha! – disse ela, com tom irônico, prosseguindo – Bem, para sua cura, preciso de três itens: o primeiro é um fio de cabelo de um jovem, o qual tu deverá deflorar …
-O que? Estás louca? Sodomia? Isso é um crime, além de pecaminoso! – cortou Nikolay em tom indignado.
-Cale-se! Não se trata de perversão! – retomou Mayla com tom firme – Trata-se, sim, de compreensão, e tu entenderás momento certo …, o segundo, é um tecido com o gozo ressequido de uma virgem, sem que você tenha que deflorá-la …, e o terceiro …, uma maçã …, mas uma fruta que tenha recebido a primeira dentada de uma mulher adúltera …, quando estiver de posse desses itens, volte, e eu prepararei tua cura!
Sem esperar por uma manifestação do nobre, Mayla deu de costas, entrando no casebre; Nikolay permaneceu imóvel onde estava, ainda tentando discernir sobre aqueles pedidos esdrúxulos. “De nada adianta você ficar parado onde estás! Vá logo, se queres resgatar tua virilidade!”, ecoou a voz de Mayla dentro da mente do príncipe; imediatamente, Nikolay deu meia-volta e correu para sua montaria, retornando para o castelo.
Estava caminhando pelas dependências do castelo, meditando como realizar a primeira tarefa, quando esbarrou em Igor; o rapaz, de feições suaves e olhar insinuante, curvou-se perante o príncipe, desculpando-se pelo incidente; Algo na mente de Nikolay acendeu um alerta e ele viu que ali residia sua oportunidade …, ele bem sabia das inclinações incomuns do jovem Igor, e muito provavelmente, ele serviria ao seu propósito.
-Meu jovem …, quero ver-te mais tarde em meus aposentos! – disse o nobre em tom autoritário – E não se atrase!
Nikolay não encarou o rapaz, dele se afastando, esperando que ele cumprisse a ordem dada. Pouco depois do jantar, Nikolay recolheu-se aos seus aposentos, pondo-se a aguardar a vinda de Igor; as batidas na porta, confirmaram as expectativas do príncipe. Igor entrou, curvando-se perante seu senhor. “Dispa-se! Rápido!”, ordenou Nikolay; o rapaz, um tanto atônito, hesitou por alguns segundos, acabando por cumprir com o que lhe fora ordenado, ficando nu na frente do príncipe.
Nikolay olhou detidamente o corpo do rapaz, de pele alva e formas suaves, com uma sinuosidade incomum e um par de nádegas deliciosamente protuberantes; ele se aproximou de Igor e exigiu que o ajudasse a ficar nu; cumprida a ordem, Nikolay não conseguiu perceber a expressão de desejo estampada no rosto do serviçal.
Sem que algo fosse dito, ele abraçou o príncipe, repousando sua cabeça no peito largo de Nikolay; o movimento seguinte, aconteceu sem que houvesse a necessidade de palavras; eles se beijaram longamente, enquanto o nobre apalpava as nádegas firmes e roliças do jovem; foram para a cama, onde Igor levou o rosto até o membro rijo de seu senhor, sugando e lambendo com imensa sofreguidão, levando Nikolay ao êxtase com gemidos e suspiros, sentindo-se viril novamente!
Seguiu-se a isso uma sucessão de carícias mútuas, recheadas por beijos profundos e toques provocantes; ansioso e ofegante, Igor pôs-se de quatro sobre a cama, oferecendo-se em sacrifício ao seu senhor; Nikolay, inicialmente, hesitou, porém percebeu que estava em tal estado de excitação, que ao olhar para seu ventre, descobriu-se rijo e pulsante; ele regojizou-se do que vira e tomado por uma impetuosidade exasperada, tomou posição, penetrando o serviçal.
Igor gemeu e quase gritou, mas, com uma bravura indômita, manteve-se firme, enquanto Nikolay enterrava seu membro no pequeno orifício localizado no vale entre as nádegas, aprofundando com certo vagar, até o momento em que viu-se, inteiramente, introduzido em Igor; Nikolay fez uma pausa para que ambos se acostumassem ao novo momento, e, em seguida, começou a estocar com movimentos lentos e profundos, que tornaram-se cada vez mais frenéticos e ainda mais profundos.
Nikolay percebeu que o rapaz se tocava, denotando que também ele buscava outra fonte complementar de prazer …, e os golpes prosseguiram, cada vez mais veementes e viscerais, até atingir o ápice, com Nikolay sentindo seu corpo convulsionar, enquanto a respiração acelerava-se e os músculos contraíam-se, anunciando a chegada inexorável do orgasmo, que explodiu de forma volumosa, inundando as entranhas só serviçal que também chegou ao clímax em duplo êxtase, gemendo ofegante. E, por fim, restou aos jovens aventureiros o merecido descanso para repor energias fartamente dispendidas.
(PARTE DOIS): Algumas horas depois, Nikolay acordou e viu que Igor ainda dormia pesadamente, com sua cabeça pousada sobre seu peito; ele acariciou os longos cabelos do rapaz e com rapidez, arrancou um fio de cabelo; Igor franziu o cenho, porém, continuou a dormir. O príncipe meteu a mão debaixo do travesseiro e retirou um saquinho de seda, onde guardou a pequena relíquia que cumpria com a primeira exigência feita por Mayla, voltando a dormir.
Ao acordar na manhã do dia seguinte, o príncipe viu-se só em sua cama; olhou ao redor e não viu um rastro sequer da presença de Igor. “Melhor assim!”, ele pensou, enquanto se levantava, preparando-se para um novo dia. Saboreando seu desejum, Nikolay pensava no segundo item exigido pela feiticeira. Haviam muitas jovens virgens não apenas no interior da murada, como também fora dela …, mas, como escolher? Quem escolher? E, principalmente, como fazer?
De maneira inopinada, a figura de Lana, prometida de Novak, surgiu no fundo do corredor que dava acesso para o salão principal, vindo em direção de Nikolay. “Não! Isso é loucura!”, ele censurou quando aventou a possibilidade de obter seu segundo item com a ajuda da jovem pura e intocada que aguardava o momento de ser desposada por Novak. Nikolay repreendia-se internamente, incapaz de tirar os olhos de Lana, cuja beleza singular era algo digno de uma obra de arte; loira de longos cabelos, olhos verdes envolventes, ornados em um rosto que mesclava uma expressão angelical com veladas insinuações libidinosas, presenteada por um corpo de formas estonteantes, capazes de fazer sucumbir o mais profícuo celibatário.
-Meu senhor …, muito bom dia – cumprimentou Lana ao se aproximar do príncipe, curvando-se em reverência – Teria para mim, meu príncipe, um minuto de sua atenção?
-Mas, é claro que sim, querida Lana! – respondeu Nikolay, com tom acolhedor – Sou todo ouvidos para ti!
-Fico imensamente grata, milorde – agradeceu a jovem – Porém, seria necessário um pouco de privacidade …, poderíamos nos ver mais tarde …, quem sabe em seus aposentos …, ou no meu?
Nikolay viu-se surpreendido pelo pedido de Lana, mas, compreendeu que deveria ser um assunto de extrema delicadeza, o que o levou a aquiescer, sugerindo que se encontrassem em um dos quartos destinados a hóspedes e visitantes estrangeiros. Lana concordou, dizendo que estaria no primeiro deles, pouco depois do jantar, despedindo-se rapidamente do príncipe e seguindo seu caminho.
É verdade que a solicitação de Lana deixou Nikolay não apenas confuso, como também surpreso, posto que a jovem sempre fora muito discreta, sem jamais ousar interpelar quem quer que fosse como acontecera naquela manhã; isso deixou Nikolay cogitando as razões que a levaram a fazer tal solicitação, aceitando de pronto um convite cuja intimidade poderia ser embaraçosa para ela.
Decorrido o jantar, Nikolay chamou Novak e deu-lhe instruções precisas sobre assuntos relacionados com a rotina da guarda palaciana, exigindo que ele acompanhasse tudo pessoalmente; Novak, como de hábito, não cogitou a ordem, prosseguindo para dar-lhe fiel cumprimento. O príncipe sabia que tais atribuições deixariam seu serviçal muito ocupado nas próximas horas. Assim, ele rumou para o local de encontro com Lana.
Ao entrar no referido aposento, viu que a jovem já lá se encontrara, sentada na beirada da cama, em uma posição de deixava claro o seu desconforto; pediu desculpas ao nobre, e quando tentou proferir mais palavras, pôs-se a chorar miúdo. Nikolay sentou-se ao seu lado, abraçando-a e deixando que ela pousasse a cabeça em seu ombro; pacientemente, ele esperou até que a jovem fosse capaz de retomar a intenção de falar.
-Me perdoe, meu príncipe …, mas, trata-se de um assunto por demais delicado – iniciou ela, com a voz rouca e embargada – Como sabes, guardo-me casta para quando consumar minha união com Novak …, ai! Isto é tão embaraçoso! …, não sei como dizer …
-Calma, minha querida! – consolou o nobre, acariciando os cabelos de Lana – Respire fundo e feche os olhos …, aja como se eu fosse, nesse momento, seu confessor …, diga o que lhe aflige.
-Essa castidade torturante, me leva à beira da loucura! – desabafou ela, contendo os soluços – As noites são piores …, eu não sabia o que fazer, e conversei com as mulheres da cozinha …, e uma delas, me disse que havia um jeito …, uma maneira de aliviar toda essa tensão …
-Sim, entendo – emendou o nobre, apertando o corpo de Lana contra o seu – E o que essa mulher lhe disse? …, diga-me sem receio.
-Ela …, ela …,bem … – balbuciou Lana, tentando libertar o que lhe afligia – Ela me disse que os homens sabem como proporcionar prazer a uma mulher sem que haja o risco de violá-la …, algo que pode ser feito com …, dedos …, ou ainda …, ai, que vergonha! Algo com a boca!
Nikolay compreendeu não apenas a necessidade da moça, como também a forma de obter o segundo item exigido pela feiticeira. “Sim, minha querida …, há muitas formas de proporcionar prazer …, e eu posso ajudá-la …, e creio que pede isso a mim, não apenas pelo receio de fazê-lo ao seu noivo, mas por confiares na minha pessoa? Estou certo?”, cogitou o príncipe, apenas aguardando a confirmação do que ele já tinha como efetivo. Lana balançou a cabeça em concordância.
O nobre, então, pediu a Lana que relaxasse, deitando-se sobre a cama e permitindo que ele levantasse seu vestido de algodão tingido de vermelho, ao que ela aquiesceu; ele a ajudou a deitar-se e, em seguida, levantou o vestido, abaixando a calçola; pediu ainda que ela abrisse as pernas, deixando a mostra a linda e intocada vagina glabra. Impossível ao príncipe conter seu olhar cobiçoso sobre aquela vulva, cujo formato levemente protuberante, deixaria qualquer homem exasperado.
Sem perda de tempo, Nikolay deu início a um dedicado dedilhado, manipulando com exímia habilidade a genitália intangida, não tardando em obter êxito ao proporcionar o primeiro orgasmo da jovem, cuja reação foi atribulada e seguida de longos gemidos e profundos suspiros; ela suplicou ao príncipe que não lhe desse trégua, prosseguindo no delicioso exercício manual, pedido que foi prontamente atendido.
-Aiiiiii! Meu Senhor! Que delíciaaaaaaaaa! Jamais senti algo semelhante! – balbuciava Lana, com seu corpo tomado por seguidas convulsões e espasmos a cada novo orgasmo que Nikolay lhe proporcionava – Por favor …, senhor …, Ahhhhhhhhhhh! Não pare, por favor …, eu lhe suplico!
Nikolay prosseguiu, tomando a cautela de valer-se de um lenço de seda a fim de coletar o “material” exigido pela feiticeira como segundo item de sua cura; cumprida a exigência, Nikolay não resistiu em substituir as carícias manuais por algo mais profundo; sem aviso, ele mergulhou seu rosto entre as pernas da jovem, valendo-se de sua língua não apenas para saborear aquele sexo quente e úmido, como também para suprir a jovem com uma nova onda de prazer.
Lana não cabia mais em si, tendo o corpo sacudido por intermináveis ondas de prazer, que a deixaram extenuada e incapaz de resistir ao assédio oral de Nikolay que se mostrava um macho insaciável …, algum tempo depois, ele achou por bem por fim ao momento delirante e depois de recomporem-se, ele e a jovem se despediram …, ambos satisfeitos com o resultado.