REENCONTRO

(Tebas, Egito – Reinado de Akhenaton): Néftis, a sacerdotisa do culto da deusa Ísis, adentra no salão subterrâneo onde fica a piscina mística de imersão. Ela se aproxima da borda por onde se desce através da escadaria para o interior da piscina e mira as águas cristalinas que emitem um delicado tom de azul-celeste; depois de respirar fundo, ela se despe e fecha os olhos começando a descer a escadaria, até que seu corpo esteja totalmente imerso; com a água batendo em seu queixo, Néftis permanece de olhos fechados, respirando pausadamente. Em dado momento ela tende e mergulhar por completo …, porém, uma voz a impede de prosseguir …

-O que vieste fazer aqui? – disse a voz da deusa Bastet, surgindo das águas da piscina – Se veio a propósito do jovem Mat-Mut, perdeu seu tempo!

-Me perdoe, minha senhora! – balbuciou Néftis perante a presença da deusa – Mas, é mais forte que eu!

Bastet, a deusa gato, era uma linda mulher de corpo esguio, seios sutilmente delineados, nádegas de perfeita anatomia e pernas bem torneadas; seu rosto plácido, continha um quê de sensualidade instigante; ela encarou o rosto da sacerdotisa e sorriu.

-O teu Mat-Mut não está mais entre nós, minha pequena – disse ela em tom maternal, enquanto abraçava a jovem sacerdotisa.

-Mas, Senhora, eu preciso vê-lo mais uma vez! – disse Néftis em tom de súplica com os olhos marejados – Ele era a razão do meu viver …, preciso …, por favor …

-Ah! Menina teimosa! – ralhou a deusa com um olhar reprovador, mas também com sentimento – Está bem! Dar-te-ei uma chance para reencontrá-lo …, mas, há condições …

-Tudo que a Senhora quiser! – interpelou Néftis, incapaz de esconder sua ansiedade.

-Tu podes ficar perto dele – retomou a deusa – poderá tocá-lo …, poderá conhecê-lo …, mas, caso envolva-se com ele …, não mais poderá voltar …, e jamais tente revelar tua identidade a ele, pois, senão, ficarão ambos presos no vórtice …, compreendeu minha menina?

Néftis acenou com a cabeça, abrindo um enorme sorriso; Bastet, então, pediu que ela permanecesse de olhos fechados e seguisse o som de sua voz; ela tocou a testa da sacerdotisa com o polegar direito, passando a fazer movimentos circulares, enquanto entoava uma espécie de encanto …, lentamente, os sentidos de Néftis tornaram-se turvados e sua mente viu-se envolta em uma bruma cinzenta e inerte …, de súbito, tudo ficou escuro!

-Domenica? Domenica! Acorde! Já está tarde! – dizia a voz masculina com tom alegre – Vamos, garota! Levante-se!

Lentamente, a garota abriu os olhos, e a medida em que ela se tornava mais nítida, ela viu quem era o homem que a chamava …, era ele! Mat-Mut! …, não! Agora ele se chamava Massimo e embora a fisionomia estivesse um pouco diferente, ainda assim, ela sabia que era ele; de rompante, ela se levantou e o abraçou apertado. Seu coração batia acelerado, assim como o desejo por tê-lo consigo mais uma vez.

-Ei! O que houve, garota? Porque toda essa euforia? – perguntou Massimo, retribuindo o abraço.

-Eu …, eu …, estava com saudades – respondeu Domenica sem desfazer o abraço, sentindo o calor de Massimo.

Ele mirou seus olhos, sorriu e beijou sua face, levantando-se e puxando-a consigo. “Venha! É sábado e estamos livres para fazer o que quisermos!”, disse ele com tom festivo. Imediatamente, Domenica se levantou e viu-se usando uma camisola de tecido fino, quase transparente, revelando suas formas para Massimo; ele parou e fitou-a com um olhar hesitante; a vontade de Domenica era ficar nua para ele, assim como ficou da primeira vez em que fizeram amor; entretanto, algo a impediu de fazer isso, pois, havia uma espécie de barreira entre eles.

Massimo deu-lhe as costas e com um tom encabulado, pediu que ela se vestisse, saindo do quarto. Ela ficou ali, atônita e um pouco perplexa com tudo aquilo; o que havia afinal? Porque ela não podia entregar-se a ele? Que barreira invisível era aquela que os distanciava? Perguntas e mais perguntas, rondavam sua mente ainda sob os efeitos da “viagem”.

Mais tarde, eles saíram para almoçar em um restaurante discreto e depois foram ao teatro; sempre de mãos dadas, mais pareciam um casal, mesmo que não houvesse intimidade excessiva; ela podia sentir que também ele estava desconfortável em sua presença. Ao final da peça, voltavam para casa, caminhando por uma rua de pedras irregulares, quando Domenica parou puxando Massimo para si e abraçando-o.

-Eu te quero tanto – disse ela entre suspiros – Preciso de ti, mais uma vez e …

-Não, Domenica! Não podemos fazer isso – disse ele em tom aflito, procurando afastar-se dela – Você e eu sabemos que é errado e …

Nesse momento, Domenica segurou o rosto de Massimo e o beijou …, ele ainda tentou resistir, mas o que sentia era forte demais; ele a apertou entre seus braços e prolongou ainda mais o beijo; eles não conseguiam desvencilhar-se um do outro e Massimo não escondia sua excitação; após um sorriso convidativo, eles correram de volta para casa.

Mal haviam entrado no quarto e Massimo arrancou as roupas de Domenica, quase rasgando-as tal era seu desejo por ela; ao vê-la nua, ele ficou pasmo com um olhar faiscante; segurou as mamas firmes da fêmea e beijou os mamilos intumescidos, passando a sugá-los alternadamente em sua boca. Domenica estava em estado de êxtase, entregando-se ao homem de sua vida. Ela apertou o volume que se formara na calça do homem, enquanto um arrepio percorria sua pele.

Massimo livrou-se de suas roupas, levando Domenica para a cama; assim que ela se deitou, ele abriu suas pernas e começou a explorar sua vagina com a ponta dos dedos; cada toque era tão intenso, que ela não resistiu, deixando-se levar por uma pequena sucessão de orgasmos que explodiam em seu corpo, deixando sua gruta ainda mais quente e úmida.

Os dedos foram substituídos pela língua ávida de Massimo, que com movimentos exímios provocou uma nova onda de prazer varrendo o corpo da fêmea, que por sua vez, contorcia-se, ora gemendo, ora soltando gritinhos histéricos, totalmente dominada pelo prazer proporcionado pelo parceiro. Em outro rompante de desejo, ela suplicou por sentir o sabor do macho em sua boca; Massimo fitou o rosto de Domenica e perguntou se ela tinha certeza disso.

-Neste momento, meu amor, é a única coisa de que tenho certeza! – ela respondeu com voz embargada, guardando uma enorme expectativa …, e assim foi feito, com o macho tomando posição e oferecendo seu membro rijo para a boca cobiçosa da parceira.

A cópula foi inevitável; Massimo pôs-se sobre Domenica, que a seu tempo, segurou o mastro, direcionando-o para sua gruta; o encaixe foi perfeito, e assim que sentiu-se preenchida pelo seu homem, Domenica gemeu, suplicando por beijos; enquanto golpeava com vigor, Massimo sugava a boca de Domenica, deixando que suas línguas se entregassem em um vertiginoso baile de movimentos.

Massimo ampliava seus movimentos, permitindo que sua parceira desfrutasse de mais gozos sucessivos, deixando-a a mercê de sua virilidade; a respiração de ambos estava ofegante e o suor deixava suas peles respingadas, comprovando o enorme prazer e desejo que usufruíam em um encontro sem limites. Massimo, sem aviso, conteve sua impetuosidade, deixando Domenica enlouquecida.

-Ah! Não suporto mais! Preciso gozar – balbuciou ele, golpeando com cadência – Mas, não posso! Não posso transbordar dentro de ti! Não posso! Não posso!

-Sim! Você pode tudo, meu amor! – respondeu ela, elevando sua pélvis como retribuindo o assédio – Eu sou tua! Somente tua! Para sempre tua!

Ouvindo essas palavras, Massimo contraiu-se involuntariamente, sentindo seu corpo ser tomado por um longo espasmo, ao fim do qual, ele grunhiu rouco, atingindo o clímax, ejaculando dentro de Domenica, que deliciou-se com a onda quente e viscosa sobejando em suas entranhas. Ao término do tórrido périplo, Massimo e Domenica quedaram-se inertes sobre a cama, exaustos, suados e ofegantes, acabando por adormecerem profundamente.

Ao abrir os olhos, Domenica pôs-se a apreciar a visão de seu amado adormecido; passeou a ponta dos dedos sobre o peito largo e rijo, detendo-se nos mamilos rijos e descendo até o ventre onde repousava o instrumento másculo, cuja forma era inquietante; por mais que quisesse, ela não conseguiu se conter, tomando em sua boca o membro e sugando-o com o auxílio de sua língua ainda ansiosa por sentir mais prazer ao lado do seu escolhido.

Massimo acordou ante tanto carinho, passando sua mãos sobre os cabelos de Domenica e gemendo baixinho; com um sopro de ventania, ele recomeçaram o que parecia não ter acabado; prostrada em posição de decúbito, Domenica recebeu o macho por trás, metendo e golpeando com a mesma intensidade de antes. As mãos fortes e quentes apertavam as nádegas, ora puxando, ora empurrando, no mesmo ritmo dos golpes pélvicos que desferia contra a parceira.

Vendo-se transtornado com o afã de sua parceira, Massimo não vacilou ao extrair seu membro da gruta, procurando por outro orifício ainda mais intrigante; arremeteu resoluto, rasgando toda e qualquer resistência, penetrando o intocado da fêmea; Domenica deu um grito, porém, não recuou, mantendo-se firme na entrega irrestrita ao seu homem, dono de seu corpo e de seu coração. Massimo avançou, invadindo a fêmea com movimentos pausados, até ver-se por inteiro dentro de Domenica.

Seguiram-se, então, golpes e mais golpes de voraz intensidade, deixando Domenica, mais uma vez, sob o domínio de seu homem, entregando-se a mais uma renovada sensação imensurável de prazer sem limitações. O assédio prosseguiu tendo a noite e a lua como únicas testemunhas do desejo que alimentava aqueles dois seres, reunidos pela vontade do Universo.

Após um veemente esforço físico que levou ambos à proximidade do ansiado epílogo, foi o golpe contundente de Massimo que pôs fim ao idílio, com ele preenchendo, mais uma vez, sua fêmea de nova carga de sêmen quente e viscoso, que ela recebeu com gemidos e suspiros.

-Você sabe o que fizemos, Domenica – perguntou Massimo, enquanto, abraçados eles se recuperavam de tanto esforço – E agora? O que será de nós?

-Sei muito bem o que fizemos, meu amor – ela respondeu, após beijar a face dele e sorrir – Estou onde quero estar e daqui não arredo pé!

-Mas, você é minha filha – bradou ele com tom inquieto – Isso é errado! Estaremos em eterno pecado!

-Você é meu pecado! Sem ti não vivo mais – disse ela em tom exasperado – Não me abandone, por favor!

Massimo fitou o rostinho ansioso de Domenica e viu em seus olhos a relevância do que havia dito; incapaz de resistir, ele a beijou longamente e depois permaneceram abraçados e felizes. Era madrugada, e eles ainda não sentiam cansaço ou sono, apenas a vontade incontrolável da entrega que tornou a repetir-se com a mesma intensidade de antes, ora com o macho cobrindo a fêmea, ora sendo por ela cavalgado como um poderoso garanhão domado apenas pela sensualidade de sua parceira.

Em uma janela dimensional, Anúbis observava impassível o casal engalfinhado em uma torrente de prazer; pressentiu a presença de Bastet que pôs-se ao seu lado, observando a tórrida cena em que Massimo e Domenica trocavam carícias íntimas, beijos tórridos, retomando uma torrente de sexo de desejo inesgotável.

-Ela sabe o que fez? – perguntou Anúbis, balançando seu chicote – Sabe que não há retorno?

-Sim …, ela sabe – respondeu Bastet com sua voz cálida – Eu bem sabia que não haveria retorno.

-E mesmo assim, permitistes que isso viesse a acontecer? – redarguiu Anúbis com tom irritadiço.

-Lembre-se que não escrevemos as linhas da vida – devolveu ela, sempre com amabilidade – Apenas proporcionamos escolhas …, e essa foi a escolha de Néftis.

-Viver com um homem em incesto? Isto é uma escolha – insistiu a divindade – Achas que está correto isso?

-Não, meu adorado senhor – respondeu Bastet, sem perder a calma – Néftis escolheu viver com Mat-Mut, o homem de sua vida! E se nessa dimensão, quis o Senhor Amon que eles se encontrassem desta maneira, creio que nem eu, nem tu, podemos desfazer o quebrar a linha do destino que os uniu.

Anúbis fitou o rosto de Bastet e ficou em silêncio por alguns minutos, findos os quais, ele suspirou profundamente, como aquiescendo com o fio do destino; olhou para baixo e sentiu não apenas a energia sexual, mas também a energia vital que emanava daquele casal entregue a um embate libidinoso que não tinha fim nem limites.

Enquanto tomavam banho, envolvidos em beijos e carícias, Domenica ouviu o sussurrar de Bastet tocando seu espectro astral. “Fizeste tua escolha, Néftis …, agora ela está selada …, mas, não se esqueça: jamais revele a ele o laço espiritual que os une …, Anúbis não o levará de ti …, sejas feliz!”, foram suas últimas palavras.

Domenica sorriu para si mesma, olhou para Massimo e o beijou apaixonadamente.

Foto 1 do Conto erotico: REENCONTRO

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Ficha do conto

Foto Perfil trovão
bemamado

Nome do conto:
REENCONTRO

Codigo do conto:
168084

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
22/11/2020

Quant.de Votos:
5

Quant.de Fotos:
3