O LEITOR DE RUNAS

Mais ao norte no território finlandês, onde o sol raramente dá o ar de sua graça e o inverno se prolonga mais que o necessário, havia um vilarejo de poucas casas, onde seus habitantes adoravam reunir-se na casa de um deles, em torno do fogo, contando histórias e divertindo-se com bebida e comida. Em uma dessas reuniões, um deles passou a contar uma história quase ancestral que lhe fora transmitida oralmente de geração em geração de sua família …, era sobre o leitor de runas.

Em uma era medieval um pouco perdida no tempo, naquele local habitava uma tribo de invasores daneses, cujo líder era conhecido tanto por sua crueldade com por seu apetite sexual; todas as vezes em que entrava em batalha, quer seja com uma tribo rival, quer seja por avanços no continente, ele aniquilava com os homens e escravizava as mulheres, fazendo com que elas servissem ao seu desejo insaciável.

Uma certa tarde, um caminhante veio ter na aldeia dessa tribo; estava exausto e faminto e depois de tomar algumas informações rumou para o grande salão de madeira onde vivia o líder, cujo nome era Soren. Assim que chegou, pediu permissão aos guerreiros de guarda para parlamentar com o líder; eles o encaminharam até o canto mais ao norte do salão, onde Soren estava refestelado em sua cadeira de espaldar alto, bebendo cerveja e conferenciando com seus homens de confiança.

O viajante, que atendia pelo nome de Knut, pediu licença, se apresentou e pediu por comida, bebida e abrigo pelo menos por um dia, já que sua jornada ainda estava por prosseguir. Soren olhou para aquele sujeito esquálido, examinando-o dos pés à cabeça e depois de um breve silêncio perguntou o que ele poderia dar como pagamento pela estadia.

-Meu senhor, sou um pobre leitor de runas e creio que não tenha nada a lhe oferecer – respondeu o viajante em tom servil.

-Leitor de runas? Mas, que merda é essa – inquiriu o Líder, com ar de curiosidade – Tu lês as pedras de runas para prever o futuro?

-Também para isso, meu senhor – respondeu ele, inclinando-se em reverência – Vou até o teto do mundo em busca da sabedoria de Odin …

-Muito bem …, leia para mim e dependendo do que me disser dar-te-ei tudo que precisares – vaticinou o guerreiro.

-Não é assim que funciona, meu senhor – interpelou Knut ainda curvado – Precisas formular uma pergunta e eu buscarei pela resposta.

-Como queira – devolveu Soren – Vá até as mulheres no pavimento superior …, coma e beba o quanto quiser …, descanse um pouco e depois retorne.

Passada pouco mais de três quartos de hora, Knut tornou a apresentar-se ao líder; estava satisfeito e pronto para a contrapartida pelo alimento e pela bebida; pediu uma mesa e cadeira que foram imediatamente providenciadas.

-Muito bem, meu senhor …, agradeço pela hospitalidade – disse Knut ao sentar-se, colocando um saco de couro sobre a mesa – Agora, pergunte o que deseja saber e eu procurarei, humildemente, lhe responder …

-Quero saber se há alguma tribo ou horda que seja capaz de me vencer em batalha – perguntou Soren com tom sombrio – Veja lá o que vais me dizer …, pode custar tua cabeça!

-Não sou eu quem responderá, mas sim os deuses, meu senhor – respondeu Knut com sua humildade habitual.

Imediatamente, ele sacudiu o saco de couro, retirando de seu interior três runas, dispondo-as sobre a mesa. Examinou detidamente suas inscrições e franziu o cenho; em seguida, retirou mais três …, e depois mais três …, seus gestos deixavam Soren inquieto e também impaciente.

-Sim, meu senhor …, tenho a resposta – disse Knut pouco antes de Soren explodir sua impaciência – Há sim uma tribo que poderá opor-se ao vigor de seus homens …, trata-se de uma tribo Celta que avança para cá faz alguns meses …

-Celtas? Isso é impossível! – ralhou o guerreiro, batendo o punho sobre o apoio de sua cadeira – Eu acabei com a raça deles faz algum tempo …, explique isso melhor!

-Meu senhor, de fato, acabastes com a tribo da floresta – respondeu Knut ainda em tom reverencial – Porém, esquecestes das mulheres arqueiras que habitam as montanhas …

-Mulheres! Estás louco, homem – rugiu o líder, levantando-se da cadeira com ar ameaçador – Como um bando de mulheres poderão com meus homens treinados? Isso é balela! Tu inventou essa história!

-Peço perdão, senhor, mas, é o que as runas revelam! – respondeu o viajante, com tom de voz trêmulo.

-Bah! Não creio nisso …, – reclamou Soren inconformado – Então, quero saber …, há alguma mulher capaz de seduzir-me?

O sujeito devolveu as runas para dentro do saco, deu outra sacudida e retirou outras três pedras, perfilando-as sobre a mesa; examinou-as com muito cuidado e depois de um sorriso aliviado, olhou para o líder e respondeu:

-Sim, meu senhor! Essa mulher existe …, e ela virá ao seu encontro na próxima noite de lua cheia!

-Hum, isso é interessante – cogitou Soren consigo mesmo, fitando o rosto do viajante – Então, tu ficarás aqui até que tua profecia se concretize …, homens! Levem esse ridículo para longe de meus olhos!

-Lamento muito, meu senhor, mas, não poderei ficar – respondeu Knut, ficando de pé e remexendo no saco.

Ele retirou um pouco de areia brilhante, atirando-a sobre o chão; em segundos a areia fez surgir um pequeno redemoinho. Knut, olhou para Soren e acenou, enquanto era envolvido pelo redemoinho que logo desapareceu, levando consigo o viajante, ante os olhos esbugalhados dos presentes.

Chegada a noite de lua cheia, esta encontrou Soren encostado no batente do portal do salão olhando para o céu. Desde o acontecimento envolvendo o leitor de runas, a mensagem sobre uma mulher que o seduziria deixava-o inquieto; tomou um sobressalto ao sentir a mão de Maella, sua esposa, tocar-lhe o ombro. Ele mirou aqueles olhos castanhos tão profundos que pareciam prescrutar sua alma.

Maella também fora prisioneira e depois escrava; safou-se por ter sido a única a dar-lhe uma prole; por isso ele tinha enorme consideração e apreço por ela, embora não a amasse. Ela sorriu e convidou-o para deitar-se. Ele ordenou que ela fosse e não o esperasse; Maella fez uma expressão entristecida, baixou a cabeça e afastou-se dele.

Subitamente, um relincho chamou a atenção do Danês; uma montaria aproximava-se do salão; sobre ela estava uma amazona altiva que ignorava tudo a sua volta. Assim que ficou perto o suficiente do salão, ela apeou da égua de batalha, que, irritada, batia os enormes casco no solo úmido, levantando enormes tufos de terra. “Estou em busca de Soren, o implacável! Por acaso, és tu?”, perguntou a guerreira saindo das sombras e exibindo-se para o líder tribal.

Ao ver aquela mulher exuberante parada perante ele, Soren ficou embasbacado; era uma linda mulher alta e angulosa, de longos cabelos cor de fogo e olhos azuis cintilantes; tinha uma pose altiva e soberba, deixando claro pela postura que não se curvava a ninguém.

-Sim, sou eu …, Soren, o implacável – respondeu o danês, retomando sua agressividade característica – Quem procura por mim?

-Sou Elmira, chefe das Celtas das montanhas – respondeu ela com a mesma imponência que ostentava – Venho até ti, propor um acordo …

-Acordo? Que acordo? – interrompeu ele, querendo impor-se – E sobre o que vamos acordar?

-Posso poupar o sofrimento para ti e teus homens – disse ela, sem perder a pose – Sirva-se de mim o quanto quiser e puder …, se ao final não se prostrares perante mim, nos renderemos a ti, passando a servi-lo como escravas …

-E se eu me der por vencido nesse delicioso embate …, o que devo conceder? – tornou a perguntar o guerreiro, incapaz de esconder sua curiosidade.

-Apenas tua palavra que minha tribo jamais será atacada e nossas terras conservadas longe de tua ambição – ela respondeu com firmeza.

Ao terminar de proferir essas palavras, Elmira livrou-se do manto de lã que lhe cobria, exibindo sua nudez atordoante! Era uma bela mulher de seios fartos e firmes, ventre liso e ostentando uma deliciosa protuberância que deixou Soren atônito ante tanta beleza.

A musculatura sutil de seus braços e pernas denunciavam uma guerreira hábil no manejo da espada e também do arco e flecha; o olhos do líder tribal incendiaram-se ante tanta voluptuosidade em uma única mulher. Ela avançou em sua direção, entregando-se ao desvario do macho. Soren a pegou nos braços e eles se beijaram longamente sem saberem que um par de olhos esmaecidos os espiava oculto nas sombras.

Juntos, Soren e Elmira entraram no salão e deitaram-se sobre as peles estendidas em frente ao canto do fogo que crepitava suavemente; Elmira não permitiu que seu parceiro tomasse a iniciativa, mostrando não apenas sua independência como também seu poder feminino de persuasão; fê-lo despir-se e apreciou o corpo nu do líder; ajoelhou-se entre as suas pernas, segurando o membro cuja rigidez era intrigante, tomando-o na boca e mostrando sua habilidade nos jogos do prazer.

Soren nem tentou resistir, já que, com seu membro na boca daquela fêmea sensual, tornara-se ele presa e não predador. Com impensável destreza, Elmira alternava a boca, ora sugando, ora lambendo, com suas mãos hábeis, provocando ondas de sensações no macho que via-se sob o domínio da fêmea. Na primeira oportunidade que teve, Soren livrou-se do apetitoso cativeiro, tomando a dianteira; pôs a fêmea de quatro e atacou-a por trás, enterrando seu mastro na gruta quente, úmida e apertada com apenas um golpe.

Elmira gemeu, rebolando o traseiro e incitando que o parceiro prosseguisse em seu intento; Soren começou a golpear com força, fazendo sua pélvis chocar-se com violência contra o corpo da fêmea, fazendo-o tremelicar por inteiro; e a medida que o tempo passava, os golpes tornavam-se ainda mais intensos e profundos, propiciando uma gama inenarrável de orgasmos em Elmira, que rebatia os golpes, atirando-se para trás como um enfrentamento ao macho.

Os corpos suavam, mas não arredavam, principalmente porque Soren queria não apenas vencer aquela deliciosa contenda como também almejava sagrar-se exitoso em submeter a tribo de arqueiras. Após algum tempo, Soren fez com que Elmira mudasse de posição deitando-se de pernas abertas e levantadas, permitindo que sua nova investida fosse ainda mais profunda; e deste modo, a cópula foi retomada com o mesmo ímpeto de seu início; o líder tribal suava ao ponto de respingar sobre os seios da fêmea, que por sua vez, deleitava-se em esfregá-los em seus mamilos para, logo depois, lamber os próprios dedos.

Com uma agilidade felina, Elmira entrelaçou as pernas em torno do pescoço de Soren, girando dolorosamente, quase lhe ceifando o ar; com um giro rápido pôs o macho deitado de costas e sem deixar o membro escapar de sua gruta, passou a cavalgá-lo como uma montaria bravia, subindo e descendo sobre o membro, enquanto apoiava suas mãos sobre o peito largo do parceiro, impedindo que ele esboçasse qualquer espécie de reação.

Submetido a tanto esforço, e querendo mostrar-se ainda mais selvagem do que parecia, Soren viu suas energias se perderem ante o assédio implacável da fêmea, cujo olhar era pura provocação. Em dado instante, Soren sentiu o gozo sobrevir, assim como percebera sua parceira; com impensável aptidão, Elmira contraiu seus músculos vaginais, garroteando o membro e impedindo que ele atingisse o clímax, causando um enorme impacto no guerreiro, que viu-se subjugado pela arqueira. E esse martírio foi repetido várias e várias vezes, levando Soren à beira de um desvario sem precedente, denunciando sua vontade de ceder aos desmandos sexuais da guerreira …, e foi o que aconteceu!

-Chega! Pare com isso! – resmungou o guerreiro, segurando a fêmea pela cintura – Liberte-me deste martírio! Preciso extravasar todo a minha virilidade dentro de ti …

-Se queres isso mesmo …, implore! – respondeu ela com ironia no semblante – Implore e diga que me saí vencedora e que jamais tu investirá contra mim e minhas compatriotas! Diga, senão teu gozo morrerá dentro de ti …, Diga!!!!

-Ahhhhhhhhhhhh! Pare! Pare! – bradou o insano líder, contraindo todos os músculos de seu corpo – Sim …, sim …, venceste! Uhhhhhhhhhhh!

Ao ouvir aquelas palavras, Elmira retraiu a musculatura e Soren pôde, finalmente, gozar, ejaculando como um animal selvagem liberto de seu aprisionamento. Enquanto sorria satisfeita ainda encima do guerreiro, Elmira conseguiu ouvir os gritos e chamados de batalha que ecoavam pelas ruelas e passagens da aldeia de Soren …, as guerreiras celtas das montanhas, aproveitando o momento, desferiram um ataque mortal contra o inimigo, derrotando e dizimando os homens de Soren.

-Agora, selvagem, vais implorar por tua vida! – disse Elmira em tom sarcástico.

Ainda escondida nas sombras, o semblante de Maella transmutou-se da plena e profunda tristeza para uma incontida euforia, sabendo que sua liberdade estava assegurada, graças ao conluio com Elmira. Em pouco tempo, todos os guerreiros estavam submetidos, presos e humilhados pelas arqueiras cujo regojizo era mais que visível. Soren, nua e cabisbaixo foi trazido para fora do salão, tendo um laço de couro em torno do pescoço, sinal evidente de sua derrota.

Do lado de fora da aldeia, também oculto pela escuridão da noite, vendo alguns casebres incendiando e ouvindo os gritos de vitória das arqueiras, Knut exibia um sorriso maldoso; repentinamente, um corvo posou sobre seu ombro direito crocitando insistente; Knut olhou para ele e sorriu …, logo outra ave veio fazer-lhe companhia, pousando sobre o ombro esquerdo; Knut, então, sacudiu seu cajado, retomando sua verdadeira forma …, Odin olhou para a aldeia, e mais uma vez sorriu. “Jamais duvide de um leitor de runas …, mas, jamais confie nele!”, pensou a divindade enquanto se afastava da aldeia.

Em seu interior, Maella e Elmira abraçaram-se afetuosamente e perante dezenas de olhos beijaram-se longamente. Soren ficou boquiaberto com aquela cena. Maella desvencilhou-se dos braços da arqueira e caminhou até ele, olhando-o de cima a baixo; segurou o membro flácido em uma das mãos e encarou o derrotado líder.

-Minha vontade é privá-lo deste apêndice que tanto mal causou – disse ela, rangendo os dentes – Mas, não vou fazê-lo …, as minhas companheiras têm algo melhor em mente!

Pouco depois do amanhecer, Soren foi amarrado e suspenso em uma trava de madeira e seus homens foram obrigados a sodomizá-lo sob pena de, não o fazendo, serem decapitados imediatamente. Tudo isso deu-se ante o olhar impassível das arqueiras, tendo a frente Elmira e Maella abraçadas e exibindo sorrisos debochados, saciando sua sede de vingança.

Naquela noite sem fim, todos se entreolharam, surpresos e atônitos com a história.

Foto 1 do Conto erotico: O LEITOR DE RUNAS

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Comentários


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santiago1 Comentou em 05/12/2020

Muito legal!

foto perfil usuario tarcio

tarcio Comentou em 05/12/2020

muito bom e como sempre asw fotos sao um show a parte votado




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Ficha do conto

Foto Perfil trovão
bemamado

Nome do conto:
O LEITOR DE RUNAS

Codigo do conto:
168775

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
04/12/2020

Quant.de Votos:
5

Quant.de Fotos:
3