MÃE E MULHER - PARTE FINAL

Valendo-se de toda a sua energia e enfrentando as intempéries climáticas, Lana escalou a montanha do esquecimento, atingindo o beiral do piso de rocha sólida que dava acesso ao templo; exausta pelo esforço, Lana caminhou quase que cambaleante até chegar ao pórtico principal, onde um lobo enorme dotado de garras metálicas estava de guarda, grunhindo de modo ameaçador exibindo seus dentes para a visitante.

No entanto, ele aquietou-se ao sentir uma mão delicada acariciando sua cabeça, afastando-se com movimentos lentos. Isméria olhou para a irmã e sorriu; estendeu a mão em convite para que ela se aproximasse. Lana e Isméria abraçaram-se afetuosamente e depois de beijaram; enlaçando a irmã, Isméria a conduziu para dentro do templo, passando pelo salão de tributos e avançando pelo corredor, ornado por enormes colunas que levava até o magistral palco onde os Éforos reuniam-se para decidir sobre os oráculos.

Na verdade, Lana sabia muito bem que não eram eles os responsáveis por receber as mensagens dos deuses, mas sim as sibilas, as verdadeiras interlocutoras que quando em transe, recebiam as mensagens sob a forma de sonhos ou visões e as intuíam até obter uma informação confiável; Isméria era a chefe das sibilas, não tanto por sua antiguidade, pois era jovem demais, mas sim porque possuía o dom da intuição que lhe fora conferido pelo próprio Hermes.

Sentados em seus tronos de pedra esculpida, os cinco homens pareciam em estado de oração, curvados sobre os joelhos com as mãos sobre a cabeça coberta por capuz; podia-se ouvi-los entoar uma espécie de cântico ancestral em uma língua desconhecida e vez por outra gritavam por vinho ou pão que lhes era servido por jovens sacerdotisas aprendizes que transitavam nuas pelas dependências.

Isméria trouxe sua irmã para uma ala lateral onde sentaram-se em um banco de pedra para conversarem melhor; todavia, Lana irrompeu em lágrimas, pousando sua cabeça sobre o colo da irmã, lamuriando-se pelo ato impensado de entregar-se ao próprio filho; dizia-se amaldiçoada e que seu destino era sacrificar-se aos deuses para que Orestes fosse poupado.

-Minha doce irmã, como és tolinha! Teu destino já foi traçado há muito tempo! – disse Isméria em tom consolador – nele não há sacrifícios a serem feitos …, você deve viver esse desejo ardente por Orestes como se fosse uma nova existência!

-Mas como? Como posso permanecer em uma relação incestuosa? – retrucou Lana, levantando-se e fitando os olhos da irmã – Jamais poderemos desfrutar de uma vida comum …, os legisladores de Esparta nos punirão exemplarmente!

-Sim, isso seria possível …, exceto pelo fato de que não poderão punir um novo casal – respondeu Isméria enquanto acariciava os cabelos da irmã.

-Do que você está falando, minha irmã? – redarguiu Lana com uma expressão de incredulidade – Por acaso estás tomada de insanidade? Ou isso é mais uma visão profética?

-Não, meu amor …, não estou louca – respondeu Isméria pacientemente com sorrisos.

Por um minuto ambas permaneceram em silêncio apenas trocando olhares intrigantes; Lana ansiava por uma explicação ao passo que Isméria parecia divertir-se com a curiosidade de sua irmã. “Calma, meu amor …, eu te explico!”, disse Isméria quebrando o silêncio enquanto acariciava o rosto de Lana com a ponta dos dedos.

-Então me diga, por favor …, acabe com meu tormento – pediu Lana em tom de súplica.

-O que te proponho é uma transmigração de almas – disse Isméria – Isso significa que por intermédio da interferência divina, tu e eu trocaremos de corpos …, tu passarás e ser eu e eu passarei a ser tu …

-Oh, não! Minha irmã enlouqueceu mesmo! Isso é impossível! – interrompeu Lana aos berros em desespero.

-Não, meu amor, não é – retrucou Isméria com tom carinhoso – E tudo já foi providenciado …, com a ajuda sempre providencial de Hermes, que gentilmente acolheu uma oferenda que lhe fiz …, e também com a interseção da honorável Héstia …

-E porque eles concordariam em propiciar essa insanidade? – tornou a questionar Lana ainda em tom incrédulo – Não vai contra os princípios estabelecidos por Zeus e seus irmãos?

-Somente seria considerado uma transgressão se uma das pessoas envolvidas não concordasse ou fosse forçada a fazê-lo …, o que, creio, não é o nosso caso …, não é? – respondeu Isméria com um terno sorriso.

-Minha irmã amada …, tu queres mesmo fazer isso? Por mim? – insistiu Lana com uma expressão apreensiva.

-Não, querida …, quero fazer isso por nós – respondeu Isméria afetuosamente com sorrisos.

-Jamais permitiremos isso! Blasfêmia! As duas serão punidas – Ecoou a voz de um dos Éforos vinda do palco – Serão ambas supliciadas até a morte e …

-Cala-te, mortal arrogante! – ouviu-se a voz de Hermes que descia das nuvens usando suas sandálias aladas – tua vontade não está acima da minha …

-E muito menos da minha – disse Héstia, surgindo em uma bruma trazendo na mão a chama sagrada – Preparem-se, mulheres …, o que está feito …, está feito!

Após proferir essas palavras, Héstia aproximou-se de Lana e Isméria, estendendo a mão com a chama eterna e pedindo que elas a tocassem; sem hesitar, elas atenderam ao pedido da deusa e um choque elétrico percorreu seus corpos. “Despeçam-se uma da outra da forma que quiserem e desejarem, pois ao final, adormecerão …, ao acordarem já não serão mais as mesmas!”, profetizou a deusa que tinha ao seu lado o deus alado erguendo seu caduceu.

-Venha minha irmã …, vamos desfrutar desse momento – disse Isméria em tom convidativo.

Isméria conduziu Lana para seus aposentos; assim que entraram, ela abraçou a irmã beijando seus lábios com imenso ardor; Lana não se conteve, correspondendo ao desejo da irmã, com bocas mesclando-se por meio de línguas sedentas. As carícias aconteceram como uma borrasca destemperada, com Isméria apetecendo-se dos mamilos intumescidos da irmã que retribuía acariciando seus cabelos e apertando seu rosto contra suas mamas. Deitaram-se com Isméria cobrindo Lana, esfregando-se nela como uma cadela no cio.

Serpenteando pelo corpo da irmã, a sibila buscou o sexo quente e molhado de Lana, usando sua língua para explorar o rego e lamber o clítoris, tendo como fundo sonoro, os gemidos ensandecidos de Lana, cujo corpo era sacudido por intensos espasmos de prazer a cada vez que um novo orgasmo eclodia como fruto da habilidade oral de sua irmã.

Colocaram-se, então, em uma posição invertida, permitindo que ambas saciassem sua sede de prazer, com línguas e bocas ora explorando, ora sugando, ora consumindo a vulva quente e tão molhada que vertia sem pudor; muitos orgasmos depois, Isméria tomou a iniciativa de entrelaçar suas pernas com as da irmã, permitindo que seus sexos se tocassem, passando a uma esfregação desenfreada que proporcionou mais gozos fluentes em ambas.

Finalmente, Isméria deitou-se ao lado da irmã, e valendo-se de seus dedos hábeis, simulou uma penetração em Lana que de tão excitada, deixava-se dominar pela maestria sensual de sua parceira; tal gesto promoveu tanto prazer que Lana não conseguia controlar-se, gritando em estado de frenética histeria cada vez que um novo ardor vinha a lume, desencadeando dentro dela um estado de perfeita satisfação com a volúpia assediadora de sua irmã.

Quando a noite já havia partido, dando lugar a madrugada escura e sem luar, Isméria e Lana adormeceram pesadamente vencidas pelo enorme esforço a que haviam se submetido; e enquanto dormiam uma chama azulada pairou sobre elas; em seu interior, Héstia promovia o cumprimento de desejo de ambas. Em dado momento, a deusa percebeu o olhar incisivo de Zeus desde o Olimpo que embora não reprovasse a decisão tomada, também não se manifestava sobre ela. “O que está feito …, está feito!”, disse o senhor do Olimpo fazendo sua voz ecoar até Héstia que sorriu e concluiu seu ato divinal, desaparecendo logo a seguir.

Lana sentiu seu corpo flutuar como se não tivesse peso, conduzido por uma brisa morna que soprava em uma direção desconhecida. Repentinamente, ela começou a descer até pousar sobre dois braços fortes …, ela abriu os olhos e viu que os braços pertenciam ao seu marido, Heitor. Ele sorriu para ela e ela sorriu para ele.

-Não se entregue mais a dor, minha senhora – disse ele em tom afetuoso – Minha partida não deve significar que teu luto seja eterno …, agora, vá …, vá e sejas feliz!

Antes que Lana pudesse dizer alguma coisa, outra brisa a elevou fazendo seu corpo levitar e planar ao sabor dos ventos. Um redemoinho de sensações passou por sua mente; lembrou-se das carícias intensas de seu marido e de sua impetuosidade sempre viril a propiciar-lhe prazeres inenarráveis; do toque de sua mão forte apertando seus seios enquanto sugava os mamilos também rijos, do golpe potente de seu mastro na primeira penetração logo depois de retornar vitorioso de uma batalha …, enfim, uma despedida!

-Não vais acordar, preguiçosa? O sol sorri para ti – disse uma voz máscula, sussurrando no ouvido de Lana, enquanto salpicava seu rosto de beijos.

Ela entreabriu os olhos, vendo-se ofuscada pelo brilho solar que banhava o aposento; ao voltar seu rosto para ver quem era que estava lhe abraçando e beijando, tomou um enorme susto ao ver o rosto de seu filho, Orestes …, com a mente ainda turvada e a memória fraquejando quanto aos acontecimentos anteriores, Lana foi tomada por nova onda de desespero.

-O que fazes aqui, Orestes? Enlouquecestes de vez? – questionou ela com a voz trêmula, tentando se desvencilhar dos braços do filho.

-Calma, meu amor …, venha aqui e mire-se na água da fonte – respondeu ele, puxando-a pela mão e caminhando até o pátio superior.

O ver-se refletida nas águas cristalinas da fonte, Lana ficou sem ar; a imagem refletida na água era de Isméria, sua irmã …, então tudo veio a tona e ela se lembrou do que acontecera. Tentando se recuperar da enorme surpresa, Lana mal prestou atenção quando Orestes lhe contou estavam na casa que pertencera a ela e Heitor, desfrutando de sua ocupação como um prêmio, pelo fato de sua irmã ter se tornado a chefe das sibilas …, ou melhor de Isméria ocupando seu corpo mantivera-se como deveria estar.

Felizmente, Orestes não perdeu muito tempo com narrativas por demais complexas, tomando sua amada nos braços e retornando para o quarto, onde ele a despiu beijando seus mamilos e apertando suas nádegas com suas mãos fortes. Lana, ou melhor, Isméria cerrou os olhos e gemeu baixinho. O guerreiro a fez deitar-se cobrindo-a com seu corpo também desnudo e esfregando lentamente seu membro rijo na entrada da gruta molhada até que a penetração se desse com suavidade.

Ao sentir-se preenchida pelo seu homem, Isméria segurou seus ombros largos e firmes, implorando para que ele a fizesse gozar; com uma veemente sucessão de movimentos pélvicos, Orestes imprimiu um delicioso castigo ao corpo de sua amada que logo usufruiu uma onda incontida de volumosos orgasmos que sacudiam seu corpo e arrancavam gritos de sua boca desvairada. Em outro momento, era Isméria que cavalgava seu macho subindo e descendo sobre o membro que a preenchia por completo.

Antes do ápice, ela pôs-se de quatro sobre a cama convidando seu homem a possuir seu selo anal; Orestes com uma expressão de volúpia, tomou posição, estocando ferozmente até conseguir enterrar seu mastro o mais fundo possível nas entranhas de sua fêmea que gritou e gingou o corpo, deixando evidente que aquela forma de prazer muito lhe apetecia. O tempo se perdeu e somente reencontrou-se quando o macho urrou enquanto ejaculava, inundando sua mulher com uma volumosa carga de sêmen.

-Obrigado, meu amor – balbuciou Isméria sorrindo para Orestes – Ainda sendo sua mãe, agora também sou sua mulher …, para sempre!

Do alto do Monte Olimpo, Hermes sorria um sorriso gratificante; orgulhava-se de ter unido dois seres que foram feitos um para o outro. E no Templo dos Éforos, Lana (na verdade Isméria), mentalizava o casal, regojizando-se pela felicidade deles.

Foto 1 do Conto erotico: MÃE E MULHER - PARTE FINAL

Foto 2 do Conto erotico: MÃE E MULHER - PARTE FINAL

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Foto 4 do Conto erotico: MÃE E MULHER - PARTE FINAL

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Ficha do conto

Foto Perfil trovão
bemamado

Nome do conto:
MÃE E MULHER - PARTE FINAL

Codigo do conto:
173214

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
18/02/2021

Quant.de Votos:
4

Quant.de Fotos:
5