Os dias se sucederam com o fazendeiro, evitando sempre que possível, permanecer sozinho com Toninha; e quando isso acontecia, ele encontrava uma maneira de afastar-se dela. Não demorou muito para que sua esposa notasse esse comportamento arredio na presença da jovem e procurou indagar a razão; Tobias desconversou dizendo que tudo não passava de impressão de Elza; ela por sua vez, silenciou contentando-se com a resposta, ainda que evasiva. Tobias aquietava seus impulsos, pois mesmo desejando possuir Toninha, receava as consequências que esse desejo desencadearia no seu pacato mundinho.
Entretanto, o que ele não sabia era que tanto o destino como Toninha conspiravam para que esses impulsos do fazendeiro acabassem por transbordar tal qual o rompimento de uma represa. Certo dia, Tobias fora até a cidade resolver alguns assuntos no banco e na cooperativa que presidia e isso tomou por completo sua manhã; decidiu que o melhor seria almoçar por ali mesmo e rodou pelo centro da cidade a procura de um lugar decente para fazer sua refeição.
Sem perceber, Tobias passou em frente a escola onde Toninha estudava, e imediatamente parou o carro pensando se deveria oferecer uma carona para ela; quando ela pensava em desistir dessa ideia inconveniente, eis que ela surge, saindo pelo portão principal, acompanhada de algumas amigas; assim que viu o carro de Tobias, Toninha sorriu discretamente; despediu-se das amigas com certa pressa e enviando um olhar sucinto para Tobias, acenou com a cabeça indicando que ele a seguisse.
Com as mãos trêmulas como as de um adolescente, Tobias hesitou, ponderando se devia ou não concordar com aquele convite, mas não tardou em render-se ao inevitável; ele seguiu Toninha até que ela julgasse que ambos encontravam-se a uma distância segura, e no mesmo instante, depois de olhar para os lados, ela correu e entrou no carro; fechou a porta e enlaçou o pescoço de Tobias com seus lábios procurando pelos dele. Foi um beijo tórrido e repleto de intenções escusas que parecia (ou não queria ter fim).
-Painho, me faz um favor – pediu ela assim que saciou seus lábios – me leva até a antiga casa onde morávamos eu mais meus pais …
-Naquele casebre caindo aos pedaços? Porque? O que tu queres lá? – retrucou ele um tanto curioso.
-Ah, Painho! Me leva, por favor – suplicou ela fazendo beicinho. Mesmo com ar de reprovação, Tobias deu um sorriso discreto e tocou o carro; a casa ficava fora dos limites da cidade e mais próxima das grandes fazendas da região o que tomava um certo tempo de trajeto, mas que era aliviado pelo sorriso empolgado da garota.
Mal estacionara o carro e Toninha saltou dele correndo em direção do casebre que, externamente, parecia abandonado e em processo de deterioração. Tobias desceu do carro a avançou para dentro do imóvel, e assim que entrou ficou surpreso; lá dentro tudo parecia muito limpo e bem cuidado como se alguém estivesse a zelar por sua conservação, inclusive com os móveis que ficaram e estavam em bom estado.
-Mas, o que aconteceu aqui? – perguntou Tobias, atônito com o que via – Quem cuidou disso tudo? E porque?
-Fui eu, Painho …, eu cuidei de tudo – respondeu Toninha que correu até a pia pegando os apetrechos para preparar um café – Mas, não fique de pé, não! Sente-se que vou preparar um café fresquinho …
Entusiasmada e enquanto preparava o café, Toninha confidenciou que nos momentos em que lhe sobrava tempo, ela pedia a Lourenço que a trouxesse até ali e com algum esforço cuidou e limpou a casa; mesmo os móveis ela trazia aqueles que eram substituídos na sede da fazenda. Ela trouxe o bule até a mesa com duas canecas de ágata, servindo a bebida para o fazendeiro.
-Mas, você ainda não me disse porque fez tudo isso? – insistiu ele entre um gole e outro.
-Porque foi aqui que eu nasci …, ou pelo menos, é isso que minha mãe disse – respondeu ela, depositando a caneca sobre a mesa e abrindo uma expressão circunspecta – sabe, Painho, eu não sei se eles são mesmo, meus pais …
-Como assim? De onde você tirou essa ideia? – interrompeu Tobias em tom de surpresa.
-Ah, sei não! É algo que eu sinto – ela respondeu em tom tristonho – Eu gosto muito deles e sei que ele gostam muito de mim …, mas …, sei lá …, o que eu sei é que essa casa me faz bem …, aqui eu nasci e aqui vou me entregar para meu homem …
-Seu homem? E quem é esse sujeito safado que quer abusar de ti? – tornou ele a interromper retrucando com certa irritação.
-Não é ele que quer abusar de mim …, sou eu que quero abusar dele – respondeu ela, levantando-se e pondo-se de joelhos entre as pernas de Tobias, massageando a virilha que não demorou a corresponder àquela carícia abusada – o senhor, Painho, é o homem para quem quero entregar minha virgindade!
Tobias arregalou os olhos tomado por uma estupefação desmedida sem conseguir acreditar que aquilo estava realmente acontecendo; Toninha tinha um olhar lânguido e suas mãos hábeis não perderam tempo em abrir a calça do fazendeiro, pondo para fora seu mastro em riste pulsante. Sem tirar os olhos do rosto de Tobias, Toninha segurou o membro pela base aproximando sua boca da glande, lambendo-a de cima abaixo e retornando sempre com movimentos lentos da língua quente.
O sujeito olhava para o rosto da garota e não sabia o que fazer, nem como reagir, já que sentia-se sob o domínio da carícia extrema que lhe era propiciada; Toninha seguiu com seu intento e depois de muitas lambidas, fez parte do membro desaparecer dentro de sua boca!
Pela primeira vez em sua vida de casado, Tobias estava recebendo uma felação de desmedido prazer; Elza jamais fora adepta desse tipo de prática e Toninha além de realizar sua fantasia o fazia com imensa maestria; muito embora o membro não coubesse inteiramente em sua boquinha, a garota se esforçava para abocanhar a maior parte, não perdendo também a oportunidade de massagear as bolas do macho que ora gemia, ora grunhia com os olhos semicerrados.
Instintivamente, Tobias, segurou os cabelos de Toninha, projetando seu corpo para frente de tal modo que pudesse meter seu membro mais fundo em sua boca; a jovem por sua vez, manteve-se firme e não perdeu o ritmo da felação; eles seguiram em frente naquela insanidade elevando a temperatura no interior daquele casebre, até o momento em que Tobias não mais resistiu deixando-se levar pelas contrações musculares e pelo espasmo que culminou em um orgasmo estrondosamente comemorado por gritos e gemidos.
Dada sua inexperiência, Toninha não foi capaz de reter boa parte da carga de sêmen que explodia em sua boca, chegando quase a engasgar, cuspindo o membro para que pudesse respirar, deixando que o chão ficasse lambuzado com o vestígio viscoso do macho. Sentada no chão, Toninha observava a expressão de prazer esculpida no rosto de Tobias e sorria sentindo-se realizada.
Depois de se recompor, Tobias inclinou-se sobre ela acariciando seus cabelos de retribuindo o sorriso acompanhado de uma carícia em seu rosto; quedaram-se em um idílio silencioso que anunciava algo mais íntimo e libidinoso que estava por vir; entretanto, rugidos estrondosos no horizonte anunciavam a chegada de uma tempestade muito costumeira naquela época.
Tobias tomou Toninha pela mão e ambos correram para o carro, pois ele não queria ficar preso naquela região sujeita a alagamentos e lamaçais sem fim; pouco antes de chegarem na sede da fazenda, Toninha levantou o vestido e tirou sua calcinha, exibindo-a para Tobias. “Olhe, Painho! Veja como está lambuzada por ti!”, disse ela com tom eufórico; em seguida ela dobrou a peça íntima enfiando no bolso da calça de Tobias. Ele freou bruscamente e olhou inquieto para ela.
-Guarda pra ti, Painho! – disse ela em tom faceiro – É um mimo meu para ti …, há de chegar o dia em que tu me deixarás nua para fazer-me tua fêmea!
Um raio acompanhado de um forte estrondo impediu Tobias de regatear aquela oferenda, retomando o caminho para casa; ao chegarem em casa, Tobias correu explicar para Elza que encontrara a garota na cidade e deu-lhe uma carona; a esposa nada disse, limitando-se a sorrir para ambos. Tobias correu para o escritório onde escondeu a calcinha que recebera dentro de uma gaveta trancada e depois foi para o quarto ansiando por um banho.
Naquela noite, Tobias avançou sobre sua mulher assim que se deitaram; demonstrando um furor impulsivo de descontrolado, o sujeito abriu as pernas da mulher, erguendo-as deixando sua vulva completamente, exibida para seu deleite; com golpes intensos e profundos, ele açoitou a fêmea que mesmo surpresa com tanta impulsividade deliciou-se com o assédio, gozando várias vezes sem que seu macho demonstrasse sinais de esmorecimento. O que ela não sabia era que na mente dele a imagem que refletia sobre sua esposa era a imagem de Toninha sendo deflorada, o que o deixava ainda mais excitado!