Assinei os documentos que estavam sobre a mesa e dei uma passada de olhos sobre a agenda; lembrei que, naquela tarde tinha um compromisso com o professor Strauss na universidade e ainda tinha que preparar um material para a palestra da semana que vem. A cliente de hoje era Madeleine …, uma daquelas mulheres das quais é impossível tirar os olhos quando se vê; filha de pai austríaco e mãe turca, ela ostentava uma beleza e sensualidade únicas que não encontram comparações possíveis.
Nas primeiras sessões, eu não fui capaz de perceber qual era o seu real problema; segundo Victor, seu marido, um proeminente industrial do ramo da mineração, sua esposa não atingia o prazer quando estava desfrutando de uma relação; embora fosse uma mulher dotada de sensualidade e com grande interesse pelo sexo, Madeleine somente atingia o seu clímax quando era estimulada manualmente, seja pelo marido, seja por ela própria.
Tal comportamento frustrava não apenas ele como também a própria esposa que me confessara sentir enorme atração pelo marido, estando disposta a fazer tudo que estivesse ao seu alcance para encontrar uma solução satisfatória para ambos. Ao longo das sessões, consegui delinear nuances de Madeleine que me levaram a conclusão de que sua necessidade estava sob como seu corpo era manipulado.
Naquela nova sessão, eu pretendia alçar para um estágio mais avançado; e enquanto pensava assim, Martha abriu a porta, permitindo que Madeleine entrasse. Como sempre, ela estava vestida com elegância e certo recato próprio de uma mulher apaixonada pelo marido e com sua posição social.
-Boa tarde, Doutor – disse ela sentando-se na chaise longue e cruzando as pernas com movimentos delicados – Diga-me, por favor, que descobriu qual é o meu problema?
-Madeleine, você não tem nenhum problema – respondi enfático – O que você tem é um desvio de comportamento sexual que precisa ser explorado para que o casal possa desfrutá-lo …
-Não entendo, Doutor – interrompeu ela tentando ocultar sua ansiedade – Se é um desvio não deve ser reprimido?
-Claro que não! – respondi com tom enérgico – Desvios de comportamento sexual não são prejudiciais, apenas precisam ser compreendidos para servirem à realização carnal de um homem com uma mulher …, vou lhe explicar melhor, mas antes preciso que confie em mim …, por favor, tire a sua roupa.
Madeleine arregalou os olhos com uma expressão de espanto no rosto; eu esperava por essa reação e por isso mesmo redundei com entusiasmo. “Apenas confie em mim, abra sua mente e me obedeça!”, reafirmei eu sem hesitações. Tentando recobrar o equilíbrio, a mulher ficou de pé e deu início à tarefa de tirar sua roupa; vendo-se despida, Madeleine olhou para mim e seguindo seu instinto de mulher pudica, tentou proteger suas partes íntimas com as próprias mãos.
Calmamente, me levantei da poltrona e caminhei em direção oposta, até chegar a uma cadeira com braços e espaldar alto; apoiei uma das mãos sobre ela e pedi que Madeleine viesse até ela; trêmula e com andar incerto ela obedeceu, sentando-se no assento estofado, buscando uma posição confortável. Assim que ela parou de se remexer, eu puxei as tiras de couro e amarrei suas mãos sobre os braços de apoio.
Fiz o mesmo com seus tornozelos, deixando-a imobilizada e com as pernas abertas; inclinei-me lateralmente sobre ela e toquei seus mamilos que já apresentavam intumescência. “Não, Doutor! Por favor, não faça isso!”, suplicou ela em um murmúrio; não respondi, apenas encarei seu olhar e belisquei um de cada vez; Madeleine mordiscou os lábios e semicerrou os olhos em uma clara demonstração de excitação.
-Você gosta disso, não é? – perguntei sussurrando em seu ouvido – Gosta de ser manipulada …, responda!
Madeleine abriu os olhos e me encarou fingindo uma expressão de fúria, dando a mim a certeza de que estava no caminho certo; continuei a provocá-la com beliscos e apertões; pouco depois, desci minha mão até sua vulva e imediatamente a senti quente e úmida; procurei abri-la com os dedos polegar e médio, usando o indicador para bolinar o clítoris que estava inchado; a medida em que eu esfregava o pequeno apêndice, o rosto de Madeleine transmutava-se deixando de ser sóbrio e elegante e passando a exibir devassidão com alguma perversão.
-Seu porco! Queres me usar, não é? – rosnou ela a certa altura contraindo-se na cadeira – Queres usar de meu corpo como fazes com as putas? Porque? Porque?
-Porque? Porque é o te excita! – respondi com tom irônico e provocador – Não é verdade? Responda!
-Sim! Sim, seu crápula! …, aproveitador! …, bastardo! – rosnou ela ainda mais excitada – Usa de mim! Faz comigo o que quiseres …, afinal, sou tua prisioneira, não sou?
Nesse momento, o corpo de Madeleine explodia em orgasmos sucessivos e seus gemidos e espasmos eram tão intensos que chegavam a sacudir a cadeira; era o momento em que eu precisava prestar atenção aos detalhes; continuei a estimulá-la com veemência proporcionando mais orgasmos que fluíam ao longo de seu corpo fazendo-o tremelicar, os olhos revirarem, a boca entreabrir-se como a espera de um beijo libidinoso …; “Estás ansiosa por seres preenchida por um macho, sua falsa puritana? Responda!”, rosnei bolinando-a ainda mais.
-Ahhh! Uhhh! Sim! Sim! Estou! – respondeu ela com a voz embargada – Vem! Foda-me! Foda-me com força!
Imediatamente, interrompi as provocações e caminhei a passos rápidos até a porta do consultório; puxei a maçaneta, abrindo-a e acenando para que entrasse; Victor, o marido de Madeleine irrompeu pela sala e ficou pasmo com a cena que se descortinava perante seus olhos. Trêmulo e com olhos esbugalhados, ele fitou a esposa e depois a mim.
-Eis teu homem! Queres que ele te possua – perguntei para Madeleine com firmeza – Responda! Agora!
-Sim! Sim! Por favor, meu marido …, venha me foder – suplicou ela com tom exaltado – Estou plenamente pronta para ti.
Victor me fitou e eu acenei com a cabeça; sem perda de tempo, ele se despiu e avançou em direção da cadeira. “Isso! Solte-me da cadeira, mas prenda-me para ti, meu macho!”, tornou a suplicar a mulher cujo estado de excitação era delirante. O marido atendeu ao seu pedido e em breve estavam ambos deitados no chão copulando furiosamente. Victor cobria sua esposa com seu mastro já introduzido nela, golpeando vigorosamente com sua pélvis, ao som dos gritos, gemidos e suspiros de Madeleine.
Sentado em minha poltrona, eu apreciava a cena tórrida e intensa capaz de excitar até mesmo um cadáver! E quando, por fim, o esperma jorrou para dentro das entranhas de Madeleine, Victor desabou sobre ela; ambos respiravam com dificuldade e eu aguardei com paciência até que eles conseguissem se recompor.
Já vestidos, expliquei a ambos como funcionava o corpo e a libido de Madeleine, cuja atenção era total; falei também sobre uma técnica japonesa milenar chamada “Shibari” e indiquei um mestre no assunto que conheci em uma palestra para um público selecionado. E ao término de minha explanação, o sorriso no rosto de ambos assegurou meu júbilo com o resultado final. Logo depois de preencher um cheque e entregar-me, Victor estendeu a mão em agradecimento; trocamos um aperto firme e um sorriso para Madeleine que estava esfuziante.
Assim que eles foram embora, Martha irrompeu pela sala informando-me que a pequena Viviane havia chegado. Pedi que a fizesse entrar e trancasse a porta; Viviane, uma loirinha mignon que já fora minha aluna e com o tempo tornara-se minha discípula …, e a mais fervorosa dentre todas! “Hum, sei exatamente do que o Senhor precisa, mestre!”, disse ela com tom insinuante.
Ela então, caminhou até mim, pôs-se de joelhos e abriu minha calça, pondo para fora meu membro rijo; fitando meu rosto com um sorriso ela passou a manipular-me com movimentos cadenciados, percebendo que minha excitação crescia ainda mais; em dado momento, Viviane fez meu membro desaparecer dentro de sua boca, brindando-me com a mais deliciosa e esfomeada felação que uma mulher pode proporcionar a um homem …, foi a terapia necessária para aliviar-me da tensão sofrida durante minha sessão com Madeleine.