Letícia Rodrigues, 22 anos, é uma morena de 1,65 de altura, pele bem branquinha, cabelos castanhos escuros lisos, sobrancelhas arqueadas, lábios ligeiramente carnudos, magrinha, porém bem rabudinha e bem peitudinha - fruto de horas de academia e o que o dinheiro pode pagar para uma dieta impecável. Tem uma buceta bem apertadinha. É de classe média, nasceu e ainda mora em São Paulo na região de Perdizes, bairro como se diz na periferia de SP, de “bacana”. Ela é formada em publicidade, é bem ativa em suas redes sociais postando diariamente sobre sua vida – suas viagens no Brasil e no exterior, moda, tecnologia, conversas com o namorado, dicas para mulheres. Seu namorado é Pedro Henrique, também o típico cara de classe média também da Região de Perdizes. Não muito alto, moreno, com a barba rala, cabelo estilo Capitão América. Não se enganem, ele não é tão atrativo para qualquer outra mulher que não sua namorada Letícia. Letícia é estudante de publicidade na faculdade Instituto D’Europa.
Pedro também é um grande colaborador na criação de conteúdos para as mais diversas mídias de Letícia – principal foco deles é o Instagram. Os dois tem um site e blog também como parceria, postam tudo relacionado a vida de casal jovem e para jovens com um pouco a mais de capital nos dias atuais.
Letícia está com viagem marcada para o Rio de Janeiro, da qual pretende fazer muitos vídeos e fotos e postá-los completamente em suas redes sociais, não vai acompanhada de Pedro Henrique – que é o que podia se imaginar como possível companhia para a morena – mas acompanhada de sua amiga de colegial Vanessa Campos.
Vanessa Campos, essa também deve ser minimamente descrita. Cavala de 1,80 de altura, tem 21 anos de idade, ela é uma ruiva natural com cabelos que chegam até próximos a bunda e tem franjinha, branquinha e cheia de sardas – não daqueles tipos muito exagerado – usa óculos ray-ban – é míope -, foi gordinha um dia, criou vergonha na cara e entrou na academia e ficou bem gostosa no máximo sentido da expressão. Coxas lindas e lisas, pés muito bem cuidados com solinhas bem macias, peitos não tão grandes assim mas delicadamente desenhados, e uma bela bunda que toda vez que usa aqueles shortinhos encravados não tem quem não olhe e uma buceta enorme, caberia dois paus enormes ali brincando. De classe média, filha bastarda de um empresário paulistano do qual me foge o nome dele da mente nesse instante. A ruiva também estuda publicidade mas numa outra universidade e também particular, a Fiaam.
-Migaa! Vai ser maravilhosa nossa viagem para o Rio, já tô vendo as selfies que a gente vai tirar -diz alegre Letícia
-Espero que tenha muitos gatinhos, tô numa seca meninaa huahua -brinca Vanessa
-Huahua o bagulho é queeente -responde Letícia
As duas foram de voo para o Rio e se hospedaram num hotel que tinha seus luxos. As duas tem todo tempo livre pois ambas saíram de férias – os papais delas pagam as mensalidades das universidades das quais estudam. A tarde visitaram vários pontos turísticos no Rio de Janeiro, as praias: do Leblon, Ipanema e Copacabana – dá-lhe selfies com a estátua de Drummond -, Praia da Barra da Tijuca. Andaram no teleférico no Pão de Açúcar, no morro do Corcovado fizeram vídeos e selfies e postaram nas suas redes sociais com Cristo Redentor ao fundo. Noutros dias visitaram a Escadaria Selarón e mais selfies foram tiradas ali, milhares de curtidas e comentários. Foram aos Arcos da Lapa, visitaram muitos bares e conversaram com amigos que só viam nas redes sociais. Foram ao Parque Lage, visitaram muitos lugares que a maioria dos turistas escolhem para visitar além dos já citados no texto.
Tudo indo muito bem, tudo prazeroso, a vida é boa demais, até que o cheiro de enxofre começa a entrar pelas frestas do Eden.
Um amigo de ambas, mora numa favela do Rio – essa favela caros leitores, é a único nome na história que vou mudar para um nome fictício, tenho amor a minha vida – a favela do Panguão (um pouquinho de humor não mata), seu nome é Ericsson, tem 19 anos de idade, segue ambas no Instagram e sempre interagem com elas. Convidou ambas para visitarem sua casa, sua comunidade, elas toparam.
-Eric queridoo! Eae como vai você? – diz Leticia – você convidou a gente e olha nós aqui huahua
-Letícia, Vanessa! Entrem, entrem
Eles se cumprimentaram, conversavam sobre tudo que tinham em comum, elas tiraram selfies na casa de Ericsson, postaram em suas redes sociais. Um clima amistoso, muito alegre, o povo carioca é bem hospitaleiro e alegre, com uma energia lá em cima. Mas – que diabos sempre existe um mas? – chega alguns avisos bem chatos para as duas de um senhor chamado Jacinto, que aparenta ter uns 60 e poucos anos, bateu na porta de Ericsson e deu o aviso para ele passar para as duas garotas. “Não era para postar qualquer coisa na internet, aviso dos traficantes mais altos da favela”, as duas tiveram um susto pequeno mas logo foram confortados por Ericsson falando que era só "seguir a regra" e "que não dava nada não, que já aconteceu algumas vezes isso com quem ele conhece dali.".
As duas concordaram, e como pensavam que não era nada demais, tiraram mais selfies a tarde e postaram na internet – como ficaram sabendo qual era os perfis das duas nas redes sociais é um mistério, elas tinham o nicho delas mas famosa daquelas de milhões de seguidores, não – um segundo aviso foi dado pelo mesmo senhor, elas novamente concordaram e Ericsson falou que era pra elas não abusarem tanto. Entrou por um ouvido e saiu pelo outro. No dia elas pararam, dormiram na casa de Ericsson, numa cama bem modesta, Letícia e Vanessa dormiram juntas. Acordaram cedo e foram fazer vídeos pela comunidade, a maioria saindo pra trabalhar e as duas lá naquele mundo glamuroso delas. Os diálogos nos vídeos sempre são aqueles bem manjados, “a situação do população”, “é um povo feliz”, “aqui é pacífico”, “venham visitar”, postaram na internet. A tarde elas saíram com Ericsson e encontraram alguns amigos, voltaram quase a noite.
Já na casa de Ericsson, tomavam algumas cervejas, riam, contavam histórias até que de repente entram um monte de caras - mulatos, negros, alguns brancos - todos ou com fuzis ou com espingardas de calibre alto, deram uma coronhada em Ericsson, e o clima era de pavor dentro daquela casa invadida por aqueles elementos surpresa.
-Essas é as puta que a gente mando para de posta foto na net e num respeitaro – falou um deles
Letícia e Vanessa só sabiam chorar, estavam tremendo da cabeça aos pés, pediam desculpas, ofereciam dinheiro e o coração no peito delas só faltavam explodir tamanha era a agonia
-Essas patis do caralho quase ferra a gente, sabe o que acontece com quem tenta ferra a gente? -perguntou o mesmo cara
E elas abriam um berreiro maior ainda. O encapuzado que parecia ser o líder deles disse:
-São bem gostosinha essas duas putinhas... – dizia o que aparentava ser o líder e o grupo respondia e davam risadas que já demonstrava segundas intenções.
Um mulato alisava os peitos de Vanessa e outro a buceta no shortinho que ela usava e o líder pegou a ponta do fúsil e elevou até as calcinhas por baixo do vestidinho de Letícia – que estava com os olhos arregalados, tremia e na hora deu uma estremecidinha de leve – que não conseguia falar mais palavra alguma, apenas orava mentalmente, Vanessa sendo apalpada também não consegue dizer palavra
-Mau encostei e já tá vazano essa puta ó huahua - diz ela ao ver a calcinha molhada de Letícia e continua -Essas puta vão kica gostoso pra geral no morro hoje!
Essa história está só começando!
Obrigado por chegar até aqui, a história vai continuar!