O Diretor dessa instituição acabou por descobrir que eu era um universitário e mexeu seus pauzinhos para que eu saísse da função mais subalterna para atuar internamente na área de análise econômica de indicadores financeiros. Agora eu usava terno e gravata e passeava pelos corredores da empresa achando-me o máximo; vez por outra eu participava de algumas reuniões de diretoria, e sempre me perdia nos lindos olhos verdes de Mônica, a secretária-executiva da presidência cujo sorriso encantador cativava um jovem cheios de inspirações e desejos não satisfeitos.
Mônica era uma mulher madura com idade entre quarenta e cinco e cinquenta anos, com ar de sobriedade mesclado a uma doçura capaz de despertar uma vontade incontrolável de tê-la nos braços protegendo-a contra tudo e contra todos. Sempre usava roupas discretas, mas suas formas exuberantes superavam a vestimenta, fazendo os machos ao redor imaginarem como seria vê-la nua em uma cama cheia de amor para dar. Quando estava muito atarefada prendia seus lindos cabelos loiros em um rabo de cavalo que evidenciava sua preocupação exclusiva com o trabalho.
Eu poderia passar horas descrevendo aquela deusa platinada que acendia um fogo que jamais se apagava, mas não pretendo fazê-lo já que me interessa discorrer sobre como eu consegui desfrutar de todas as suas delícias de fêmea excitante oculta sobre o manto da discrição. Rodava a boca miúda que há muito tempo Mônica era amante do doutor Eduardo o presidente da corretora e também marido da única filha herdeira do banco que concedia sustentação às atividades desempenhadas em nosso meio. Isso não era algo surpreendente ou inesperado já que ambos passavam a maior parte do dia, juntos e que sempre havia uma escapadela possível durante o expediente.
Cabelos ainda molhados e ausência da maquiagem pesada eram nítidos sinais de que Eduardo e Mônica passavam algumas horas do dia fazendo mais que discutir estratégias e objetivos. Eu pensava como podia uma mulher tão linda submeter-se a ser a outra na vida de um homem casado (tola inexperiência!), sujeitando-se a tê-lo apenas por algumas horas do dia ou mesmo da noite. Todavia, algo não ia muito bem e quis o destino que eu caísse de paraquedas na relação entre eles, aproveitando de uma situação desconfortável para marcar território.
Uma noite de sexta-feira eu ficara até mais tarde terminando alguns relatórios e quando fui até a sala da presidência para deixá-los a disposição do doutor Eduardo, flagrei Mônica agachada ao lado de um arquivo chorando baixinho; quando perguntei o que havia acontecido, sua reação foi como um disparo ficando de pé e empertigando-se enquanto tentava por todas as maneiras conter as lágrimas que faziam seus olhos verdes brilharem mesmo que entristecidos.
Quando me aproximei dela perguntando o que havia de errado e expondo minha vontade de consolá-la, Mônica desmoronou, atirando-se contra mim e deitando seu rosto em meu ombro abrindo um choro quase convulsivo; eu a abracei e apertei-a beijando seus cabelos e sussurrando palavras amenas em seu ouvido.
Pouco depois, com a empresa praticamente deserta, eu e Mônica entramos na sala do presidente e nos sentamos no austero sofá de couro marrom onde, de mãos dadas, ficamos alguns minutos em silêncio até que ela se dispôs a pôr para fora toda a sua amargura. Confidenciou-me sobre a relação com o presidente, sobre como haviam se envolvido e também de como ele a seduzira desde o seu primeiro dia de trabalho; contou os detalhes sobre os encontros fugidios durante o expediente, assim como de tardes passadas em motéis protegidos pelo disfarce de uma reunião importante realizada fora da empresa.
Por fim, ela me contou que, algum tempo atrás Eunice, a esposa de Eduardo descobrira o adultério do marido (sim, naquela época o adultério ainda era um crime tipificado), e exigiu que ele deixasse de se encontrar com Mônica sob ameaça de denunciar o “crime” que desaguaria em um escândalo familiar, mas principalmente, acabaria com a carreira profissional do esposo. Eduardo, então, contou tudo a ela e decidiu por um fim no relacionamento de anos, inclusive com a possibilidade de demiti-la ou promover sua transferência para uma outra empresa do grupo que eram várias atuando em vários segmentos.
-Eu não sei o que fazer! – confessou ela com tom choroso – Perdi o rumo da minha vida! Perdi o homem que me fazia feliz! Não sei se quero continuar a viver!
-Nem pense em uma besteira como essa! – eu disse segurando seu queixo e mirando seus olhos marejados – você é uma pessoa capaz, uma mulher linda e tem muita vida pela frente …
-Você não entende! – interrompeu ela elevando o tom de voz – Eduardo é o homem da minha vida, ele é meu tudo! …, ele …, ele foi meu primeiro! E também meu único homem!
Aquela afirmação realmente me tomou de surpresa; fiquei pensando há quanto tempo Mônica e Eduardo se relacionavam; seria uma relação anterior ao próprio casamento dele? E como conseguiram ocultar de todos por tanto tempo? Antes que eu pudesse esboçar essas questões, Mônica me abraçou e debulhou-se em mais lágrimas; e fiquei ali abraçado a ela tentando de todas as formas dar-lhe algum conforto mesmo que não soubesse o que dizer.
-Tudo bem! Tudo bem! – disse ela repentinamente desfazendo o abraço e procurando secar os olhos com as mãos – Você tem razão …, preciso seguir em frente …, será que você, mesmo sendo tão jovem, poderia me ajudar nisso?
-Faço tudo que você quiser, minha linda! – respondi sem titubear – Tudo que for necessário para voltar a ver esses lindos olhinhos brilharem …, idade não tem nada a ver com isso!
Mônica abriu um enorme sorriso e beijou minha face; saímos do prédio onde trabalhávamos e fomos até a estação do Metrô; antes de descermos para a plataforma em sentidos opostos ela me fitou e aproximou seus lábios dos meus; selamos um beijo …, um beijo realmente inesquecível para mim (até mesmo hoje ainda sinto o seu odor de jasmim). “Não é pra se acostumar, viu? Foi apenas uma vontade de beijar outro homem!”, ela disse quando se afastou de mim caminhando em direção à escada rolante.
Daquele dia em diante, Mônica e eu nos tornamos muito próximos; tão próximos que não demorou para despertar o rancor no doutor Eduardo, que nos fuzilava com o olhar sempre que estávamos muito próximos; por incrível que pareça, Mônica passou a recusar os convites dele para almoçarem limitando-se a atender apenas os pleitos de caráter profissional. Embora seu comportamento gestual demonstrasse o quanto ele estava raivoso com o distanciamento de Mônica, o presidente não esboçou nenhuma retaliação, provavelmente porque sabia que era o melhor a fazer naquele momento.
Passadas algumas semanas, em uma outra sexta-feira, Mônica veio até mim perguntando seu eu teria coragem de levá-la ao cinema; como já se iniciara o período de férias escolares, eu respondi que teria imenso prazer em fazê-lo; então saímos e fomos ao cinema (sim, naquela época os cinemas do centro da cidade eram frequentáveis!). Para ser sincero, não me recordo o que fomos assistir; o que não esqueço jamais foi ter Mônica abraçada a mim enquanto trocávamos beijos e carícias cada vez mais íntimas e ousadas.
-Ei! Calma aí, marujo! – ralhou ela em tom brincalhão quando apertei seus seios por cima da blusa – Não vá com tanta sede ao pote senão ele pode quebrar, hein?
A sessão terminou muito tarde e eu fiz questão de acompanhar Mônica até a sua casa; na verdade ela residia em um edifício residencial em um bairro de classe média alta e como ainda vivia com o pai, um militar aposentado, não me convidou para subir; entretanto ela tinha outra coisa em mente naquela noite. “Foi muito bom! Faz tempo que não vou ao cinema …, principalmente acompanhada de alguém! Sabe o que eu queria fazer amanhã?”, disse ela com um olhar maroto.
-Olha, saber eu não sei! – respondi com tom brincalhão – Mas, tenho certeza que você vai me contar! Não vai?
-Nunca fui em um drive in na minha vida! – disse ela com um sorriso hesitante – Queria saber como é …, você me levaria? Só pra conhecer, tá?
Quando me lembro de toda a excitação que se seguiu a isso ainda sinto meu corpo vibrar; depois de aceito o pedido tudo pareceu um redemoinho de acontecimentos, desde lavar meu carro até estacionar na frente do edifício onde Mônica residia pedindo ao porteiro que a avisasse da minha chegada. E quando ela surgiu estava divina! Usava uma blusa de malha sem mangas e uma linda saia branca com pregas até a altura dos joelhos; as sandálias de salto davam o toque final a uma mulher linda e exuberante. Mesmo parecendo que iríamos para uma reunião social, o evento prometia muito mais simplicidade que isso.
Já no interior do box de estacionamento, a atendente veio até nós para anotar nosso pedido; pedimos refrigerante e mais nada; Mônica estava realmente muito excitada com aquela experiência tão simples e me encheu de perguntas sobre o que faziam os casais quando estavam naquele lugar. Em dado momento, eu a puxei para mim e começamos a nos beijar cada vez mais açodados e instigados por um clima sensual.
Sem aviso eu comecei a ajudá-la a tirar a blusa o que ela aceitou com uma expressão de ansiedade e tesão; em seguida, abracei-a e abri o sutiã, trazendo-o comigo enquanto deixava a mostra os lindos seios de Mônica que não esboçou nenhuma reação para cobri-los ou proteger-se de meu olhar guloso. Aquela era a visão do paraíso! Um tanto afobado, segurei aquelas tetas lindas nas mãos e comecei a lamber os mamilos passando logo a sugá-los com voracidade, ao som dos longos suspiros de Mônica que evoluíram para gemidos discretos enquanto ela acariciava meus cabelos demonstrando que se deliciava com minhas carícias orais.
O tempo fluiu entre lambidas, sugadas, beijos voluptuosos e mais carícias. “Você faria uma coisa pra mim …, uma coisa que homem nenhum jamais fez?”, ela perguntou a certa altura fitando meu rosto com uma expressão de ansiedade. Eu a encarei e dei um sorriso antes de responder.
-Faço qualquer coisa que você queira! – respondi com tom enfático.
-Você me lamberia …, aqui? – tornou ela a perguntar com tom meigo, levantando a saia e apontando para sua púbis por cima da linda calcinha cor-de-rosa.
Mirei seu olhar lânguido e doce e dei um sorriso enquanto a convidava com os olhos para pularmos para o banco detrás do meu carro; Mônica deitou-se no banco (sim, era um carro bem grande …, um Aero Willys!), e abriu as pernas; eu levantei sua saia com delicadeza e carinho e puxei a calcinha para baixo até vislumbrar seu baixo-ventre coberto por uma fina camada de pelos pubianos muito sedosos os quais beijei com muito carinho descendo em direção à vulva que abri com a ponta dos dedos, passando a lambê-la e sugá-la com muita voracidade.
Todo o meu cuidado logrou um exitoso resultado, pois os gemidos de Mônica denunciaram que experimentava um primeiro orgasmo que logo foi seguido por outros. A medida que eu apurava a carícia oral, Mônica retribuía com mais gemidos, suspiros e uns poucos gritinhos histéricos e seu corpo contorcendo-se de um lado para o outro também confirmava minha expectativa. “Ahhh! Uhhh! Espera …, espera um pouco …, tire sua roupa e deixa eu sentar em você!”, balbuciou ela segurando minha cabeça impondo que eu mirasse seu rosto.
Atendi ao seu pedido sem receio, ficando nu dentro do carro e sentando-me enquanto ela se livrava da calcinha e das sandálias deixando a mostra seus lindos pezinhos; talvez por mero fetiche, Mônica não tirou a saia vindo sentar-se sobre e de frente para mim passando a esfregar sua vulva quente e molhada em meu pau rijo e vibrante. Enquanto fazia isso ela me encarava com aqueles lindos olhos verdes escancarando um sorriso misto de malícia e excitação. Trocamos beijos e vez por outra ela me oferecia seus peitos suplicando para que eu saboreasse seus mamilos hirtos e pequenos.
Em dado momento, aquela esfregação promovida por Mônica redundou no alucinante inesperado com sua vulva engolindo meu membro por inteiro; foi uma sensação extasiante, muito mais especial que a minha primeira vez com uma fêmea; talvez o momento, talvez o clima, talvez a diferença de idade com Mônica deixando-se levar por sua experiência ante um jovem ansioso por algo absolutamente inédito …, fato é que foi a melhor foda de toda a minha vida e que ficou tatuada em meu ser até hoje.
Ostentando seus dotes de fêmea hábil e sensual, Mônica começou a subir e descer sobre mim, provocando uma inebriante explosão de sensações que me faziam tremelicar com longos arrepios percorrendo toda a superfície de minha pele e uma comichão saborosa explodindo em erupções inconstantes que desaguavam em minha garganta na forma de grunhidos e gemidos roucos; o olhar dela era como um estopim acendendo meu corpo como um barril de pólvora que ela própria continha deixando-me a sua mercê. O tempo perdeu sua essencialidade e para mim era como se não houvesse mais nada a não ser o corpo e o olhar de Mônica me fazendo seu homem, seu macho.
Gozos fluíam pelo corpo dela sempre anunciados com gritos e gemidos que serviam como novo estímulo em busca de mais prazer; estávamos suados e ofegantes, porém não havia intenção de arrefecer no idílio sensual que nos envolvia e nos dominava, até que, lamentavelmente, tudo chegou ao seu epílogo …, soltei um urro surdo tomado pelo orgasmo que eclodia quente e caudaloso, inundando as entranhas de Mônica como uma onda irrefreável que a fez contrair todos os músculos abraçando-me apertado com sua boca sugando a minha.
A madrugada entregava-se ao início do amanhecer quando deixei Mônica no edifício onde residia; antes de descer ela me enlaçou e nos beijamos longamente. “Foi tudo muito bom …, ou melhor, foi muito mais que eu esperava! Nos vemos depois, tá?”, disse ela com sorrisos antes de saltar do meu carro. Eu fiquei lá, imóvel observando Mônica afastar-se em direção da portaria, caminhando com um gingado delirante com ancas e nádegas em perfeita sincronia e torci para que ela olhasse para trás pelo menos uma última vez …, e ela olhou! Fui para casa feliz e encantado com aquele dia inesquecível, sem saber o que o futuro reservava para nós …, eu não fazia ideia de que aquele seria o penúltimo dia que veria Mônica …