A vinda de Arthur, filho da irmã de Samara modificou um pouco a rotina do casal; o rapaz estava se preparando para o vestibular e os pais pediram que ele fosse acolhido em sua casa, pois temiam por sua segurança caso ele permanecesse sozinho na cidade; embora Everton não compreendesse muito bem a razão do temor dos pais, aceitou acolhê-lo sem maiores questionamentos; o quarto que antes fora de Anete foi preparado para Arthur, já que a filha ou estava no apartamento de Vinícius ou dividindo um alojamento na universidade que frequentava.
Arthur, ou melhor Tuca como era mais conhecido, chegou algumas semanas depois; era um rapazote de feições delicadas, um pouquinho acima do peso mesmo praticando vários esportes, sempre sorridente, gentil e voluntarioso. A bem da verdade sua presença trouxe um pouco de bom humor para o casal e seu jeito brincalhão acabava por torná-lo uma companhia muito agradável. Quando não estava no quarto estudando, Tuca fazia atividade física, pois inscrevera-se em uma academia próxima, ou ficava ouvindo música em seu celular o que observava certa etiqueta, pois o rapaz adorava conversar com os tios sempre que possível. Everton ocultava sua suspeita de que Tuca fosse gay, mas percebia no rapaz certos trejeitos e facetas que ele tentava em vão esconder de todos, e em respeito a isso o tio nada comentava a respeito.
Certa tarde chuvosa de sábado em que Samara tivera um compromisso que lhe tomaria o dia todo, Everton convidou Tuca para lancharem em um Shopping o que o rapaz aceitou com sorrisos; comeram sanduíches e tomaram refrigerantes e depois deram um passeio espiando as vitrines das lojas; voltaram para casa e Everton trocou de roupas por outras mais confortáveis, jogando-se no sofá para ver televisão. “Tio, será que posso assistir com o senhor?”, perguntou o rapaz com tom comedido.
-Mas é claro que pode! – respondeu o tio devolvendo o sorriso – Afinal, hoje é sábado e você precisa relaxar.
-Tio, posso lhe contar uma coisa? – perguntou Tuca algum tempo depois que estava na sala em companhia de Everton – Mas é tipo um segredo, tá? Fica só entre nós …, tudo bem?
-Tuquinha, você pode me contar tudo que tiver vontade – respondeu o tio com tom carinhoso – seus segredos ficarão apenas comigo.
-É que eu …, eu …, eu gosto de homens! – desabafou o rapaz com tom aliviado – Acho que o senhor já devia ter desconfiado disso e sei também que é mais mente aberta que meu pai …, se eu contasse pra ele acho que ele me mataria!
-Eu te entendo …, seu pai é muito retrógrado – respondeu Everton com tom suave – E sim eu tinha alguma desconfiança a respeito disso …
-Eu também gosto de mulher! Mas a preferência é homem! – continuou o rapaz sentindo-se aliviado por ter alguém para ouvi-lo – Obrigado por me entender, tio.
-Fico feliz que você confie em mim para ser seu confidente – comentou o tio entre sorrisos – Mas, você já esteve com algum homem …, digo …
-Se já transei com um? – interrompeu o rapaz procurando evitar embaraços com tom maroto – Claro que já …, com alguns garotos que eu conheço …, mas, o melhor de todos foi um homem mais velho!
-É mesmo? Mais velho que você – indagou o tio incapaz de esconder sua curiosidade – E como foi? Você gostou?
-Se eu gostei? Ah, tio! Foi demais! – respondeu Tuca com tom eufórico – homens mais velhos são mais experientes e não ficam com firulas indo direto para o que é bom! Esse sujeito que eu conhecia de vista se aproximou de mansinho e quando vi estávamos envolvidos quase como um casal …, posso continuar? Sem problemas pra você?
-Por favor, quero saber tudo! – respondeu o tio um tanto ansioso pelos detalhes.
-Bom, foi assim – prosseguiu Tuca com certo entusiasmo – Ele é professor universitário, casado e pais de dois filhos adultos …, a gente se cruzou meio que por engano …, mas assim que ele percebeu que eu estava a fim de dar pra ele a coisa andou rápido …, a primeira vez foi na casa dele! Acredita? Ele me levou pra lá e me encheu de beijos e carícias, me deixou peladinho e depois também ficou pelado …, tio o cara tinha um pau maravilhoso! Eu caí de boca e mamei muito até ele gozar na minha boca! Depois ele me deu um banho e ficamos de conchinha na cama do casal …, e lá ele me fodeu gostoso! Foi incrível!
-Nossa! Que loucura, hein? – comentou Everton com um tom exasperado já que a história o excitava e fazia ter ideias – E depois disso? Como ficou?
-Depois daquele dia a gente virou amantes – retomou Tuca com uma expressão sapeca – Toda a vez que tínhamos uma oportunidade a gente se encontrava para ele me foder …, cheguei mesmo a mamar a rola dele no campus da universidade atrás do complexo esportivo. Enfim, tio, foram dias inesquecíveis para mim! Ganhei muitos presentes dele …, até calcinha e um babydoll ele comprou pra mim! Eu usava em nossos encontros …, Ai! Que saudade!
-Saudade porque? Acabou tudo? – tornou a indagar Everton já sem esconder sua expectativa.
-Sim, tio …, acabou! – respondeu o rapaz com tom entristecido e olhos marejados – Não sei dizer de quem foi a culpa …, se minha porque me senti preso, ou dele que se tornou possessivo e até mesmo ciumento …, acredita nisso? O cara é casado e tem filhos adultos! E queria me transformar na putinha particular dele! Chegou até a alugar um apê e exigir que eu me mudasse pra lá! Então decidi me afastar para não piorar as coisas.
-E ele? Aceitou numa boa? – quis saber o tio com uma ponta de preocupação.
-Que nada! Foi a maior encrenca – respondeu Arthur tentando limpar os olhos – Quase virou assédio, não fosse o Marcão, um amigo meu que é policial e veio me ajudar dando um chega pra lá no velho. Olha tio, foi punk mesmo! Mas agora tô de boa!
Após ouvir o relato do sobrinho, Everton mergulhou em uma miríade de pensamentos que envolviam Vinícius e sua sedução; será que aquilo era uma espécie de sinal? E se fosse o que queria dizer? O sujeito estava mais confuso que antes.
-Tio …, você também é chegado? – perguntou Tuca quebrando o silêncio com um tom maroto.
-Eu? Não! Não! Claro que não! – retrucou Everton com veemência tentando esconder seus sentimentos a respeito do que ouvira.
-Então porque sua piroca tá dura? – insistiu o rapaz apontando para o volume estufado no calção de Everton – Essa barraca armada só pode ser por isso! Pode falar tio …, de boa, tá?
Everton silenciou controlando-se para não revelar mais do que podia; pensou por alguns minutos e depois olho para o sobrinho esboçando uma resposta. “Na verdade tua história me deixou com tesão! Muito tesão!”, respondeu Everton com tom aflito. Tuca abriu um enorme sorriso gostando de ouvir a confissão do tio.
-Er …, Tio …, posso ver …, ver seu pau? – perguntou o rapaz com uma expressão cheia de intenções.
Everton limitou-se a acenar com a cabeça manifestação suficiente para que Tuca se aproximasse e ajudasse o tio a livrar-se do calção, expondo seu membro rijo. “Ele é tão bonitinho, tio! E grossinho, né? Posso pegar?”, pediu o sobrinho com olhar guloso. Com a permissão do tio, Tuca segurou o membro e começou a masturbá-lo lentamente, enquanto usava a outra mão para massagear as bolas. “Nossa, tio! O senhor é boludo, hein?”, comentou o rapaz fitando o rosto lascivo do tio. Permaneceram naquela situação até que Tuca decidiu ser um pouco mais ousado.
-Tio …, posso dar uma mamada? – perguntou Tuca com tom hesitante – Acho que o senhor vai gostar …, e se deixar …, posso ficar peladinho também?
Bastou um aceno de cabeça para Tuca abrir um enorme sorriso ficando de pé e tirando sua roupa; ele se deitou de barriga para baixo apoiando sua cabeça sobre o ventre de seu tio abocanhando o mastro e sugando com enorme voracidade; Everton quedou-se vencido à carícia oral do sobrinho gemendo e suspirando enquanto sua mão apalpava a bundinha arrebitada de Tuca que vez por outra gemia de prazer. “Hummm, que gostoso, tio! Se quiser pode me dedar, viu …, eu gosto!”, balbuciou Tuca entre sugadas e lambidas já perdido em êxtase saboreando o membro rijo do tio. Everton meteu os dedos entre as nádegas do sobrinho em busca do selinho; ao encontrá-lo iniciou uma massagem ao redor e em seguida meteu o dedo médio, varando o buraquinho de Tuca que gemeu longamente.
-Ahhh! Tio! Tio! Ahhh! – murmurava ele em tom ansioso – Isso é tão bom! Mete mais! Enfia logo dois dedos nele!
Everton não hesitou em atender ao pedido do sobrinho metendo indicador e médio afundando e laceando o orifício sempre ao som dos gemidos abafados de Tuca que esmerava-se em desfrutar do sabor do membro rijo que tinha em sua boca. Ao mesmo tempo em que dedava o sobrinho, Everton olhava para suas nádegas e pensava como elas eram bonitas …, “será que alguém acha as minhas bonitas?” pensou ele por um momento antecipando o inevitável ante a voracidade de Tuca. E antes que ele pudesse avisá-lo o orgasmo sobreveio com espasmos, contrações musculares e vultosas golfadas de sêmen preenchendo a boca do rapaz.
Everton ainda ficou extasiado quando o rapaz se pôs de joelhos exibindo sua boca transbordando de esperma pelos cantos antes de engolir a carga com um sorriso sapeca; seguindo seus instintos, Everton o puxou para si e cerrou seus lábios aos dele em um beijo sôfrego, demorado e profundo, procurando também saborear o gosto de seu sêmen pela boca do rapaz; e beijos e carícias se seguiram ao som da chuva que despencava do lado de fora parecendo estimular que a concupiscência permanecesse onipresente entre eles.
-Tio …, você é muito gostoso, sabia? – elogiou o rapaz entre um beijo e outro – tem uma pica doce e um beijo arrasador …, se não fossemos parentes eu pediria para ser seu amante …, ou sua putinha se quisesse.
-Você é um amor, meu querido – devolveu ele o elogio com sorrisos – Não sei se poderíamos ser uma coisa ou outra, mas enquanto permanecermos próximos gostaria muito que desfrutássemos momentos como esse.
-Então, vem tio! – convidou o rapaz ficando de pé e estendendo sua mão – vamos pro meu quarto brincar um pouquinho antes que a tia Samara volte …, por favor! Everton viu-se enredado em uma possibilidade que poderia revelar-se uma nova descoberta …, a descoberta de si mesmo.