Continuação Mesmo sem saber bem o que ia acontecer, fomos ter com eles que estavam na cozinha a preparar o almoço. Quando nos viram disseram que pensavam que nós íamos ficar lá o dia todo pois, nunca mais descíamos mas, com uma certa frieza eu respondi que não havia horário marcado. Não sei se por isso ou por remorsos o Daniel chegou à nossa beira e pediu desculpa do que tinha feito, disse que tinha bebido demais e reagiu sem pensar, pediu a mim e à Vera também. Almoçamos e depois de almoço fomos embora, eu disse que tinha aula marcada de personal, o Daniel e a Sónia não gostaram muito, tentaram até me demover mas sem sucesso. Ficou também definido que nos dois fins de semana seguidos não nos encontrávamos no 1º a Vera tinha um congresso e no outro eu tinha um sarau. Mais uma vez tentaram protestar mas sem conseguirem nada. Durante o domingo a Sónia ainda falou para eles virem a nossa casa mas eu disse que não, estava cansado. Ainda falei que não gostei da atitude do Daniel e ela ainda tentou defende-lo mas eu contrapus e quando viu que não tinha hipótese de me convencer abraçou-me e disse que não íamos discutir por causa dos outros. Durante os próximos dias as coisas foram normalizando e a nossa vida voltava ao normal e quase nem falávamos no Daniel e na Vera, o fim de semana foi espetacular, quer pela diversão quer pelo sexo. Fizemos várias vezes e de várias formas, claro que o anal continuava a ser tabu mas sem problema, eu entendia e respeitava a sua decisão. Na segunda feira, no fim das aulas tínhamos reunião de professores na escola para programar a festa de final de ano, por norma estas demoravam bastante tempo pois nós queríamos uma coisa em grande e a direcção não queria gastar dinheiro, então avisei a Sónia que ia atrasar e se ela quisesse toda jantar que eu depois comia alguma coisa. Ela disse que esperava por mim para jantar juntos, então disse que quando saísse ligava para ela terminar o jantar. Durante a tarde um miúdo teve um acidente e partiu uma perna, o director foi com ele ao hospital e teve que esperar que os pais do menino chegassem, então cancelou a reunião. Como há chegar mais cedo resolvi comprar umas coisas para fazer um jantar melhorado. Depois das compras fui para casa em frente ao bloco de apartamentos temos um jardim, um parque infantil e uma zona de estacionamento, quando cheguei vi o carro do Daniel ali parado, estranhei. Fui colocar o carro na garagem e fui no elevador sem passar na portaria. Quando cheguei em frente à porta peguei na chave que tinha comigo e abri muito lentamente a porta, no all de entrada já ouvia barulho, conversa risos e gemidos. Gelei por completo, o que se estava a passar? Foi pé ante pé até à porta do quarto que estava fechada, ouvia nitidamente a voz da Sónia e do Daniel, e a Vera? Mas mesmo que a Vera lá esteja porque ninguém me disse nada? Resolvi espreitar pela fechadura, a chave estava atravessada e felizmente dava para espreitar, não se via grande coisa mas, vi mais do que o que queria ver. Praticamente só via as costas do Daniel que depois deu para ver que comia a Sónia de quatro pois consegui ver parte da cabeça quando ela olhou para ele. Tentei olhar para os lados, pouco dava para ver mas não vi sinal da Vera, fiquei confuso e sem forças, estava tonto, tive que me sentar no chão encostado à parede. Será que eles não aguentavam uma semana sem foder um com o outro? Mas mesmo que fosse isso deviam ter dito, quando começamos com tudo isto fomos bem claros em relação às regras, um não quer ninguém quer e verdade acima de tudo. -Ai! Amorzinho vais arrombar o meu cú como fizeste com a Verinha? -Claro que não! Cú de puta é que é para arrombar, o da minha mulherzinha é para ter prazer. E para dar claro, eu sei como tu gostas que te entrem pela porta dos fundos. -Que me entrem não! Que tu entres, sabes muito bem que ele é só teu. Depois desta resposta a Sónia começou a rir e a pedir para ele socar com força. Vou deitar a porta a baixo e rebentar o nariz aos dois! Não, pensa Pedro, podes arranjar problemas. Eu posso ter toda a razão mas se partir para a violência perco a razão toda. Levantei-me e saí de casa. Depois de sair do prédio com o carro resolvi ligar à Vera -Olá Pedro tudo bem? Algum problema? -Sim, onde estás? -No escritório mas porquê? Que se passa? -Posso ir aí ter? Preciso falar contigo mas em particular. Depois dela dizer que sim em poucos minutos cheguei lá. O escritório era grande e tinha mais pessoas mas, fomos para uma sala a parte. Contei tudo o que que se passou, ela ficou atônita, como eu claro! Ainda pensamos que podia ser por estarmos mais de uma semana sem nos vermos mas, mesmo assim havia traição pois estavam às escondidas. Depois de nos acalmar resolvemos investigar. Íamos fazer de conta que nada se tinha passado e, através de um amigo da Vera compramos, no dia seguinte, uns gravadores de som de alta qualidade para colocar em minha casa e na da Vera. À noite nada de diferente, a minha vontade era contar tudo e coloca-la fora de casa mas precisávamos de saber mais, então reagi normal. Ela devia ser viciada em sexo pois, mesmo depois daquela tarde ainda quis fazer comigo. Quando estávamos a foder, ela por cima de mim, lembrei-me e meti um dedo no cú, como fazia às vezes. Não se mostrou dorida, a puta devia estar habituada, ai que raiva! E ela que dizia se um dia desse o cú seria para mim. Falsa! No dia seguinte, terça feira, faltei às aulas, confirmei que a Sónia estava no trabalho fui comprar os equipamentos e instala-los primeiro em minha casa depois, com a ajuda da Vera em casa dela. E voltamos à nossa vida “normal” . Naquele dia e na quarta nada se passou, na quinta e sexta foi o confirmar em que suspeitávamos o Daniel e a Sónia andavam a trair-nos! E pelas gravações deu para saber que já havia algum tempo. Combinamos manter sangue frio até descobrir mais alguma coisa. No fim de semana eu tinha o sarau estive bastante tempo ocupado mas, sempre que estava em casa a Sónia não me dava descanso, eu não compreendia como ela conseguia ser tão cínica mas tentei me manter sereno. Na semana seguinte foi o esclarecer das dúvidas, eles encontravam-se três vezes e tal como antes sempre em minha casa, a casa da Vera era próxima da dos pais se calhar por isso não iam para lá. Não soubemos tudo mas já chegava, era muita informação macabra. Eles eram namorados antes de conhecerem a Vera e eu é que chegaram a viver juntos mas como não gostam de trabalhar o dinheiro não chegava para as suas extravagâncias, como gostavam de swing e troca de casais juntaram o útil ao agradável, arranjavam dois trouxas para pagar as contas e continuavam a vidinha deles. Como é que há gente com coragem para tanto, viver uma vida com alguém só por dinheiro! A Vera como já disse, era uma advogada bem sucedida e portanto com dinheiro, eu felizmente também estava bem pois para além dos lucros do negócio que era do meu avô e do ordenado na escola, tinha as aulas de personal trainer que me davam uma estabilidade confortável. Havia umas pontas soltas, umas coisas por esclarecer mas o fundamental nós sabíamos, se foi o dinheiro que os fez chegar até aqui é o dinheiro que os vai lixar. Tínhamos um plano e íamos nos vingar… Continua…
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