Continuação Eu e a Vera fomos para minha casa mas só para descansarmos, não tínhamos cabeça para mais nada, foi muita intensidade para uma noite, acho que nos deixamos levar pela situação, a raiva falou mais alto. E o pior é que não sabíamos o que eles iriam fazer, podiam apresentar queixa na polícia. Eles iam ter problemas mas nós também e muitos, se calhar, pelas nossas profissões tínhamos mais nós a perder do que eles. Além disso eu devia estar feliz, tinha me vingado, mas não estava, sentia-me lixo, sentia-me sujo, se pudesse voltava a trás e apenas os ignorava por completo e eu que sempre digo que o desprezo é o pior que se pode dar a alguém. Como estou arrependido! Mas não havia forma de voltar atrás, vamos tentar descansar e amanhã enfrentar os nossos erros, deitamo-nos juntos mas só para descansar, nem dormir conseguia. De manhã tocaram à campainha, meu coração parou, seriam eles, a polícia, alguém que contrataram para nos atacar? -Quem está aí? -Sou a Sónia, preciso falar contigo, por favor ouve-me! Eu precisava saber o que se passava na cabeça dela deixei-a subir. Quando abri a porta ela agarrou-se a mim a chorar -Desculpa-me eu errei contigo, mereço isso que fizeste e muito mais, mas por favor perdoa-me. Vamos tentar recomeçar do zero, sem ninguém entre nós. Enquanto ela dizia isto eu tentei afasta-la e levando-a até à sala sentei-a no sofá, nesse momento entra a Vera na sala. -Afinal as vítimas não são assim tão vítimas, estou a ver que não perdeste tempo. -Em 1º lugar não é nada disso que estás a pensar, só ficamos juntos porque não sabíamos que tipo de pessoas vocês são, quem faz o que fizeram pode fazer bem pior. Além disso tu não tens nada a ver com isso, já és uma carta fora do baralho. A minha vida não te diz respeito. Ela fartou-se de chorar e pedir desculpa mas eu estava decidido era o fim. A traição até toleraria mas tanta mentira não. Ela vendo a mídia determinação contou que tinha discutido com o Daniel e ele foi para casa de um colega, ele tentou culpa-la de tudo o que aconteceu e ameaçou que se alguém soubesse o que aconteceu ele que a matava. Ele tinha vergonha que se descobrisse o que a Vera lhe fez. Ainda bem assim terminavam os nossos problemas. Combinei com ela que ao fim de 15 dias lhe dava o dinheiro para liquidar o crédito, para ver a certeza que não fazia nada contra mim, em duas semanas as marcas no corpo já desapareciam e não tinha como me acusar. O Daniel também ligou para a Vera a pedir o dinheiro e as roupas dele mas não foi buscar, mandou um casal amigo dele. Eu e a Vera, depois da Sónia levar as coisas dela lá de casa, começamos a ficar juntos, umas vezes em minha casa outras vezes em casa dela. Estava a mentir se dissesse que não tivemos bons momentos, porque tivemos, mas foi coisa que só durou perto de 3 meses. Havia carinho, compreensão havia tesão mas não havia amor e havia sempre a imagem do Daniel e da Sónia entre nós. Decidimos, para bem dos dois, terminar tudo, embora ficamos amigos e continuamos a falar mas só isso mais nada. Acho que já disse num dos primeiros contos que só escrevi agora porque alguém me incentivou a fazê-lo, alguém que não quer que eu esqueça a Marta, nem a Sónia, alguém que não me julga, alguém que tem sido muito cúmplice comigo e me tem feito muito feliz. É a história de como nos conhecemos que vou relatar no próximo conto… Continua…
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