Com o corpo coberto apenas por um casaco Catarina saiu agarrada em meu braço rumando para um destino que apenas eu conhecia; entrei no carro alugado e dirigi por algum tempo saindo de Londres pegando uma rodovia até chegar em uma pequena cidade da região metropolitana onde verifiquei um hotel discreto com um gerente que não fazia muitas perguntas; Catarina não conseguia controlar o riso questionando quem fora dos círculos eruditos das grandes cidades conheceria uma bailarina estrangeira acompanhada por um homem que mais parecia ser seu agente; não resisti ao ímpeto de quase gargalhar ao ouvir aquele comentário jocoso.
No interior do quarto repleto de detalhes que guardavam um pouco de história Catarina livrou-se do casaco e veio até mim passando a me ajudar a tirar as roupas; eu não conseguia disfarçar meu acanhamento em exibir minha nudez madura diante dos olhinhos cintilantes de minha amada bailarina que ao me ver despido não conteve uma expressão de regozijo que me deixou espantado. “Você é um homem adorável! Lindo e delicado! …, quero que saiba que não serás o primeiro por conta de uma experiência traumática no curso de minha adolescência, mas quero que tenha certeza de que serás o primeiro não apenas em meu corpo, mas principalmente em minha alma!”, declarou ela com tom fervoroso e dotado de uma sinceridade inequívoca.
Nos abraçamos entre beijos e carícias sem fim e quando fomos para a cama Catarina veio sobre mim ficando de cócoras e pedindo que eu mantivesse meu membro preparado para ser engolido por sua vulva ao que obedeci com indescritível ansiedade; lentamente ela desceu sobre ele e quando senti os lábios da fêmea roçando minha glande fui tomado por incontroláveis arrepios que faziam meu corpo tremelicar com a respiração tornando mais arfante; em pouco tempo Catarina havia agasalhado meu membro com sua vulva quente e úmida permanecendo imóvel enquanto fitava meu rosto exibindo um lindo sorriso. E após apoiar suas mãos sobre meu peito, ela não perdeu tempo e iniciar movimentos pélvicos com o apoio de sua cintura hábil passando então a aplicar o mais doce dos castigos que um homem pode desejar.
Com a voz embargada ela suplicou para que eu saboreasse seus mamilos que ainda segundo ela estavam ansiosos por serem desfrutados pela boca de seu homem; a cópula ganhou contornos alucinantes e nossos corpos pareciam usufruir de uma cumplicidade ancestral, como se ambos tivessem vontade própria relembrando outros tempos em que conspiraram em favor de nossas almas em um encontro carnal inesquecível. Catarina movia-se sobre mim com uma destreza que me levava ao delírio tal era o sentimento de realização somado ao prazer proporcionado; copulamos tão intensamente que eu próprio me surpreendi com meu desempenho, já que a idade e a fisiologia pesavam em meu desfavor.
No momento em que minha bailarina experimentou uma sucessão orgásmica tão veemente que a fazia gemer e gritar, eu me senti recompensado na plenitude e depois de apreciar o doce sabor de seus mamilos por mais algum tempo, segurei-a pela cintura fazendo com que erigisse o corpo passando a conduzir os movimentos de sobe e desce com extremo vigor, mas também com apurado desvelo propiciando que Catarina experimentasse uma nova onda de orgasmos sacudindo seu corpo e fazendo com que ele estremecesse com docilidade; muito embora o suor prorrompesse por todos os nossos poros e nossas respirações mostravam-se arfantes, não víamos nenhuma possibilidade de interromper aquele momento mágico fosse por qualquer razão.
Agindo instintivamente mantive Catarina enlaçada em meus braços e girei o corpo sobre a cama mudando para uma posição mais tradicional; ela me olhou no fundo dos olhos e sorriu como se meu gesto fosse algo que ela aguardasse com ansiedade. "Vem, meu amor! Faça-me tua por inteiro, sem limites! Faça de mim uma mulher feliz ao lado de seu homem!", murmurava ela enquanto eu projetava minha pélvis e cintura para frente e para trás com movimentos vigorosos que faziam o corpo de Catarina chacoalhar ao mesmo tempo em que lhe concedia uma nova onda orgásmica.
E quando ela murmurou suplicando pelo meu gozo eu fui arrebatado por um furor alucinante intensificando ainda mais meus movimentos que culminaram em uma estupenda capitulação fazendo meu gozo jorrar inundando as entranhas de Catarina cuja reação foi veemente contorcendo-se, gemendo e suspirando me chamando de seu amor. Exaurido desabei sobre ela que me enlaçou com seus braços e pernas sussurrando juras de amor em meu ouvido. Usufruindo de uma cumplicidade única e especial cochilamos por algum tempo sendo que fui acordado pelos beijos de minha Catarina dizendo o quanto me amava. Pelo resto da noite conspiramos nosso desejo copulando por mais de uma vez nos tornando plenos e realizados.
A partir daquele dia eu a minha bailarina desfrutávamos de todas as oportunidades para ficarmos juntos usufruindo de nossos corpos ardentes; ao término de cada um dos espetáculos que seu agente promovia nos mais variados teatros pelo mundo, Catarina pedia que eu a acompanhasse mesmo com minha opção de permanecer longe dos holofotes; entretanto ao fim da apresentação íamos para o camarim e assim que entrávamos ela se punha nua clamando por mim; logo como dois jovens inconsequentes e incontroláveis nos entregávamos ao desejo ardente que fervilhava dentro de nós; por mais de uma vez Catarina fez questão de me presentear com algo surpreendente e antes de qualquer coisa ela se punha de joelhos passando a saborear meu membro com um esmero estonteante.
E não demorou para que também eu a premiasse pedindo que ela se sentasse de pernas abertas permitindo que eu mergulhasse meu rosto entre elas me apetecendo de sua vulva sempre quente e molhada; nessas situações contávamos com o fiel apoio do agente que cuidava de afastar, nem que fosse momentaneamente, jornalistas, admiradores e curiosos. Nessa época convoquei meus advogados instruindo-os a preparar meu testamento em vida; deixei claro que metade da fortuna que herdara de meu pai fosse destinada à fundação que eu próprio instituíra há alguns anos e que se destinava a acolher e estimular jovens talentos artísticos; a outra metade iria para um fundo administrado pelo Banco que meu pai ajudara a fundar e deveria ser destinado exclusivamente a assegurar o futuro e o bem-estar de Catarina.
Decidi também que ela somente saberia disso no momento em que julgasse adequado e caso algum infortúnio viesse a acontecer ela receberia um comunicado do próprio Banco. Com essas decisões tomadas segui minha vida ao lado da mulher que transformara minha vida em uma experiência exultante e inspiradora; eu não me cansava de estar ao lado de Catarina e a recíproca era verdadeira. Uma noite fomos jantar em um restaurante badalado e fui tomado por certo constrangimento quando alguns clientes reconhecendo a bailarina mais famosa do momento acorreram à nossa mesa pedindo autógrafos; ensaiei uma retirada discreta, porém fui impedido por Catarina que se colocou ao meu lado preparando algo inesperado.
Prendendo meu braço entre os dela minha Catarina declarou seu amor incondicional por mim afirmando que, finalmente, encontrara o homem de sua vida; em resposta recebemos uma efusiva salva de palmas eufóricas com gritos de viva e assobios; pouco depois ela pediu que pudéssemos desfrutar de uma refeição e que respeitassem a nossa privacidade; o que se seguiu foi algo inacreditável, pois as pessoas acenaram retirando-se para suas mesas e agindo como se nada tivesse acontecido. No caminho de volta para o hotel ela me perguntou hesitante se eu havia gostado de sua iniciativa; eu estacionei o carro me voltando para ela; segurei seu queixo e beijei seus lábios com carinho antes de responder.
-Acredito que por mais que eu me esforçasse conseguiria uma declaração tão doce e verdadeira assim como não angariaria o respeito de todos os comensais presentes – respondi com tom carregado da ternura que Catarina despertava em mim.
Já em nosso quarto com sacada ficamos nus e nos demos o direito de apreciar uma belíssima lua brilhando imponente no firmamento como se estivesse ali apenas para selar nossa união; trocávamos beijos e carícias que não demoraram a nos conduzir para a cama onde copulamos até o amanhecer.
De volta da mais recente turnê levei Catarina para conhecer um lugar; como eu não tinha vocação para rodeios apresentei a ela nosso novo lar: uma cobertura finamente decorada situada em um condomínio exclusivo com tudo feito para atender ao seu gosto; Catarina não conseguiu conter o choro descontrolado quando sugeri que ali poderia ser o lar de nossos filhos. “Eu …, eu …, não posso …, eu não posso …,te dar filhos!”, exclamou ela tomada por uma tristeza infinita; sem pensar tomei-a em meus braços procurando amenizar sua dor e afirmando que ela era a pessoa mais importante de minha vida e nada mais tinha relevância depois que a conheci; Catarina me fitou e sorriu ainda com lágrimas escorrendo pelo seu lindo rosto. Em respeito a sua dor não pedi detalhes sobre o motivo de sua afirmação e esperei que ela própria decidisse o momento certo para fazê-lo.
Algumas noites depois estávamos nos preparando para dormir quando ela surgiu vinda do banheiro exibindo sua nudez sempre estonteante aos meus olhos que jamais cansavam de admirá-la. “Venha, meu amor! Quero que faça algo para mim …, quero ser currada! …, mas quero que seja compreensivo e carinhoso!”, pediu ela com tom suplicante pondo-se de quatro sobre a cama, enfiando o rosto em um travesseiro e empinando seu lindo traseiro; mesmo aturdido com o pedido fui até ela separando suas nádegas e passando a linguar o rego fazendo-a gemer de desejo; em pouco tempo experimentávamos um meia nove lascivo retomando a posição anterior; beijei suas nádegas, pincelei o rego e arremeti em estocadas cadenciadas não demorando em obter o êxito almejado.
Catarina soltou um gemido abafado, porém não recuou insistindo que eu prosseguisse; pouco a pouco introduzi o membro naquele selinho laceado e ao final mantive a posição permitindo que ela se acostumasse com o bruto alargando suas carnes e a seguir iniciei uma sequência de movimentos contundentes intervalando com momentos mais lentos procurando dar a Catarina exatamente o que me pedira; no início o quarto estava envolto por gemidos estridentes testificando que a cópula anal causava mais dor que prazer. Pensei seriamente na possibilidade e voltar atrás e libertar minha amada de um martírio insolente.
Todavia, após um excruciante período em que se ouvia apenas gemidos e lamúrias ainda mais dolorosos, notei que estes foram se dissipando aos poucos, dando lugar a gemidos veementes que certificavam o prazer suprimindo a dor; pouco antes que eu anunciasse a proximidade de meu clímax gemidos mais tensos indicavam que minha bailarina havia obtido um gozo anal, descoberta que intensificou meu ímpeto resultando em um gozo vibrante e caudaloso.
Com o suor prorrompendo por todos os nossos poros permanecíamos engatados experimentando pequenas ondas de prazer que ainda vibravam em nossos corpos. Com o mesmo cuidado de antes saquei meu membro que apresentava um enrijecimento tardio e pude ouvir com nitidez minha Catarina choramingando abafado com se corpo tremelicando no mesmo ritmo do choro; sem perda de tempo eu a tomei entre meus braços e apertei-a carinhosamente confortando seus sentimentos e me declarando como seu eterno protetor assegurando que jamais ela voltaria a chorar enquanto eu vivesse. E foi nesse momento entre lágrimas copiosas e soluços engasgados que ela decidiu me revelar algo que a afligia desde sempre.
Catarina se esforçando para conter o pranto contou-me que desde jovem sempre nutriu a paixão pelo balé por inspiração de sua mãe que falecera precocemente, mas que em sua casa as prioridades eram outras; seu pai era um homem bruto e embrutecido pela vida que frequentemente agredia sua segunda esposa e o enteado ao mesmo tempo que tratava a filha com um carinho incomum; via nela a imagem da sua falecida esposa e chegava a chorar de tristeza; com ajuda de pessoas influentes e as escondidas do pai, Catarina que já praticava balé desde a tenra infância sob a proteção da madrasta conseguiu uma bolsa para uma renomada escola da região. Tudo ia bem e Catarina estava próxima da maioridade o que lhe permitiria mais liberdade de escolha, mas por um evento ingrato seu pai ficara sabendo do que faziam em suas costas e mostrou seu lado obscuro; depois de expulsar a mulher e o enteado voltou-se contra ela e uma noite, depois de destruir suas vestimentas de dança, o sujeito veio para cima dela e impiedosamente a deflorou com requintes de crueldade.
Depois disso ele a manteve aprisionada transformando a casa em um cativeiro. Com o passar do tempo Catarina tornou-se insensível aos ataques do pai fechando os olhos e pensando em sua mãe. Não contente com o que fazia o pai não poupou esforços em currar a filha causando um trauma físico e mental que ela jamais conseguira superar; muitas semanas depois ela foi resgatada pela madrasta que a levou embora para que nunca mais seu pai a encontrasse; tempos depois em uma consulta de rotina ela ficou sabendo que não poderia ter filhos por conta de um dano fisiológico irreparável.
“Por isso eu te fiz esse pedido …, queria me libertar do trauma e você, mais uma vez, provou ser o homem de minha vida!”, arrematou ela com tom embargado; após ouvir aquele relato triste e emocionante apertei-a ainda mais contra meu corpo prometendo que nunca mais alguém lhe faria mal. Naquela noite dormimos agarrados e vez por outra ela acordava me fitando como se quisesse confirmar que não estava sozinha. Aquela conversa nos tornou ainda mais arraigados com uma cumplicidade que se revelava em olhares e gestos. Semanas depois estávamos em casa assistindo a um vídeo de sua última apresentação e Catarina mostrava-se excitada chegando a bolinar minha virilha despertando meu membro.
Repentinamente ela se pôs de joelhos entre as minhas pernas abrindo minha calça até libertar o bruto que saltou rijo e pulsante; Catarina o segurou com firmeza pela base e começou a dar lambidas como se saboreasse um picolé delicioso sempre fitando minhas expressões com um sorrisinho sapeca; e sem qualquer aviso ela o tomou em sua boca sugando com desmedida voracidade provocando sensações que até então eu jamais experimentara em minha vida com aquela dedicação. Fiquei extasiado com o gesto e desfrutei dele até o instante em que a tomei no colo levando-a para o quarto onde a despi carinhosamente pedindo que se deitasse e vindo a cobri-la com meu corpo penetrando sua vulva quente e molhada iniciando uma cópula fervorosa com Catarina proferindo juras de desejo entrecortadas por seus deliciosos gemidos e suspiros que ao final culminou em um ápice inaudito. Naquela noite de uma maneira inexplicavelmente alucinante eu e minha bailarina copulamos por mais de uma vez e antes de adormecermos disse a ela que era eu o macho mais feliz da terra, arrancando mais um doce sorriso daquele rostinho angelical.
Uma tarde nos separamos, pois ela tinha a pretensão de fazer algumas compras prometendo que me encontraria mais a noitinha; cheguei em casa e não a encontrei; liguei para seu celular, porém ele parecia desligado; já estava tomado de desespero quando o agente me ligou pedindo que eu comparecesse em um endereço que lhe fora noticiado pela polícia; cheguei ao local que se tratava de um hotel decadente e ao subir as escadas dei com policiais e não pude crer no que via: o corpo de minha bailarina jazia inerte sobre o chão de madeira. Tomado por um desespero incontido não fui capaz de pensar e somente dei conta do que aconteceu quando um policial me inteirou dos fatos; embora eles não soubessem que fora o autor daquela atrocidade, eu sabia!
Com o ódio crescendo como erva daninha em meu ser contratei um investigador particular que não demorou a encontrar o pai de Catarina; confesso que poderia pagar para que alguém o eliminasse, porém desejei fazer isso com as próprias mãos. Aguardei o momento certo, fiz uma boa tocaia com a ajuda do investigador e acabei com a vida daquele monstro fazendo questão de fitar seu rosto crispado enquanto agonizava. Infelizmente meu ato não resultou em alento para meu coração porque a luz da minha vida se apagara para sempre. Durante um período que eu não soube discernir adormeci chorando a ausência de minha linda bailarina com a certeza de que minha vida seria para sempre um eterno e enorme vazio. Um dia caminhando a esmo pela cidade fui abordado por uma senhora muito idosa já curvada pelo peso dos anos que trazia nas mãos uma rosa branca. “Tome! É para você …, a menina me pediu que dissesse a você para seguir sua vida …, ela não quer tua tristeza, pois tua tristeza é a dela!”, disse a mulher que se afastou sem esperar que eu me recuperasse do choque.
Dias depois encontrei uma doce lembrança de minha bailarina: uma foto sua com dedicatória para mim; mirei o sorriso na foto e me senti tomado pela plenitude mesmo diante da dolorosa ausência de Catarina ao meu lado!