O desejo da carne

Meu nome é Sérgio, sou negro com um corpo tipo normal, uma saliência abdominal bom físico forjado no trabalho, bonito não, porém muito simpático, gosto uma boa conversa, adoro filmes e séries passo um dia maratonando que nem percebo.
Recentemente fui contratado por uma empresa no ramo de comércio atacadista e fomos para matriz no estado do Rio de Janeiro, ficamos uma semana fazendo integração e treinamento, foi um total de 25 funcionários no micro-ônibus da empresa. Estou eu acomodado em minha poltrona distraído quando ouço uma voz conhecida.
- Nossa!! não acredito.- quando olho reconheço de imediato a locutora , a moça da padaria. – Irmão não esperava te encontrar aqui. Disse ela surpresa.
É claro que meu coração acelerou diante da pessoa, Karina era uma mulher que me chamava muito a atenção e pela primeira vez pude apreciar a beleza que era seu rosto com o cabelo castanho solto. Em pé a minha frente segurando na poltrona, ela exibia seu corpo de formas perfeitas, seu rosto miúdo de traços delicados com várias sardas na maçã, a camiseta com um tecido fino e com uma gola que não sei descrever mas revelava parte do busto sem chegar nos seios e uma saia longa que ia até o joelhos, aquela que era quase padrão das evangélicas e formato era solto, marcava um pouco o quadril sem revelar suas formas.
- Posso me sentar com você? – ela pergunta e claro que concordei não antes de notar seu rosto ficar rosado.
Conversamos muito, ela me explicou que optou por sair da padaria da família pois queria seguir algo diferente na vida profissional , queria se colocar a prova, durante a longa viagem acabou se aconchegando em mim durante seu sono e ficou toda desconsertada ao perceber que estava dormindo escorada no meu ombro, mais uma vez a vi corar e lembrei que era comum ela ficar assim quando me via, mas eu sabia que eu causava isso por causa do meu jeito de a olhar, outra coisa que foi nítido era sua mão apertando o joelho vez ou outra, então cheguei a conclusão de que ela estava nervosa.
- Está tudo bem?- perguntei e ela respondeu que sim mas novamente corou.
- Sabe irmão na verdade não está tudo bem, as vezes você me causa um certo nervosismo.- resolve responder.
- Mas porque isso? – perguntei mesmo já sabendo a resposta
- Deixa pra lá – me responde fugindo do assunto
Ficamos mudos e acabamos adormecendo , horas depois chegamos ao hotel em que ficaríamos, os quartos foram separados por dupla e houve separação de gênero. Primeiro dia foi uma integração e fomos também conhecendo os colegas de trabalho, na hora do almoço Karina e sua colega de quarto sentaram na mesma mesa que eu, logo depois chegou Renato meu colega de quarto, conversa vai conversa vem e logo pinta um clima entre Renato e Julia a colega de Karina. O dia foi regado a palestras e mais palestras, mas todos já estavam bem entrosados uma turma resolve sair pra conhecer a região mas acabaram a metade num bar local, eu acabei fazendo companhia a Karina que era evangélica e não quis ir ao bar, a noite estava quente aí achamos uma sorveteria onde encontramos mais três pessoas do nosso grupo assim tomamos um sorvete, brincamos e rimos, mais tarde retornamos para o hotel.
Já era tarde quase uma da manhã ouso alguém batendo na porta, ao ascender a luz noto que Renato não está, ao olhar no olho mágico vejo Karina com uma expressão seria, abro a porta e ela entra brava.
- Misericórdia, que prova irmão, povo sem respeito- dizia Karina, cuspindo marimbondos
Depois mais calma ela me diz que acordou com a Júlia e o Renato transando e nem se importaram com ela e perguntou-me se podia ficar lá porque não dava pra dormir ouvindo a gemedeira e o cheiro de álcool dos dois.
- Não terá problema pra você? Por mim tá tranquilo – falei
- Nem de longe estará certo irmão, mas é melhor do que àquilo.
Seu rosto ruborizou ao cair em si estava com uma camisola bem confortável e discreta de algodão, mas o tecido era bem leve, eu estava apenas com um shorts de dormir que era na verdade uma samba- canção, o constrangimento foi nítido disfarçamos e fomos deitar.
- Sérgio, obrigado – disse Karina olhando pra mim na cama do outro lado do quarto.
- Pelo que? Respondi
- Por me respeitar e não fazer graça.
- Eu posso mudar de ideia – brinquei
- Eu sei disso – me afirma ela
- Como assim você sabe – respondi fingindo estar indignado.
- Sabe porque você me deixa nervosa? Me perguntou, mas em seguida respondendo sem esperar que eu dissesse alguma coisa – O jeito que você me olha.
- E como é? – fiz o sonso
- Quando você me olha parece que está me analisando, cada pedacinho meu que estiver ao alcance de seus olhos são observados, mas o que me encabula é que tem duas partes que você olha mais- ao falar isso Karina corou novamente
- Não acho não, apesar de você ser muito gata mas acho que não é pra tanto- falei e sorri.
- Quem você quer enganar? Mas o que me deixa nervosa é que seu olhar é carregado de muito desejo, sabe um dia enquanto pegava pão pra você te vi me olhando pelo reflexo do vidro e nem meu marido me olha assim e nunca olhou, parecia um predador olhando a caça depois de dias sem comer- fez uma pausa, percebi seus punho serrando seu olhar ficou baixo evitando olhar pra mim.
- Isso te deixa nervosa eu sei, eu percebi quando começou a evitar olhar pra mim, por isso tentei me controlar.- De fato tentei, não sou um cara discreto no que se diz ao quesito olhar.
- Eu sei que evitou, eu senti falta, eu esperava você vir comprar seus seis pães francês e três pães de leite, as vezes a gente conversava alguma coisa mas eu queria seu olhar.- Ao pronunciar essas palavras morde discretamente o lábio inferior e olha para baixo.
- Mas você é casada porque isso? Porque esperava meu olhar? Perguntei.
- Em seis anos de casada nunca vi meu marido me olhar assim, sempre me olhou e tratou com respeito, é atencioso, responsável e um servo de Deus fiel, mas é muito resistente a carne. Mesmo eu sendo evangélica eu tenho desejos, tenho vontades e fantasias e seu olhar me desperta tudo isso, faz meu corpo esquentar, todo meu corpo esquentar, eu me sinto desejada com vontade de ser tomada pelos braços, ser levada pra cama e ser devorada por um macho faminto pelo meu corpo.- Eu ouvi tudo aquilo e fiquei sem ter o que falar, eu só tive vontade de fazer o que ela desejava, mas tinha que respeita-la, sua fala mais parecia um desabafo do que uma declaração.
- Mas meu marido nunca me olhou assim, o sexo não acontece com frequência e quando acontece ele se comporta como se estivesse pecando. Olha eu sei que você não é evangélico, mas percebi que quando te chamo de irmão você evita olhar pra mim, isso facilita muito as coisas.
O silêncio toma conta do quarto, eu me sento na cama de solteiro que fica paralela a que ela estava deitada, a gente se olha e percebo que ela respira fundo e se senta também, não consigo evitar e devoro ela com o olhar, parte de mim quer atacar e devorar aquela mulher e suprir sua carência, mas a outra parte quer respeitar sua integridade.
- Tenho medo – ela diz
- Te abraçar já seria mais do que mereço, o que vier em seguida será sua vontade, não precisa ter medo.- tranquilizei-a
- Promete que vai respeitar o meu tempo?
Era complicado seu pedido, qualquer um na minha situação já teria partido pro ataque, mas eu entendia que pra ela já era complicado estar entre quatro paredes com um homem que não era seu marido, sinal que seus desejos já dominavam suas ações, já estava falando com a boca de baixo, mas eu tinha que ser esperto e não forçar a barra pois a linha que separava as opções era fina demais, a situação era ou começava um relacionamento ou acabava uma amizade.
Fiquei em pé na sua frente e estendi a mão, ela foi receptiva e segurou colocando-se de pé e ficamos frente a frente, eram seus olhos que me demoravam agora seu foco era meu membro que dava sinal de vida marcando o tecido do samba-canção, toquei levemente em sua cintura e esperei sua reação que foi a de me encarar, estávamos tão perto que podia sentir seu hálito quente com o que restava do cheiro mentolado do creme dental, sua respiração estava funda e acelerada, sua resistência era nula, encostei minha testa na dela e sussurrei.- Oque acontecer será no seu tempo.
A resposta foi um selinho tímido porém demorado, aos poucos se transformou em beijo, sua língua estava perdida em sua boca e sem ser brusco a encontrei com a minha, segurando sua cintura agora com as duas mãos forcei com gentileza o encontro de nossos corpos, um gemidos foi sua resposta, sinto meu pênis pulsar prensado em sua pélvis então, com as duas mãos seguro firme suas nádegas carnuda e aperto puxando seu corpo pra mim.
- Ah misericórdia meu Deus – falou sussurrando.
Senti suas mãos alisando minhas costas, subi vagarosamente sua camisola e continuei quando não vi resistência, quando cheguei perto da costela ela levanta os braços para que eu a dispa por completo, não pude deixar de vislumbrar aquela imagem linda, aquela pele alva, os seios ainda firmes mesmo depois de amamentar, até mesmo algumas estrias não tiravam a beleza daquele corpo. A beijo novamente mas dessa vez início uma descida lenta desfrutando cada pedacinho de seu corpo chupando devagar pra não marcar, círculo a língua em suas auréola a fazendo gemer baixinho enquanto discretamente tenta baixar meu calção de dormir, sinto o toque quente de sua mão no meu pênis que pulsa de alegria, continuo minha descida e chego a seu umbigo, brinco com ele o suficiente para tirar sua calcinha, ao sentir seu corpo tremendo a deito na cama.
Deitada com as pernas semiabertas sua intimidade bem lubrificada me convidavam à possuir
- Vem, eu quero, eu quero você em mim.
A respondi beijando seus pé, alternando entre um e outro e fui subindo, a cada beijo um gemido baixinho até minha primeira lambida em sua gruta começando do períneo invadindo seus lábios vaginais e terminando com uma leve chupada no clitóris, um gemido intenso, seus dedos emaranhados em meus cabelos e um pedido foram as respostas que recebi.
- Ahhh é muito bom, faz mais, faz mais irmão – instintivamente mexe seu quadril implorando minha língua em sua bucetinha cheirosa.
A todo tempo ela repetia como era bom e pedia mais, explorei suas partes quentes, lambi suas virilhas, chupei seus lábios e a vulva, passeei com a língua na fenda e quando seus movimentos aumentaram acompanhados de leves tremores dei uma atenção especial em seu clitóris provocando seu primeiro orgasmo no qual não conseguiu se contém gemendo muito alto.
- Meu deus! Isso é sexo oral? Porque nunca recebi isso antes? – ofegante Karina fez essas perguntas a si mesma maravilhada pela chupada que recebeu.
Subi por cima dela e a beijei gulosamente a deixando sem fôlego. Após o beijo lambe seus lábios saboreando o seu gosto que estava em minha boca, não teve nojo e me beija de novo mas dessa vez sua mão vai até meu pau e o posiciona na entrada de sua vagina, sentir aquela buceta quente e úmida engolir meu pau foi maravilhoso, ela emite um gemido prazeroso e segurando minha cabeça olha fixamente em meus olhos, seu olhar não era mais tímido, não tinha culpa nem medo, parecia outra mulher, estava faminta, decidida e cheia de desejos.
- Se for pra sentir culpa, quero que seja por um bom motivo e não quero me arrepender- Karina dizia essas palavras e eu não tinha certeza se era pra mim ou pra ela mesma, mas suas palavras seguintes foram bem direcionadas a mim.
- Me come irmão, me come como meu marido nunca comeu, me faz mulher na cama como nunca fui, me devora como você deseja, aqui e agora sou tua.
Continua...



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Ficha do conto

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Nome do conto:
O desejo da carne

Codigo do conto:
214418

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
04/06/2024

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