— Aqui a gente pode ser quem quiser, Rafael. Podemos nos beijar, dançar juntos, e ninguém vai ligar — ele disse, apertando minha mão com firmeza.
Olhei ao redor, ainda tentando processar tudo o que via. A fila estava cheia de gente vibrante, com roupas ousadas, muitos risos e conversas animadas. Era como se eu estivesse entrando em outro mundo, um que nunca tinha imaginado, e tudo isso era uma grande novidade para mim.
Logo na fila, encontramos um grupo de amigos do Bernardo. Ele me apresentou a eles: dois garotos e uma garota. Luís Ricardo e Danilo formavam um casal, e Priscila parecia ser a mais extrovertida, com um sorriso contagiante. Todos estavam muito bem vestidos, roupas justas, estampas vibrantes, e, claro, uma confiança que quase me deixava intimidado. Me apresentei meio sem jeito, ainda tentando assimilar tudo ao meu redor.
Depois de um tempo na fila, finalmente entramos. Assim que cruzamos a porta, fui atingido pela música alta que fazia o chão tremer, uma batida forte e envolvente que parecia dominar o ambiente. A boate estava mergulhada em escuridão, com luzes coloridas que piscavam a cada batida da música. Havia fumaça no ar, dando um clima de mistério, enquanto pessoas dançavam, se beijavam e pareciam não se importar com nada além do momento. Era algo surreal para mim, que nunca tinha visto nada igual.
Olhei em volta, tentando absorver cada detalhe. A fumaça subia e descia, misturando-se com as luzes que cortavam o ar, iluminando corpos que dançavam de maneira solta e despreocupada. Parecia que todos ali estavam em sintonia com a música, como se o mundo exterior não existisse. Vi casais se beijando sem nenhuma preocupação, corpos suados se movendo no ritmo da música, e pela primeira vez, senti como se realmente pudesse ser quem eu quisesse, sem medo de julgamento.
— Quer beber alguma coisa? — Bernardo perguntou, me puxando pela mão. Eu ainda estava meio atordoado com tudo, mas balancei a cabeça em afirmação.
Fomos até o bar, e enquanto esperávamos nossas bebidas, Bernardo me beijava com uma naturalidade que só fez meu coração disparar mais. O toque dele era reconfortante, e estar de mãos dadas com ele naquele ambiente, onde ninguém nos olhava torto, era libertador. Pegamos as bebidas e começamos a dançar. A música parecia nos guiar, e eu me perdi nos olhos de Bernardo, que brilhavam sob as luzes coloridas.
Os amigos dele eram legais. Dançavam perto da gente e vez ou outra vinham conversar. No entanto, não pude deixar de notar que Luís Ricardo me olhava de um jeito estranho. Não sabia dizer se era com desejo ou se estava me julgando, mas decidi ignorar aquilo. Afinal, eu estava ali com o Bernardo, e era isso que importava.
— Você tá se divertindo? — ele perguntou, com um sorriso despreocupado.
— Muito — respondi, sorrindo de volta. — Tudo isso é novo pra mim, mas eu tô adorando.
A noite passou num piscar de olhos. Bebemos, dançamos e nos beijamos como se o tempo não existisse. Quando o relógio já marcava quatro da manhã, Bernardo pediu um Uber. O álcool no sangue nos deixava mais soltos, e no caminho de volta, dentro do carro, a mão de Bernardo começou a percorrer meu corpo de forma mais ousada, me deixando cada vez mais quente e excitado, olhei para ele com um olhar de medo, mas o Bernardo continuou pegando no meu pau, que não demorou e estava duro feito pedra. Puxei ele para um beijo rapidamente pra tentar conter sua mão boba porém foi em vão, a cada toque, o desejo aumentava. Ele sabia exatamente o que estava fazendo, e eu não via a hora de chegar em casa para podermos aproveitar o resto da noite de maneira ainda mais intensa.
Assim que chegamos em casa, Bernardo não perdeu tempo. Me puxou pela mão direto para o quarto, fechando a porta com uma pressa quase ansiosa. Eu o segui, ainda com o coração acelerado pelos acontecimentos da noite.
— E o Alyson? Não tem perigo dele aparecer? — perguntei, tentando me manter racional, mas era difícil diante do olhar intenso de Bernardo.
Ele riu suavemente, aquele sorriso confiante que sempre me deixava sem chão.
— Não se preocupa. Meu pai tem um sono bem pesado — ele respondeu, aproximando-se mais, seus dedos deslizando pelo meu braço de maneira suave.
Senti meu corpo arrepiar. Bernardo me puxou para perto, colando nossos corpos, e seus lábios encontraram os meus em um beijo quente, cheio de desejo. A energia entre nós parecia pulsar no ar, e o calor aumentava a cada toque, a cada respiração que compartilhávamos. Era como se o mundo fora do quarto não existisse.
Suas mãos começaram a explorar meu corpo com carinho, e cada toque despertava uma sensação nova. Enquanto nos beijávamos, nossas roupas foram saindo de cena de forma natural, quase como se desaparecessem. Nossos corpos se moviam em sincronia, o calor subindo entre nós. O beijo se intensificava, nossas respirações ficando mais rápidas, e a intimidade do momento se aprofundava a cada segundo.
O toque de Bernardo era ao mesmo tempo firme e gentil, e a forma como ele me olhava deixava claro o quanto ele também estava entregue àquele momento. Estávamos tão próximos, nossos corpos conectados, mas ao mesmo tempo havia uma leveza no que compartilhávamos. Não era só desejo, havia algo mais, o beijei com furia e vontade, e eu falei:
— Hoje não quero fazer amor, quero fuder você.
Seus olhos se arregalaram e o Bernardo abriu um sorriso malicioso, no qual foi um sinal verde para eu avançar, puxei sua cabeça em direção ao meu pau, onde ele não se fez de rogado e começou a me chupar com maestria, ele chupava e me olhava com um olhar de puta, e vez ou outra eu dava um tapa em sua cara, não aguentei muito tempo e joguei o Bernardo na cama, fiz ele ficar de quatro e comecei a pincelar meu pau no seu cú, cuspi no meu pau e comecei a meter de maneira mais frenética, não demorou e eu gozei dentro dele, quando terminei de gozar percebo que ele estava gozando sem tocar no seu pau. Caímos na cama ainda ofegantes, ele me envolveu em seus braços, e nos ajeitamos de conchinha. O calor do corpo dele contra o meu era reconfortante, e por mais que a vontade de transar novamente ainda estivesse presente, aquele momento de tranquilidade pós sexo trouxe um sentimento de paz.
O cansaço da noite começou a pesar, e logo nossos corpos relaxaram por completo. Adormeci sentindo a respiração calma de Bernardo em meu pescoço, enquanto nossos corpos permaneciam colados, cercados por uma sensação de cumplicidade e carinho que nunca tinha experimentado antes.
Acordei assustado por volta das 9h, e, ao perceber que Bernardo ainda dormia, vesti minhas roupas apressadamente e fui em direção ao meu quarto. O medo de que Alyson acordasse e notasse minha ausência era real, uma ansiedade comum de quem sentia estar fazendo algo às escondidas. Felizmente, não havia nenhuma mensagem dele, e parecia que ninguém havia notado minha ausência.
Tomei um banho rápido, e deitei na cama novamente, refletindo sobre tudo que tinha acontecido nos últimos dias. A capital estava me fazendo bem de uma forma que eu não esperava. Acabei adormecendo novamente, e só fui acordar por volta das 13h, quando Bernardo veio me despertar. Ele subiu na cama, sentou-se em cima de mim com um sorriso e me deu um beijo rápido, mandando que eu me levantasse logo.
— Vamos, preguiçoso! Meu pai vai fazer um churrasco na piscina hoje, e aproveitei chamei os meninos de ontem. A tarde vai ser boa! — disse ele, animado.
Levantei-me, escovei os dentes, tomei outro banho e vesti uma roupa simples. Quando desci, encontrei com Alyson na área de lazer, já preparando as coisas para o churrasco. Ele me cumprimentou com um sorriso tranquilo.
— E aí, como foi a noite? — perguntou ele casualmente.
— Foi muito boa, senhor Alyson — respondi, sorrindo de volta.
Conversamos sobre coisas banais enquanto ele organizava a churrasqueira, e logo me prontifiquei a ajudar.
— Precisa de ajuda? Sei um pouco de churrasco... — falei, tentando ser útil.
— Ótimo! Pode cuidar da carne enquanto eu termino de arrumar aqui — disse ele, satisfeito com a oferta.
Enquanto eu me ocupava com a churrasqueira, Bernardo arrumava a mesa com as comidas que traziam da cozinha. Não demorou muito para Danilo, Luís Ricardo e Priscila chegarem. Sentaram perto da piscina, e logo a conversa começou a fluir naturalmente.
Eu observava Luís Ricardo mais atentamente dessa vez. Ele tinha um corpo forte, definido, com músculos bem visíveis nos braços e abdômen. Estava vestindo uma sunga preta que destacava suas pernas torneadas e os ombros largos. O jeito que ele olhava para mim, com aqueles olhos escuros e penetrantes, me deixava inquieto. Havia algo no seu olhar que me intrigava — uma mistura de interesse e julgamento.
Durante a conversa na piscina, enquanto todos se divertiam, percebi Luís Ricardo me lançando olhares furtivos, como se estivesse me avaliando.
— E aí, Rafa, tá gostando da cidade? — perguntou Danilo, tentando puxar assunto.
— Tô, tô sim. Tudo é muito novo pra mim. O movimento, as pessoas, até as boates são... diferentes — respondi, rindo um pouco.
— E olha que você nem viu tudo ainda! — brincou Priscila, mergulhando os pés na água. — A cidade tem muita coisa legal pra te mostrar.
Enquanto a conversa seguia, eu ainda sentia o olhar de Luís Ricardo sobre mim, mas preferi ignorar, tentando manter a leveza da tarde. O sol estava forte, e todos estavam à vontade, rindo e conversandoQuando a noite chegou, Bernardo me convidou para dar uma volta pela cidade. Pegamos o carro e fomos até um restaurante, onde jantamos e trocamos alguns beijos discretos no caminho. Ele estava cansado, e confesso que eu também, então decidimos não ir para a balada naquela noite.
Ao voltar para casa, aproveitei para estudar um pouco. Peguei alguns livros e me sentei no quarto, mergulhando nos estudos até que Alyson apareceu na porta.
— E aí, não vão sair hoje? — perguntou ele, curioso.
— Não, o Bernardo tá cansado e eu também. Aproveitei pra estudar um pouco — respondi, apontando para os livros.
Ele sorriu, demonstrando orgulho.
— Que bom! Se precisar de alguma coisa, é só falar — disse ele antes de sair.
Ainda estudei por mais umas duas horas, antes de me organizar para dormir, satisfeito com o rumo que as coisas estavam tomando. Aquele sábado tinha sido tranquilo, e o tempo para pensar e estudar me fez bem.
Durante o domingo, tudo correu tranquilamente. Fomos almoçar em um restaurante de frente para o mar, e a comida era simplesmente deliciosa, diferente de qualquer coisa que eu já tinha experimentado antes. Claro que, como era de se esperar, tudo ali era uma novidade para mim — a vista incrível, o sabor dos pratos, o ambiente sofisticado. Depois do almoço, demos uma volta pela cidade, aproveitando o último dia antes de voltarmos para casa.
De volta à casa, eu e Bernardo passamos a tarde jogando videogame. Claro que, sempre que dava, trocávamos alguns beijos, aproveitando ao máximo cada momento juntos. No entanto, acabamos não tendo mais a chance de transar naquele domingo. Mesmo assim, o que havíamos vivido ao longo do final de semana tinha sido intenso e apaixonado. Já estava sentindo saudades dele, mesmo sem saber quando teríamos a oportunidade de nos reencontrar novamente.
Mais tarde, à noite, Alyson me avisou que viajaríamos logo cedo na segunda-feira. Antes de voltarmos para o Alto, ele precisava passar por algumas cidades para resolver compromissos, e provavelmente só chegaríamos no final do dia. Acordei cedo, como combinado, e antes de colocar minhas coisas no carro, mandei uma mensagem para Bernardo, agradecendo pela companhia e dizendo que já estava com saudades. Ele me respondeu com carinho, dizendo que também estava sentindo minha falta e que nos veríamos logo.
Durante a viagem, fui conversando com Alyson, o que ajudava a passar o tempo e evitar que o trajeto se tornasse cansativo. Descobrimos que tínhamos vários interesses em comum, o que tornava o diálogo fluido. A cada cidade que parávamos, ele resolvia um compromisso, e eu aproveitava para observar o movimento e o cotidiano diferente de cada lugar.
No entanto, na última cidade, Alyson demorou mais do que o esperado para resolver o que precisava. Quando ele finalmente terminou, já era noite, e ele, cansado, sugeriu que passássemos a noite ali, em um hotel, para seguir viagem apenas na manhã seguinte. Afinal, dirigir por mais oito horas até o Alto durante a noite seria perigoso, e ele já estava exausto.
Concordei prontamente, e fomos para um hotel. Ficamos apenas eu e ele no quarto, e me perguntei como seria passar aquela noite em quarto sozinho com o Alyson.
A viagem ainda não tinha acabado, mas algo dentro de mim sabia que, depois de tudo, muitas coisas em minha vida não seriam mais as mesmas.