GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [12] ~ VERDADE OU CONSEQUENCIA



O olhar do Sr. Alysson era algo surreal. Não sei explicar, mas senti uma vontade quase incontrolável de me jogar em seus braços. Era como se ele soubesse. Como se pudesse ler meu corpo e os pensamentos que fervilhavam dentro de mim. Eu estava na cozinha, enchendo um copo d’água, enquanto tentava me concentrar... mas tudo o que eu conseguia fazer era imaginar. A maneira como ele cruzava os braços, o tom grave da sua voz, o leve sorriso no canto dos lábios, e claro o pacote no meio de suas pernas que tinha um certo destaque, pois sua calça marcava bem. Era um homem maduro, com presença. Seus olhos varreram o ambiente, depois pararam em mim, demorados.
– Sozinho em casa hoje? — ele perguntou com um ar descontraído, mas havia algo nas entrelinhas.
– Sim... meus pais viajaram, meu irmão foi pra casa dos meus avós... — respondi, entregando o copo d’água. Nossas mãos se tocaram por um segundo, e senti um arrepio subir pela espinha. Ele bebeu devagar, sem desviar o olhar.
– Obrigado, garoto... é bom ver que ainda existem jovens educados por aí.
Antes que eu conseguisse responder, o interfone tocou, corri para atender e era o Luke que havia chegado. Por um momento, confesso que senti uma pontada de raiva. Ele tinha chegado antes da hora. Justo agora. Mas essa sensação logo se dissolveu, dando lugar ao alívio. A presença do Luke trazia paz, e me fazia lembrar de onde estava meu coração.
Alysson pegou o envelope, se despediu com um leve aceno e um “até mais”. No exato momento em que ele saía, cruzou com o Luke na porta. Eles trocaram um “boa tarde” breve, e o olhar de Luke foi curioso, mas ele não perguntou nada. Quando entrou, me abraçou e nos beijamos.
– Quem era aquele? — perguntou casualmente, enquanto deixava a mochila no sofá.
– Ah, só um cliente do meu pai, veio buscar uns documentos. Nada demais. — dei de ombros, tentando parecer natural.
Fomos para o meu quarto e, ali, matamos a saudade como dois adolescentes apaixonados e famintos de afeto. O mundo parecia distante enquanto estávamos juntos, trocamos beijos intensos, então eu disse:
– Você chegou muito cedo, e eu preparei algo, você não pode sair do quarto até que terminar tudo.
– E o que senhor babaca preparou?
– Surpresa, mas fiz algo especial para o meu namorado.
– Adoro quando você me chama de namorado sabia? — Ele então me puxou para um beijo
– E eu adoro quando você me beija assim, já te falaram que seu beijo é o melhor do mundo? – falei dando um selinho.
– Melhor que o da sua ex? – Ele falou abrindo um sorriso malicioso.
– É o melhor do mundo, já te disse.

Então novamente caímos em um beijo longo, e com calma, afinal tínhamos um final de semana inteiro só pra gente, queria transar com ele, mas iria esperar até terminar a surpresa, queria deixar a melhor parte pro final, então sai do quarto e disse que ele estava proibido de curiar a sala, ou de sair do quarto. Fui para cozinha e terminei de preparar o jantar e fui organizar a mesa, com as louças e uma pequena decoração que eu havia feito, acendi as velas e então fui no quarto e chamei o Luke, peguei ele pela mão, e levei para a sala, e finalmente revelei minha surpresa:
– Um jantar que preparei com todo carinho para o namorado mais lindo desse mundo.
– Você… fez tudo isso? — os olhos do Luke brilharam ao ver a mesa posta com pétalas de rosa, velas acesas e a louça preferida da minha mãe.
– Fiz. Não sei cozinhar muito, mas… quis fazer algo especial. A gente merece.
Servi uma massa ao molho branco com camarões, e na sobremesa uma torta holandesa que me deixou orgulhoso, durante o jantar, abrimos um vinho suave e brindamos.
– Ao nosso amor, mesmo que alguns tentem ignorar ele. — eu disse, erguendo a taça.
– Ao nosso amor. — ele repetiu, sorrindo.
Comemos entre risadas, histórias do dia a dia, lembranças e desejos pro futuro. Tudo ali parecia leve, simples e verdadeiro. Eu observava cada gesto dele com um carinho imenso — o modo como ele mexia nos fios do cabelo, o jeito como sorria meio tímido ao receber um elogio, depois, coloquei uma playlist suave no som da sala. Um forró lento e romântico.
– Me concede essa dança? — perguntei, estendendo a mão.
– Com prazer. — ele respondeu, pegando minha mão e se aproximando.
Dançamos ali, coladinhos, como se estivéssemos num filme. Minhas mãos envolviam sua cintura, enquanto as dele seguravam minha nuca e passavam pelas minhas costas. Ele encostou a cabeça no meu ombro, e eu fechei os olhos, sentindo a respiração dele no meu pescoço.
– Acho que nunca fui tão feliz. — ele murmurou baixinho.
Eu segurei seu rosto entre as mãos e o beijei com doçura. Era um beijo lento, profundo, cheio de sentimentos guardados.
– Você é tudo pra mim, Luke. Tudo. — falei, colado ao seu rosto.
– Você também… e essa noite está sendo perfeita.
Ficamos na sala por mais tempo, entre beijos, abraços, e o som tocando ao fundo. Nada era apressado. Era como se o tempo tivesse desacelerado só pra gente viver aquele momento sem pressa. A luz das velas lançava sombras dançantes nas paredes, e a presença dele ali, livre, leve, meu… era tudo que eu precisava, começamos a nos beijar de forma lenta, e pouco a pouco fomos tirando nossas roupas, primeiro tirei minha camisa, depois puxei ele para um outro beijo, e fui tirando a sua camisa, depois passei minha mão pelo seu corpo, e comecei a chupar seu peitoral, ora eu chupava ora passava a língua nos seus mamilos que era vermelhos, o Luke era bem branquinho, com alguns sinais, e era todo trincado, a essa altura já estávamos excitados, puxei ele para outro beijo, e agora fui tirando sua bermuda, e depois tirei a minha, agora éramos nós dois de cuecas, o beijo que estava lento a poucos segundos, começou a ficar mais intensos, nossos paus já estavam duro, e ficamos sarrando um pau no outro enquanto o beijo ficava mais intenso. Estávamos no chão da sala, deitado sobre o tapete, cada vez mais ele puxava seu corpo e queria sentir seu pau duro sobre o meu, ele passava a mão nas minhas costas, pegava na minha bunda, me beijava e sussurrava que era um gostoso, e eu respondia também sussurrando no seu ouvido, finalmente tirei sua cueca, e lá estava seu pau completamente duro e já babava bastante, olhei para ele com cara de safado, e então coloquei seu pau na minha boca e fui chupando lentamente, chupava, engolia o máximo, depois passava a língua na cabeça, chupava as bolas, depois chupava com muita intensidade e depois desacelerava, e chupava lentamente, tirei minha cueca e enquanto eu chupava seu pau tocava uma punheta em mim, ele então me puxou para um beijo e agora a gente sarrava um no outro sentindo o pau do outro, tínhamos tempo, então nada foi rápido como a gente transava na escola ou quando tinha nossos pais em casa, o Luke me puxou para um 69, agora enquanto eu chupava seu pau, ele chupava o meu, ficamos ali nos chupando por bastante tempo, até que finalmente chegou a hora, ele me olhou com um olhar de safado que só ele tinha, me deu um beijo e disse no meu ouvido: “Pronto pra ser minha putinha?” apenas dei um sorriso safado, e fiquei de quatro no tapete, ele deu um leva tapa na minha bunda, e depois apertou com bastante força, e disse que eu tinha uma bunda muito gostosa, que ele era viciado na minha bunda, ele cuspiu no seu pau, e então começou a me penetrar, foi metendo devagar e eu já comecei a gemer, sabia que estávamos sozinho, então aproveitei pra gemer sem medo, depois que entrou tudo, ele começou a bombar lentamente até que acelerou, a dor já havia sumido, e meu pau estava mais duro do que nunca, o Luke bombava com força, dava tapas na minha bunda, me chamava de gostoso, e eu rebolava na sua pica, ele ficou deitado então sentei no seu pau, meu cú já estava aberto então entrou fácil, comecei a cavalgar, subia e descia enquanto eu tocava uma punheta, e a gente trocava um olhar, aquele olhar de cumplicidade, aquele olhar que somente dois amantes tem, vez ou outra eu parava um pouco e beijava sua boca, e depois voltava a quicar no seu pau, ficamos assim por alguns minutos, e depois fomos para o sofá, ele me colocou de quatro e meteu em mim, até que gozou dentro, e eu gozei logo em seguidas jorrando vários jatos no sofá da minha mãe. Ele então pegou minha cabeça e fez lamber minha própria porra limpado o sofá, e depois me beijou sugando o que ainda tinha de porra na minha boca, a gente se olhou e abrimos um sorriso um para o outro, e então fomos tomar um banho juntos.

Depois de um banho rápido, a gente arrumou a bagunça da sala — e também a lambança que deixamos no sofá. Ríamos um do outro enquanto recolhíamos as almofadas caídas e apagávamos as velas já derretidas. Estava tudo tão leve, tão nosso.
Seguimos para o meu quarto. Escolhi um filme qualquer, daqueles que a gente finge que vai assistir, mas acaba prestando mais atenção em outras coisas. Deitados juntos, trocávamos beijos longos, carinhos distraídos, e vez ou outra nos pegávamos conversando sobre tudo e nada. Ríamos baixo, abraçados sob o cobertor. E assim, naquele silêncio confortável, adormecemos juntos. Na manhã seguinte, acordei antes do Luke e fui preparar um café caprichado pra ele — pão na chapa, suco, ovos mexidos e café forte. Quando ele apareceu na cozinha, com os olhos ainda sonolentos e o cabelo bagunçado, sorriu ao ver a mesa posta.
– Você tá querendo me mimar demais, hein? — disse ele, se aproximando e me dando um beijo na bochecha.
– Você merece.
Enquanto tomávamos café, ele teve uma ideia.
– E se a gente chamasse o Isaac e o Yan pra passar o dia aqui com a gente?
– Boa! Vamos animar esse sábado. — respondi, pegando o celular e mandando mensagem pros dois.
Pouco antes do almoço, eles chegaram. Yan já veio me ajudando na cozinha, enquanto o Luke e o Isaac se jogaram no videogame na sala. Entre risos e gritos da partida, vez ou outra eu e Yan dávamos uma escapada até a sala pra roubar um beijo dos nossos namorados. Era engraçado como tudo parecia se encaixar, como se aquele cenário fosse o mais natural do mundo. O almoço foi simples, mas feito com carinho. Depois, todos nós nos largamos na sala, jogados entre o sofá e o tapete, assistindo algo na TV. Em algum momento, eu e o Luke começamos a nos beijar ali no chão. Do sofá, Isaac e Yan também se entregavam aos beijos. A cena era íntima, mas leve. Quatro garotos descobrindo o amor, o desejo e o afeto — e se permitindo sentir.
O Luke, com aquele sorriso de quem sempre apronta alguma, parou o beijo e sugeriu:
– Que tal a gente tomar um vinho e jogar verdade ou consequência?
Yan foi o primeiro a responder, animado:
– Só se for agora!
Levantei, peguei uma garrafa de vinho na adega e algumas taças. Nos sentamos todos no chão da sala, em roda, com a garrafa ao centro. A brincadeira começou animada. A primeira rodada foi Yan para mim.
– Lucas… verdade ou consequência? — perguntou com um sorriso curioso.
– Verdade. — respondi, rindo.
– É verdade que o Luke é seu primeiro namorado?
Olhei pro Luke, que sorria com aquele ar bobo de apaixonado, e respondi com firmeza:
– Sim… é o primeiro. E espero que seja o único.
Todos fizeram aquele “awwwn” coletivo, e o Luke se inclinou pra me dar um beijo rápido.
– Seu bobo. — ele sussurrou no meu ouvido, sorrindo.
A garrafa girava devagar no centro da roda improvisada que fizemos no chão da sala. A luz do fim de tarde entrava pelas janelas e dava um tom dourado no ambiente, enquanto o vinho já deixava nossas bochechas mais coradas e as risadas mais soltas. O som baixo de uma playlist acústica tocava ao fundo. Estávamos os quatro ali, conectados por alguma coisa maior do que só aquela brincadeira.
A garrafa parou no Isaac, que apontou para o Luke.
– Verdade ou consequência?
– Vou de verdade. – disse Luke, bebendo mais um gole do vinho.
– O que você mais gostou no Lucas quando vocês se conheceram?
Luke me olhou e abriu um sorriso lento, daqueles que vêm do coração.
– Foi o jeito como ele me olhou… parecia que via através de mim, sabe? Eu nunca senti isso com ninguém. Ele não me julgava, não me escondia… e depois, claro, o beijo, apesar de que ele era um babaca, só andava com babacas, mas eu sabia que no fundo ele era uma boa pessoa, só que era difícil de eu admitir isso para mim mesmo.
Senti meu peito apertar. Aquelas palavras bateram fundo. Dei um beijo leve no ombro dele e a garrafa girou de novo.
Agora foi o Luke para o Yan.
– Verdade ou consequência?
– Consequência.
– Te desafio a fazer um body shot no Isaac. – disse o Luke, com um sorriso travesso.
Os dois se olharam e riram. Isaac já estava deitado de barriga pra cima no chão, ele tirou sua camisa e então o Yan pegou um pedaço de limão que estava na bandeja do vinho, colocou no canto da boca dele e jogou um pouco de vinho em seu abdômen. Então, de forma lenta, lambeu o vinho e pegou o limão com a boca, num beijo disfarçado. A gente aplaudiu, rindo alto.
– Esse casal tá querendo ganhar da gente. – brinquei, olhando pro Luke.
– Ah é? Espera a próxima rodada. – ele respondeu, piscando.
A garrafa girou mais uma vez e parou em mim. Luke sorriu.
– Verdade ou consequência, meu amor?
– Consequência – Falei abrindo um sorriso safado.
– Desafio você a lamber todo vinho que eu derramar no meu corpo.
– Só se for agora – Já falei animado

O Luke então tirou a camisa e o short, ficando só de cueca, ele derramou vinho na sua boca, de depois o vinho foi caindo pelo seu corpo, então comecei de baixo pra cima, pra evitar de manchar o tapete da sala, comecei pela cueca, e fui lambendo do abdômen até a sua boca, e quando cheguei em sua boca trocamos um beijo rápido. O Yan e Isaac deram um grito e falaram que seria difícil superar essa.
A garrafa seguiu girando. Agora foi minha vez de desafiar.
– Yan, verdade ou consequência?
– Verdade.
– Quando foi a primeira vez de vocês dois?
Yan olhou pro namorado e deu um sorriso tímido.
– Foi no banheiro da biblioteca da escola. – Ele falou ficando vermelho e tomando um gole de vinho.
Todos sorrimos. Estava sendo bom demais ouvir aquelas histórias, como se cada verdade fosse uma peça encaixando na história de cada um.
A garrafa girou de novo e caiu no Luke. Dessa vez, quem perguntou foi Isaac.
– Consequência.
Isaac olhou pro Yan, como se estivesse pedindo permissão, e então sugeriu:
– Quero ver você dar um beijo daqueles no Lucas… mas de olhos vendados.
Eu ri.
– Como assim?
– Fecha os olhos. Eu vou te vendar com esse pano aqui. – disse Isaac, pegando uma das camisetas largadas no sofá.
Luke aceitou. Vendado, veio até mim com as mãos tateando, e quando me encontrou, seus lábios acharam os meus como se soubessem o caminho de cor. O beijo foi lento, envolvente. Um silêncio se fez entre nós, até que os outros começaram a bater palma e rir.
– Nota dez, com certeza. – disse Yan.
Depois de mais algumas rodadas divertidas, algumas mais intensas, outras mais leves, como:
– “Qual foi o seu maior medo até hoje?”
– “Você já sonhou com alguém aqui na roda?”
– “Mostra a parte do corpo que você mais gosta em você.”
– “Descreve como seria a noite perfeita com seu namorado.”
– “Faz um elogio sincero a alguém da roda (não pode ser seu namorado).”
– “Quantos CM tem o pau do seu namorado”
– “Você é mais ativo ou mais passivo”
...a garrafa voltou a apontar pra mim. Era Luke quem ia me desafiar de novo.
– Agora, verdade ou consequência?
– Consequência. Tô pronto pra tudo.
Ele riu e se aproximou com o olhar meio provocador.
– Então… dança comigo. Aqui, agora sem roupa.
Todos os outros ficaram em silêncio. Eu fiquei olhando pra ele por um instante e então me levantei, estendendo a mão. Ele pegou. Fomos pro centro da sala, abaixei meu shorts e o Luke tirou sua cueca, já estávamos ambos de pau duro, e o Luke pediu pro Yan mudar a música. Uma canção lenta, romântica, começou a tocar. Não lembro qual era. Só lembro dele, do corpo dele junto ao meu. Dançamos ali, colados. A sala cheia de almofadas, luz baixa, o vinho ainda aberto, e nossos amigos assistindo, mas com respeito. Foi bonito, íntimo, sem vergonha, sem medo. Eu sentia o coração dele batendo junto ao meu. Em algum momento, nem percebi quando, minha mão subiu até o pescoço dele e o beijei de novo, devagar, com carinho.
Ao final da música, os outros dois aplaudiram.
– Acho que a gente perdeu essa rodada. – disse Yan, sorrindo.
A gente riu, e o clima da sala parecia envolto em uma aura de conforto, liberdade e afeto. A garrafa ficou ali, no centro da roda, esquecida por um tempo. Não tivemos vergonha de ficar pelado na frente dos nossos amigos, e logo eles fizeram o mesmo, e claro que reparei no pau deles, o Yan tinha um pau um pouco pequeno porém bem grosso e todo depilado, e o Isaac tinha um pau um pouco maior, e alguns pelos eles se beijaram, e depois tomamos mais vinho e seguimos brincando.
Éramos só nós. Quatro garotos descobrindo o amor — em suas diferentes formas, belezas e possibilidades. A garrafa girou de novo, e as perguntas e desafios foram ficando cada vez mais sexy, porém com aquele toque de curiosidade adolescente e risadinhas nervosas. À medida que o vinho ia descendo, os sorrisos aumentavam, os toques ficavam mais demorados, e o clima entre os quatro só crescia em cumplicidade.
Ali, naquele chão de sala, com os corpos próximos, as risadas fáceis e os beijos roubados, éramos só quatro garotos sendo livres. E felizes, o Luke começou a me comer na frente dos nossos amigos, e eles fizeram o mesmo, o Yan que era o ativo, e comeu o Isaac ali do nosso lado, eu estava concentrado no Luke, mas obviamente vez ou outra eu olhava para o outro casal, mas era só curiosidade mesmo. Quando terminamos ficamos conversando e eles perguntaram algumas coisas para gente, eles eram o primeiro um do outro, então eles não faziam muitas coisas, então como eu tinha um pouco mais de experiência e o Luke também, a gente deu algumas dicas e alguns toques, e eles adoraram, apesar de todo o clima sexy, e algumas trocas de olhares entre nosso amigos, não tive vontade de me juntar a eles, ou fazer uma troca de casal, e acredito que eles também, acho que nossa troca de olhar era mais curiosidade mesmo.
A noite pedimos uma pizza, e os meninos dormiram lá em casa. Passamos quase a madrugada toda conversando, rindo, jogando videogame e dividindo histórias. Eu não sabia ainda, mas ali estavam se formando meus novos melhores amigos — não só por um tempo, mas pro resto da vida. Como já falei antes, a amizade com os meninos era diferente da que eu tinha com os “babacas” dos meus antigos amigos. Com o Yan e o Isaac era tudo mais leve, mais verdadeiro. A gente podia ser quem era, sem medo, sem frescura, sem máscaras. Eles não eram apenas os nerds da escola — eram caras incríveis, com os corações abertos e cheios de personalidade.
Na manhã seguinte, meus pais voltariam por volta do almoço, então os meninos foram embora logo cedo. Eu e o Luke ficamos para organizar o apartamento. Limpamos tudo, tiramos o lixo, guardamos as coisas da noite anterior e deixamos tudo em ordem. Quando terminamos, fomos tomar um banho rápido. Já estávamos indo para a sala, ainda rindo de uma piada boba, quando ouvimos a porta se abrir. Era minha mãe e meu pai chegando.
– Boa tarde, meninos! Eita, que a casa tá limpa e cheirosa! Aposto que vocês bagunçaram tudo e deram uma tapeada agora de manhã – falou minha mãe num tom leve de brincadeira.
– Claro que não, tia – respondeu Luke, rindo. – A gente nem fez bagunça.
Meu pai nos olhou sério, o rosto fechado como sempre, e não disse uma palavra. Passou direto pela sala e foi para o quarto. Aquilo me cortava por dentro, mas tentei manter o foco no momento presente.
– Sua mãe chamou a gente pra almoçar – continuou minha mãe. – Ela quer ir naquele restaurante novo na praia. Que tal vocês se ajeitarem e irmos juntos?
– Certo, já vamos nos aprontar – falei, puxando o Luke pela mão em direção ao meu quarto.
Nos trocamos rapidamente, mas ainda deu tempo de trocar alguns beijos, aqueles mais suaves, cheios de carinho. Depois saímos para encontrar a mãe dele, Juliette, no restaurante. Meu pai, claro, não foi. Ainda estava digerindo tudo, fechado no seu mundo. Doía, mas eu estava aprendendo a não deixar isso me prender.
O almoço foi leve e gostoso. Conversamos bastante com Juliette, e o Luke também trocou boas risadas com a minha mãe. Em vários momentos, sem perceber, eu encostava minha mão na dele, como um gesto de costume. Estávamos nos tornando um casal de verdade, daqueles que se entende com um olhar. Como o restaurante ficava de frente para a praia, eu havia levado o Thanos, meu cachorro, que ficou esperando a gente terminar de comer. Depois do almoço, fomos andar com ele pela areia. E, claro, o danado correu pra todo lado, se jogou na água, cavou buracos, fez a maior bagunça. Minha mãe, como sempre, torceu o nariz.
– Ele vai encher o carro de areia na volta – reclamou ela, mesmo tentando não rir da cena.
– A culpa não é dele se ele ama uma farra – disse Luke, defendendo o Thanos como se fosse filho dele.
Voltamos para o restaurante só pra pedir uma sobremesa antes de ir embora. Depois, nos despedimos da Juliette com abraços apertados. Luke me puxou para perto e me abraçou forte também, antes de entrar no carro com a mãe dele. Fiquei vendo o carro se afastar com um nó gostoso no peito. Era estranho… mas pela primeira vez, eu sentia que estava exatamente onde deveria estar.


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Comentários


foto perfil usuario morsolix

morsolix Comentou em 09/04/2025

O momento "fofo" é o momento onde a felicidade não trás emoções. Só há uma coisa ainda incômoda: a postura passíva e meio alienante das mães




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Nome do conto:
GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [12] ~ VERDADE OU CONSEQUENCIA

Codigo do conto:
232820

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
08/04/2025

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