GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [19] ~ FESTA QUENTE



Ainda tínhamos uma semana de férias. Durante esse tempo, eu estava sempre com os meninos, Yan e Isaac, e alguns outros garotos da nossa sala. Quando foi na quarta-feira, o Carlos mandou uma mensagem no grupo da nossa sala falando que iria fazer uma festa de fim de férias no seu apartamento de praia, e convidou todo mundo. Seria um churrasco, e claro que todos ficaram animados. Eu tinha dito a mim mesmo que não iria, afinal não queria contato com o Carlos. Yan e Isaac ficaram animados e tentaram me convencer a ir, mas eu disse que achava melhor não. Eles falavam isso no grupo que tinha o Luke, mas ele não comentou nada, ficou em silêncio. Eu sabia que aquilo poderia ser algo delicado.
Tive alguns momentos sozinho com Yan durante a semana. Ele se sentia confortável por ter traído o Isaac, disse que só sentiu culpa no primeiro dia mesmo, mas depois levou isso numa boa. Então tivemos uma conversa bem cabeça aberta que me fez abrir meus olhos. Estávamos na minha casa, deitados na cama. Tínhamos acabado de jogar videogame e então ele começou:
— Cara, foi bom com o Daniel, hein? — falou ele, se virando e olhando pra mim.
Sorri com a lembrança. As imagens daquela tarde ainda estavam frescas na minha mente.
— Sim. E você ficou 100% por entrar no time dos que traem o namorado?
— Estou 100% — disse o Yan sorrindo de um jeito que me fez rir também.
— E começou com uma traição dupla, ficou com ele comigo — comentei, abordando pela primeira vez o fato de a gente ter se beijado.
— Ah, mas acho que com você não conta, né? — falou o Yan com naturalidade.
— Ué, por que não conta?
— Porque a gente é amigo, né!
— E eu sou amigo do seu namorado também, se você não se lembra — respondi, erguendo uma sobrancelha.
Yan balançou a cabeça, como se eu estivesse complicando algo simples.
— Mas eu acho que não tem muito nada a ver — explicou ele. — Tipo, a gente se beijou, foi só um beijo, nada disso. A gente se beijou porque tinha o Daniel perto, tinha todo aquele clima e acabou que rolou. Acho que seria diferente se a gente ficasse todo dia, se quando você tivesse com o Luke ou eu com o Isaac, a gente fugisse pra dar um beijo ou coisa do tipo... — ele fez uma pausa, organizando os pensamentos. — Eu pelo menos penso assim. Pra mim não teve importância, assim como também não teve importância o Daniel. Foi algo passageiro.
— Esse é o espírito da coisa — concordei.
Então, para minha surpresa, o Yan se aproximou e me beijou. Um beijo rápido, quase casual.
— Tá vendo? Um beijo não significa nada — disse ele, se afastando como se tivesse provado um ponto. — Um beijo que posso dizer que é sem sentimento. Eu te enxergo como amigo e você me enxerga como amigo... então o que quero dizer é que se a gente dividir alguém no futuro, ou até mesmo que role algo entre eu e você, vai ser algo que vai simplesmente acontecer sem a gente precisar discutir a relação ou discutir, "ah, você me beijou", "ah, você fez isso", "ah, isso ou aquilo"... Eu acho que as coisas funcionam dessa maneira, deixando fluir, sem rótulos, se é que você me entende.
Suspirei, refletindo sobre suas palavras.
— Esse foi o meu problema com o Carlos — admiti. — A gente teve vários lances de curtição, e eu pensava e penso como você, mas o Carlos começou a ter sentimentos, e eu não tive os mesmos sentimentos. Eu tive pelo Luke e não por ele.
— Exatamente — concordou Yan, seus olhos brilhando com entendimento.
— Então super te entendo.
— Então acho que já preenchi todos os requisitos pra ser seu melhor amigo, correto? — falou o Yan sorrindo.
— Já preencheu há muito tempo — falei, dando um tapinha nele, o que iniciou uma pequena lutinha na minha cama.
A verdade era que o Yan estava certo. Eu o entendia. A gente era amigo, eu o via como amigo, e ele me via como um amigo. Então, se as coisas chegassem a acontecer de novo, seria de forma natural. E apesar do Yan ser um pouco tímido, ele tinha sua beleza, mas isso para mim não importava.
A verdade era que o Yan estava sendo o meu melhor amigo, ou talvez só preenchendo o espaço vazio que o Carlos havia deixado. Refleti sobre isso, porque muitas das coisas que eu comecei a fazer, ou que eu induzi o Yan a fazer, eram coisas que eu faria tranquilamente com o Carlos. Esse seria um ponto que eu levaria para minha terapia na semana; precisava entender melhor todo esse sentimento.
Quando chegou na sexta, acabei resolvendo ir na festa do Carlos e disse aos meninos que iriam também. Aparentemente, ia todo mundo da turma, e eu não tinha nenhum plano para o final de semana. Então, no sábado, chegamos no prédio de praia do Carlos. O pai do Isaac havia ido levar a gente.
Chegando lá, já tinha vários colegas nossos. O Carlos me olhou e sorriu. Falei com ele junto com os meninos, e depois nos sentamos numa mesa com outros colegas da nossa sala. O pai do Carlos estava presente, comandando a churrasqueira. Vez ou outra, trocávamos olhares. Esperei uma oportunidade em que ele estivesse a sós e fui falar com ele:
— E aí, tio Augusto, tudo bem? — cumprimentei casualmente, mas meu coração batia um pouco mais rápido.
— Achei que não ia vir falar comigo — respondeu ele, sua voz baixa e grave. Olhou para os lados, verificando se alguém nos observava. — Como você está? Nunca mais nos encontramos.
Um arrepio percorreu minha espinha ao lembrar do nosso encontro secreto.
— Sim, pensei em a gente se encontrar próxima semana — sugeri, mantendo a voz neutra.
— Por que não hoje? — ele perguntou, seus olhos intensos fixos nos meus.
— Com todo mundo aqui ao redor? — respondi, quase rindo da audácia.
— Eu dou um jeito quando se trata de você — disse ele com um sorriso que conhecia bem, a apertando seu pau.
Balancei a cabeça, tentando ignorar o calor que começava a se espalhar pelo meu corpo.
— É perigoso. Mande mensagem para mim na terça — propus, recuando um passo. — E hoje estou com outros amigos, vou voltar para casa com eles.
— Tudo bem — concordou ele, um tanto decepcionado.
Então o Carlos chegou, falou algumas coisas com o pai, e eu voltei para a mesa dos meninos. Vi o Yan me olhando com curiosidade, como se tivesse percebido algo estranho na minha interação com o "tio Augusto". Dei de ombros e mudei de assunto.
O resto do dia foi incrível: piscina, churrasco, bebida, música. Quando já era noite, algumas pessoas tinham ido embora, mas nós continuávamos lá. Ficou um grupo de 12 pessoas mais ou menos, até que o Carlos teve a brilhante ideia de brincar de verdade ou consequência.
— Pessoal, que tal uma rodada de verdade ou consequência? — sugeriu ele, um brilho malicioso nos olhos.
Senti um aperto no estômago. Com o Carlos propondo o jogo, eu sabia que ele tramava algo. Ele tinha aquele jeito, sempre querendo criar situações comprometedoras. Mas todos pareceram animados com a ideia.
— Eu topo! — disse uma menina da nossa sala.
— Vai ser divertido — concordou Isaac, para minha surpresa.
Yan me olhou, como se pedisse minha opinião. Dei de ombros, tentando parecer indiferente. No fundo, estava curioso para ver como aquilo acabaria.
Nos reunimos em círculo na sala. Alguém encontrou uma garrafa vazia, e logo estávamos todos sentados no chão. Carlos posicionou-se estrategicamente do outro lado do círculo, mas não tirava os olhos de mim.
— Quem começa? — perguntou alguém.
— Eu giro — ofereceu-se Carlos, pegando a garrafa.
Observei a garrafa girar, criando um pequeno redemoinho no centro do nosso círculo. Por um momento, pensei no Luke, a quilômetros de distância, provavelmente sem imaginar a situação em que eu estava. Pensei no tio Augusto, em algum lugar daquele mesmo apartamento, talvez esperando uma oportunidade. Pensei no Yan e seu recém-descoberto gosto pela "liberdade". E pensei em mim mesmo, navegando entre todas essas águas turbulentas, como se nada pudesse me afetar.
A garrafa foi desacelerando, sua rotação diminuindo até apontar... para mim. Claro. Era de se esperar. Carlos sorriu, e eu soube imediatamente que a noite seria longa.
— Verdade ou consequência, Lucas? — perguntou ele, sua voz carregada de intenções ocultas.
Engoli em seco, sentindo todos os olhares sobre mim. O que poderia dar errado?
— Verdade — escolhi, decidindo jogar pelo seguro na primeira rodada.
Carlos estreitou os olhos, pensativo, antes de soltar a pergunta:
— Quantas bocas você já beijou dessa roda?
— Quatro – Respondil.
O barulho da garrafa girando no chão era hipnótico. Todos estávamos sentados em círculo, os olhares nervosos e excitados acompanhando cada movimento até ela parar. Uma mistura de tensão e diversão preenchia o ar enquanto esperávamos para ver quem seria o próximo.
A garrafa apontou para mim .
— Lucas, verdade ou consequência? — perguntou Yan com um sorriso malicioso.
Engoli em seco antes de responder.
— Verdade.
— É verdade que você beija meninos também?
Senti meu rosto esquentar enquanto todos me encaravam, esperando minha resposta. Dei um sorriso tímido.
— É verdade.
Um coro de "Uuuuuh" ecoou pela sala, seguido de risos e cobranças para que eu revelasse quem eram.
— Não vou dizer quem! Isso não fazia parte da pergunta! — respondi, tentando soar confiante enquanto girava a garrafa novamente.
Desta vez, ela apontou de Yan para Carlos.
— Carlos, verdade ou consequência? — perguntou Yan, inclinando-se para frente com um olhar inquisidor.
— Verdade — respondeu Carlos, sem hesitar.
— É verdade que você engravidou uma menina do terceiro ano?
Um silêncio pesado caiu sobre a roda. Carlos franziu a testa, visivelmente irritado.
— É mentira! De onde você tirou isso? — ele respondeu, balançando a cabeça
— Só perguntei o que estava no gossip.
Carlos revirou os olhos e girou a garrafa com força. Ela rodou por um tempo até apontar de Isaac para Pamela.
— Pamela, verdade ou consequência? — perguntou Isaac, esfregando as mãos animadamente.
Pamela jogou os cabelos para trás e sorriu.
— Consequência. Estou preparada para qualquer coisa.
Isaac pensou por um momento, então abriu um sorriso malicioso.
— Desafio você a beijar cinco pessoas da roda.
Houve um murmúrio de excitação. Pamela se levantou sem hesitar.
— Fácil demais.
Ela se moveu com confiança, beijando primeiro Matheus, depois Letícia, em seguida Gustavo e Yan. Por último, para surpresa de todos, ela se inclinou na minha direção e me deu um beijo rápido, mas intenso.
— Pronto — ela disse, voltando ao seu lugar enquanto eu tentava disfarçar meu constrangimento.
A garrafa girou novamente, e chegou minha vez de questionar Carlos.
— Carlos, verdade ou consequência?
Ele me olhou desafiadoramente.
— Consequência.
Pensei por um momento e então decidi ser ousado.
— Desafio você a beijar dois meninos da roda.
Carlos hesitou por um segundo, mas logo se levantou.
— Sem problemas.
Ele se aproximou de Matheus primeiro, dando-lhe um selinho rápido que fez todos rirem. Em seguida, para minha surpresa, veio em minha direção e me deu um beijo no canto da boca.
— Satisfeito? — ele perguntou, voltando ao seu lugar enquanto eu tentava processar o que havia acabado de acontecer.
A garrafa rodou novamente, e desta vez Pamela me desafiou.
— Lucas, verdade ou consequência?
— Consequência — respondi, ainda sentindo um formigamento onde Carlos havia me beijado.
Pamela sorriu maliciosamente.
— Desafio você a dar um beijo triplo com Letícia e Gustavo.
Arregalei os olhos, mas não recusei. Letícia e Gustavo se olharam, deram de ombros e vieram até o centro da roda comigo. Foi estranho e desajeitado tentar coordenar três bocas ao mesmo tempo, mas de alguma forma conseguimos, entre risos e narizes colidindo.
— Isso foi... interessante — comentei, voltando ao meu lugar.
A rodada seguinte foi de Carlos para Isaac.
— Isaac, verdade ou consequência?
— Consequência — respondeu Isaac, ajeitando os óculos nervosamente.
— Desafio você a beijar o Gustavo — disse Carlos.
Isaac corou, mas levantou-se determinado. Gustavo, sempre o mais descontraído do grupo, sorriu e facilitou o beijo, que durou mais tempo do que todos esperavam.
— Uau, parece que alguém estava esperando por isso — brincou Yan, fazendo Isaac voltar ao seu lugar completamente vermelho.
Matheus aproveitou sua vez para me desafiar a tirar a camisa e ficar assim pelo resto do jogo, o que aceitei sem problemas. Sofia desafiou Letícia a sentar no colo de alguém por três rodadas, e ela escolheu Pamela.
A brincadeira ficava cada vez mais intensa. Yan teve que beber um shot de vodka no umbigo de Matheus. Pamela desafiou Sofia a dar um chupão no pescoço de Isaac, deixando uma marca visível. Carlos teve que contar sua fantasia mais secreta, o que deixou todos chocados e rindo ao mesmo tempo.
Finalmente, após várias rodadas, a garrafa apontou de Letícia para mim.
— Lucas, verdade ou consequência? — perguntou ela, seus olhos brilhando com malícia.
— Consequência — respondi, já um pouco cansado e sentindo o efeito das poucas bebidas que havia tomado.
— Desafio você a beijar o Carlos. Um beijo de verdade.
Olhei para Carlos, que me encarava com uma expressão que não consegui decifrar. Algo dentro de mim se agitou, um misto de curiosidade e receio. Mas de repente, senti que a brincadeira tinha ido longe demais.
— Acho que já deu para mim — disse, levantando-me e pegando minha camisa do chão. — A brincadeira foi divertida, mas está ficando tarde e preciso ir embora.
Um coro de "Ah, vai!" e "Covarde!" encheu a sala, mas mantive minha decisão.
— Sério, galera. Foi divertido, mas estou cansado.

___

Enquanto colocava minha camisa, notei Carlos me observando com uma expressão estranha. Nossos olhares se encontraram por um momento antes de eu desviar e me despedir de todos, perguntei se o Yan e o Isaac queria ir embora, que iria pedir um uber, então eles falaram que iam ficar, me despedi de todos e peguei minhas coisas, e então um estalo bateu na minha cabeça, sentindo o ar fresco da noite contra meu rosto. Enquanto caminhava até a portaria, peguei meu celular e mandei uma mensagem para o tio Augusto.
"Estou indo embora da festa agora. Vou pedir um Uber."
Menos de um minuto depois, meu celular vibrou com sua resposta.
"Não precisa. Estou livre. Desço em 5 minutos."
Senti um calor subir pelo meu pescoço. Respondi com um simples "ok". Enquanto esperava, pensei em tudo que tinha acontecido na festa, nas brincadeiras, nos beijos, e principalmente na última consequência que recusei. Por que tinha ficado tão nervoso com aquilo? O carro de Augusto parou de frente a portaria. Entrei rapidamente, sentindo aquele perfume que já conhecia tão bem preencher minhas narinas.
— E aí, como foi a festa? — perguntou ele, os olhos fixos na estrada enquanto dirigia.
— Foi... interessante — respondi, sem saber como explicar tudo que tinha acontecido. — Jogamos verdade ou consequência.
Augusto sorriu de lado, aquele sorriso que sempre me deixava sem ar.
— Imagino que isso tenha sido bem divertido e quente.
— Foi até demais. Acabei saindo mais cedo porque as coisas estavam ficando intensas.
Ele me olhou de relance.
— Intensas como?
Hesitei por um momento.
— Desafios estranhos. Letícia queria que eu beijasse o Carlos.
— E você não quis? — perguntou ele, sua voz mudando ligeiramente de tom.
— Não... achei melhor ir embora.
Ficamos em silêncio por um momento. Percebi que estávamos seguindo por um caminho diferente.
— Essa não é a direção da minha casa — comentei.
— Não, não é — respondeu ele simplesmente. — Pensei que talvez você quisesse passar na minha antes. Tenho algo para te mostrar. – Ele então deu aquela apertada no pau, que me deixava doido.
Meu coração acelerou. Sabia exatamente o que aquilo significava, e mesmo assim assenti, incapaz de dizer não.
O apartamento de Augusto estava silencioso e parcialmente iluminado quando entramos. Ele jogou as chaves sobre a mesa e me ofereceu algo para beber.
— Água, suco, ou algo mais forte? — perguntou.
— Algo mais forte — respondi, sentando-me no sofá.
Augusto voltou com dois copos, entregou-me um e sentou-se ao meu lado, mais perto do que o necessário.
— Você parece confuso hoje — comentou ele, seus olhos estudando meu rosto.
— Foi só a brincadeira. Me deixou pensando em coisas.
— Que coisas?
Tomei um gole da bebida antes de responder.
— Não sei... sobre o que eu quero…
Augusto colocou seu copo na mesa de centro e se virou para mim.
— Lucas, você não precisa ter todas as respostas agora. Está tudo bem explorar, descobrir.
Seus dedos tocaram levemente meu rosto, e senti minha respiração falhar.
— Eu sei — sussurrei.
Seu rosto se aproximou do meu, e fechei os olhos instintivamente. Seus lábios encontraram os meus com uma gentileza inicial que logo se transformou em algo mais intenso. Suas mãos deslizaram pelos meus ombros, descendo pelos meus braços.
— Tem certeza que é isso que você quer? — perguntou ele, sua voz rouca contra meus lábios.
Como resposta, puxei-o pela nuca, aprofundando o beijo. Senti suas mãos explorando meu corpo por cima da roupa, enquanto as minhas faziam o mesmo com o dele.
Em um movimento fluido, ele me puxou para seu colo. Podia sentir o calor emanando de seu corpo enquanto seus lábios desciam pelo meu pescoço, arrancando de mim suspiros que não conseguia conter, ele tirou a sua camisa, e fez o mesmo comigo, seu peito definido, com os pelos aparados, passei minha mão sobre o seu peitoral, olhei no fundo dos seus olhos e o beijei, então ele fala.
— Vamos para o quarto — sussurrou em meu ouvido.
O quarto estava na penumbra, iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela entreaberta. Augusto me guiou até a cama, onde continuamos a nos beijar, nossas mãos explorando cada vez mais, removendo peças de roupa lentamente, até que ficamos pelados, seu pau já estava duro, e ele sussurrou no meu ouvido que estava com sede do meu corpo, que pensava em mim sempre.
Seus beijos desceram pelo meu peito, me fazendo arquejar. Cada toque seu parecia incendiar minha pele. Em um emaranhado de lençóis, respirações ofegantes e corpos unidos, nos perdemos um no outro, ele então chupou meu pau por alguns segundo, e me virou de costas, ele pegou cada banda da minha bunda, e deu um tapa:

– Porra moleque, seu rabo é um dos melhores que já comi em toda minha vida
– Você gosta dele tio. – Olhei para ele com cara de safado
– Fico maluco você me chamando de tio seu filho da puta, você é tesão, eu me perco em você porra.
– Aproveita, mata a saudade da sua putinha, e mete esse pau no meu cú.

Ele afundou o seu rosto na minha bunda, passava a língua, lambia, colocou um dedo, e eu gemia, ele então ficou de joelhos na cama, e mandou eu chupar o seu pau, coloquei minha boca no seu pau que já estava duro e soltando baba, o pau do tio Augusto era igual ao do Carlos, só que um pouco maior e mais grosso, coloquei tudo na boca e chupei como se não existisse o amanhã, tio Augusto gemia e me chamava de puto safado, entre outras coisas, ele me coloca de frango assado e diz que quer meter olhando para minha cara de puta, trocamos um beijo rápido, e então ele começa a meter sem pena, eu já estava no meu auge do tesão, e só fazia gemer feito uma rapariga, enquanto o Augusto metia, eu tocava uma punheta, e ele vez ou outra me dava uns tapas na cara, me chamando de puto, e eu pedia mais e mais, não demorou e ele gozou, quando senti os primeiros jatos, gozei logo em seguida. Quando finalmente chegamos ao ápice juntos, fiquei deitado em seu peito, ouvindo seu coração desacelerar gradualmente.
— Você está bem? — perguntou ele depois de alguns minutos, seus dedos acariciando meus cabelos.
— Estou — respondi sinceramente. — Melhor do que há muito tempo.
Ficamos deitados em silêncio por um tempo, apenas desfrutando da presença um do outro. Foi Augusto quem finalmente quebrou o silêncio.
— Sabe, estive pensando em algo que aconteceu há algum tempo — comentou ele, sua voz calma no quarto escuro.
— O quê? — perguntei, curioso.
— Sobre o Carlos, e aquela vez que você me pediu pra falar com ele.
Senti meu corpo tensar levemente.
— O que tem isso?
Augusto continuou acariciando meus cabelos, sua voz suave.
— Nunca te contei, mas dei um castigo e tanto nele por aquilo.
Apoiei-me no cotovelo para olhá-lo melhor.
— Sério? O que você fez?
Um sorriso enigmático surgiu em seus lábios.
— Comi ele, falei que se era pica que ele queria ele ia ter, estávamos sozinho em casa e fodi o Carlos brutalmente, com força, só que eu acho que em vez de castigar, ele acabou gostando, porque ele gozou muito.
— Sério que você fez isso? — perguntei, assustado.
Augusto riu.
— Sim, mais isso é um segredo nosso, só aconteceu isso essa vez, devo admitir que também pra mim depois não passou a ser castigo, gostei de foder meu próprio filho, mas tudo ficou estranho depois disso, não tocamos mais no assunto, e acredito que ele tenha se acalmado.
— Estou assustado, e com tesão, não esperava por isso.
— Só te contei porque enfim, você era a única pessoa que eu confio para contar esse segredo, o Carlos parou de te procurar?
— Não, na real a gente transou outras vezes, ele gravou, e mostrou para o meu namorado, e a gente terminou, e eu estou sem falar com o Carlos desde então.
— Acho que está na hora de castigar o Carlos mais uma vez, não quero um filho viciado em levar pica.
—- Acho que o Carlos vai gostar, e você também, mas não precisa fazer nada, estou bem com o Luke, e o Carlos bom, a gente sempre será amigo, só precisamos de um tempo para que tudo fique tranquilo entre a gente, você deveria aceitar seu filho
— Não quero meu filho gay, quero que ele me der netos, ele pode ser como eu, que sou casado, mas como viado.
— Você me trata como um viado?
— Te trato como uma puta, você me deixa maluco, por isso que meu filho é pirado da cabeça por você –
Augusto me puxou de volta para seus braços e me beijou.
— Sou viciado em você moleque.

Deitei minha cabeça em seu peito novamente, ouvindo os batimentos de seu coração enquanto pensava em Carlos, na festa, em tudo que o tio Augusto me contou e porra que delicia pai e filho fudendo, devo admitir que eu adoraria transar com o Carlos e seu pai ao mesmo tempo, isso seria algo bem quente..
— Acho que deveria te levar para casa agora — disse Augusto depois de um tempo. — Seus pais vão ficar preocupados.
— Vamos.
Ele beijou o topo da minha cabeça, e então vestimos nossas roupas e ele me deixou em casa.


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Comentários


foto perfil usuario daniel13

daniel13 Comentou em 13/04/2025

Esse conto estava indo bem, mas já começou a ficar que nem os contos anteriores, traições e surubas e pai pegando filho de novo. Quem vê acredita que no mundo gay acontece em toda família isso.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ ~ [19] ~ FESTA QUENTE

Codigo do conto:
233165

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
13/04/2025

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