Caio suspirou, claramente desconfortável com a situação. – Bom, eu estava na capital e acabei encontrando a Letícia. Ela está grávida e disse que não sabe quem é o pai. Disse que tomou a pílula do dia seguinte, mas de alguma forma não funcionou. Ela ainda não tinha entrado em contato porque não sabia se o pai era você ou eu, então... me jogou essa bomba.
– E agora? Como vão ser nossas vidas? – perguntei, sentindo o peso da responsabilidade me atingir.
Caio balançou a cabeça, claramente tão confuso quanto eu. – Não sei, Rafael. Sério, não sei. O que eu sei é que, se o filho for seu, eu vou ser o tio. E se for meu, você vai ser o tio. Acho que, de qualquer jeito, vamos acabar criando essa criança juntos.
Sorri, mesmo com a gravidade da situação. O jeito prático de Caio me fez lembrar da confusão em que Silas se envolveu quando descobriu que minha mãe estava grávida. A diferença era que, se o filho fosse meu, eu não agiria como o Silas. Eu jamais abandonaria o meu filho. Mas a questão era: eu estava pronto para isso? Minha vida estava finalmente começando a se organizar. Eu tinha planos de entrar na faculdade, trabalhar menos, aproveitar o relacionamento com o Bernardo. Um filho, agora, poderia mudar tudo.
– Temos que esperar a criança nascer para fazer o teste de DNA – Caio falou tentando manter a calma. – Peguei o telefone da Letícia. Disse que ela pode contar com a gente se precisar de algo.
– Mas ela não pretendia contar nada antes? Isso não ficou claro pra mim – perguntei, ainda confuso com a atitude dela.
– Pelo que conversamos, ela disse que a ideia era esperar nascer, aparecer no Alto e... basicamente jogar a criança no colo da gente pra resolver – Caio respondeu, rindo, embora não parecesse completamente seguro se era verdade ou brincadeira.
A conversa seguiu, e, apesar da bomba, concordamos em manter o assunto em segredo até termos certeza. Não queríamos espalhar rumores ou preocupações desnecessárias. Naquela mesma noite, ligamos para a Letícia, e eu falei com ela. Deixei claro que, se precisasse de qualquer coisa, podia contar comigo e com o Caio. Pelo que parecia, a gestação estava indo bem, o que foi um alívio. Mesmo assim, eu sabia que essa era mais uma emoção para administrar no meio do turbilhão da minha vida.
Naquela noite, eu e Caio nos comportamos como amigos de verdade. Não rolou nada entre nós além de uma longa conversa sobre como a chegada de um possível filho iria mudar nossas vidas. Passamos boa parte do tempo discutindo possíveis nomes, já que não tínhamos certeza de quem seria o pai, mas concordamos que acompanharíamos a gravidez de perto. Porém, uma coisa ficou clara desde o início: isso não significava que formaríamos uma família juntos.
O tempo passou rápido, e, com a chegada de novembro, três meses já tinham se passado. Durante esse período, eu praticamente me mudei para a capital, focado em supervisionar a reforma da nova fábrica. Mantinha contato diário com o Alysson, sempre atualizando-o sobre os avanços. Como combinado, fiquei morando na casa dele, dividindo o espaço com o Bernardo. A Claudia trabalhava bastante, o que nos dava a liberdade de aproveitar o tempo juntos, namorando no quarto do Bernardo. Esses três meses voaram.
Caio esteve mais ausente nesse período, já que o trabalho com o candidato a quem ele estava ajudando tomou muito do seu tempo. No fim, o candidato venceu a eleição, o que significava que Caio se mudaria para a capital em janeiro para estudar e trabalhar na Assembleia Legislativa. Ele estava animado com essa nova fase. Mesmo ocupado, mantinha contato frequente com Letícia, e eu, por estar na capital, fazia questão de levá-la às consultas médicas ou quando ela precisava de algo. Já sabíamos o sexo: seria um menino. Aí começou nossa briga por nomes. Caio queria chamá-lo de Paul, e eu preferia Bruno. Letícia, no entanto, não queria opinar. Ela sempre parecia distante em relação a esse assunto.
Certo dia, durante uma dessas consultas, Letícia me confidenciou que não queria criar o filho. Ela tinha outros planos para sua vida, e a responsabilidade seria minha e do Caio. Aceitei sem hesitar. A ideia de ser pai, mesmo que inesperada, me fascinava.
No meio de novembro, fiz o ENEM. As provas correram bem, mas a redação foi um ponto de preocupação. Fiquei ansioso, com medo de não ter ido tão bem quanto esperava. Sabia que o caminho para a medicina não seria fácil, e isso me deixava ainda mais apreensivo. Mas, ao mesmo tempo, estava determinado a continuar lutando pelos meus sonhos, mesmo com tantas mudanças acontecendo ao meu redor.
Minha situação com Silas permaneceu a mesma. Não houve nenhum avanço significativo. Eu me mantive na minha, e ele, na dele. Alysson também não comentava nada sobre o irmão, e, com o tempo, fui aceitando essa distância. Durante esses meses, me aproximei muito de Sofia, e nossa amizade floresceu. Ela fazia questão da minha presença em todos os momentos importantes, e, com o aniversário dela chegando em dezembro, sabia que, inevitavelmente, teria que encontrar Silas. Mesmo assim, ainda não sentia que era o momento para uma conversa com ele. Eu precisava de mais tempo.
Quanto à minha relação com Bernardo, confesso que não consegui ser fiel 100%. Luis Ricardo, me procurou, e acabamos ficando uma vez enquanto eu voltava da fábrica. Apesar de amar Bernardo, parte de mim não queria se sentir preso a uma única pessoa. E, honestamente, Luis Ricardo era irresistível. Claro que pedi para ele manter nosso encontro em sigilo, deixando claro que a discrição garantiria futuros encontros.
Minhas idas ao Alto foram raras, apenas para resolver questões pontuais para Alysson. Nessas poucas visitas, reparei que minha mãe parecia diferente — mais bonita, mais cuidada. Ela realmente estava se transformando, com uma aparência mais jovial e cheia de vida. Fiquei curioso, mas hesitei em perguntar se havia um namorado na jogada. Talvez fosse o medo da resposta ou simplesmente eu não estivesse pronto para ouvir o que ela poderia dizer.
Era final de novembro, e o clima no Alto parecia sempre me puxar de volta, como se cada detalhe do lugar estivesse ligado a alguma história minha. Bernardo estava focado nas provas finais do colégio, e eu aproveitei para passar uma semana no Alto, resolvendo algumas pendências para Alysson. Certo dia, ele me ligou pedindo para eu passar na fazenda e buscar uns documentos que precisavam ser enviados para a capital. Quando cheguei lá, o encontrei preparando os cavalos, pronto para uma cavalgada.
– E aí, quer dar uma volta de cavalo? – ele perguntou, ajeitando a sela com uma destreza que sempre me impressionava.
Eu não conseguia lembrar a última vez que havia cavalgado, mas a ideia me animou. Sempre amei essa sensação de liberdade. Fui trocar de roupa enquanto ele preparava o segundo cavalo, e logo estávamos prontos, galopando pela fazenda. A brisa no rosto, o som dos cascos no chão... tudo parecia tão perfeito. Depois de um tempo, Alysson me guiou até uma cachoeira escondida, um dos nossos lugares preferidos.
– Que tal darmos um mergulho? – ele sugeriu, parando os cavalos.
– Até que cairia bem, mas não trouxe roupa de banho – sorri, deixando meu tom de voz um pouco mais malicioso do que o normal.
Alysson olhou ao redor e deu um riso baixo.
– Estamos sozinhos aqui, ninguém vem a essa cachoeira. Acho que roupa é a última coisa que a gente precisa – disse enquanto já começava a tirar as roupas, sem qualquer hesitação.
Observei por um momento. Ele estava ainda mais forte desde a última vez que o vi sem roupa, e sua confiança só fazia isso se destacar. Antes que eu pudesse pensar muito, já estava fazendo o mesmo. Quando nos encontramos na água, o ambiente parecia carregado de algo mais do que apenas a tranquilidade da natureza.
– Você está bem gostosinho desde a última vez – ele comentou, me lançando um olhar sacana que fez meu coração acelerar.
– Digo o mesmo, tio – retruquei com um sorriso provocante.
Entramos na água, conversando um pouco sobre a fazenda, a capital, os planos para o futuro, mas o clima entre nós estava carregado. Não demorou muito para que as conversas fossem deixadas de lado e nossas bocas se encontrassem num beijo intenso, cheio de desejo. A água ao nosso redor parecia amplificar tudo, e rapidamente nos envolvemos em um abraço quente, nossos corpos próximos, como se a atração entre nós fosse inevitável.
– CHAT Ok
Ele se aproximou, sussurrando no meu ouvido que estava com saudades, e eu senti meu corpo todo se arrepiar. Essa era uma das coisas que mais me deixava louco—o calor da sua respiração perto de mim, aquele toque suave que me fazia sentir especial.
– Eu também estou com saudades – respondi, olhando em seus olhos. – Essa correria de trabalho me deixou precisando de um tempo para relaxar.
Aquele momento era nosso, e tudo ao redor parecia desvanecer. Continuamos nos abraçando, trocando beijos apaixonados, como se estivéssemos em nosso próprio mundo. Havia uma química entre nós que eu não sabia explicar; mesmo com as poucas vezes que havíamos transado, cada uma delas parecia ser repleta de intensidade e significado. Alysson tinha essa habilidade de fazer cada segundo valer a pena, e eu estava ansioso por mais.
Saímos da água, as gotas escorrendo pelo nosso corpo, e a temperatura entre nós disparou. O sol ainda estava alto, iluminando nossos corpos e intensificando a energia no ar. Em um momento de impulso, puxei Alysson para mais perto me ajoelhei e comecei a mamar aquele pau, ele me olhava com calma, enquanto eu sugava o máximo que conseguia, e sempre falando algumas sacanagens, ele então me puxa para um beijo e depois me vira de costas, eu me apoio perto de um pedra que tinha ali, e fico com a bunda empinada, o Alysson se ajoelha começar a lamber meu cuzinho que a essa altura já piscava pela sua rola, e então ele finalmente cravou seu pau com tudo, que me tirou um grito muito alto, mas logo a dor se transformou em prazer e eu comecei a rebolar em seu pau, ele dava tapas leves na minha bunda, me chamava de sobrinho safado, que queria esfolar meu cu de tanto tesão acumulado que ele estava, e eu tocava uma punheta freneticamente ouvindo todas aquelas sacanagem que ele dizia, não demorou e ele gozou e eu também, tomamos um banho rápido na cachoeira e vestimos nossas roupas e voltamos para a fazenda, no caminho fomos conversando:
– Dorme aqui na fazenda hoje, pra gente aproveitar um pouco mais – sugeri, sorrindo sem graça.
Ele abriu um sorriso largo e disse, com um olhar provocante:
– Quero trasar com você igual naquele dia que transamos aqui.
Senti um frio na barriga e sorri, mal podendo esperar para chegarmos à fazenda. Montados em nossos cavalos, o vento batia em nossos rostos e a conversa mudou de rumo. Alysson perguntou:
– E como está seu namoro com o Bernardo?
– Está tudo às mil maravilhas – respondi, tentando parecer despreocupado. – Mas, como ele está na reta final das provas, achei melhor deixá-lo sozinho. As coisas da fábrica estão tranquilas.
Alysson assentiu, mas logo perguntou:
– E quanto ao ENEM? Como foi?
– Gostei, mas estou preocupado com a redação. Não sei como fui lá – admiti, me sentindo um pouco ansioso.
Ele fez uma pausa, olhando para mim de um jeito sério.
– Por que você não tenta uma faculdade particular?
Franzi a testa.
– Tio, até olhei, mas é muito cara. A mensalidade passa dos cinco mil, fora as outras despesas. Não tenho essa grana.
Alysson sorriu, como se tivesse uma ideia.
– Bom, você não tem, mas seu pai tem. Ele tem condições de pagar essa mensalidade pra você. Seu sonho é importante, e ele te deve isso. É o mínimo que ele pode fazer. Se quiser, posso conversar com ele.
A proposta era tentadora, mas a ideia de me envolver com Silas novamente me deixou hesitante.
– Olha, eu agradeço, mas não sei... Não quero esse tipo de envolvimento com o meu pai. Vou pensar sobre isso, mas não estou com a cabeça pra isso agora.
Mudamos de assunto, e aproveitei o momento a sós para contar a Alysson algo que estava me consumindo.
– Tio, tem um problema. Ninguém sabe ainda, e você será o primeiro a saber, mas acho que vou ser pai.
Ele me olhou surpreso.
– Como assim, pai?
Respirei fundo antes de explicar:
– Eu e o Caio transamos com uma menina e ela engravidou. A previsão de nascimento é em fevereiro. Quando nascer, vamos fazer um exame de DNA pra ver quem é o pai.
Alysson ficou em silêncio por alguns instantes, parecendo processar a informação.
– Isso é... muito inesperado – disse ele, tentando encontrar as palavras certas. – Mas vamos conversar melhor quando chegarmos em casa.
Ele acelerou a cavalgada, e logo chegamos à fazenda, com a tensão pairando no ar. O que era para ser uma tarde de descontração agora se transformava em um mar de dúvidas e responsabilidades.
Guardamos os cavalos, e Alysson me chamou para o quarto. Deitamos na cama, e ele me olhou com curiosidade.
– Me explica melhor isso – pediu, parecendo preocupado.
– Bom, não tem muito o que explicar, mas é isso. Talvez eu seja pai, ou o Caio, mas decidimos que vamos criar o filho juntos. Se ele for o pai, vou ser uma espécie de tio, e se for meu, eu serei o tio do moleque.
– Já sabe o sexo? – perguntou ele, com um brilho nos olhos.
– Sim, será um menino. Quero que se chame Bruno, mas o Caio quer que se chame Paul.
Ele fez uma careta, pensativo.
– E a mãe?
– Bom, ela não tem planos. Disse que não quer se envolver na criação do filho, que a responsabilidade será minha e do Caio. Por isso não contamos a ninguém, porque ainda não temos certeza. Mas acho que já está na hora de falarmos, por isso resolvi contar a você. Daí, vou ter que contar ao Bernardo e à minha mãe também. Não sei como será o meu futuro, sabe, tio? Se o filho for mesmo meu, vou precisar continuar trabalhando para sustentar. Não sei como ficará o meu plano de medicina. Acredito que isso vá se tornar um sonho distante.
Alysson ficou em silêncio por um momento, refletindo.
– Rafael, não precisa sofrer por antecipação. Você precisa ter calma. Agora, mais do que nunca, deve procurar ajuda do Silas, seja pra estudar ou pra criar o seu filho. E você tem a mim também. Acima de tudo, sou seu tio, e serei uma espécie de tio-avô. Estou feliz em saber disso.
Ele respirou fundo, e suas palavras trouxeram um alívio.
– Saiba que você terá meu apoio 100%. Vou fazer o que eu não fiz pelo meu irmão. Se eu soubesse que ele iria te rejeitar, jamais deixaria sua mãe ter ido embora. Isso se chama reparação familiar.
Sorrindo, puxei meu tio para um beijo leve, sentindo-me acolhido em suas palavras. Era um consolo saber que ele estaria ao meu lado, pronto para me apoiar nessa nova fase da vida.
— Bom, eu acho que isso merece uma comemoração, não acha? – Alysson falou me olhando enquanto me acomodava no meio de suas pernas.
— Acho que qualquer coisa é motivo para comemorar. E como você quer comemorar? – perguntei com um sorriso travesso.
— O Caio tá no Alto, né? Podia chamá-lo aqui pra gente comemorar, beber um pouco.
— O Caio? – estranhei.
— Sim! Ele é o segundo pai! – Alysson disse, com um olhar malicioso
Fiquei em silêncio, confuso, até que finalmente perguntei:
— Mas é uma comemoração sexual com o Caio?
Alysson sorriu de maneira provocativa e respondeu:
— Sim, sempre tive vontade de foder com o Caio. Você acha que ele toparia?
— Com certeza! Ele sempre te achou gostoso. Vou ligar pra ele e pedir pra vir pra fazenda, mas não vou dizer nada. Vamos deixar as coisas acontecerem e o clima esquentar.
— Ótimo! Faça isso. Vou despensar as empregadas pra ficarmos mais à vontade quando o Caio chegar.
Alysson vestiu rapidamente a roupa e desceu para falar com as empregadas. Enquanto isso, peguei o telefone e liguei para o Caio.
— E aí, Caio! Você tá de bobeira?
— Tô sim, por quê?
— Você pode vir pra fazenda? Preciso conversar com você.
— O que é? – ele perguntou, curioso.
— Vem! Garanto que você não vai se arrepender. Tô afim de matar a saudade dos seus beijos, se é que você me entende.
Ele sorriu do outro lado da linha.
— E você tá sozinho aí?
— Vem logo! Aqui você vai descobrir! – respondi, me divertindo com o mistério.
Desliguei o telefone, sentindo a adrenalina subir. A ideia de transar com o Caio e o Alysson na fazenda me deixava animado, e mal podia esperar para ver como a noite se desenrolaria.
Essa historia está cada vez melhor