ENTRE CAMINHOS E SEGREDOS [33] ~ Descobertas

Chegamos ao motel, e Matheus não perdeu tempo. Assim que a porta se fechou, ele me puxou para um beijo intenso, suas mãos deslizando pelo meu corpo enquanto ele me chamava de gostoso, com uma voz baixa e carregada de desejo. Ele sussurrou no meu ouvido que estava com tesão em mim desde a apresentação na fábrica, e que não via a hora de estarmos ali, sozinhos. Gemi, sentindo a pressão do corpo dele contra o meu, e retribuí, passando minhas mãos pelo peito dele, deixando claro que eu também o queria.

Trocas de olhares intensos, beijos quentes e mãos que exploravam cada canto fizeram nossas roupas desaparecerem pelo chão, sem pressa, mas com uma vontade evidente. Nossos corpos se tocavam, ele tinha um pau reto devia ter uns 16cm, ele se sentou na cama e comecei a chupa-lo. sempre olhando para ele com a cara de puta que eu sabia fazer, e deixava os machos doidos. Ele me puxa para cama me dar um beijo rapido, e me coloca na bairrada da cama, ele olha para meu cú e diz:

— Esse cú parece que já viu rola hoje — olhei para ele e dei um sorriso safado, e disse:

— Meu namorado me comeu a tarde – Menti, não podia dizer que tinha transado com meu tio.

— Safado — Deu um tapão na minha bunda e disse. – Hoje vou te comer pra valer.

Ele deu uma cuspida no meu cú, esticou o braço e pegou uma camisinha que tinha no criado mudo, encapou e pau, e começou a meter, como eu já tinha transado com o tio Alysson, não doeu tanto, ele seguiu metendo, e depois me colocou de frango assando e ficou metendo olhando pra mim, sempre me chamando de um gostoso, de novinho safado, que desde que tinha me visto tinha percebido que eu tinha uma cara de quem gostava de pica, eu seguia gemendo e pedindo pra ele meter em mim com mais força.

Em um momento, enquanto ele ainda estava metendo, o celular de Matheus começou a vibrar. Ele pegou o aparelho, olhou para a tela e me lançou um sorriso travesso antes de atender. E disse que era a esposa, ele levou o telefone ao ouvido, e enquanto ela falava, ele continuava a meter devagar, e eu rebolava só pra atiçar aquele macho, Sua mão deslizava com cuidado pelo meu corpo, cada toque provocando arrepios.

— Claro, amor, vou chegar mais tarde hoje… — ele disse com a voz suave, enquanto metia aquele pau em mim, eu segurava o gemido, sentindo cada metida daquele puto safado

Quando a ligação finalmente terminou, ele desligou o celular, sorrindo enquanto me olhava nos olhos, ele acelerou as metidas, e disse que iria gozar, peço pra ele gozar na minha cara, então fico de joelhos tocando uma punheta, ele goza na minha cara, mas decido não engolir, e logo depois gozo no chão do motel, passamos mais algum tempo juntos, e depois fomos tomar banho. A água quente escorrendo, os risos entre um toque e outro, e a sensação de que tínhamos matado o desejo. Voltamos para o quarto, vestimos nossas roupas e demos um beijos rápido, e ele foi pagar a conta.

Havia sido um sexo bom, mas nada memorável, e eu sabia que não seria algo que eu repetiria caso ele me chamasse de novo. No caminho de volta, Bernardo veio à minha mente, e a culpa começou a se instalar – duas traições, e agora o peso da consciência parecia mais forte. Quando cheguei em casa, encontrei-o na sala de TV, distraído, assistindo a alguma coisa. Decidi tentar quebrar o clima frio entre nós, me aproximei e deixei um beijo em seu pescoço.

— Vai continuar de birra? — perguntei, tentando aliviar o clima, mas ele se virou, mantendo a expressão fechada.

— Sim — respondeu de imediato, seu tom seco. — E é melhor tomarmos cuidado. Alysson está em casa.

Aquela resposta me desarmou, e a paciência já curta esgotou. Subi direto para o quarto, fechei a porta, e fui tomar um banho rápido, tentando clarear as ideias e colocar um ponto final naquela sensação sufocante. Mal saí do banho e estava me trocando quando Alysson entrou no quarto.

— Como estão as coisas entre você e o Bernardo? — ele perguntou, me olhando com uma mistura de preocupação e curiosidade.

Suspirei, terminando de abotoar a camisa e me sentando na cama por um instante.

— Estamos em crise — admiti. — Bernardo está com raiva porque eu não contei sobre a gravidez da Letícia… e parece que nada do que eu diga alivia isso.

Ele ouviu em silêncio, e então, num tom tranquilizador, sugeriu:

— Vou sair pra jantar fora, mas tem comida pronta na cozinha. Aproveite e jante com ele, tente resolver as coisas aos poucos.

Agradeci com um aceno enquanto ele saía, e fiquei alguns segundos em silêncio, refletindo. Bernardo e eu precisávamos conversar, mas a cada nova discussão, a distância parecia maior.

Rafael terminou de preparar os pratos e chamou Bernardo para jantar. Ele se aproximou, ainda com uma expressão séria, mas aceitou o prato e sentou-se à mesa, em silêncio. Rafael ficou olhando para ele por um instante, sentindo o peso da culpa, e então respirou fundo, decidido a abrir o coração.

— Bernardo, eu… eu sinto muito — começou Rafael, escolhendo as palavras com cuidado. — Eu sei que errei por não ter te contado sobre a Letícia antes, e não queria te deixar fora de nada. Eu só... fiquei confuso sobre como você reagiria.

Bernardo o olhou nos olhos e suspirou, a expressão suavizando um pouco. Ele apoiou o garfo no prato, como se considerasse as palavras de Rafael.

— Eu entendo que você ficou confuso, Rafa, mas é difícil pra mim quando você me esconde algo assim — disse Bernardo, calmamente. — Não quero que a gente tenha segredos, sabe? E, mesmo que eu fique chateado, prefiro saber as coisas por você do que pelos outros.

Rafael se sentiu aliviado ao perceber que Bernardo estava disposto a ouvir. Ele estendeu a mão sobre a mesa, tocando a de Bernardo com leveza.

— Eu prometo que não vou mais esconder nada de você. Não importa o quão difícil seja pra mim... eu só quero te ver feliz. E quero que você confie em mim de novo.

Bernardo apertou a mão de Rafael, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto, como se, aos poucos, o coração amolecesse.

— Eu confio em você, Rafa. Acontece que a gente tem que ser honesto um com o outro, porque eu também quero te ver feliz. E... sabe, o que importa é que você tá aqui agora, disposto a conversar.

Rafael retribuiu o sorriso, sentindo o alívio se espalhar. Eles continuaram jantando em um clima mais leve, trocando olhares e palavras que reconectavam os dois.

Depois do jantar, enquanto arrumavam a cozinha juntos, Bernardo olhou para Rafael, a expressão carinhosa e tranquila.

— Vamos descansar? — ele perguntou, puxando Rafael suavemente pelo braço.

— Vamos. Acho que estou precisando de uma boa noite de sono — respondeu Rafael, abraçando Bernardo e sentindo a familiaridade daquele gesto.

Enquanto se ajeitavam na cama, Rafael se aproximou de Bernardo, passando o braço ao redor dele e dando um beijo suave no pescoço dele.

— Amor, o que você acha da gente aproveitar um pouco mais a noite? — murmurou Rafael, deslizando a mão no peito de Bernardo.

Bernardo riu baixo, virando-se para encará-lo com um sorriso preguiçoso.

— Rafa, eu tô morto de cansaço… só quero dormir juntinho, sabe? — Ele passou a mão pelo rosto de Rafael, num gesto afetuoso. — Hoje, só um abraço já tá perfeito.

Rafael sorriu, assentindo, e o abraçou com carinho, sentindo o alívio de não precisar de mais nada naquela noite. Depois de um dia intenso e com a cabeça ainda cheia, estar ali, simplesmente juntos, era tudo que ele precisava. Eles se ajeitaram, e, entrelaçados, adormeceram em um silêncio confortável, com a certeza de que, mesmo em meio aos erros, podiam encontrar a paz um no outro.

No dia seguinte, fui até o apartamento esperar os móveis chegarem, e o Bernardo foi comigo. O clima entre nós estava bem mais leve, e, no caminho, conversamos um pouco sobre a Letícia, sobre a gravidez dela e a previsão de quando nasceria. Para minha surpresa, ele ficou feliz com as novidades, e eu senti que aquela distância entre nós estava diminuindo aos poucos. No meio da conversa, joguei uma indireta, dizendo que queria inaugurar o apartamento com ele, deixando o clima entre nós mais intenso.

Pouco tempo depois, o interfone tocou: era a entrega dos móveis. A animação tomou conta de mim, vendo o apartamento começar a tomar forma. Recebemos os moveis que eu havia comprado, que já eram suficientes para o básico. Bernardo deu a ideia de esperar um pouco mais para dormir ali, já que o espaço ainda estava meio vazio, mas eu estava decidido a passar minha primeira noite lá. Para tornar a experiência mais completa, decidimos passar em uma loja e comprar algumas coisas de casa: pratos, talheres, panelas, lixeiras e outras utilidades essenciais. Foi mais do que eu imaginava gastar, mas o orgulho de montar meu espaço valia a pena.

Voltamos para o apartamento já no final da tarde, e agora era a vez de inaugurar a cama. Entre sorrisos e beijos, nós a inauguramos com chave de ouro, e eu sentia que aquele momento era especial. Bernardo tinha algo único; ele me fazia sentir bem de verdade, e estar com ele ali era o começo de tudo que eu queria construir.

Dezembro chegou, e com ele o aniversário da Sofia. A festa de debutante estava marcada para janeiro, mas ela organizou um bolinho em seu apartamento, apenas para familiares e amigos próximos. Mesmo sem saber que eu era seu irmão, ela fez questão de me chamar. Eu sabia que dividir o mesmo ambiente com o Silas seria difícil, mas Sofia era especial para mim, e era inevitável que, em algum momento, eu teria que conversar com ele.

Cheguei ao apartamento com Bernardo, tio Alysson e Claudia. Sofia nos recebeu animada, claramente feliz com nossa presença. Entre os convidados, estavam amigas dela, além do próprio Silas e a Yves, que não deixou de me lançar aquele olhar de cima a baixo, como se minha presença ali fosse um incômodo.

A noite seguiu de forma animada, mas uma situação inesperada logo mudou o clima. Silas percebeu que havia esquecido de comprar refrigerantes, e Yves, em seu típico tom desdenhoso, disse algo que me atingiu fundo:

– Pede pro funcionário do Alysson ir buscar – referindo-se a mim de uma forma que me fez sentir pequeno. Como se eu não passasse de um empregado sem importância para ela. O comentário dela me incomodou de verdade, mas, antes que eu pudesse reagir, Silas a corrigiu:

– O Rafael não trabalha pra gente e não tem obrigação nenhuma de fazer isso. Ele é convidado aqui como qualquer outro.

Aquilo me pegou de surpresa. Ao mesmo tempo que as palavras de Silas me defenderam, também me deixaram confuso e incomodado. Decidi sair um pouco e fui para a varanda, e Bernardo logo veio atrás, percebendo que algo estava errado. Contei a ele sobre o comentário de Yves, e ele, sempre direto, murmurou baixinho:

– Imagina se ela soubesse que você é o filho do Silas.

Só que nós não estávamos sozinhos. Sem perceber, Sofia estava na varanda ao lado e ouviu o que Bernardo disse. Ela se virou para nós, o olhar espantado:

– Como assim?

Fiquei sem palavras, o coração batendo acelerado. O segredo que escondíamos estava prestes a ser revelado, e eu não sabia se Sofia iria me aceitar como irmão.

– Agora tudo faz sentido – disse Sofia, com uma expressão de surpresa no rosto.

– Calma, eu posso te explicar – tentei tranquilizá-la, buscando as palavras certas.

Ela me olhou profundamente, absorvendo as informações aos poucos.

– Por isso sempre houve um clima tenso entre você e o papai... – fez uma pausa, lembrando-se de algo. – E por isso o Bernardo ria tanto quando eu falava dos meus namorados... Meu Deus, você ouviu todas as minhas... baixarias – disse, sussurrando a última palavra, com uma leve risada envergonhada.

– Sofia, calma, tá tudo bem – tentei assegurar, enquanto respirava fundo. Permaneci em silêncio por um instante, até que ela prosseguiu.

– Isso é o máximo! Você é meu irmão... é gay... é perfeito! Meu Deus, me explica isso melhor – disse, ainda eufórica.

Soltei um suspiro de alívio e sorri.

– Fico feliz que sua reação seja assim. Confesso que tinha medo de você não me aceitar. Mas é uma história longa e complicada, e acho que aqui não é o melhor lugar para conversarmos.

– Nada disso! Preciso de pelo menos um resumo – respondeu, determinada.

Respirei fundo e comecei.

– Bom... seu pai engravidou minha mãe, mas disse que não ia assumir o filho que ela carregava – no caso, eu. E, como se não bastasse, ela foi expulsa de casa.

Sofia arregalou os olhos, com uma expressão de indignação.

– Que canalha! Não acredito que meu pai fez isso!

– Aí, anos depois, minha mãe voltou pro Alto. Eu comecei a trabalhar na fábrica do tio. Ele acabou descobrindo quem eu era, e eu soube de toda a verdade. Desde então, seu pai tenta algum contato comigo, mas... eu evito o máximo. Enfim, é isso.

Ela me olhou boquiaberta, processando a história.

– Gente, tô passada. Isso é cinema, isso é novela! Eu tô vivendo uma própria novela da Globo. Mas e aí? Como fica?

Eu ri, sentindo o alívio e a leveza na forma como ela reagia.

– E aí... é isso – respondi, sorrindo pra ela.

Num impulso, Sofia me puxou para um abraço apertado, e eu retribuí, completamente emocionado. Quando nos separamos, meus olhos foram direto para a sala, onde vi Silas nos observando de longe. Pela primeira vez, trocamos um olhar. Um sorriso sutil escapou de mim, como se aquele breve contato entre eu e ele eu tivesse dito, ela sabe e me aceita,, mesmo à distância, talvez fosse o começo de algo novo, e a presença de Sofia ao meu lado me deu uma tranquilidade que eu nunca imaginaria sentir.

O resto da noite seguiu de maneira leve, e em um determinado momento, eu me encontrei conversando com Silas. Foi algo natural, sem qualquer resquício da raiva que costumava carregar. Talvez fosse ali que uma semente estivesse sendo plantada, um começo, ainda que tímido.

Eu contei a ele, de forma resumida, que Sofia tinha ouvido minha conversa com Bernardo e que agora sabia que eu era seu irmão. Ela havia me aceitado, e confesso que isso foi uma surpresa para mim. Disse tudo de maneira clara, sem me prolongar; não queria estender demais aquela conversa. Pela primeira vez, senti que o peso que sempre pairava entre nós tinha desaparecido um pouco.

E mesmo com todo o alívio que a aceitação de Sofia me trouxe, sabia que havia ainda mais para ela conhecer. No entanto, aquela noite ainda não tinha acabado, e ainda vinha fortes emoções.

Após os parabéns a Sofia ajeitou o bolo em suas mãos e respirou fundo antes de pedir a atenção de todos. Quando o silêncio tomou conta do ambiente, ela sorriu e começou a falar, a voz embargada de emoção.

— Esse primeiro pedaço de bolo é muito importante para mim — começou ela, olhando ao redor e pausando, como se reunisse as palavras certas. — Hoje, quero dar ele para uma pessoa especial, que entrou na minha vida de uma forma inesperada e trouxe consigo um mundo novo que eu nem imaginava.

Meus olhos começaram a brilhar, e eu ouvia cada palavra com atenção, tentando entender para quem seria aquele pedaço. Eu já sentia meu coração bater um pouco mais rápido, mas tentava disfarçar, enquanto os convidados escutavam atentos.

— Esse ano não foi fácil pra mim, tive muitos desafios na escola e, por várias vezes, quase desisti de certas matérias... Mas essa pessoa sempre esteve ali, com paciência e uma dedicação que eu nem esperava. Mesmo sem ter a menor obrigação, me ajudou, me ouviu e foi meu maior apoio, mesmo quando eu achava que não conseguiria.

Apertei meus dedos um contra o outro, sentindo-se quase hipnotizado pelas palavras dela. Um leve sorriso surgiu em seu rosto, pois tudo o que ela dizia parecia familiar demais.

— Eu sei que, na verdade, a gente se conhece há pouco tempo, mas o que eu sinto é que ele é um amigo que sempre esteve lá, como se desde o começo a gente já se entendesse, se conectasse. Alguém que eu sei que vai estar comigo, independentemente de qualquer coisa. E, no fundo, eu já não sei o que faria sem essa pessoa.

Senti um aperto no peito, algo misto de emoção e nervosismo, enquanto os olhos dela procuravam os meus, trazendo uma mensagem silenciosa que apenas eu podia entender.

Sofia respirou fundo mais uma vez, visivelmente emocionada, e, com um sorriso carinhoso, continuou:

— Rafael... é pra você.

O ambiente ficou em silêncio, e meus olhos se encheram de lágrimas, eu senti que, naquele instante, estava recebendo algo mais do que um pedaço de bolo. Era o abraço de aceitação que eu nunca soube se teria. Me aproximei com um sorriso emocionado, e a abraçou apertado, sentindo que, pela primeira vez, havia ganhado não apenas uma irmã, mas uma cumplicidade que carregaria para sempre.

Claro que o discurso da Sofia nem todos entenderam; talvez apenas eu, Bernardo e as poucas pessoas ali presentes que sabiam que Silas era meu pai. Entendi a mensagem dela, e a alegria que pulsava no ambiente me fez sentir que agora eu tinha oficialmente uma irmã. Aquela noite se tornara uma das melhores da minha vida, um marco que anunciava que minha trajetória estava prestes a mudar.

A cada palavra que Sofia pronunciava, eu sentia os laços familiares se entrelaçando ao meu redor, como se estivesse sendo envolvido por algo novo e aconchegante. Em menos de um ano, minha vida havia mudado completamente. Eu estava amadurecendo, apaixonado por Bernardo, e agora conhecendo uma família que jamais pensei que um dia teria.

Mas, enquanto a alegria preenchia o ar, percebi a presença de Yves, sua expressão confusa e irritada. Ela não parecia entender o que estava acontecendo, e suas reações cada vez mais hostis começaram a me incomodar. Vi quando ela puxou Silas pelo braço, levando-o para um canto mais afastado dos convidados. Algo dentro de mim me instigou a ir atrás deles. Enquanto caminhava em direção à cozinha, o meu coração disparava, uma mistura de curiosidade e apreensão. Queria saber o que ela tinha a dizer.

— Silas, você realmente vai deixar isso acontecer? — Yves disse, a indignação transbordando de sua voz. — Esse garoto só pode estar se aproveitando da nossa filha! Faça alguma coisa!

— Ele não fez nada! Deixe de neura, Yves! — Silas respondeu, forçando a calma enquanto sentia a tensão crescente. — Rafael é um amigo da Sofia, e ela o convidou. Não tem nada de errado nisso.

— Como você pode ser tão cego? — Yves retrucou, o tom de voz subindo. — Porque ela ia entregar o primeiro pedaço de bolo para ele? Ele não pertence a essa família!

— Eu não faço ideia

Yves cruzou os braços, sua expressão misturando raiva e desdém. Ela se aproximou de Silas, quase sussurrando, mas com um veneno evidente nas palavras, e me observou ouvindo aquele conversa e disse:

— O que você fez com a nossa filha, moleque?? — Ela se virou para mim, o olhar maligno como uma lâmina afiada. — Você se aproveitou dela, não é? Um garoto caipira como você, com suas origens humildes. Você não pode oferecer nada a ela, além de uma vida de miséria?

As palavras dela foram como um soco no estômago, fazendo meu coração disparar. A dor e a humilhação me invadiram, e eu estava prestes a desabar em lágrimas. Mas, antes que eu pudesse reagir, Silas falou.

— Cale a boca, Yves! — Silas gritou, a raiva agora evidente em sua voz. — Respeite o Rafael! Não é nada disso que você está pensando, Rafael é meu filho, e a Sofia descobriu isso hoje. Ela aceitou ele como irmão, e você não tem o direito de menosprezá-lo. O que aconteceu entre nós foi algo que você não entende! Ele é parte da minha vida e agora da nossa família!

Yves ficou boquiaberta, a expressão de incredulidade e choque em seu rosto. A raiva que antes dominava seu ser parecia evaporar, substituída por um olhar de confusão.

— O QUE? — ela gritou, incapaz de processar a revelação, enquanto seus olhos se arregalavam.


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Comentários


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daniel13 Comentou em 28/10/2024

Ainda bem que não só sou eu que não acho certa essas traições kk Mentiras nunca da certo Ou abri o relacionamento ou vai curtir a vida de solteiro

foto perfil usuario ramanceg

ramanceg Comentou em 26/10/2024

Adoro seus contos. Confesso que fico meio triste com essas traições. Pareciam um casal muito bonito mas sem confiança:(




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Ficha do conto

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Nome do conto:
ENTRE CAMINHOS E SEGREDOS [33] ~ Descobertas

Codigo do conto:
221755

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
25/10/2024

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