Padre Malaquias era um daqueles párocos da velha geração, conservador, austero e provinciano; para ele era tudo preto no branco; pecou, pagou penitência, mas perdeu o paraíso para sempre! Aos arrependidos o purgatório e de lá só descendo; não havia segundas chances, nem para os mendicantes que transformavam a miséria em uma atividade elogiada pelo Satanás, e para as adúlteras o destino líquido e certo era o caldeirão do Capeta! Ou seja, padre Malaquias era aquele temido por todos, respeitado por alguns e odiado pelos desafetos que não eram poucos. Vivia uma vida monástica na casa paroquial cuja administração estava nas mãos de Dona Dulce, uma viúva simpática que após perder o marido dedicou o resto de sua vida para a Igreja deixando de viver para os valores mundanos. Malaquias dividia seus dias entre missas, sessões no confessionário, a catequese juvenil, a busca pelas ovelhas desgarradas do rebanho e algumas celebrações públicas promovidas pela Prefeitura que além entediantes eram em sua maioria insuportáveis. Uma dessas celebrações chamou a atenção do pároco e dizia respeito ao retorno do único filho de Dona Dulce para o seio familiar; Justino fora tentar a sorte na cidade grande após o falecimento do progenitor e retornou com ares de quem se deu bem; conduzindo um carro esporte, vestindo roupas caras, cuidando da aparência, o rapaz foi recebido com toda a pompa e circunstância que a ocasião merecia causando enorme alvoroço na pacata cidade em especial entre as moçoilas sempre ávidas por conseguirem um bom partido para o casório. Todavia, Padre Malaquias sentiu algo estranho quando o rapaz o abraçou efusivamente impregnando as narinas do cura com seu odor perfumado e provocando arrepios apenas por conta do contato corporal simbólico; a celebração foi curta, porém singela provocando lágrimas na mãe orgulhosa pelo filho vitorioso, se encerrando sem mais delongas; nos dias que se seguiram Justino era presença constante na casa paroquial e de alguma forma incompreensível aquilo incomodava o religioso que sentia uma insinuação em seus olhares e sorrisos; certa tarde o rapaz veio ter com o padre solicitando que ouvisse sua confissão; Malaquias lhe explicou que o local correto para isso era o confessionário situado na igreja, porém Justino insistiu chegando a implorar que fosse ouvido. Com muita resistência Malaquias se deu por vencido e foram para a sala de leitura onde se acomodaram em poltronas de couro uma de frente a outra; depois de respirar fundo o rapaz deu início à confissão. “Padre, me perdoe porque eu pequei …, foi o pecado da carne! Eu me entreguei à luxúria …, usei meu corpo como objeto de prazer em troca de dinheiro …, fui seviciado, usado e abusado …, mas o pior foi que …, eu gostei!”, revelou a rapaz em tom de desabafo incontido com os olhos marejados, diante de um religioso que ostentava uma expressão embasbacada e incrédula diante do que estava a ouvir. E a medida em que a narrativa ganhava contornos ainda mais obscenos e impuros Malaquias experimentava um amálgama de sensações que variavam entre a reprovação e a excitação. Ao término de sua confissão, Justino se pôs de joelhos aos pés do pároco apoiando suas mãos sobre o colo de Malaquias suplicando entre lágrimas e soluços a penitência que salvasse sua alma; Malaquias, que respirava com dificuldade hesitou antes de pousar suas mãos sobre a cabeça do rapaz sussurrando uma oração em latim e em seguida aplicando a penitência; por alguns instantes ambos permaneceram naquela posição, até Malaquias sentir uma vibração incomum. Antes de ir embora, Justino abraçou o padre e depois beijou sua face, gestos que fizeram Malaquias estremecer experimentando uma estranha excitação; e naquela noite em seu quarto, o religioso não conseguia pegar no sono transtornado com a narrativa licenciosa e profana de Justino que rondava sua mente e açodava seu corpo tomado por calores inexplicáveis, tremores fora de hora e principalmente uma ereção que ele jamais sentira antes em sua vida; tomou uma ducha fria e depois se valeu de sua disciplina (chicote de sete ramas) para autoflagelar-se como forma de afastar aqueles pensamentos libidinosos de sua mente o que não logrou êxito com o pároco passando por uma noite tormentosa que parecia não ter mais fim; a certa altura ele sentiu uma presença malévola naquele recinto. “Você quer violar aquele rapaz, não é padre sapeca? Sim! É exatamente isso que você quer, seu pervertido! E o que te impede? Certamente não sou eu!”, ecoou uma voz gutural dentro da cabeça de Malaquias que quase perdeu os sentidos tal fora o susto que o acometeu; desesperado ele se pôs de joelhos no meio do quarto orando com enorme fervor suplicando a todos os Arcanjos que viessem em seu socorro afastando aquela tentação vil de seu corpo e de sua mente …, e ele orou até desfalecer no chão frio choramingando entre lágrimas e soluços. Na manhã do dia seguinte, Malaquias acordou tomado por dores excruciantes, tremores e uma sensação febril; com muito esforço ele se levantou do chão, arrastou-se até o banheiro tomando uma ducha morna e logo vestindo sua batina pronto para mais um dia de orações; ao chegar na cozinha deu com Dona Dulce preparando seu café e ao lado dela o jovem Justino que tinha um ar cabisbaixo incapaz de fita o rosto do religioso. Após se alimentar muito mal, Malaquias foi para a igreja e suportou com muito esforço a realização da primeira missa do dia, se sentindo fraco para prosseguir, pedindo perdão aos devotos e tornando a se recolher na casa paroquial com Dona Dulce correndo até a clínica do Doutor Alfredo que logo veio ter com o padre. Após um rápido exame, o médico diagnosticou o religioso com um mal-estar decorrente de uma crise de estafa; receitou-lhe alguns medicamentos e repouso, por pelo menos, seis dias; mesmo se mostrando relutante em especial com suas atribuições enquanto pastor de um rebanho de crentes, Malaquias não teve escolha senão acatar as ordens médicas, cabendo a Dona Dulce cuidar para que ele se recuperasse o mais breve possível; Malaquias optou por não solicitar um auxiliar junto à Cúria, orientando à viúva a pedir que os fiéis comparecessem nos horários das missas para rezar o terço. E nos dias que se seguiram, Malaquias recebeu os cuidados tanto de Dulce como também de Justino. Dois dias depois Malaquias manifestou o desejo de tomar um banho e imediatamente Justino se prontificou a ajudá-lo na tarefa; o pároco bem que hesitou, porém sabia que não tinha escolha; juntos eles foram ao banheiro cabendo ao rapaz ajudar o religioso a se despir; se pondo nu diante de Justino, Malaquias ensaiou um gesto pudico, mas logo percebeu que isso seria inútil observando o olhar guloso do rapaz examinando as formas viris do pároco que mal sabia o que fazer; Justino sugeriu usarem a banheira, mas recusou preferindo o chuveiro; já debaixo do jato morno Malaquias esboçou gestos para se ensaboar logo descobrindo que seria uma tarefa indômita. Repentinamente, Justino começou a se despir e em seguida entrou no box tomando a esponja da mão de Malaquias passando a ensaboá-lo com cuidado e esmero; vez por outra ambos se esfregavam de forma involuntária, sempre evitando que o contato se prolongasse. Num desses momentos, Justino deu as costas ao padre esfregando suas nádegas roliças no membro dele que reagiu de pronto ensaiando uma vigorosa ereção; o pároco ficou estupefato se vendo paralisado e ao mesmo tempo receoso do que estaria por vir; Justino se esfregou mais algumas vezes até se voltar ficando de frente para o padre que exibia um olhar amedrontado ainda sem reagir; foi então que o rapaz se pôs de cócoras diante do religioso tomando o membro em uma de suas mãos dando pequenos apertões enquanto lambia a glande mirando o rosto de Malaquias que mesmo assustado não regia, o que Justino entendeu como uma rendição fazendo o instrumento rígido desaparecer dentro de sua boca. O rapaz se dedicou a propiciar ao pároco uma experiência tão intensa sugando aquele membro cuja dureza era assombrosa para ambos. Em alguns momentos, Malaquias tentou se desvencilhar do assédio oral a que estava sendo submetido, porém Justino o impedia segurando o membro com uma firmeza carinhosa tornando inútil qualquer tentativa do pároco que com o passar do tempo se viu enredado por uma desmedida sensação de êxtase conduzindo sua mente em obediência ao puramente sensorial ignorando a razão e também sua ética religiosa; Justino se deliciou em saborear aquele membro de dimensões inquietantes e avançou até o corpo de Malaquias dar os primeiros sinais de que o clímax se aproximava de forma inexorável. Tomado por contrações e retesamentos musculares involuntários Malaquias se contorceu tomado por uma estranha vibração que logo eclodiu em um gozo abundante inundando a boca de Justino que não foi capaz de reter a carga de sêmen tal era o volume recuando e deixando-se lambuzar pelo gozo que escorria de sua boca ao mesmo tempo em que ainda vertia copioso do membro que pulsava com certo vigor. “Padre safado! Vai, não perde mais tempo! Rasga o cu dele, seu pervertido! Tá esperando o quê?”, ecoou novamente aquela voz interior com tom de escárnio; tomado por um lampejo de razão, Malaquias recuou sentindo as pernas bambas e o corpo tremelicando sem controle; quase em lágrimas ele suplicou que o rapaz o deixasse sozinho mal conseguindo balbuciar as palavras o que levou Justino a atendê-lo saindo do banheiro. E nos dias que se seguiram, Malaquias pediu a Dulce que mantivesse seu filho afastado da casa paroquial justificando que sua presença poderia alimentar férteis comentários indesejados; um tanto reticente ela acabou aceitando e o padre cuidou de sua higiene pessoal sem qualquer ajuda; não demorou para que ele estivesse recuperado retomando suas atividades diárias sempre evitando encarar o rosto de Justino que se sentava no primeiro genuflexório e era o primeiro a receber a hóstia consagrada. Malaquias ainda era assolado por noites tormentosas com centenas de pensamentos libidinosos tomando conta de sua mente e em todos eles Justino sempre estava presente. Uma tarde após a eucaristia da hora do Angelus, Dulce veio ter com o pároco implorando para que ele recebesse seu filho que estava transtornado carecendo de ser ouvido em confissão; Malaquias tentou de todas as formas escapulir do pleito, porém a viúva se mostrava decidida a ver o pedido atendido e por fim sagrou-se vencedora com o religioso pedindo que trouxesse o filho após o jantar e que se mantivesse ao lado dele durante todo o tempo em que estivessem juntos. Passava das nove da noite quando Malaquias terminou seu jantar pedindo que Dulce lhe trouxesse café ao que foi prontamente atendido, todavia não por ela, mas sim por Justino que surgiu trazendo a bandeja com o bule e xícaras deixando Malaquias surpreso e aturdido. Ao depositar a bandeja sobre a mesa o rapaz tomou uma atitude ainda mais surpreendente se despindo até pôr-se nu diante do pároco que mais uma vez, viu-se enredado pelo desejo que ardia em suas entranhas; foi então que tudo tomou um rumo desatinado com o religioso se levantando enquanto o rapaz avançava em sua direção abraçando-o com sua boca a procura da outra não demorando em selar um beijo quente, molhado e lascivo que fez Malaquias se render de vez; eles se engalfinharam entre beijos e apalpações com Justino logo cuidando de despir o parceiro pondo-se de cócoras mais uma vez tomando o membro enrijecido em sua boca. Como se não houvesse mais nada ao seu redor o casal foi levado para o quarto onde se dispuseram a uma prática ainda mais luxuriosa deitados em posição invertida um sobre o outro permitindo que ambos pudessem saborear seus membros. E a insanidade seguiu seu curso com Justino se pondo de quatro sobre a cama exibindo seu traseiro roliço para o pároco que separou as nádegas com as mãos linguando o rego cutucando o selinho que piscava arredio; Malaquias tomou posição com Justino afundando o rosto em um travesseiro se empinando ainda mais pronto para receber o macho dentro de si; foi uma penetração trabalhosa para quem a praticava pela primeira vez, mas o religioso logo logrou êxito em empalar o rapaz com sua verga rija passando e estocar com movimentos lentos e profundos que logo foram ganhando uma cadência própria transformando a cópula em uma dança repleta de plasticidade e erotismo desmedido. Não demorou ao suor prorromper por todos os poros dos corpos ardentes com Malaquias exibindo um desempenho impressionante fruto não apenas de sua avidez inesperada como também por um êxtase sensorial estimulado por algo além do seu alcance e controle que apenas o impelia a desfrutar ao máximo o prazer que a curra lhe proporcionava, pondo ao largo a razão e a obrigação; por mais de uma vez o casal trocou de posição com Justino em decúbito dorsal com as pernas flexionadas recebendo o parceiro dentro de si em voluptuosa penetração e ainda ganhando uma masturbação com a mão hábil do pároco ampliando o prazer desfrutado por ambos. E quando finalmente o clímax do religioso se fez presente inundou Justino com um volumosa carga de sêmen que por sua vez correspondeu com uma ejaculação profusa. Por toda a noite Malaquias e Justino desfrutaram de um prazer indômito com o rapaz servindo a todas as formas lascivas com que o desejo do pároco se manifestava e que parecia não ter fim; Justino serviu ao seu macho com esmero, carinho e dedicação não poupando esforços para satisfazê-lo ao mesmo tempo em que usufruía de tudo com a mesma intensidade e volúpia. Houve um momento em que Malaquias viu-se tomado por uma dor lancinante como se uma chama ardesse em seu interior e acabasse por fazê-lo desfalecer perdendo os sentidos. “Finalmente! Sentistes o prazer ardendo dentro de sua alma, seu depravado? Este será o mundo em que viverás a partir de hoje!”, sussurrava uma voz cavernosa eclodindo entre risadas maledicentes. Quando voltou a si Malaquias se viu sozinho em seu quarto tomado por dores que afligiam seu corpo e também sua alma; cambaleando ele se levantou e foi para o banheiro tomando uma ducha que não serviu ao propósito de aliviar as dores; enquanto se secava notou algo estranho no reflexo do espelho e quando apurou a visão ficou alarmado com o que viu. “Bem-vindo ao Inferno!”, era a escarificação estampada em seu peito; Malaquias gritou enlouquecido caindo de joelhos …, misteriosamente o pároco desapareceu sem deixar rastros de sua existência sobre a terra.
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