Pedro - colegas de trabalho 8/7

        Eu trabalho numa empresa de médio porte que lida com distribuição de alimentos, e a maioria dos funcionários são homens. E que homens!
        Hoje falarei sobre o Pedro: um homem alto, com um metro e oitenta, cabelos e olhos castanhos escuros, pele branca, barba por fazer, voz grave, não é magro, mas também não chega a ser gordo. Eu diria que apesar dos poucos pelos, ele me lembra um urso, forte e grande.

        Pedro chegou à empresa um ano e meio depois da minha contratação, era um dia chuvoso de inverno e a manhã estava fria e nublada. Passei todo o primeiro horário sem saber que tínhamos um novo funcionário, havia ficado a manhã toda na sala de manipulação ajudando o Thiago numa grande encomenda que deveria ser entregue às quatro da tarde.
        Morrendo de fome fui ao refeitório, já passava das doze e meia da tarde, assim que entrei vi um homem sentado e comendo seu almoço sozinho. Nunca o tinha visto, nem mesmo sabia seu nome, ele não notou quando eu entrei, pois sua atenção estava dividida entre o prato de comida e o celular.
        - Boa tarde – disse por pura educação enquanto andava até a geladeira.
        Ele levou um pequeno um susto e olhou em volta.
        - Boa tarde – disse ele com uma voz de locutor de rádio.
        "Uau! Que voz;" pensei.
        - Onde está o resto da gangue? – perguntei gesticulando para as várias cadeiras vazias.
        - Acho que a maioria foi para um almoço numa churrascaria, comemorar o aniversário de um tal de Jeffersson.
        "Realmente, era aniversário do Jeffersson;" pensei.
        - E você é o técnico que veio concertar o servidor? – perguntei abrindo a geladeira e pegando meu almoço, coloquei dentro do micro-ondas e liguei a máquina.
        - Não, sou o novo vendedor – disse olhando o celular. – Comecei hoje.
        - Prazer, Felipe – disse indo até ele e estendendo minha mão direita.
        - Pedro – e ele apertou minha mão, um aperto firme e seguro.
        Meu almoço estava pronto e comecei a comer tendo Pedro como minha única companhia, nós conversamos muito, e eu já tinha muita informação sobre ele. Pedro era casado, mas não há muito tempo, estava tendo problemas com sua esposa devido às manias que tinha quando solteiro e que agora – depois de casado – sua senhora queria extintas.
        - Não se pode mudar do dia para a noite – falava ele em defesa própria.
        - Concordo – eu apenas concordava.
        O horário de almoço se foi e voltamos para o trabalho, Thiago e eu ficamos a tarde toda naquela maldita encomenda que parecia não ter fim. Ele reclamava mais do que produzia e aquilo atrasava nosso lado, porém era uma boa companhia, quando resolvia calar a boca.
        A tarde passou e já eram seis horas, eu estava do lado de fora da empresa montado na minha moto quando vi o Pedro indo para o ponto de ônibus, dei duas buzinadas rápidas e ele ouviu. O novato veio em minha direção e então percebi que ele era um daqueles homens que não brincam em serviço, seus ombros largos e peito musculoso me faziam lembrar um apelido comum para aquele biótipo. "Leão de chácara;" pensei.
        - E aí, beleza? – perguntou o rei das selvas.
        - Beleza – sorri -, indo para casa?
        - É meu carro entrou em greve – ele sorriu. – Agora estou dependendo da boa vontade dos ônibus.
        - Onde você mora?
        - Ali no Pinheiro.
        - Sobe aí – disse dando a ele o capacete reserva-, é perto da minha casa. Te dou uma carona.
        - Sério?
        - Claro cara, de boa, sobe aí.
        Colocamos os capacetes e ele sentou-se na minha garupa. A moto inclinou um pouco e achei que não fosse aquentar o peso de nós dois, ele era muito pesado. Porém ela aguentou firme, afinal de contas era uma Honda. Sai do estacionamento da empresa pela Avenida Fernandes Lima sentido centro, como sempre não havia trânsito, no entanto, do outro lado do canteiro, sentido Tabuleiro, o engarrafamento da hora rush era enlouquecedor. Voamos pelo asfalto aproveitando os sinais verdes ao longo do caminho, quando chegamos ao cruzamento do Hiper farol o semáforo estava vermelho e nós paramos. Senti que Pedro se mexia atrás de mim, o que me deixou com um pouco de medo, estávamos na avenida mais movimenta do Estado e só uma das minhas pernas alcançava o chão e era isso que estava mantendo a moto em pé enquanto parada. Ele continuou se mexendo por um tempo, mas logo parou, bem colado ao meu corpo, eu podia sentir o seu calor, e podia sentir também a pressão que seu pênis duro fazia na calça social que ele usava quando rosava na minha lombar.
        "Esse santo tá querendo reza;" pensei. "E eu estou louquinho pra fazer uma novena!"
        Inocente como uma prostituta, rapidamente peguei a deixa do colega e sempre que possível eu dava o que gosto de chamar de rebolada básica. Percebi que o pau dele ficava cada vez mais duro, e cada vez mais ele o rosava em mim. Diminui a velocidade da moto na estrada e seguimos assim por um tempo. Estávamos chegando perto do shopping e eu sabia que havia um motel na Avenida Rotary, era perto do nosso destino final, mas escondido o bastante para não sermos vistos. Acelerei novamente, mas ao em vez de dobar a direta fui para a esquerda, ele se contorceu um pouco atrás de e gritou pelo capacete.
        - Para onde vai?
        - Para você quer ir!
        - O que?
        - Relaxa, já estamos chegando!
        Dobrei a direita e mais uma vez à esquerda, a placa era grande e iluminada por neons. Motel Recanto de Afrodite. Pedro ficou ainda mais inquieto quando viu o prédio para o qual eu o estava levando. A rua era deserta durante a noite, e por ser inverno, as seis e pouca da tarde a lua reinava absoluta no céu. Havia cerca de quatro ou três casas apenas, os outros edifícios eram todos comercias que àquela hora já estavam fechados há muito tempo.
        - Você ficou maluco? – perguntou ele. – Para a moto, eu vou andando pra casa.
        - Relaxa! O porteiro é meu amigo, você nem precisa tirar o capacete.
        - Para essa merda! – gritou ele com raiva.
        A voz dele era grave e eu já estava acostumado, mas aquele grito me deu medo, por um momento achei que ele fosse me machucar, então parei a moto para evitar um acidente. Estávamos a menos de cem metros do motel. Se ele tentasse me atacar talvez eu conseguisse correr e gritar por ajuda, Alan era o porteiro e meu amigo de infância, com certeza ele me ajudaria. Além do que eu deveria ser mais rápido do que o Pedro em corridas desesperadas. Ele respirou fundo e meu sangue gelou.
        - Desculpe – disse por fim com uma voz carregada de culpa.
        - Tudo bem, eu não deveria ter feito isso – meu sangue havia voltado a circular.
        - A culpa não é sua, eu que comecei – ele tirou o capacete e eu o imitei. – Não transo com minha mulher desde nossa ultima briga, e isso tem mais de uma semana. Aí quando sentei atrás de você, todo cheiroso e durinho. Não aguentei. Tô matando cachorro a grito, cara.
        - Percebi. Por isso nos trouxe até aqui – apontei com a cabeça para o motel no fim da rua. – Ninguém vai reconhecer você.
        - Não vou mentir pra você e dizer que nunca fiquei com um cara antes – ele começou. – Mas isso já faz tempo, é passado, agora já passei dos trinta.
        - E eu já passei dos vinte.
        - Eu sou casado, garoto.
        - Você já me disse isso, e se acha vou querer que largue a sua esposa por mim - eu sorri -, está enganado. Só quero foder. Apenas isso. Você ateou fogo, agora trate de apaga-lo. – eu disse pegando em seu pau e ele suspirou fundo.
        - Apenas foder? – perguntou com um sorriso torto.
        - Não há crianças aqui, sei o que eu quero e sei o que você quer, então vamos logo com isso.
        - Ligue a moto.
        Sorrindo eu coloquei o capacete novamente e fomos para o motel no fim da rua. Alan me reconheceu de imediato, não fez perguntas e não pediu documentos, aquele favor me custaria uma garrafa de vodka russa, mas seria um bom investimento. Fomos para o bangalô de número sete, estacionei a moto na garagem e fechamos as portas. Era um quarto bonito, nada luxuoso, apenas cama, frigobar, o espelho no teto com é de costume e uma pequena banheira no canto direito. Coloquei minhas chaves na mesinha de centro e Pedro veio a passos largos até mim.
        - Auto lá tigre! – disse fazendo sinal para que ele parasse.
        - O que foi?
        - Tire suas roupas com calma e paciência, você é casado lembra? – disse com voz de dengo. – Não seria bom chegar em casa com a camisa amassada ou faltando um botão. Mulher quando desconfia, investiga melhor que a polícia federal, então não dê motivos para que ela desconfie. Temos que ser rápidos.
        - Garoto esperto.
        Pedro despiu-se e pendurou as roupa com cuidado, eu já estava pelado na cama apenas observando o quanto ele era másculo. Suas costas musculosas e largas, sua bunda farta, seus braços grossos, e quando ficou de frente para mim, vi que se tamanho fosse documento o pau dele teria uma certidão de nascimento quilométrica. Ele era homem para duas noites, mas eu teria que acabar com isso em menos de meia hora. Ele subiu na cama e começou a me beijar, sua barba arranhava minha face lisa e aquilo arrepiava meu corpo por inteiro. Suas mãos grandes seguravam meus ombros e sua força me deixava paralisado. O pau latejante dele batia em minha barriga e eu queria ir direto ao ponto. Ele ficou de joelhos ao meu lado e fez sinal para que eu chupasse seu pênis. Tinha uma cabeça grande e vermelha, duas bolas enormes embaixo e pelos macios em cima. Coloquei minha boca naquela vara e chupei o mais forte que eu pude, ele gemia e puxava meus cabelos, eu massageava suas bolas grandes com força e ele gemia mais alto. Pedro colocou as duas mãos na minha cabeça e forçou-me a fazer um garganta profunda, divino, foi maravilhoso. Aquele pau enorme dentro da minha boca. Eu queria mais. Queria foder.
        - Fica de quatro pra mim – disse ele em tom de autoridade com aquela voz de locutor.
        Eu me posicionei com charme e fiquei como ele queria, Pedro veio por trás e começou a colocar seu pau no meu ânus, era muito grande, estava doendo, mas eu aguentei. O cacete dele já estava molhado e isso ajudou um pouco, mas ainda assim doía muito. Pedro colocou a sua mão direita no meu pênis e começou a me masturbar, eu gemia, ele estava com o pau dentro do cu e me masturbando ao mesmo tempo. Quando eu já estava me acostumando com o a sensação ele começou a socar no meu ânus. Eu gritei.
        - Aguenta até o fim! – rugia ele.
        - Sim! Eu eu eu vou aguentar! Não papara! – eu gritava gemendo e gaguejando.
        Pedro tinha o dobro, não, o triplo da minha força, e ele a usava com toda vontade. Por alguns momentos achei que ele me fodia imaginando a própria esposa, mas isso não me deixava com raiva, afinal eu só queria foder, e estava fodendo. Fodendo muito.
        Estávamos suando em bicas quando senti um turbilhão de gala dentro do meu ânus e ouvi o rugido de Pedro antes de ele cair ao meu lado na cama. Seu pau ainda estava duro e todo melado de porra. Devagar fui até ele e comecei a chupa-lo, até deixa-lo limpo.
        - Ainda quer mais? – perguntou ele passando a mão em meus cabelos.
        - Sim, mas querer não poder. Você tem que ir para casa antes que sua mulher ligue – disse quando tirei o pênis dele da boca. – Hoje foi apenas hoje, não se apegue, pode não haver um amanhã.
        - Melhor assim – disse ele.
        - Agora vá tomar um banho rápido para eu leva-lo em casa.
        - Você vem junto?
        - Não. Ficarei apenas admirando.
        E ele foi.
       Deitado na cama eu o via banhar-se na pequena banheira e me perguntava se algum outro dia eu teria aquele homem novamente.
       "Não seja tolo;" pensei. "O hoje é só o hoje, nunca se esqueça disso. O futuro a Deus pertence."

        
               Fim.


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Ficha do conto

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inverno

Nome do conto:
Pedro - colegas de trabalho 8/7

Codigo do conto:
63535

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
12/04/2015

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