A musica estava alta e meus pensamentos corriam longe. Meu corpo ainda estava sentado no banco do bar daquela boate, mas minha mente voltara para o quarto do pecado e meus olhos mais uma vez contemplaram a traição. Meu namorado e meu amigo, nus em pelo em cima da minha cama.
"Malditos... Desgraçados;" pensei.
Coloquei os cotovelos no balcão e meus dedos sobre o queixo, então senti a aliança na minha mão direita. Olhei aquele pedaço de prata que outrora significava tudo para mim, mas que agora não era nada além de um anel bonito. "Como ele pode fazer isso comigo?" Pensei. "Eu larguei tudo por ele, sai da minha casa, briguei com a minha família. E no fim ele me trai com o meu melhor amigo." Meus olhos estavam novamente se enchendo de lágrimas, mas eu não queria chorar, não. Não choraria por ele, nunca mais. Retirei a aliança do meu dedo e a joguei dentro do meu copo de whisky, bebi o resto do drink e fiquei vendo a joia lá dentro, entre o gelo, pois assim era o coração daquele que me traíra.
- Mais uma rodada? – perguntou o barman.
- Só se você vier como brinde – disse com a voz roca e ele sorriu.
- Foi mau, você é bonito, mas já tenho namorada – disse ele mostrando a aliança.
"Um heterossexual trabalhando em uma boate gay;" pensei e sorri.
- Não. Obrigado, vou ficar por aqui mesmo – respondi por fim.
- Beleza – e ele foi atender outro cliente.
Uma musica estranha começou a tocar mais alto do que as outras, não tinha letra e era totalmente eletrônica, puro bate estaca. Nunca fui de dançar, principalmente um ritmo tão acelerado como aquele, mas quando percebi já estava na pista. Eu estava me sentindo livre, leve e solto. Não sabia se estava dançando bem – provavelmente não estava -, mas eu não me importava. Minhas pernas mexiam e meus quadris seguiam o ritmo das batidas. Não parecia difícil. Aos meus olhos nem a Madonna chegava aos meus pés.
A canção parecia não ter fim e acelerava cada vez mais, pessoas pulavam e gritavam, as luzes deixavam o ambiente ainda mais frenético e maravilhoso. No auge da adrenalina, quando meu coração pulsava a mil por hora, a musica finalmente terminou, e eu me vi ali, parado em meio a várias pessoas estranhas abraçadas e se beijando. A próxima canção começou e esta era mais lenta, ainda na pista comecei a me mover e percebi que meus quadris estavam a rebolar. "Que se dane!" Pensei; "vou da à loca e culpar a bebida depois!" Eu comecei a reconhecer a musica, happy, do cantor Pharrell Williams. E como a própria letra dizia eu estava feliz. Queria que o mundo se fodesse! Queria que meu ex-namorado se fodesse, queria que meu ex-melhor amigo se fodesse! Queria apenas ficar ali, dançando. Fechei os olhos e mexi o corpo.
Um cheiro de perfume francês invadiu o meu olfato, era o mesmo perfume do meu agora ex-namorado, abri os olhos e olhei em volta, mas ele não estava ali. O cheiro ficou mais forte e um moreno de pele calara e cabelos negros como a noite veio até mim. Seus olhos azuis penetraram minha alma, seus lábios cor-de-rosa gritavam por minha boca. Ele era lindo. Veio ainda mais perto e pousou suas mãos na minha cintura, estávamos dançando. Ele era um pouco mais alto do que eu, isso deixava meus olhos no mesmo nível de sua boca. A musica estava chegando ao fim quando duas mãos sorrateiras me agarraram por trás, virei-me para ver quem era e levei um susto, era a mesma pessoa. O mesmo moreno de olhos azuis e lábios cor-de-rosa.
"O que?" Pensei. Eu sabia que de dose em dose, havia tomado mais que metade de uma garrafa de whisky no bar, mas nunca chegara ao ponto de ver dobrado.
- Ele é meu irmão – disse o que estava na minha frente quando percebeu a confusão no meu rosto.
"Gêmeos..." Pensei; "minha constelação favorita!"
- Foi-nos ensinado a compartilhar tudo desde muito cedo – disse aquele me agarrava por trás enquanto beijava minha nuca. – Algum problema?
- É como diz o ditado senhores. Um é pouco, dois é muito, mas três é de mais! – e beijei o irmão a minha frente e rebolei para o deleite do irmão vampiro que mordiscava meu pescoço logo atrás.
E assim dançamos por um bom tempo, os gêmeos me cercando por ambos os lados e eu totalmente indefeso no centro. Meus olhos variam aquelas bocas, aqueles físicos definidos nas camisetas apertadas. Meu tesão estava nas alturas.
- Vamos para um lugar mais reservado? – disse para ambos.
- WC? – perguntaram em uníssono.
- O que? – eu disse rindo.
- É mais fácil ver do que falar.
O irmão a minha frente pegou-me pela mão e me puxou pela pista, o vampiro veio logo atrás segurando em meus ombros, passamos por várias pessoas e saímos atrás da mesa do DJ. O som era mais abafado e a luz um pouco mais forte, eu os conseguia ver melhor, eram ainda mais belos do que eu esperava que fossem. O irmão que ainda segurava minha mão estava vestido de vermelho e calça jeans detonada, o vampiro empoleirado em meu pescoço estava todo de preto, coincidência? Talvez. O gêmeo de vermelho nos guiou por alguns corredores desertos até uma porta onde duas letras estavam entalhadas na madeira branca. WC.
- WC? – perguntei.
- Water closet – disse o vampiro.
- Armário de água?
- Ei, não nos culpe. Foram os ingleses que criaram essa moda – disse rindo o irmão de vermelho. – Mas na verdade não é bem o que você está pensando – ele abriu a porta.
Era uma espécie de quarto de motel ambientado como um banheiro publico, tinha quatro cabines com sanitários cenográficos a direita, uma cama redonda no fundo e chuveiros a esquerda, todas as paredes eram revestidas por espelhos e o forro imitava papel higiênico.
- WC? – perguntou sarcasticamente o vampiro.
- Nunca estive tão a fim de entrar num banheiro como estou agora.
Nós três entramos e a porta foi fechada não me lembro por quem, antes mesmo de chegarmos à cama estávamos nos beijando e nos desfazendo de todas as roupas. Em pouco menos de cinco minutos estávamos totalmente pelados, e agora eu não sabia mais quem era quem, até que o vampiro mordeu meu pescoço. Ainda em pé, no meio do que eles chamavam de WC, nossas mãos varreram os corpos uns dos outros. Nossos pênis estavam duros e latejantes, alguém apertava minha bunda, e outro masturbava o meu membro. Bocas cor-de-rosa me beijavam por todos os lados e pênis duros deslizavam pelo meu corpo, o calor era escaldante, aqueles homens eram divinos. Seus peitos musculosos me comprimiam e suas coxas torneadas se encaixavam entre as minhas, sussurros eram lançados aos meus ouvidos, mas eu não sabia de onde viam, fechara meus olhos e mandara a visão para o inferno, tudo o que me importava agora era o tato. Minha pele nua na pele nua de cada um deles.
Apertos, puxões, pegadas, lambidas, chupões. Tudo em dobro e em demasiada força. Aquilo realmente estava acontecendo? Eu tinha ganhado na loteria. Meu corpo arrepiava-se a cada toque e meu pau pulsava violentamente. Não sei como, mas quando abri os olhos já estava deitado na cama, um dos gêmeos estava por cima de mim e outro por cima do irmão, mordiscando seu pescoço enquanto suas mãos acariciam o restante do corpo. "O vampiro;" pensei. Aquele que deitara sobre meu corpo lambia meus mamilos endurecidos. Meus pênis latejava em seu abdômen e isso o fez sorrir.
- Tem alguém aqui embaixo desesperado – disse ele pegando meu pau e me masturbando.
Ele colocou a língua no meu peito e foi descendo até meu pau, seu irmão saiu de suas costas e foi ajuda-lo. Aquelas duas bocas disputando meu pênis, um chupava e o outro lambia minhas bolas e colocava uma delas na boca e depois puxava e depois trocavam de lugar. Eu estava gemendo alto e não me importava, não sabia se alguém podia ouvir mesmo com a musica alta da boate. Eu queria gritar e o fiz. Eles colocaram quatro dedos no meu ânus, dois de cada, e puxaram para lados opostos. Eu gritei, gemi e gozei. Quando olhei para eles, estavam se beijando, passando minha gala de um para o outro. Língua com língua.
- Vamos foder você, um e depois o outro – disse um deles com a boca ainda melada.
- E vamos gozar dentro de você – disse o outro. – Alguma objeção?
- Falem menos e façam mais – disse ofegante.
Selvagemente eles vieram e me viraram de cara para o calção, sem piedade um deles enfiou seu pau duro como pedra dentro do meu cu e aquilo me fez gritar de dor. Ele não esperou, começou a socar e a socar e a socar cada vez mais rápido e forte. Eu gemia e gritava, mas não pela dor, pelo prazer. Eles eram homens de verdade, caçadores, eu era a caça. Um deles veio até o meu rosto e levantou minha cabeça puxando-me pelos cabelos, quando percebi, minha boca já estava no seu pau. Era meio salgado e quente, uma verdadeira delicia. O outro continuava com as estocadas firmes no meu cu, estava ardendo, doía e eu gostava. Suas mãos seguravam firmes nos meus quadris e suas unhas me arranhavam, eu estava no paraíso.
- Rebola porra! – ele gritava e eu obedecia.
- Chupa esse cacete! – o outro gritava e eu obedecia.
Senti algo escorrendo dentro de mim e subitamente o gêmeo retirou seu pau do meu ânus, eu gritei. Eles rapidamente trocaram de lugar e agora um pênis melado de gala estava na minha frente.
- Deixa ele limpinho – falou o que havia gozado.
Eu coloquei minha boca naquele pau e o lambi de cima a baixo.
- Lá vou eu – disse o outro.
Senti uma dor ainda mais forte, o pau dele era mais grosso do que o do irmão, e assim como outro ele não tinha piedade. Achei que seria rasgado ao meio, eu sentia o pênis dele dentro de mim, ele entrava e saia com força e violência. Eu gritava e chorava, mas estava adorando. Meu corpo todo doía, meu ânus estava em chamas e eu não sabia mais se iria aguentar. Era muita pressão, ele metia caba vez mais fundo e cada vez mais fundo. Achei que ele nunca fosse gozar, quando para o meu alivio ele gozou. Retirou seu membro de dentro de mim e me obrigou à limpa-lo assim como o irmão fizera.
Após a foda eu estava fraco, parecia que todos os ossos do meu corpo estavam quebrados, meus olhos estavam pesados e eu queria dormir. Os irmãos se colocaram um de cada lado da cama e deitaram com suas cabeças no meu peito.
- Durma loirinho – disse um deles bocejando. -, pois amanhã terá mais.
E ali eu dormi, isentando-me de qualquer culpa ou remorso. Eu estava feliz.
Fim.