Assim que fiquei sabendo que teríamos uma transferência temporária de funcionários apenas para fins de treinamento, logo fui imaginando se haveria alguém que despertaria meu interesse.
Passaram-se algumas semanas e o dia finalmente chegou, mas para a minha surpresa ninguém viria para a matriz, éramos nós que teríamos que ir para a filial, onde o contingente de homens era maior. Fiquei surpreso e animado, iria caçar em terras estranhas e em território inimigo. Graças a uma campanha idiota bolada pelo RH da empresa, a matriz e a filial estavam sempre competindo em produtividade, e isso acabou criando uma pequena rivalidade entre os próprios funcionários.
Chegamos à filial – ou como era vulgarmente chamada; loja dois – às sete e meia da manhã. Eu estava com muito sono e meus olhos ainda lutavam para se manterem abertos. Um total de oito funcionários foi remanejado para um treino de aperfeiçoamento em suas respectivas áreas, então fui diretamente para o setor de manipulação de alimentos. Assim que entrei vi um homem da minha estatura operando um maquinário mais avançado do que aquele que eu estava acostumando a trabalhar. Era um rapaz lindo, aquela pele bronzeada fazia um contraste incrível com as roupas brancas, as calças estavam um pouco justas e isso moldava seu físico de atleta, suas pernas musculosas e aquela bunda empinada ficavam quase embaladas a vacou e ver aquele homem me deixou excitado.
"É... Parece que vai ser muito chato fazer esse treinamento;" pensei quando percebi que ele trabalhava sozinho. "Mas eu faço esse esforço, pelo bem da empresa."
Ele não notou minha chegada então me apresentei.
- Oi. Sou o Felipe, vim aprender a manusear o novo maquinário.
Ele se virou para mim e eu pude ver seus lindos olhos verdes, ele era inegavelmente belo.
- Olá – ele retirou as luvas e veio até mim estendendo a mão direita –, sou John Victor.
A princípio, John, como gostava de ser chamado, parecia um rapaz agradável e simpático, no entanto, tinha um ego maior que um dinossauro. Ele realmente se achava a pessoa mais bela da face da terra e isso quebrou todo o encanto que nutri por ele em apenas duas horas de conversa. Começamos o treinamento assim que ele me deu os comandos básicos do equipamento, não era difícil, mas requeria muita atenção, qualquer erro e um dedo poderia ser perdido. John ficava sempre ao meu lado, dava-me muitas instruções e eu aprendia rápido, porém percebi que ele sempre criava uma desculpa para fazermos contato físico, no começo foi apenas tocando em meus braços ou levantando o meu rosto com a ponta dos dedos. Olhei para ele de soslaio, aproveitando que meus cabelos caiam sobre os olhos e pude ver que o rapaz lambia o lábio inferior.
"Metido!" Pensei; "até parece que eu foderia com alguém que se acha a oitava maravilha do mundo."
O tempo voou e era hora do almoço, eu estava lendo um livro num canto afastado dos outros rapazes quando o Filipe – meu quase xará e o cara que me deu mais trabalho para conquistar – sentou-se ao meu lado.
- Oi. – Disse ele. – Sua fama já corre solta por alguns corredores.
Se conhecimento é poder, Filipe era a pessoa mais poderosa das duas empresas, disso eu não tinha a menor dúvida, afinal o apelido dele era Lorde Varys.
- A qual fama se refere? – disse fechando o livro e encarando aqueles olhos azuis.
- John Victor.
- O que tem o senhor narcisista?
- Eu sabia que não era verdade – disse ele rindo.
- O que não é verdade?
- John espalhou aos quatro ventos que você deu em cima dele e que marcaram para sair mais tarde – ele pegou o livro das minhas mãos e olho a capa. – Está falando para os amiguinhos que sua bunda de viadinho vai ser dele antes do fim dessa semana.
- O que? – eu não podia acreditar, mas não podia ser mentira, Filipe era tudo, menos mentiroso.
- Ele tem essa fama aqui na empresa. – Disse fingindo ler o livro. – John Victoral, pega um pega geral. Para ele, loirinhos como você só servem para levar ferro e segundo a filosofia dele todo buraco pode levar rola, e no seu ele vai botar pocando. Palavras dele.
- Filho da puta! – bufei baixo.
- Um concelho de amigo – ele fechou o livro. – Cale a boca dele.
- Como?
- Sei que você nasceu ingênuo e à noite, mas sei também que não foi ontem. – Ele se levantou. – Você sabe o que fazer, lembra-se de como jogou sal no cu doce do Jonathan?
E Filipe se foi, deixando-me com uma grande ideia na mente. John Victor havia espalhado na empresa que iria comer o rabo antes do fim da semana, bom, faltavam três dias.
O segundo horário começou e voltei para a sala do tarado de branco, o que tinha de lindo tinha de idiota. Ele novamente criava situações para poder fazer contado corpo a corpo comigo, e as palavras de Filipe não saiam da minha cabeça, eu estava com raiva, mas lembrei do que ele disse. “Você sabe o que fazer”. Sim eu sabia. John era o tipo de cara que achava que o mundo inteiro girava a sua vontade, ele nunca abandonaria a caça até tê-la devorado por completo, então resolvi brincar de gato e rato.
No início eu comecei a errar propositalmente o manuseio da máquina para que ele tivesse uma desculpa para me tocar, ele veio por trás e segurou meus braços com os seus e sua pegada era forte, seu cheiro era selvagem, como o de um animal.
- É desse jeito – dizia ele.
- É que vai fiando um pouco pesado – eu disse com a voz mais adocicada possível.
- Eu te ajudo – e ele continuo atrás de mim.
Pude sentir que seu pênis estava ficando duro e ele não fazia questão nenhuma de esconder o fato, pelo contrário, o rosava na minha bunda.
"Então é assim que quer jogar?" Pensei; "por mim tudo bem."
Meio timidamente comecei a rebolar, fazendo minha bunda criar atrito contra o pau duro daquele potrinho metido a garanhão. O pênis dele inchava cada vez mais e eu sabia que estava no controle. "Tão fácil que da pena;" pensei. "Influenciável como uma criança." As mãos de Victor desceram para a minha cintura e subitamente ele começa a chupar meu pescoço, a barba dele me assustou e deixei a empunhadura da máquina cair.
- Desculpe – eu disse fingindo medo e vergonha.
Ele saiu de onde estava, mas ao fazê-lo apertou minha bunda e piscou um dos olhos verdes para mim.
- Tá tudo bem, você está aprendendo. – Ele sorria maravilhosamente. – Felipe eu estava pensando... Depois do trabalho, não quer ir lá em casa?
- Fazer o que? – minha inocência era tão convincente que até eu estava acreditando.
- Beber um pouco, assistir o jogo da liga europeia, talvez um filme. E aí?
Olhei aquele cara de cima a baixo, ele paravelmente achava que o sol nascia todas as manhãs apenas para iluminar seu rosto, mas eu não podia negar que salivei quando meus olhos fizeram contato com o volume que ele tinha entre as pernas. Era enorme. Ele percebeu e rapidamente deu aquela pegada básica para arrumar o brinquedo, eu fingi vergonha e disse que tinha que ir ao banheiro. Mas dois dias se passaram e nós continuamos como esse joguinho de alisa, endurece e foge. Eu estava fazendo o odioso cu doce. Ele sabia que eu queria foder, e achava que como sempre teria uma bunda loira de mão beijada. Não comigo. Depois do concelho do Filipe ficou ainda mais fácil decifrar o Victor, ele era transparente. Uma hora legal e gentil, quando precisava de um favor, outra grosso e arrogante como se tivesse um rei na barriga.
Era sábado, o ultimo dia, largaríamos as duas e meia e eu tinha decidido que seria naquele dia que o loirinho que só servia para levar ferro iria tirar a virgindade do pegador da empresa. John e eu estávamos na sala de manipulação fazendo os últimos preparativos para o fim do expediente, uma fumaça branca começou a sair do lado direito da máquina e o sistema de refrigeração nos deu um banho nua pequena explosão de água fria e suja.
- Ótimo – eu disse com raiva.
- Relaxa, é defeito de fabrica, o técnico vem da uma olhada na semana que vem – disse ele limpando-se também.
Olhamos a hora e já podíamos ir, mas estávamos imundos, e ele muito prontamente sugeriu que fossemos tomar um banho. Eu já tinha dado uma olhada nos chuveiros daquela empresa antes, eram idênticos ao do clube de futebol que Alef e eu fazíamos parte. Não havia separações. Ele queria me foder na própria empresa. Decidi aceitar. "Dois podem jogar esse jogo;" pensei. Fomos para o banheiro com os uniformes pingando de sujos a as nossas roupas particulares em mãos, colocamos nossas vestes nos bancos afastados da zona de banho e começamos a nos despir já perto dos chuveiros.
Victor tirou a roupa como se fosse um gogo boy fazendo um show, eu fingi vergonha e comecei a tirar as minhas timidamente, e depois já sem nada para cobrir a pele, ficamos ambos parados e admirando um a beleza do outro. Ele era mais bonito do que eu imaginava, sua barriga sarada e suas pernas peludas, sua pele bronzeada sua bunda empinada e o pênis já duro e é claro, aquele rosto de menino safado. Ligamos os chuveiros e começamos a nos banhar, a água fria era ótima, mas parecia que ela estava aumentando fogo do meu colega. O pênis do Victor parecia ter vida própria, ele balançava e pulsava de um jeito estranho e muito depravado. Percebi que queria ele na minha boca, mas não daria o braço a torcer, ele tinha que vir até mim. E ele veio.
- Até quando vai ficar de cu doce comigo em loirinho? – disse ele vindo por trás e me agarrando, pensei em me soltar mais não o fiz. – Você sabe o que eu quero e eu sei que você também quer – ele agora lambia minha orelha e passava as mãos pelo meu peitoral. – Vamos foder, ninguém usa esse banheiro mesmo, foi dinheiro mal gasto mandando construí-lo. Então, vamos dar uma serventia para ele?
- Eu não sei se devo – disse com voz de dengo. – Alguém pode aparecer.
- Ninguém vem aqui, principalmente nos sábados. – Ele continuava a me lamber a acariciar, mas nunca no pênis, ele era o tipo hétero que só quer comer cuzinhos por aí. Ele gostava de sentir que outro homem estava sobe seu total controle.
"Isso muda hoje;" pensei.
- Você tem certeza? – perguntei.
O pau dele latejou na minha bunda e aquilo me arrepiou por completo.
- Sim. – Ele beijou minha nuca. – Vem me chupar vem.
- Eu tenho uma condição – falei me virando para encarar seu rosto. – Você quer prazer e eu também. Então se quer ser chupado vai ter que me chupar primeiro.
- Como é? – a expressão no rosto dele mudou de safado para surpreso. – Eu não chupo. Sou chupado!
- Então você não fode? – falei com voz de dengo. – Você é quem fodido?
- O que? – ele me soltou. - Claro que não! Ninguém nunca me comeu.
- Que tal mudarmos isso agora? – fui até ele e coloquei meus braços em volta de seu pescoço. – Vamos... Você mesmo disse que ninguém vem aqui. Eu quero ser fodido, mas quero foder primeiro, eu gozo rápido. – Dei-lhe um beijo na bochecha.
- Não. De jeito nenhum.
- Então eu vou em bora – disse fazendo beicinho e tirando meus braços dele.
- Espera! – ele me puxou. – Podemos transar ainda, é só você fazer o passivo.
- Eu queria muito foder com você, mas só ser o passivo não me interessa hoje. – Solte-me dele. – Eu gozo rápido, mas você não quer, podíamos ficar aqui até às quatro da tarde e o restante do tempo você me foderia o quanto pudesse. – Virei-me de costas e passei as mãos na minha bunda molhadinha e o pênis dele voltou a latejar. – Depois podíamos ir à sua casa ver aquele filme.
Ele olhava para os lados e passava as mãos nos cabelos molhados, caminhou um pouco com aquele pau duro balançando enquanto eu banhava-me esperando a resposta.
- Você goza rápido mesmo? – perguntou por fim.
"Como um patinho;" pensei.
- Claro, serei gentil.
- Mas você tem um pênis grande, isso vai doer muito.
- O seu é maior que o meu – disse indo até ela e comei a masturbar aquele pau pulsante. – No fim vai doer mais em mim do que em você. Ninguém vai saber. Ninguém vem aqui lembra?
Ele gemia com as minhas caricias em seu membro e aquele pau latejava violentamente na minha mão. Eu aumentei a intensidade da punheta naquele pau e ele pegou em meus cabelos.
- Você topa?
- Sim... – Ele gemeu.
"Game over;" pensei.
Tirei minha mão direita do pau dele e aqueles olhos verdes me fitaram, pousei meus braços nos ombros do John e forcei-o para baixo, seus joelhos se recusaram no começo, mas aos poucos se curvaram. Aquele macho alfa pegador, o hétero que fodia bundinhas loiras, estava de joelhos na minha frente. Victor me olhava de baixo pra cima e eu via um mar de duvidas naqueles olhos lindos.
- É só abrir a boca e deixar ele entrar – eu disse olhando fixamente para aquele homem.
Meu pau latejava de duro e pulsava de êxtase, a boca do John timidamente se abriu e sem esperar um aval eu coloquei meu pênis dentro dele. John fechou os olhos como se tivesse nojo, mas começou a chupar, e para a minha surpresa, ele chupava bem. Ele era bom com a boca e engolia meu pau até as bolas, eu gemia e ele chupava cada vez mais rápido, era delicioso. Ele começou a fazer movimentos com a língua e aquilo me deixava louco de tesão.
"Ele está gostando;" pensei. "Mas está fazendo muito rápido, ele quer que eu goze antes de eu fode-lo. Não vai rolar."
Subitamente tirei meu membro da boca do Victor e ele me olhou assustado.
- O que foi? – perguntou me olhando.
- Quero foder você antes de gozar, eu disse que gozo rápido. – Sorri.
Pude ver o descontentamento e a vergonha estampados no rosto dele.
- Fica de quatro pra mim – pedi.
- O que? – perguntou ele surpreso.
- De quatro, para eu meter em você, depois nós trocamos.
- Tudo bem – ele disse com o rosto vermelho.
Victor foi aos poucos se colocando na posição enquanto eu ajoelhava atrás dele, não podia imaginar que aquele homem estava de quatro para mim, aquele homem que sempre teve fama de pegador e era visto como o lobo agora era o cordeiro. Não vou negar que me senti um pouco envaidecido com tudo aquilo, afinal, ele só estava de quatro por que nutria uma vã esperança de foder a minha bunda loira. Mas eu não podia perdoa-lo, ele havia feito o que eu mais odiava, ele espalhara histórias falsas sobre mim, agora eu era praticamente a puta da filial. Isso tinha que mudar.
John estava pronto e eu também, meu pau estava louco para entrar naquele cu virgem e como o próprio John dizia: descabaça-lo.
Aproveitei a água dos chuveiros e molhei meus dedos, passei minha mão pelas nádegas bronzeadas dele e sem aviso finquei um dedo dentro de seu ânus. Ele se contrario e gemeu. Massageie o cu dele por dentro, rodando o meu dedo lá dentro. Ele gemia alto. Tirei meu dedo e sem demora eu coloquei meu pênis com força e vontade. Ele gritou.
- Calma, só dói no começo – acariciei as costas dele. – Vamos começar.
- Vai com calma que está doendo muito – ele falava gemendo de dor.
- Pode deixar – comecei a meter.
Eu fincava meu pênis dentro dele, era um ânus apertado e quente, ele gemia e eu metia mais fundo. Era incrível, a bunda dele era simplesmente perfeita. Eu metia e metia e metia, e ele gemia alto, urrava, mas não era de dor, era de prazer.
- Rebola pra mim vai! – Eu ordenei.
John Victor rebolou lindamente e a cada movimento minha rola era comprimida dentro dele, aquilo era alucinante. Ele era um passivo sem igual.
- Hã... Vai... Vai... – Gemia ele.
- Está gostando? – perguntei e dei-lhe um tapa forte na bunda, ficou vermelha na hora.
- Sim! Estou! – admitiu.
- Então fala! – eu metia firme e ele gemia alto. – Fala quem é teu macho! Fala quem te comeu!
- Hã! Você!
- Eu o que? – metia firme.
- Você é meu macho, você me fodeu! – ele gemia como uma vagabunda.
- Repeti piranha! – voltei a bater e continuei fodendo.
- Você me fodeu! Você é meu macho! – ele gritava.
Finquei firme e continuei metendo, metendo e metendo! A água que escorria dos chuveiros era o bastante para acabar com a seca do Sertão e nossos corpos nus e molhados se encaixavam um no outro. O prazer era palpável e estava por toda parte, eu estava quase lá, meu pau latejava lá dentro e John gemia auto. Gozei.
- Hã... – ele gemeu.
Senti que o ânus de John estava cheio de porra e meu pau ainda estava duro, então dei uma ultima fincada forte, ele gemeu.
- Uma bela cena – aquela voz musical surgiu na entrada do banheiro.
"Filipe;" pensei. "Sempre pontual."
- O que? – eu disse fingindo levar um susto. Retirei meu pau de dentro do ânus do Victor e ele caiu deitado no chão do banheiro. – Você disse que ninguém vinha até aqui! – eu atuava muito bem, merecia o Oscar.
- E nunca vêm – disse Victor se levantando e cobrindo suas partes com muita vergonha. – A gente só estava... Tomando banho e...
- E aí o sabonete caiu? – disse Filipe nos olhando com ar de nojo. – Guarde suas explicações ridículas para quem acredita nelas. Perdia a vontade de usar o chuveiro, podem continuar.
Filipe foi embora numa saída teatral que quase me fez cair na gargalhada, John estava mais branco que uma folha de papel, lorde Varys o vira sendo fodido como uma vagabunda pelo loirinho viadinho que seria enrrabado antes do fim da semana. Se aquela história ganhasse os corredores da empresa ninguém duvidaria da palavra do Filipe e o reinado de macho alfa de Victor estaria destruído.
- É melhor irmos em bora. – Eu disse indo até as minhas roupas e vestindo a calça.
- Mas era a minha vez... – Ele disse num tom triste e dengoso.
- Sua vez? Acorda! Se o Filipe abrir a boca nós dois perdemos o emprego e por justa causa. – Coloquei a camisa. – Já gozei, estou indo embora.
- Mas e eu? – ele gritou.
- Você? Procura outra bunda loira de outro viadinho por aí pra poder meter teu ferro – peguei o tênis com as mãos. – E Victor, quando contar histórias minhas é melhor que elas sejam verídicas, caso contrário, o Filipe vai ter muito o que falar na rádio corredor. – Pisquei o olho e sorri.
- Puta safada! – ele gritou. – Vocês arramaram tudo isso!
- Sim. E você rebolou no pau, disse que eu era seu macho e que estava gostando – sorri. – Cresce garoto, você gostou e nós dois sabemos disso. É tão difícil admitir que é bom levar ferro? Ninguém precisa saber, Filipe só fala se eu quiser, e eu só irei querer se você voltar a criar histórias sobre mim.
- Não falarei mais de você – ele disse com olhos chorosos.
Admito que fiquei com um pouco de pena dele nessa hora, aqueles olhos verdes estavam vermelhos, Victor estava se segurando para não chorar na minha frente. Eu não era um monstro, mas o meu passado me obrigara a ser forte e não poderia deixar que ninguém voltasse a me fazer de capacho. Além do mais, Victor sabia que tinha gostado e era isso o que mais tinha lhe magoado, ele não se aceitava de forma alguma, ele tinha que ser a espada e não a bainha.
Peguei minhas coisas e sai do banheiro, a passos largos cheguei ao estacionamento e Filipe estava encostado naquela porcaria de carro que ele chamava de clássico.
-Ainda com esse fusca? – perguntei.
- Va à merda e não fale do meu carro.
- O brigado pela ajuda – estendi a mão para ele. – Não iria da certo sem você.
- Vai querer que o mundo saiba? – Ele apertou minha mão.
- É claro que não. Só queria mostrar para aquele mimadinho que o sol brilha para todos.
- E acha que deu certo?
- Não sei, isso você me diz. – Dei um beijo afetuoso no rosto dele e sai em direção a minha moto.
"Eu não sou uma pessoa uma ruim;" pensei. "Mas também não sou um santo!"
Fim.