EM ALGUM LUGAR DO PASSADO ... (A DECEPÇÃO)

Nas semanas que se seguiram, meu relacionamento com Rebecca frutificou de um modo intenso e envolvente. Sempre que podíamos, estávamos juntos. Quando era possível, ela vinha até mim para almoçarmos e rirmos um pouco da cara de espanto daqueles que nos espiavam com um misto de curiosidade e também de repugnância associada a um falso moralismo. Havia dias em que eu saía de casa e corria para o apartamento dela, onde aproveitávamos para nos amar loucamente.

Algumas vezes, bastavam alguns beijos e amassos no sofá da sala para que nos sentíssemos felizes. Outras vezes, apenas algumas carícias saciavam nosso tesão, nos tornando realizados e completos. Tudo estava bem, inclusive quando eu questionei Rebecca sobre essa nossa relação oblíqua, já que, sendo eu casado, não podia dedicar-me inteiramente a ela.

-O que importa, meu amor – disse ela com um carinho arrebatador – é o que sentimos um pelo outro …, e, principalmente, o que realizamos quando estamos juntos.

Aquelas palavras não apenas me confortaram, mas também acariciaram minha alma, pois a única coisa, naquele momento, que me interessava era fazer Rebecca feliz. E assim, seguimos nosso pequeno idílio repleto de sexo, de desejo e de tesão.

Certo dia, durante o almoço, Rebecca fez um comentário que me deixou irrequieto; ela me contou que, durante seus contatos profissionais havia encontrado com Gustavo, um ex-colega que cursara o ensino médio conosco. Além da surpresa, mútua, Rebecca me narrou o convite feito por ele – e extensivo a nós dois – para que participássemos de um evento de reencontro de graduados de nossa turma. Esse evento aconteceria em um sítio próximo da capital, de propriedade de um outro ex-colega, onde seria oferecido um churrasco e diversões nas instalações do tal local que, ao que parece, era destinado a eventos desse tipo.

Enquanto ouvia a explanação de minha parceira, e também sentia toda a euforia que o convite provocara nela, eu meditava sobre as consequências desse “reencontro”; lembrei-me de alguns desses colegas de ensino médio e, a medida em que suas imagens passeavam pela minha mente, eu recordava e me certificava o quanto adolescentes podem ser cruéis e, algumas vezes vingativos, ao mesmo tempo em que também sabia que adolescentes travestidos de adultos podem ser muito mais cruéís.

Mesmo com essa sombra rondando minha mente, ouvi atentamente o que Rebecca tinha para me contar e esperei pelo pior …, ela perguntou se poderíamos comparecer nesse evento. Por mais que eu quisesse dizer que isso não seria possível, não por mim, mas por ela, cedi ante o sorriso irradiante que iluminava todo o seu rosto.

Eu poderia, a esta altura, tecer inúmeros comentários sobre os dias que antecederam o tal “reencontro”; porém, limito-me apenas a narrar o acontecimento sórdido que me revoltou e obrigou-me a uma reação nada cavalheiresca. Estávamos no sítio. Passava do meio-dia, e a cerveja e demais alcoólicos já haviam desencadeado uma espalhafatosa queda de máscaras.

Depois de comermos alguma coisa, Rebecca pediu-me licença para ir ao banheiro. Enquanto eu estava só, Virgílio, um dos meus ex-colegas, aproximou-se e puxou uma conversa insossa e sem graça. E depois de alguns gracejos e comentários deslocados ele ousou disparar uma ironia.

-Conta pra mim – começou ele com um sarcasmo ácido no tom de voz – Como é transar com outra rola? Você fazem troca-troca, ou só ela te fode?

Olhei para ele, preparado para dar uma resposta a altura, quando vi Rebecca vindo em nossa direção com os olhos marejados de lágrimas. Corri até ela e perguntei o que havia acontecido. Ela desconversou e disse que não era nada, mas alguns olhares disparados em nossa direção, denunciaram que algo fora feito para magoá-la. Deixei-a sentada em uma cadeira reclinável e fui até os banheiros. Haviam três portas e quando vi os dizeres em uma delas, meu sangue ferveu; “destinado à franchonas enrrustidas!”.

Encimando a inscrição havia uma fotomontagem em que um casal gay fazia sexo e seus rostos haviam sido substituídos por imagens minha e de Rebecca, cujo acabamento era de péssima qualidade e de total mau gosto.

Retornei, resoluto em tomar satisfação com todos os presentes, mas Rebecca impediu-me de fazê-lo, preferindo pedir-me para que fossemos embora. Olhei ao redor e vi todo o tipo de olhares, dos mais cafajestes possíveis, até os de comiseração hipócrita. Sorri com desdém e tomei-a pela mão, retirando-me daquele antro de falso moralismo e de pessoas desalmadas. Antes de partir, porém, fiz questão de dirigir-me a Gustavo e Virgílio.

Ao primeiro disse que ele podia ter um pouco mais de respeito pelo semelhante, podendo esquecer-se de que, um dia, fomos amigos. Para Virgílio, deixei apenas um aviso: “Eu te garanto que transar com Rebecca é muito melhor do que o sexo de merda que você deve fazer com sua mulher!”.

No caminho, procurei consolar Rebecca que, vencida pela vergonha, chorava copiosamente. Quando chegamos ao edifício onde residia, Rebecca pediu-me para ficar só, e mesmo contra minha vontade, aquiesci, implorando para que ela ficasse bem. Deixei que ela entrasse e parti; porém, não fui para casa. Rodei a esmo pela cidade, com ímpetos de voltar ao sítio e agredir fisicamente cada um daqueles calhordas; ou ainda, atear fogo naquele circo de horrores e apreciar os idiotas fugirem como ratos.

Parei em uma cafeteria para tomar algo que me reanimasse, já que sou abstêmio. Muitos cafés depois, liguei para Rebecca que não me atendeu. Tentei novamente. E novamente. Mas, para meu infortúnio e desespero, ela não atendeu nenhuma das minhas ligações. Peguei o carro e corri até ela.

Bati à porta como um louco, esquecendo-me até mesmo, de usar a campainha. Os minutos que se seguiram pareceram séculos, até que, finalmente, ela atendeu a porta. Ela olhou pela fresta entreaberta e pediu que eu fosse embora. Sorri para ela e me neguei gentilmente.

-Não posso ir, meu amor – disse eu com tom de preocupação – Eu sei que você precisa de mim …, e eu de você …, me deixe entrar, por favor.

Após alguma resistência, ela acabou cedendo. Rebecca estava vestindo um pijama de seda e tinha os longos cabelos amarrados em um rabo de cavalo. Nos sentamos no sofá e ficamos abraçados, em silêncio, apenas confortando um ao outro. Depois de muito tempo, Rebecca me pediu desculpas por ter insistido em comparecer naquele evento deselegante e suplicou que eu a perdoasse. Eu então, segurei seu rosto entre as minhas mãos e depois de beijar as lágrimas que escorriam por sua face, sorri para ela, dizendo o que eu estava sentindo.

-Não tem essa história de perdão – disse eu carinhosamente – Você fez o que tinha vontade de fazer e eu a apoiei …, quem tem que pedir perdão sou eu por não socar a cara de cada um daqueles sujeitos sórdidos e inescrupulosos …, nosso lugar no passado, precisa ficar no passado …, vamos viver o presente, pois é isso que importa …, eu e você …, nada mais …

Ao ouvir minhas palavras, Rebecca não resistiu e caiu em prantos copiosos e irremediavelmente doloridos. Abracei-a com força e beijei seus cabelos, acariciando seu corpo junto ao meu. Ficamos juntinhos assim …, até adormecermos um nos braços do outro.

Horas depois, fui acordado pelo vibrar incessante de meu celular; tomei-o na mão e sequer vi do que se tratava; apenas enviei uma mensagem automática e o coloquei no modo silencioso (mais tarde eu viria a saber que haviam duas ligações perdidas, uma de minha mulher e outra de Gustavo). Tornei a abraçar Rebecca e fiquei quietinho, consolando minha namoradinha. Quando a noite chegou, ela nos encontrou no mesmo lugar, mas em situação diferente.

Rebecca me acordou com uma sequência de beijos calorosos e carícias instigantes e depois de muita provocação, decidiu que queria fazer pipoca e assistir filmes comigo. Nos deliciamos com pipoca e refrigerante, assistindo filme antigos em preto e branco no canal da TV a cabo, trocando carícias e beijos quase adolescentes.
No calor de nossas carícias e beijos, Rebecca se afastou e fitou meus olhos com ar cerimonioso. Aqueles olhos grandes e brilhantes pareciam explorar meu âmago, procurando por algo que eu não conseguia compreender. Repentinamente, ela começou a falar em tom suave e pouco embargado:

-Tudo que aconteceu hoje, serviu como uma lição para que eu aprenda a compreender que as pessoas não aceitam aquilo que eu sou …, apenas você me compreende e me aceita …

Ela interrompeu seu discurso e respirou fundo, talvez segurando as lágrimas que teimavam em rolar por seu rosto.

-Eu quero ser uma mulher – prosseguiu ela – uma fêmea, amada e desejada. Eu quero pertencer a alguém, sem limites e sem barreiras e …

-Você é uma mulher! – interrompi eu ansioso – Você é uma mulher linda, sensual, maravilhosa, doce e sensível …, é isso que você é para mim …

E do mesmo modo como começou, nossa conversa terminou, encerrada abruptamente por beijos e carícias repletas desejo. Descontrolada, Rebecca me despiu com movimentos rápidos e nervosos, deixando-me despido para seu deleite. Imediatamente, fiz o mesmo com ela, despindo seu corpo envolvido no pijama de seda e revelando toda a sua sensualidade de fêmea no cio.

Nos beijamos cada vez mais intensos e sedentos, enquanto nossas mãos passeavam por nossos corpos, procurando descobrir novos recônditos onde nosso tesão poderia aflorar ainda mais. Rebecca fez com que eu me deitasse no sofá, exibindo minha rola dura e de cabeça inchada. Rebecca segurou-a pela base e iniciou um banho de língua, lambendo meu pau como se ele fosse um picolé, de alto a baixo, esfregando sua língua sobre a glande e incitando abocanhá-la, porém, sem o fazê-lo.

E cada vez que ela reiniciava os movimentos com sua língua, eu experimentava espasmos percorrendo meu corpo dos pés a cabeça, com arrepios vibrando ao longo de minha espinha dorsal e forçando-me a gemer de prazer. Sem qualquer aviso, a língua de Rebecca foi descendo, procurando por algo mais. “Quero lamber o seu cu …, você deixa?”, perguntou ela olhando-me fixamente. Em resposta, virei de costas e fiquei de quatro sobre o sofá oferecendo-lhe meu traseiro.

Rebecca entreabriu minhas nádegas, deixando a mostra o selinho oculto em seu interior, passando a lambê-lo com muita habilidade. Mesmo quando ela enrijeceu a língua, simulando uma penetração anal, eu experimentei algo totalmente novo e deliciosamente excitante. Todo o meu corpo parecia corresponder àquela carícia única e inigualável.

Gemidos, suspiros e respirações aceleradas, revelavam nosso estado de excitação. E, no momento seguinte, foi minha vez de retribuir; fiz com que Rebecca ficasse de quatro e iniciei uma sequência interminável de lambidas em seu cuzinho, deliciando-me toda a vez que ela gemia ou soltava um gritinho abafado. Depois de muito tempo, saboreando aquele anelzinho, posicionei-me para penetrá-lo, não como um macho no cio mas sim como um amante fervoroso, sequioso de dar à minha parceira o que ela merece de bom e de melhor.

Quando a glande avançou, segurei minha parceira pelas ancas com carinho e cuidado, certificando-me de que ela se sentisse possuída e deseja ao mesmo tempo. Passamos a foder com movimentos intensos, porém contidos, pois, afinal, éramos amantes e não meros animais buscando saciar um instinto.

Ainda no controle da situação, eu me inclinei contra o corpo de Rebecca, procurando sua rola. Encontrei-a rija e vibrante, louca para ser objeto da minha habilidade. Passei a masturbar Rebecca, com movimentos intensos e vigorosos, que, pouco a pouco, sincronizavam minhas estocadas em seu traseiro, até atingir um ápice perfeito em que nos movimentávamos um contra o outro, enquanto eu segurava nas mãos seu instrumento deliciosamente excitante.


Chegou o momento em que o gozo, quente, viscoso e intenso, explodiu no meu interior e na minha mão, fazendo com que nós gemêssemos a uma só voz. Rebecca deitou-se e eu fiquei sobre ela, beijando, lambendo e mordiscando seus mamilos, e, vez por outra, suplicando seus beijos molhados.

Acordei sobressaltado, quando senti uma dor aguda em minhas bolas; quando dei por mim, estava deitado de barriga para cima com minha parceira aninhada entre minhas pernas; ela havia colocado um anel de silicone em torno do meu saco e quando o esticou, a dor foi ainda mais contundente, ao mesmo turno em que meu pau enrijeceu-se de imediato. Rebecca olhou para mim com olhos marotos e disse que eu precisava experimentar algo novo.

Ela retomou as lambidas ao longo da rola, e a dor inicial foi sendo substituída por uma deliciosa angústia que revelava minha intensa sensação de prazer. Vez por outra, ela apertava as bolas, causando-me mais algum desconforto e quando eu ameacei reclamar, ela engoliu minha rola, chupando-a gulosamente. Jamais havia experimentado algo igual: dor e tesão ao mesmo tempo!

Depois de algum tempo, Rebecca subiu sobre mim, e posicionou seu traseiro de tal modo que ele se encaixasse perfeitamente sobre minha rola, oferecendo-me seu cuzinho em sacrifício. Com sua ajuda manual, a rola foi reintroduzida naquele pequeno orifício, seguindo-se a movimentos de sobe e desce assemelhados a uma amazona cavalgando seu garanhão.

Nossa! Foi algo tão intenso, vigoroso e inexplicavelmente excitante, que eu não tinha como reagir, oferecendo-me ao mais incrível e delicioso suplício sexual de minha vida. Minha rola parecia ter dobrado de tamanho e grossura, perfurando minha parceira com tal força, que a dor do anel de silicone passou a ser secundária e quase imperceptível.

Depois de muito tempo, experimentei o orgasmo mais intenso e furioso que já tive; podia sentir os jatos de esperma serem lançados para dentro de minha parceira e, no momento seguinte, ela estava novamente entre minhas pernas lambendo o pau ainda endurecido pela pressão do anel de silicone que ela, gentilmente retirou, alertando-me que no dia seguinte eu sentiria dores muito incomodas. Nem dei atenção ao alerta, já que puxei-a para mim para nos beijarmos, saboreando meu caldo em seus lábios.

E foi assim que adormecemos …, e era alta madrugada quando acordei e avisei Rebecca que dormiria com ela aquela noite. Ela adorou a ideia e depois de um banho rápido, corremos para cama, deitados em conchinha, eu por dentro, sentindo a rola dela roçando meu traseiro.

Na manhã seguinte, tomamos café juntos e eu me despedi dela, já que não tinha como escapar de voltar para casa. Pedi a ela que não ficasse triste e que se quisesse me ligasse a qualquer hora do dia. Ela me beijou e agradeceu a preocupação, mas disse que não seria aconselhável ligar para mim enquanto eu estivesse em casa. Fui embora com uma sensação ruim de deixar Rebecca sozinha em pleno domingo, mas resignei-me com a ideia de que ela havia superado aquela experiência traumática no sítio de Gustavo.

Ficamos sem nos falar por alguns dias, muito embora eu ligasse para ela, porém sem obter qualquer êxito. Passado quase um mês da última vez que havíamos nos visto, vasculhando uma rede social, me deparei com uma foto desconcertante no perfil do meu ex-colega Gustavo; na foto em questão ele e Rebecca estavam abraçados, beijando-se em alguma praça ao ar livre. Incapaz de esboçar qualquer reação além da estupefação, deixei aquilo de lado, preferindo sublimar aquela imagem que despertara em mim sensações indescritíveis.

Dias depois, recebi uma mensagem pelo Whatss; era de Rebecca; havia uma foto dela, nua abraçada ao seu ursinho de pelúcia e com os dizeres: “Não sei o que dizer, ou o que fazer …, me perdoe, por favor, mas o Gustavo …, ele está comigo”.

Depois de engolir em seco e ficar alguns minutos em plena letargia, peguei o celular e digitei uma mensagem sincera e sem rancor: “espero que ele te ame tanto que eu te amarei para sempre. Seja feliz, e, se precisar saiba que sempre estarei aqui …, a sua espera”.

Foi assim que terminou …, como começou, intenso, surpreendente e fascinante …

Foto 1 do Conto erotico: EM ALGUM LUGAR DO PASSADO ... (A DECEPÇÃO)


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Comentários


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olavandre53 Comentou em 10/11/2019

Mto triste. Snif

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laureen Comentou em 16/10/2015

adoreiiiiiiiiiiiiiiiiii amigo grata por ler os meus bjos Laureen leia o do dia 16 ok

foto perfil usuario laureen

laureen Comentou em 16/10/2015

Gemidos, suspiros e respirações aceleradas, revelavam nosso estado de excitação. E, no momento seguinte, foi minha vez de retribuir; fiz com que Rebecca ficasse de quatro e iniciei uma sequência interminável de lambidas em seu cuzinho, deliciando-me toda a vez que ela gemia ou soltava um gritinho abafado. Depois de muito tempo, saboreando aquele anelzinho, posicionei-me para penetrá-lo, não como um macho no cio mas sim como um amante fervoroso, sequioso de dar à minha parceira




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Ficha do conto

Foto Perfil trovão
bemamado

Nome do conto:
EM ALGUM LUGAR DO PASSADO ... (A DECEPÇÃO)

Codigo do conto:
72356

Categoria:
Travesti

Data da Publicação:
15/10/2015

Quant.de Votos:
5

Quant.de Fotos:
1