UMA SURPRESA DE NATAL

Era o último dia de ensaio da peça natalina da qual eu fazia parte. Já passava das dez horas quando o produtor finalizou e nos reuniu em círculo para dar alguns informes. Mal começou a falar, Felipe pôs a mão na boca e saiu correndo para o banheiro. Enquanto estava lá, a reunião continuou, pois já era bem tarde e alguns moravam distante.

Entre os assuntos, foi motivo de comemoração a notícia de que mais cinco apresentações haviam sido agendadas e uma delas seria já no dia seguinte. Como tudo já estava pronto, era só entrar em cena! Nessa hora já me deu um frio na barriga, pois eu era um dos personagens que mais aparecia. Meu personagem era uma espécie de ajudante de Papai Noel – e eles eram os únicos que permaneciam no palco do início ao fim. Era uma sequencia de danças entremeadas de curtos diálogos – que nós já havíamos gravado e na apresentação, apenas dublávamos.

Aquele era minha terceira peça, e, para minha alegria, a segunda em que contracenava com Felipe – responsável por minha entrada no grupo. Ele atuaria como Papai Noel. Nós tínhamos uma cumplicidade muito forte. Ficávamos muito à vontade quando estávamos juntos no palco. E por sermos amigos, ensaiávamos sempre que podíamos e aproveitávamos para dar dicas, idéias um ao outro. Era sucesso certo!

Naquela peça, em particular, Felipe mostrava-se um pouco desconfortável, já que a maioria das cenas eram coreografadas, e dançar não é o forte dele. Mas como ele era o único, entre nós, que tinha o biótipo ideal para o papel (embora não fosse gordo, era forte, alto... tinha um conjunto físico ideal para a função, precisava apenas de uns “enchimentos” na barriga) , o diretor fez algumas adaptações tornando seu personagem “menos dançante” e mais falante. As poças danças eram feitas comigo e consistia apenas em me levantar ou me carregar nos ombros. Esta última, cujo encerramento acontecia na neve (cenográfica), era a mais engraçada: numa tentativa de inverter os papéis (Noel mostrava-se cansado) o ajudante tenta carregá-lo e eles saem rolando.

Voltando à reunião, após informar sobre o aumento de apresentações, o produtor anunciou que a primeira seria no shopping Mar Azul – o maior da cidade. Nessa hora toda a minha alegria foi por água abaixo. Meu pai trabalhava neste shopping como segurança! Nesse momento, Felipe voltava do banheiro e unia-se ao grupo. E os informes continuavam:

_ A peça começará pontualmente às 21 horas. Pontualmente, ta?! Pois como tem duração de 45 minutos, é praticamente a hora que o shopping encerra o expediente. Não esqueçam que pecisamos chegar uma hora e meia antes para montar o cenário e fazer maquiagem. E todos sabem que é uma maquiagem pesada... dá trabalho e não pode ser feita às pressas. Quem puder chegar duas horas antes, melhor! E o mais importante: Faltar... nem pensar! Não temos atores de reserva! Se um faltar, a peça não poderá acontecer. Bem... é isso! Aguardo vocês amanhã!

Felipe se aproximou para irmos embora juntos e logo percebeu meu jeito preocupado e desanimado:

_ Que cara é essa? Você era o mais animado! Não via a hora de se apresentar...

_ Era. Até saber que será minha estréia e minha despedida!

_ Por quê!? Enlouqueceu?

_ Você não ouviu ele dizer onde será a estréia?

_ Ouvi. No shopping... Ih!... Já entendi... teu pai!

_ Então?!

_ Lembra do que falei? Abre logo o jogo pra ele... Em que época teu pai acha que está vivendo? Na época dos "Flintstones"? Que onda é essa, cara? Enquanto tem um montão de pai e mãe empurrando os filhos para a vida artística – muitos deles nem têm vocação, nem talento e nem vontade – teu pai vai contra a maré! Proíbe o filho de fazer o que gosta! Todo mundo elogia teu talento... reconhece teu esforço, teu profissionalismo: a prova maior é ter sido escolhido para um dos papéis principais em tua terceira peça! E vou ser sincero: o teu personagem é o mais destacado! Canta, dança, dialoga... do início ao fim! O meu pode ser o principal, mas pela fama de ser o personagem, digamos, central, do Natal... – sem falar em questão religiosa - ... Mas na peça!!! Nem se compara ao teu! Eu paço mais tempo é sentado!

_ Felipe... eu sei, você sabe... mas para ele, ator é profissão de veado! Aliás, ele nem diz que é uma profissão! É frescura de rabo! É baitolagem! É viadagem!...

_ Teu pai precisa se tratar!

_ Tudo isso por conta daquela peça que ele foi assistir com a mamãe. Até esse dia, ele era indiferente... nem dava pitaco...

_ Aquela em que nos beijávamos?

_ Sim... Ele só não foi me arrancar do palco porque minha mãe não deixou... mas levantou e foi embora na mesma hora!

_ Se com aquele beijo, em que nem abríamos a boca, ele ficou assim... imagine se ele visse o que nós fazíamos, heim?! Quando eu meto chibata nesse teu cuzinho gostoso?! [Risos]

_ Nem me fale! Nem me fale! Acho que essa seria nossa derradeira trepada! Ele matava nós dois!

_ Mata nada! Meu pai dizia a mesma coisa... Pior: que preferia me ver com lepra, com câncer, com um tumor no cérebro... que saber que eu eras gay! E agora? Te recebe lá em casa com a maior alegria... e sabe que nós namoramos! Eles mudam! Falam isso na tentativa de intimidar e fazer você mudar de linha... como se isso fosse possível!

_ Eu não tenho coragem de contar.

_ Mas um hora dessas ele descobre. E a forma como ficam sabendo define muita coisa. Saindo da sua própria boca facilita muito. Pra começar, você já ganha pontos pela coragem, pela sinceridade, pela consideração... E se souberem pelos outros, ou num flagra... nada disso existe! Você será visto como covarde, como desleal, como mentiroso... vão se sentir enganados... Entende?

_ Pode ser. Mas se estou sendo isso tudo é por conta da intolerância, da intransigência, do preconceito... deles! Bem... mas isso vem depois... O problema agora é a apresentação de amanhã.

_ Só tem um meio...

_ Qual?... Fala|!

_ Você já chega maquiado e vai embora do mesmo jeito. Tuvido que ele te reconheça! Até a voz passou por edição! Não dá mesmo para reconhecer!

_ Felipe! Que idéia fantástica!

_ Brigado! Brigado! Eu sou um gênio!!!!!

[Gargalhadas]

_ Para não facilitar, deixa para chegar em cima da hora. Liga para o diretor – o Alfredinho – e inventa alguma coisa.

_ Isso! E para não acharem que estou querendo me “encostar”... eu compenso o fato de não ajudar a montar o cenário, ficando sozinho para desmontar. Como é hora de fechar o shopping, meu pai está numa das saídas... é sempre assim que acontece!

_ Pronto... resolvido! Mudando de assunto: vamos entrar aqui nessa farmácia...

_ Pra quê?

_ Desde que comi aquele salgado, na lanchonete, já vomitei duas vezes! E a barriga está roncando... mas não é de fome! É como se nela estivesse uma bateria de escola de samba! Parece a quadra da Mangueira quando estão acompanhando a apuração das notas e o apresentador anuncia um 10!

[Risos]

Entramos e Felipe explicou ao farmacêutico o que sentia. Embora indicasse dois medicamentos, aconselhou que Felipe procurasse um hospital, pois poderia ser indício de infecção intestinal..,. e poderia piorar! Felipe comprou os remédios mas achou desnecessário fazer o que o rapaz orientou. Fomos para nossas casas e passei quase a noite em claro... preocupado.

O dia seguinte foi bastante corrido. Duas da tarde, meu pai saiu para o trabaho, e uma hora depois liguei para o diretor. Ele concordou com a compensação que faria desmontando sozinho o cenário. As sete da noite comecei a me preparar. Com a maquiagem pronta – realmente, ficou irreconhecível – rumei ao shopping. Demorei um pouco do lado de fora e, só faltando 10 minutos, entrei.

O diretor estava uma pilha:

_ Graças!!! Estava ansioso que você chegasse logo...

_ O que houve?

_ O que de pior poderia acontecer: o Felipe faltou.

_ Hã?

_ Está internado com infecção intestinal!

_ Então não haverá peça nenhuma... é isso?

_ De jeito nenhum! Já arrumei um substituto e ele já ensaiou um pouco com outro colega do grupo. Ele sabia quase toda a sua parte. O rapaz já está nos trinques!!

_ É quem é?

_ É um funcionário daqui. Ele aprendeu rapidinho... Tudo dará certo.

_ E onde ele está?

_ Terminando de se vestir. A maquiagem ficou maravilhosa! A sua também está excelente!... ... ... Cinco minutos para começarmos, ok?!

Tudo pronto... as luzes se apagaram e fui com o substituto para a posição inicial: que era uma grande caixa de presentes da qual aparecíamos cantando. Primeiro eu saía... depois ele. Na hora de entrar na caixa, percebemos que teríamos dificuldade de permanecer, os dois, dentro dela. O novo Noel era mais corpulento que Felipe! Todo o cenário foi produzido sob medida, ou seja, eu e Felipe cabíamos numa boa! No sufoco, ficamos de cócoras, sendo que ele teria que ficar de pernas abertas e eu encaixado dentro delas.

Senti uma coisa estranha quando fiquei naquela posição com aquela respiração, cada vez mais ofegante, forte no meu pescoço. E mais ainda ao terminar a música introdutória (instrumental) e tínhamos que fazer movimentos para a caixa vibrar. Nessa hora eu tive a nítida impressão de que estava sendo encoxado por ele. E o pior (ou melhor!) eu gostava e facilitava. A peça foi se desenvolvendo e observávamos que o público estava se agradando.

Minhas suspeitas se confirmaram na última cena: no momento de tentar carregar Noel nas costas, senti a pica do ator substituto bem dura, o que o cetim vermelho realçava... mas na hora de rolar na neve... Ah! Nessa hora, ele só não me penetrou porque o tempo era curto, mas ele aproveitou e posicionando o cassete em direção ao umbigo, me abraçou e enquanto rolávamos, ele esfregava o pau com tanta força que quase rasgava nossas roupas.

Foi um sucesso! As pessoas começaram a se espalhar e passei a vista para encontrar meu pai. Não o vi. A equipe da peça foi se despedindo e, como havia prometido, ainda maquiado, comecei a desmontar o cenário, dobrar roupas... enfim. A limpeza mesmo ficaria sob responsabilidade do shopping.

De onde eu estava, via Alfredinho agradecer ao funcionário pela “salvação” da peça. Que rola tinha aquele cara! Deu para sentir toda a sua potência. Quando terminei de dobrar as roupas e pôr nos sacos, Alfredinho veio se despedir de mim e dizer que o rapaz que contracenou comigo tinha ido buscar as chaves para guardarmos as caixas no depósito anexo ao shopping. Acelerei o trabalho pois, mesmo Alfredinho tendo me dado dinheiro para o táxi, já estava ficando muito tarde e em casa teria que explicar onde eu estava até aquele horário.

Fechava a última caixa quando o rapaz chegou com um molho de chaves na mão. Ainda estava com todo o figurino. Realmente, ele precisaria de calma para retirar pois a barba era fixada no rosto com uma espécie de cola fabricada para ser usada na pele sem o risco de causar alergia, irritação... e que deixava o ator mais seguro... sem a preocupação de que a barba saia do lugar ou caia. No entanto, para remover, era preciso um pouco de paciência. O único inconveniente é a sensação de que o local onde a barba é posta está “endurecido”... no caso da barba dele, que se estendia por boa parte do rosto, os movimentos com o maxilar ficam estranhos... altera até o modo de falar.

Diferentemente de como se comportou durante a peça, o rapaz agora mostrava-se tímido, calado, sério... Pegou três caixas, deixando duas para mim e disse:

_ Vamos?!

FDui seguindo-o até o local. O shopping já estava às escuras, deserto... Para chegar ao depósito, era necessário atravessar todo o shopping, passar por um longo corredor onde estavam várias salas, absolutamente vazias, até chegarmos à última. Ao abrir a porta, apontando para uma grande mesa, ele falou:

_ Ali, ô!

Logo que pôs as dele, e eu já ia saindo, ele se dirigiu a uma porta e disse:

_ Espera!

Quando abriu, percebi que se tratava de um banheiro. Ele posicionou-se para mijar. Na posição normal, ele deveria ficar de costas para a porta, mas propositalmente, postou-se de lado, me oferecendo uma visão magnífica daquele cassete que ele segurava apontando para o sanitário e movimentava a pele, para frente e para trás. E estava hipnotizado... maravilhado.... guloso! Ele olhou para mim e fez um gesto com a cabeça me chamando. Quando me aproximei, ele balançou a pomba, me oferecendo.

Fiquei de cócoras segurei em uma de suas pernas e agarrei aquele pedaço rijo e pulsante de músculo. Diante do meu olhar de gula e cobiça, ele sorriu orgulhoso de sua ferramenta. Envolvi a cabeça da rola com meus lábios e ele deu um gemido discreto, apoiando a mão atrás da minha cabeça e foi puxando-a para próximo de si, enquanto eu engolia inteira sua pomba. Segurou minha cabeça ali, até que eu tivesse anciã de vômito, e issop provocou a saída de muita saliva e, consequentemente, a lubrificação de seu caralho.

Tirei a rola da boca e me afastei olhando para ele, que foi caminhando até a mesa... e lá se encostou. Fui até ele, peguei novamente seu pau e agora chupei com destreza. Chupava e punhetava... e ele gemia. Puxei aquela calça de Papai Noel até a altura das bota, peguei seu saco e chupei. Afastei as duas pernas dele e fiquei entre o espaço entre o saco e o cu – onde lambia gostosamente – passava pelo saco... e chegava ao cassete.

Aqueles movimentos foram repetidos até que ele me fizesse levantar, me virasse de costas, me suspendesse de forma a ficar com a barriga sobre a mesa e expusesse minha bunda para ele – que, sem perder tempo, arriasse minha calça, abrisse minhas nádegas e passasse a lamber e chupar minhas pregas, e alternasse com metidas da língua no meu cuzinho. Que língua habilidosa. Me arrancou, gemidos e urros.

Quando menos esperei, a cabeça da sua rola já roçando meu buraquinho. Ele pôs a cabeça bem alinhada à entrada, segurou minha cintura, deu três forçadas e na quarta, enterrou a rola inteira no meu cu. Isso me fez gritar e tentar me livrar. Ele, passou os braços por baixo das minhas axilas e agarrou meus ombros. Aquela posição que ele encontrou para meter freneticamente aquele cassete em mim. Não se passaram dois minutos, e a dor transformou-se em prazer.... meu desejo era ficar com ela dentro de mim pelo resto da vida.

Meteu, meteu... gemeu... urrou... e

_ Ahhhhhhhhhhhhhh....

Os jatos de gala inundaram meu cuzinho. Ele puxou o cassete e deu três lapadas em minha bunda com ele. Ele foi em direção ao banheiro e eu saí de lá em busca do meu táxi.

No caminho, liguei para Felipe e contei como tinha sido a peça. Ele já estava em casa.

Para meu alívio, as luzes da minha casa estavam apagadas... todos dormiam, Entrei no quarto e capotei.

Pela manhã, ouvi minha mãe se despedir para ir trabalhar e eu resolvi conversar com ele sobre o teatro. Desci e ele estava à mesa tomando seu café.

_ Bom dia, pai!

_ Bom dia filho.

Fui me servindo e percebendo que o momento era propício, diante de sua visível simpatia. Fui ganhando coragem...

_ Tua mãe deixou um bolo no forno... pega lá pra gente.

Fui buscar o bolo e o coloquei próximo a ele. Para minha surpresa, ele cortou um pedaço , pôs no pires e me entregou. Acho que a última vez que ele fez isso, eu deveria ter uns cinco anos.

_ Como está a Faculdade? Tá gostando do curso?

Pronto! Aquela era a deixa!

_ Está indo bem. É começo ainda... sem grandes dificuldades!

_Aproveita bem! Ter nível superior, hoje em dia, não é quase nada! Lá no shopping tem 2 colegas que são formados. Veja aí... E ganham o mesmo que eu – que só fiz o 2º Grau! O mercado ta concorrido... o cabra tem que ser de “ótimo” a “excelente”... o “bom” já não tem vez!

_ Pois é pai... para ficar entre os melhores, acima de tudo, a gente tem que fazer o que gosta. Quem consegue se entregar de corpo e alma numa profissão que teve a formação apenas com o objetivo de ganhar dinheiro? Eu sei que o mundo, a sociedade só tem olhos para os que possuem grana... Isso é uma realidade, infelizmente! O caráter é medido pelo limite do cartão de crédito... da conta bancária; a simpatia se materializa no carro que se possui... quanto mais luxuoso for, mais simpático você é; e o caráter é avaliado pelas grifes que vestem seu corpo... Todo mundo deseja mudar isso, acha feio, mas por outro lado, alimenta cada vez mais esse tipo de visão...

_ Ainda bem que você é realista! É muito bom saber que você tem os pés no chão!

_ Tenho. Mas também tenho muita vontade de ser feliz. E exercer um ofício que não dá prazer... e sobre o qual se passa quase o dia inteiro debruçado – ou seja – boa parte da vida; é aceitar a infelicidade, a frustração...

_ Mas não foi você mesmo que escolheu esse curso?

_ Foi. Mas essa escolha foi feita a partir das opções que me foram oferecidas... O que eu queria para minha vida não constava ali.

_ E o que era?

_ O senhor sabe perfeitamente...

_ Não. Nem faço idéia!

_ Eu... eu queria ser ator, pai. Atuar em palcos, levar arte até as pessoas, propagar o crescimento cultural... Isso é que me faria realizado!

_ Eu não concordo de você abandonar o curso para se dedicar ao teatro. Por que você não concilia as duas coisas. Basta se organizar, ter responsabilidade... tudo dá certo...

Eu não acreditava no que ouvia! Não... não era meu pai! Não poderia ter melhor presente de Natal. Como alguém poderia mudar assim, do dia para a noite?

_ O senhor permite, pai?

_ Você tem que arcar com as conseqüências!

_ O que te fez mudar de idéia, pai?

A resposta dada fez o Mundo desabar sobre mim:

_ Se eu falar, você não vai acreditar!

_ Depois dessa sua mudança... em qualquer coisa eu acreditarei!

_ Pois ontem eu fui ator. Fui o Papai Noel de uma peça que aconteceu no shopping...

_ O Papa...pa...i Noeeeeeeeel?

_ Que é isso, filho? Você ficou pálido de repente! [...]

Foto 1 do Conto erotico: UMA SURPRESA DE NATAL


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Ficha do conto

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Nome do conto:
UMA SURPRESA DE NATAL

Codigo do conto:
12249

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
17/04/2011

Quant.de Votos:
5

Quant.de Fotos:
1