Após a cavalgada, Regina parecia extremamente bem disposta, cheia de energia. André levou Zeus de volta ao estábulo, parecia meio triste por não ter tido a oportunidade de fazer sexo com Regina desta vez. No caminho de volta, retirou os enfeites dos seios e os vibradores, ficando totalmente nua, com exceção da coleira dourada cravejada de rubis. Só que isto me deixou muito preocupado: Eu lembrava ( como em um Dejá-vu) que, na iniciação, a coleira era apenas dourada . E agora, estava diferente. Isso significava que esta realidade onde estávamos provavelmente não era a original, onde iniciamos. E se não era a original, como eram nossas vidas neste mundo paralelo? Nguvu havia dito que, lá fora, tudo poderia estar diferente, eu poderia nem estar casado com Regina.
Enquanto andávamos pelo longo corredor, eu pensava sobre tudo o que havia acontecido . No entanto, o corredor parecia diferente, e tive uma sensação ruim . Minha esposa parecia não perceber nada. O corredor me pareceu ainda mais longo que da vez anterior, e ainda mais escuro.
A sensação era que algo maligno permeava o ar, dificultando a respiração. Subitamente, senti que várias mãos me agarravam, e também Regina, que deu um grito abafado. Colocaram um pano embebido em alguma coisa sobre meu nariz e boca, e tudo foi escurecendo.
Em minha cabeça, flutuavam imagens de realidades paralelas, coisas que aconteceram e poderiam ter acontecido, caminhos que não foram percorridos, aquilo parecia um longo e penoso pesadelo.
Quando acordei, estava tudo escuro. Parecia que eu estava em um lugar frio e úmido. Eu estava preso por correntes a uma parede fria de pedra, completamente nu, braços e pernas abertos. Então, um monge todo de preto, com um capuz igualmente preto, entrou no local com um archote. Era uma masmorra . Um lugar muito mais assustador que o calabouço anterior, que era pelo menos um lugar limpo, bem cuidado. Este aqui tinha teias de aranha nos cantos, parecia um lugar que raramente era visitado pelos membros da Ordem, Irmandade, Fraternidade, eu já não sabia mais. O homem com o archote acendeu mais alguns. Entraram mais alguns homens, vestidos da mesma maneira. Um deles tocou um gongo. Então, entra lentamente, nu, com a face e corpo todo pintado com signos estranhos, apenas uma pequena tanga cobrindo seu sexo, Meister, segurando uma corrente, que estava ligada à coleira de Regina, que vinha atrás, inteiramente nua, com uma face inexpressiva, certamente drogada, meio que cambaleando. Suas mãos estavam presas atrás por amarras de couro. Ela parecia completamente indefesa, diferente das vezes anteriores.
Ela foi colocada deitada no chão, encolhida em posição fetal, sobre um círculo cheio de desenhos. O teto também tinha inscrições, porém diferentes. Desta vez, não havia música ao fundo, mas sim um ruído contínuo, como um “HUMMMMMMMMM” incessante, grave, enervante. Eu fazia força para me soltar, mas apenas machucava os pulsos e tornozelos.
Meister parecia um ser estranho e selvagem. Olhos esbugalhados, uma face que mais parecia uma máscara horrenda. Ele se aproxima de Regina, e retira a sua coleira dourada cravejada de rubis. “-Você não merece usar jóias, sua vagabunda!”
Então ouço um rosnar. Um membro traz, em uma coleira, segurando fortemente para que não escape, o que me pareceu ser um lobo negro, enorme, que rosnava ferozmente. A situação estava piorando, e muito . Se aquele bicho nos atacasse, seria o fim. A coleira do lobo foi presa por uma grossa corrente à parede perto da porta de madeira maciça. Mesmo que eu me soltasse, seria impossível sair dali. O membro passou a Meister uma coleira de couro rústica e grossa, parecida com a do lobo. Ele a colocou no pescoço de minha esposa, fechando-a com um cadeado, e prendendo a coleira a uma corrente de ferro, ligada a um aro no chão.
“- Agora você é uma cadela, e como tal será tratada! Chega de agrados e orgasmos à vontade, você se divertiu bastante nos últimos dias e foi levada a crer que estava realizando suas fantasias de sexo sem limites, passou por diversos rituais elaborados, que eram supostamente destinados ao prazer erótico, mas você na verdade foi apenas usada para os meus propósitos, para que a sua imensa energia sexual fosse devidamente trabalhada e canalizada para aumentar a minha própria , e agora que eu tirei o que necessitava, você não me serve para mais nada...Você pensou que era uma deusa mas é só uma vagabunda, uma puta, e como uma puta merece ser humilhada e torturada! Você vai ser domada e treinada como o animal que é, para servir e ser usada, e todo e qualquer macho que eu trouxer fará o que quiser com você!”
Regina continuava inerte, a face sem expressão, o olhar parado, olhando o nada. Meister a agarrou pelos cabelos, levantando sua cabeça; em seguida lhe deu um tapa no rosto, depois outro, sem reação alguma por parte dela. Em seguida, pegou um chicote que lhe foi entregue por um dos homens de preto, e deu duas chicotadas nas nádegas dela, atingindo também as costas. Deu mais algumas chicotadas, mas ele nem se movimentou. Ele pegou o seu caralho e esfregou no rosto dela, no nariz e nos lábios. Nada, nenhuma reação. Ele fez um sinal, e os homens a seguraram de pé. Ele segurou seu rosto com raiva e lhe beijou a boca, colocando a língua dentro, sem reação alguma por parte dela. Ele beliscou os seios, apertou suas nádegas com força, beliscou e deu fortes tapas em sua bucetinha . Ele deu mais algumas chicotadas. Mas Regina nem se movia. Eles a largaram no chão. Meister se deitou sobre ela, introduzindo seu caralho no cu dela com força. Mas nenhum músculo se moveu, nenhuma contração, nada mesmo Ele bombou algumas vezes, furiosamente, enquanto dava tapas nas nádegas dela. Então parou, espumando de raiva:
“- Vocês a drogaram demais, ela vale menos que nada neste estado, eu quero que ela grite, urre de dor, medo e pavor , e que esse seu marido inútil veja tudo sem poder fazer nada! Mais tarde vamos voltar e fazer com que ela sinta o que é o verdadeiro Terror do Abismo !”
Eu precisava fazer alguma coisa! Mas o que? Estava nu, acorrentado, sem possibilidade de fazer nada. Mas... e se? E se as técnicas que aprendi servissem realmente para alguma coisa? E se toda aquela leitura, práticas de meditação, realmente funcionassem e pudessem nos tirar daquela enrascada? Um livro antigo dizia que “o verdadeiro mago não precisa de manto, adaga ou círculos mágicos. Ele pode estar nu no deserto, que ainda pode fazer tudo”. Eu estava nu, na masmorra. Então, eu tinha a minha mente, que era o verdadeiro instrumento místico.
Meister, contrariado, saiu da masmorra, mas iria voltar logo que Regina acordasse.
Embora fosse muito difícil relaxar, e ainda mais pensar, vendo minha esposa ali, eu precisava fazer algo. Não, eu precisava fazer muito. Então procurei relaxar e usar uma técnica que me foi ensinada logo no início. Parecia algo simples, mas que se revelou a chave para o resto. Fiquei pelo que pareceram horas, por vezes parecia que o ambiente em volta escurecia mais, por vezes parecia que uma espécie de névoa se formava à minha frente. Então, senti como que um formigamento por todo o corpo, não como se fosse desmaiar, era algo diferente. Um ruído, como um ruflar de asas, preencheu meus ouvidos. Eu não conseguia mover um músculo, estava como que paralisado. Então mentalizei uma palavra “***”. De repente, eu estava em outra parte da masmorra, olhando meu próprio corpo. Eu estava em meu corpo astral. Eu podia ver uma espécie de corda, que mais parecia fumaça trançada, que me ligava ao corpo físico. Eu havia lido sobre “cordão de prata”, seria isso?
Pois bem, eu havia conseguido alguma coisa. Nesse estado, tive um vislumbre do lugar onde estávamos, como que visto de cima. Dava para ver a estrutura do mosteiro. Mas o que eu poderia fazer?
As fotos relacionadas a este e outros contos – tiradas por mim ou por Regina – podem ser encontradas no meu perfil Grey8Wolf , nas redes sociais.