Regina comeu o Tikka Masala como se nunca tivesse comido antes, e Raj estava felicíssimo. Afinal, ele havia sido uma peça-chave para que pudéssemos trazê-la de volta à existência nesta realidade paralela. Mas, se esta Regina fosse igual à “minha”, seria difícil entrar nos detalhes do Ritual Sexual que havíamos feito com Diana.
“- Você viu Diana e Drake?” Ela perguntou, de súbito.
“- Vi... acho que os dois vão dar certo e ficar juntos.”
“- Achei que ela estava a fim de você... desde a missão com Nguvu”
“- Querida... eu só amo você, pode ter certeza. Podemos ter sexo com outras pessoas , mas eu morreria feliz tentando salvá-la, e mesmo iria a outros mundos...”
“- Ah, aí já é ficção né? Outros mundos...”
“- Mas já experimentamos realidades paralelas antes.”
“- Verdade. Você está querendo me dizer alguma coisa?”
“- Hmmm, estou e não estou. Não sei como explicar direito...”
“- O que é? Aquilo que Meister falou era verdade? Você surtou, ficou maluco?”
“- Lembra da Deusa Zarya?”
“- Claro que lembro.”
Então, contei a Regina como Zarya havia me transportado até o corpo do meu outro “eu” desta realidade paralela.
“- Não...isso é absurdo.Não pode ser....”
“- Absurdo foi você ter deixado de existir, com apenas uma pessoa lembrando de você.”
“- Então você não é meu marido?”
“- Sou. Nesta e na outra realidade. Só que a mente deste “eu” não estava em condições de raciocinar direito, pelo choque de perdê-la.”
“- E você é mais esperto que o meu Número Um? Hah.”
“- Não, apenas estava mais equilibrado, porque a ‘minha’ Regina está em segurança, lá em casa, com Zarya, me aguardando.”
“- Acho que entendi... Mas você nunca se desesperou antes?”
“- Já. Claro que já.” Lembrei dos nossos últimos momentos na Grande Escuridão. Ela viu as lágrimas rolando no meu rosto, e as enxugou com um guardanapo. Depois passou a mão no meu rosto.
“-Não me conte! Por favor... não quero saber! Já chega o que passamos até agora.”
Terminamos o almoço, agradecemos imensamente a Raj e seus companheiros pela ajuda inestimável, e andamos uma quadra até o Hotel.
Chegando lá, ela tranquilamente tirou toda a roupa, ficando totalmente nua.
“- Regina...”
“- Ah amor, você sabe que sempre ando nua... aliás, será que minha coleira e tornozeleira estão em algum lugar por aqui?”
“- Bom... se a realidade voltou ao normal...”
Procuramos um pouco, estavam em uma gaveta. Regina colocou a tornozeleira.
“- Pronto, agora estou ‘vestida’. “ Ela riu. “- E agora? Como vai ser?”
“- Não sei. Zarya não me disse como voltar.”
“- Epa.”
“- Não...realmente. Talvez eu tenha que aguardar até ela ter certeza que tudo voltou ao normal.”
“- Pode ser. Mas Steimer...Meister... estava esborrachado lá embaixo, com toda a certeza.”
“- Estava mesmo.”
“- E vamos ficar aqui, sem fazer nada?”
“- Quer sair passear? Podemos andar pelo St. James Park...”
“- Que nada, vem cá.”
Ela me abraçou e beijou, em seguida me ajudou a tirar as roupas. Depois, pegou meu cacete e começou lambendo as bolas, bem do jeito que eu gosto. Quando ficou bem duro, ela deitou de costas e abriu as pernas. Achei que ia fazer diferente e cavalgar... mas ela explicou:
“- Você sabe que eu gosto de montar no meu cacete. Mas agora eu quero sentir o seu corpo pesando sobre o meu, olhando você nos olhos... ah meu amor, senti tanto a sua falta!”
“- Querida... mas eu sou...”
“- Você é o meu marido. Se tem outro você na mente dele, mas que é você mesmo, então não faz diferenca, não é mesmo?...”
Ela estava certa. Eu era eu, e ela era Regina. Penetrei-a carinhosamente, enquanto ela manipulava seu clitóris. Ela atingiu o orgasmo logo, após muito tempo sem sexo.
Foram vários orgasmos sucessivos, até que ela estremeceu inteira e desfaleceu.
Após vários minutos, abriu os olhos e falou:
“- Agora eu quero no cuzinho. Vem.”
Lubrifiquei bem meu cacete e enfiei até as bolas, batendo em suas nádegas. Ela gozou forte:
“- AHHHHHTÔGOZANDOOOOO!!!”
Após gozar mais vezes, ela relaxou.
“- Aiii amor, eu estava precisando disso..de você comigo...senti tanta falta...”
“- Eu também. Estes dias foram muito tensos. “
“- E como vai ser quando você voltar ao seu outro corpo? Como a mente do meu marido estará?”
“- Hmmm...se ele acordar ao seu lado, vendo que você está bem, não deve haver problemas. Lembre-se que ele estava sendo drogado por Steimer.”
“- Talvez seja melhor que Drake e Diana também estejam perto, garantindo que tudo está bem.”
“- Verdade.”
“- Amor... acho que sei como você pode voltar ao seu corpo, sem que Zarya o faça. Talvez ela esperasse que você descobrisse por si mesmo.”
“- Como?”
“- Como é que você costuma voltar ao seu corpo, depois que se projeta na mente de um animal ou pessoa?”
Levei a mão à minha testa.
“- Putz! Como não pensei nisso antes?”
Rapidamente, escrevi um relatório sobre como eu entendia o que havia acontecido. Isso daria muito a pensar para Drake e Diana. A questão das Realidades Paralelas, da Verdadeira Irmandade... depois, telefonei a eles.
Quando estavam chegando, me despedi de Regina.
“- Querida, você é tão maravilhosa quanto a ‘minha’ Regina. Foi realmente uma grande aventura encontrá-la. Pena que não vou saber o que irá acontecer quando meu outro ‘eu’ acordar aqui, com você ao seu lado.”
Ela me beijou carinhosamente.
“- Muito, muito obrigada.”
“- Agradeça a Zarya. Sem ela, nada disto seria possível.”
Então, deitei na cama, e pensei em retornar ao meu próprio corpo, na minha realidade. Zarya disse que estaria esperando com Regina, então imaginei as duas ao meu lado...para não acabar em um outro corpo, em uma outra realidade. A visualização correta, nesse caso, era importantíssima.
Fiquei de olhos fechados um pouco. Senti aquela sensação de formigamento, depois um ruído como o bater de muitas asas nos ouvidos.
A minha preocupação era grande. Quantas realidades alternativas existiriam? E se eu não retornasse?
Senti uma espécie de paralisia nos membros. Então, concentrei toda a minha atenção para mover um dedo, o indicador. Logo a paralisia cessou.
Como na masmorra do Castelo, durante o “Ritual do Sexo Total”, vi – com os olhos fechados – cenários surreais e realidades alternativas passando. Confesso que tive medo nesse momento. Mas fixei minha mente naquela imagem. Eu, Regina e Zarya em nosso quarto, na nossa casa.
Então, tudo se acalmou. Senti que estava sobre uma cama macia. Mas qual?
Eu estava no Hotel em Londres ou em casa? Ou em alguma outra cama, como no caso do Serial Killer?
Abri os olhos lentamente. Era o teto do nosso quarto, na nossa casa. Mas...quando? E seria nossa realidade mesmo?
Sentei na cama, olhei em volta, era mesmo o nosso quarto.
Então eu as vi.
Deitadas, abraçadas, totalmente nuas, dormindo. Zarya e Regina. Alguns vibradores perto delas. Havia um perfume de sexo no ar, elas certamente haviam tido bons momentos.
Pelo jeito, Deusas também faziam sexo e dormiam...pelo menos quando assumiam formas humanas.
Fiquei curioso ...como será que meu outro “eu” reagiria ao ver que seu duplo de outra realidade havia resolvido a questão? Mas aí eu não estaria sendo humilde. Deveria apenas agradecer pela chance de ajudar a Regina da outra realidade.
Além disso, Zarya havia dito que essa missão poderia me ajudar a descobrir como trazer Nguvu de volta. Eu tinha algumas ideias, mas todas elas eram muito perigosas.
Fui à cozinha, peguei uma água gelada para tomar. Depois, fui à sala e fiquei pensando. Planos sobre planos, véus sobre véus, realidades paralelas, viagens no tempo... e tudo isso sem sair da Terra. Imaginem viagens espaciais, incontáveis galáxias, Deuses e Deusas... tudo isso se misturou na minha cabeça, então entrei em uma espécie de transe, e na minha mente se formou, como que em uma tela de cinema , uma imagem clara, totalmente nítida e em cores, de Londres.
Vi Drake e Diana de mãos dadas, e eu e Regina ( nossos duplos) abraçados, andando pelo St. James Park. Regina olhava de perto uns esquilos que subiam nas árvores, e o dia, embora nublado, estava claro.
Meu outro “eu” parecia bem calmo e tranquilo, mas estava certamente emocionado, olhava para Regina com os olhos marejados.
“- Nossa, é o próprio Guru meditando...” ouvi a voz de Regina. Zarya estava ao lado dela. As duas nuas e lindas.
“- Como foi a sua viagem ?”
“- Acabei de ver o resultado... ou pelo menos acho que vi. Parece que deu tudo certo.”
Zarya me falou:
“- Se você teve um vislumbre daquela outra Realidade, o que viu é verdade. Você esteve lá por vários dias, embora aqui tenham se passado poucas horas.”
“- Então estou feliz, Regina e seu marido estão bem, Drake e Diana também. Meister...hmm...morreu.”
“- Morreu? Como?” Minha esposa perguntou.
“- Caiu do décimo-terceiro andar.”
“- Ah. Melhor não saber mais, já temos muito o que escrever da nossa própria vida. Falei a Zarya sobre o Livro, ela concorda sobre nossa ideia da Profecia.”
“- Vejo que vocês duas se entenderam bem enquanto estive fora.”
“- Aprendi muito sobre como ser humana com Regina... vou precisar.”Ela disse isso sortindo.
“- Como assim? Zarya, você está sendo punida por ter nos salvo?”
“- Roberto... fiz o que fiz, por decisão minha. Regina é muito importante no Grande Esquema das Coisas. E não vai ser ruim, pelo que vejo. Vou ter que passar uns tempos aprendendo como vivem os humanos. “
“- Mas você não era aquela velhinha em Moscou?”
“- Era. Mas eram apenas algumas horas por dia, de vez em quando. Mais para observar e testar as pessoas. Agora, eu vou me testar, sendo observada pelas outras Deusas. Isso que você fez faz parte do nosso estágio...”
“- Nosso estágio...entendo que nós dois também teremos que passar por algumas experiências, afinal não seguimos o rumo natural das coisas. Mas tudo bem, estamos nessa, não é querida?”
“- Claro, eu já havia dito que aceitaríamos tudo o que Zarya quiser, devemos tudo a ela...”
Zarya nos olhou , parecia agradecida. Mas nós é que deveríamos estar...
“- Vou ter que arrumar um lugar para ficar aqui na Terra. E depois procurar um emprego.”
“- Você tem documentos? Se não, vai ser difícil... aqui, não estamos mais na Agência, que providenciava tudo facilmente. Mas você vai ficar aqui. A casa é grande, temos espaço de sobra. “
“- Não quero incomodar...”
“- Por favor, Zarya!! Você TEM que ficar aqui!”
“- Bom... vou ficar aqui por enquanto. Mas para continuar, vai depender da aprovação das minhas Irmãs.”
“- Acho que temos o mesmo tamanho, você pode usar qualquer uma das minhas roupas.”
“- Para sair às ruas... em casa, posso ficar nua mesmo, não é?”
“- Do jeito que você preferir, Zarya!” Falei.
Por incrível que pareça, Regina não ficou com ciúmes.
“- É amor, você vai ter duas mulheres peladas em casa.” Ela riu.
Como conseguir documentos para Zarya? Enquanto ela estivesse na nossa casa, não seriam necessários, mas se ela realmente fosse experimentar a vida humana, tendo emprego e tudo o mais, teríamos que dar um jeito.
Uma Deusa em casa... mas, sem Ela, eu não estaria aqui contando esta história.
CONTINUA