No dia 31 de dezembro, Andreas inventou da gente ir a um pesqueiro. Me arrependi muito de não ter viajado com Rodolfo! Respirei mais aliviado ao ver a quantidade de homens interessantes perdidos por ali. Teve um momento no qual meu papai maromba e eu fomos comprar cerveja. De longe percebi um casal assumido, com uma evidente diferença de idade. Andreas os cumprimentou amigavelmente:
- Raul!
- Tudo bom, Andreas! Tá forte, hein? – o coroa respondeu sorridente.
- Olha quem fala! E aí, Fernando?
- Oi, Andreas. Tudo bem? – disse o tal Fernando, muito sorridente.
- Tudo ótimo. Esse é meu filho Júlio.
Cumprimentei ambos. Raul me olhou da cabeça aos pés. Achei ele um pouco velho demais, mas reconheço que seu sorriso, charme e corpo de muscle bear eram indiscutíveis. O tal Fernando que realmente me agradou! Delícia de padrão beirando aos 30. Longe deles, perguntei baixinho:
- Já pegou eles?
- Não... Mas vontade não falta. Quer saber um segredo?
- Óbvio, pai! – eu ri.
Andreas cochichou:
- São pai e filho de verdade! Mas vivem como um casal em Curitiba...
Fiquei atônito. Outra fofoca parecida rolou quando demos um pulo sozinhos numa adega, logo após o anoitecer.
- Então, - declamava Andreas, quase cochichando – esse Pedro revelou que adorava caras mais velhos, que tinha uma relação sólida com um papaizão no mesmo estilo que eu, só que mais velho. Aí eu fucei o perfil dele no Facebook e, adivinha? Nas fotos, o único papaizão sarada, na verdade, era o pai dele. Só que chuto que é adotivo, pois eles não se parecem em nada fisicamente.
- Tipo a gente? – perguntei passado.
- Isso, mas eles moravam juntos. Bom, isso faz tempo... O Facebook dos dois tá desatualizado e nunca achei eles no Instagram.
- E você pegou ou não esse Pedro?
Andreas apenas gargalhou safado. Minha imaginação foi longe. Será que rolaria algo entre a gente e algum desses casais igualmente incestuosos?
Diferente deles, Andreas e eu nunca nos tornamos um casal. Ele é feliz com a Alexandre a Nayzinha, que está cada vez maior. Nós dois seguimos com nosso caso sempre que eu o visito ou ele vem para a minha cidade. Mas não rola sentimento que não seja o paternal. Bom, Andreas tem uns pitis ciumentos vez ou outra e eu sempre finjo demência. Não faz muito sentido, mas sei lá. Nem tudo que é bom e prazeroso faz sentido.
Mas voltemos àquela noite da virada. Após bandejas e bandejas de aperitivos e muita bebida, enfim, deu meia-noite. Houve fogos, abraços, discursos. Foi uma festa bem gostosa, admito, na piscina da casa de Daniel, o cunhado do papai maromba. Jantamos muito. Fiquei sentado ao lado de Andreas, que segurou com naturalidade minha coxa direita em vários momentos. Alexandra estava sentada do seu lado direito, então imagino que a coxa esquerda dela estivesse recebendo o mesmo carinho e tratamento. Aliás, até hoje meu pai adotivo adora essas situações extremas, nas quais ele se sente um coronel com suas putas em volta. E eu adoro fazer parte disso.
Algumas horas depois, não sei se pelo calor e pelo desfile de bundas masculinas em bermudões, fiquei com muito tesão. No pau. Vontade de começar o ano enrabando alguém, afinal, já tinha lutado bastante com a parte de trás nos dias anteriores. Andreas que o diga!
Reparei na parte de cima daquela casa, na verdade um sobrado. Tinha uma área de serviço aos fundos, grande e vazia. “Na pior das hipóteses, eu toco uma punheta, gozo no tanque e lavo lá mesmo”, pensei bêbado, ao subir as escadas que levavam à lavanderia. Pra completar meu fogo, dei de cara com umas 6 cuecas penduradas num varal. Todas do tipo boxer, algumas de marca, tipo Calvin Klein. Brancas, vermelhas, pretas.
- Que bom gosto, hein, Daniel... – resmunguei.
- Tarado!
Levei um susto. Era Andreas, que surgiu sorridente logo atrás de mim:
- Veio fazer o que aqui?
- Relaxar... Respondi segurando o pau.
- Júlio...! – ele respondeu me encarando – Você me vira a cabeça, filhão!
Começou a me beijar, a lamber o pescoço. Fiquei meio zonzo, olhando aquelas cuecas.
- Ninguém me viu subir! – ele disse ofegante – Dá tempo deu encher esse rabo aí de leite!
- Não tô a fim de dar hoje, pai... Quero rabo!
- Oh loco... Então tá, né!
Ele abaixou a bermuda. Usava uma cueca vermelha mega agarrada:
- Tô de vermelho pra atrair paixão pra esse ano!
- Mais ainda? – respondi colocando o pinto pra fora.
- Eu quero sempre mais, filhão! – ele abaixou só a parte de trás da cueca – Não percebeu ainda?
- Pai, eu tô com muito tesão... Vou meter forte, hein!
- Quero ver. Mas faz logo, antes que alguém note nossa ausência.
Abracei Andreas por trás, forte. Senti sua barriga deliciosa contraída, como se tivesse fazendo exercício. Encaixei o pau em seu rego quente. Sua bunda sarada era e ainda é maravilhosa. Ele gemeu:
- Aaah... Faz tempinho que não dou!
Cuspi bastante no pau e esfreguei com a mão:
- Então relaxa esse rabo... Tá limpo isso aí, Andreas?
Ele riu:
- Não fiz uma chuca, porque não esperava dar de cara com um Júlio ativo na casa do meu cunhado... Mas lavei direitinho e bem fundo antes de me arrumar, fica tranquilo.
Meu pau virou uma rocha. Além do meu papai maromba ser tão gostoso, a situação era perigosa e tesuda demais. Enrabei de uma vez só. Andreas segurou o gemido e aguentou. Se soltou aos poucos e, em questão de poucos minutos, mandamos ver numa meteção gostosa e ritmada. Fui obrigado a tirar minha regata branca novinha, que estava ficando ensopada nas costas.
- Ah, caralho, filhã-ão... – Andreas gaguejou baixo – Que metida boa!
Ele rebolava e empinava a bunda, como se fosse fazer um agachamento na academia. Todas as minhas forças se concentraram no pau. Senti meu saco cheio de leite bater frente com aquela rabeta incestuosa. Beijamos gostoso, molhado, sujo.
- Aaaai, eu tô quase lá, papaizão...! – desabafei, perdendo o ar.
- E essa é só a primeira foda do ano, Júliããão! – dava pra sentir que Andreas também estava possuído por aquele desejo.
Só quem tem parceiro fixo ou mesmo sem ter é adepto a foder sem capa (sem julgamentos, mas não aconselho) vai entender o espasmo que meu corpo teve naquele momento. Minha porra começou a se chocar com as paredes internas e quentes do rabo de Andreas, que se contraía forte. Gememos baixo, mas profundamente.
- Ah, Julião, meu filhão... Que é isso...!
Ainda naquela posição e com meus braços segurando seu corpo com força, Andreas voltou a me beijar alucinado. Meu pau continuou duro por mais um tempinho, soltando a última gota de leite. Bateu um vento, daquele que vem antes da chuva, do nada. Senti meu corpo refrescar, enquanto minha cabeça parecia estar no paraíso. Nunca pensei que a atração que havia começado no meu primeiro dia de férias naquela cidade pudesse resultar em um caso tão quente e envolvente.
Quando tirei o pau de dentro de Andreas, escutamos:
- Andreas...? Andreas!
Era Daniel. Rápido, meu papai maromba se vestiu e cochichou:
- Sobe a roupa, vai pro tanque e se lava. Se ele perguntar algo, deixa que eu explico.
Obedeci. Daniel chegou, olhou suas cuecas e riu:
- Putz, esqueci de recolher. Tá escondido aí fazendo o quê?
- Tomando um ar com o Júlio. Ele tava morrendo de calor e resolveu lavar o rosto.
- Tá demais mesmo, né? – respondeu Daniel, recolhendo as cuecas – Mas tá curtindo a festa, né, Júlio?
- Demais... – respondi naturalmente, fechando a torneira, com a cara ensopada.
- Quer uma toalha? – ele perguntou – Não prefere tomar uma ducha?
- Não precisa. – respondi – Já tô melhor.
- Você que sabe... De qualquer jeito, vamos entrar na piscina daqui a pouco, antes que chova. Bora abrir aquela garrafa de uísque que você, Andreas?
- Partiu! – respondeu meu papaizão.
Os dois foram saindo do lugar. Andreas deu uma piscada.
- Vem também, Júlio! – convidou Daniel, antes de descer as escadas.
“Ele acreditou mesmo...”, pensei e disse:
- Daqui a pouco! Valeu.
Respirei mais um pouco e curti a vibe daquela noite, que ficou sempre marcada na minha cabeça.
Mais alguma fodas escondidas e dias depois, finalmente, eu ia aproveitar o restinho das minhas férias com amigos na praia. Andreas me levou à rodoviária da cidade. Estávamos sozinhos no carro. O caminho todo foi de uma longa despedida, na qual ele intercalou frases de pai exagerado com amante machista. Igualmente, intercalei cafunés carinhos com passadas de mão safadas.
- Uma coisa que eu não entendi... Em que momento você se livrou da minha gozada no dia 1º?
- Dei uma “cagada” no banheiro, assim que o Daniel desgrudou de mim. Foi bem difícil ficar segurando!
- A porra ou o Daniel? Porque eu ia adorar ele me segurando...
Andreas fez cara de bravo, mas riu forçado:
- Você é uma puta, Júlio!
Já na plataforma, Andreas me puxou para um abraço demorado. Eu correspondi. Ele colocou a cabeça no meu ombro, raspando sua barba no meu pescoço. Estremeci:
- Para, pai... Alguém pode perceber.
- Deixa de ser encanado! Não estamos fazendo nada errado, e nem tem conhecido aqui perto...
- Tá, mas pode me soltar?
Então, Andreas sussurrou em meu ouvido:
- Eu já te soltei, Júlio...
Meu rosto ardeu na hora. Me afastei e vi suas mãos no bolso:
- Relaxa, acabei de colocar elas aqui.
Rimos junto. Ninguém viu nada mesmo.
E se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos é: quem vai suspeitar de um abraço ou um cafuné entre pai e filho? Com tanto homem no mundo, quem pode imaginar que você tem um caso justo com o macho que te criou? É um dos melhores contextos para se manter um caso proibido.
Essa história acaba aqui. ESSA. Isso não quer dizer que eu não tenha outras para contar. ;)
...
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Sem sombra de dúvidas, esse é o melhor conto que eu já li até hoje, acho que nunca gozei tão gostoso lendo um conto.
Muito obrigado pelos comentários, pessoal! Isso me motiva demais, de verdade...
MUITO BOM..UM DOS MELHORES QUE JÁ LI SE NÃO O MELHOR
Cara, muito gostoso. Tu escreve muito bem mesmo, não para de escrever pfv!! Gozei umas 3 vezes já lendo teus contos.